Imaginários sociais e direito do comum: contribuições da Teoria Crítica Latino-Americana para a elaboração de sustentabilidades
Resumo
Nas constatações dos distintos ramos da Ciência que apontam para uma crise ambiental global e sistêmica, procuram-se opções que passam pela desconstituição dos dogmas impostos pelos modelos desenvolvimentistas e, principalmente, pela constituição de um imaginário que vá além da vulgata do sustentável. Para tanto, se recorre a autores clássicos e contemporâneos, identificando no chamado Novo Constitucionalismo Latino-Americano uma possibilidade de repensar tanto o Direito como os hábitos que levaram as pessoas a esta triste realidade que se mostra preocupante, porém paradoxal, tanto em suas opções como na constituição de seu imaginário civilizacional.
Referências
BECK, Ulrich. O que é a globalização? Equívocos do globalismo, respostas à globalização. Trad. André Carone. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
CAPRA, Fridjof. O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix, 2006.
DIEGUES, Antonio Carlos. O mito da natureza intocada. São Paulo: Hucitec, 2001. Disponível em: http://jornalggn.com.br/sites/default/files/documentos/diegues_mito.moderno.natureza.intoca da.pdf. Acesso em: 27 set. 2013.
DUSSEL, Enrique. Europa, modernidad y eurocentrismo. In: LANDER, Edgardo (Org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciências sociales, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2003, p. 41 – 53.
ESTEVA, Gustavo. Desenvolvimento. In: SACHS, Wolfgang (editor). Dicionário do desenvolvimento: guia para o conhecimento como poder. Tradução de Vera Lúcia M. Joscelyne, Susana de Gyalokay e Jaime A. Clasen. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 59 – 83.
GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de Economia Política e os Estudos Pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, 2009, p. 383 – 417.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. La poscolonialidad explicada a los niños. Popayán: Universidad del Cauca; Instituto Pensar, Universidad Javeriana, 2005.
LUGO, Carlos Rivera. Ni una vida más para el derecho! Reflexiones sobre la crisis actual de la forma-jurídica. Aguascalientes; San Luis Potosí: Centro de Estudios Jurídicos y Sociales Mispat; Universidad Autónoma de San Luis Potosí, 2014.
______. Comunismo y Derecho: Reflexiones sobre la crisis actual de la forma jurídica. In: WOLKMER, Antonio Carlos; CORREAS, Oscar (Org.). Crítica Jurídica na América Latina. Aguascalientes; Florianópolis: Centro de Estudios Jurídicos y Sociales Mispat; Universidade Federal de Santa Catarina, 2013, p. 689 – 713.
MIALLE, Michel. Uma Introdução Crítica ao Direito. Tradução de Ana Prata. Lisboa: Estampa, 2005.
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do Poder e Classificação Social. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, 2009, pp. 73 - 117.
SANTILLI, Juliana. Socioambientalismo e novos direitos: proteção jurídica à diversidade biológica e cultural. São Paulo: Peirópolis, 2005.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Refundación del Estado en América Latina: Perspectivas desde una epistemología del Sur. Lima: Instituto Internacional de Derecho y Sociedad; Programa Democracia y Transformación Global, 2010.
______. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, 2009, p. 23 - 71.
______. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2002.
SACHS, Wolfgang. Meio ambiente. In: SACHS, Wolfgang (editor). Dicionário do desenvolvimento: guia para o conhecimento como poder. Tradução de Vera Lúcia M. Joscelyne, Susana de Gyalokay e Jaime A. Clasen. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 117 – 131.
SHIVA, Vandana. Monoculturas da mente: perspectivas da biodiversidade e da biotecnologia. Trad. Dinela de Abreu Azevedo. São Paulo: Gaia, 2002.
WOLKMER, Antonio Carlos. Introdução ao pensamento jurídico crítico. São Paulo: Saraiva, 2015a.
WOLKMER, Antonio Carlos. Pluralismo juridico, movimentos sociais e processos de lutas desde America Latina. In: WOLKMER, Antonio Carlos; LIXA, Ivone Fernandes M. (Orgs.). Constitucionalismo, descolonización y pluralismo jurídico en América Latina. Aguascalientes: CENEJUS / Florianópolis: UFSC-NEPE, 2015b, p. 95 – 101.
O(s) autor(es) declara(m) que
a) a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra revista;
b) são integralmente responsáveis pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos;
c) autorizam aos editores da RJFA7 a proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação;
d) em caso de aceitação, a RJFA7 detém o direito de primeira publicação, sob licença CreativeCommons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Os autores permanecem com os direitos autorais, sendo permitida a reprodução, no todo ou em parte, com o necessário reconhecimento da publicação inicial, seja para distribuição exclusiva, seja para distribuição online, para propósito não comercial, garantindo-se as mesmas regras de licença.
Authors declare that
a) the contribution is original and unpublished and that it is not in the process of being evaluated in another journal,
b) they are fully responsible for the opinions, ideas and concepts emitted in the texts;
c) authorize the editors of FA7LR to make textual adjustments and adequacy of the article to the norms of publication;
d) in case of acceptance, FA7LR holds the right of first publication, under CreativeCommons Attribution-NonCommercial-Share-Alike 4.0 International license.
The authors remain with the reproduction, in whole or in part, with the necessary recognition of the initial publication, either for exclusive distribution or for online distribution, for non-commercial purposes, and the same license rules are guaranteed.