AS PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS ACERCA DO PRINCÍPIO DA AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS
DOI:
https://doi.org/10.24067/rjfa7;6.1:231Parole chiave:
Autodeterminação dos Povos, Nações Unidas, ÁfricaAbstract
O princípio da autodeterminação dos povos inicia sua trajetória para se consolidar como um princípio do Direito Internacional Público a partir da criação das Nações Unidas, em 1945. Após a incorporação do citado princípio em sua Carta, a Assembléia Geral da ONU passa a proferir inúmeras resoluções as quais corroboraram para moldar um direito consuetudinário referente à autodeterminação dos povos. Convergindo para o real fortalecimento deste princípio, o fenômeno histórico da descolonização dos países africanos, ocorrido em meados dos anos 50 e 60, teve uma enorme relevância, uma vez que os clamores por libertação desses povos colocaram o tema em destaque. No entanto, após o término do processo descolonizador, emerge a indagação acerca do desmembramento desse princípio além do caráter meramente anti-colonial, estendendo sua aplicabilidade também para os movimentos separatistas no interior de Estados soberanos. Surge, dessa maneira, a possibilidade de legitimação da chamada autodeterminação interna, alentando os desígnios de povos que desejem a secessão da entidade estatal soberana a qual estão submetidos.
Riferimenti bibliografici
RESOLUÇÃO 743 da Assembléia Geral das Nações Unidas. Official Document System of the United Nation (ODS). Disponível em: <http://www.un.org/documents/ga/res/8/ares8.htm>. Acesso em: 20 ago. 2007.
RESOLUÇÃO 1514 da Assembléia Geral das Nações Unidas. Official Document System of the United Nation (ODS). Disponível em: <http://www.un.org/documents/ga/res/15/ares15.htm >. Acesso em: 20 ago. 2007.
RESOLUÇÃO 1654 da Assembléia Geral das Nações Unidas. Official Document System of the United Nation (ODS). Disponível em: <http://www.un.org/documents/ga/res/16/ares16.htm>. Acesso em: 20 ago. 2007.
RESOLUÇÃO 2625 da Assembléia Geral das Nações Unidas. Official Document System of the United Nation (ODS). Disponível em: <http://www.un.org/documents/ga/res/25/ares25.htm>. Acesso em: 26 ago. 2007.
BERMAN, Nathaniel. But the alternative is despair: european nationalism and the modernist renewal of international law. In: STEINER, Henry J.; ALSTON, Philip (org.). International human rights in context: law, politics, morals: text and materials. New York: Oxford University, 2000.
BRUNSCHWIG, Henri. A Partilha da África Negra. São Paulo: Perspectiva, 1974.
BURITY, Tarcísio M. O Direito Internacional Consuetudinário e os Direitos Humanos. In: Os rumos do Direito Internacional dos Direitos Humanos. Ensaios em homenagem ao Professor Antônio Augusto Cançado Trindade. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 2005.
CANEDO, Letícia Bicalho. A descolonização da Ásia e da África. São Paulo: Atual, 2005.
CERVO, Amado Luiz. Hegemonia coletiva e equilíbrio: a construção do mundo liberal (1815-1871). In: SARAIVA, José Flavio Sombra (org.). Relações internacionais: dois séculos de história. Entre a preponderância européia e a emergência americano-soviética (1815 - 1947). Brasília: FUNAG, 2001. v. 1.
CERVO, Amado Luiz. A instabilidade internacional (1919-1939). In: SARAIVA, José Flavio Sombra (org.). Relações internacionais: dois séculos de história. Entre a preponderância européia e a emergência americano-soviética (1815 - 1947).
Brasília: FUNAG, 2001. v. 1.
DE MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
DE MORAES, Alexandre. Direitos humanos fundamentais. Teoria Geral. São Paulo: Atlas, 2003.
DE MORAIS, Carlos Blanco. O direito à autodeterminação dos povos. Estatuto jurídico do enclave de Cabinda. Lisboa: Universidade de Lisboa, 1998.
DOPCKE, Wolfgang. Apogeu e colapso do sistema internacional europeu (1871-1918). ). In: SARAIVA, José Flavio Sombra (org.). Relações internacionais: dois séculos de história. Entre a preponderância européia e a emergência americano-soviética (1815 - 1947). Brasília: FUNAG, 2001. v. 1.
FALK, Richard. Human Rights Horizons: The pursuit of justice in a globalizing world. New York: Routledge, 2000.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
HOBSBAWM, Eric. Era dos impérios. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
KISSINGER, Henry. Diplomacia. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2000.
KOSKENNIEMI, Martti. National self-determination today: problems of legal theory and practice. In: STEINER, Henry J.; ALSTON, Philip (org.). International human rights in context: law, politics, morals: text and materials. New York: Oxford University, 2000.
MACHADO, Jónatas E. M. Direito Internacional. Do paradigma clássico ao pós-11 de Setembro. Coimbra: Coimbra, 2003.
MAGNOLI, Demétrio. Relações Internacionais: teoria e história. São Paulo: Saraiva, 2004.
MAGNOLI, Demétrio. O corpo da pátria. Imaginação geográfi ca e política externa no Brasil (1808-1912). São Paulo: Unesp, 1997.
NATIONS, United. Basic facts: About the United Nations. New York: United Nations publication, 2000.
ORENTLICHER, Diane. External self-determination: some history, commentary and disputes. In: STEINER, Henry J.; ALSTON, Philip (org.). International human rights in context: law, politics, morals: text and materials. New York: Oxford University, 2000.
PIERRÉ-CAPS, Stéphane. O direito das minorias. ROULAND, Norbert (org.). Direito das minorias e dos povos autóctones. Brasília: UNB, 2004.
PIOSESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. Rio de Janeiro: Saraiva, 1997.
POLÍTICOS, Pactos de direitos civis e. In: MAZZUOLI, Valério (org.). Coletânea de Direito Internacional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
REZEK, J. F. Direito Internacional Público. Curso elementar. São Paulo: Saraiva, 2002.
RODRIGUES, José Honório. Brasil e África: outro horizonte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964.
SARAIVA, José Flavio Sombra. Dois gigantes e um condomínio: da Guerra Fria à coexistência pacífi ca (1947-1968). In: Relações internacionais: dois séculos de história. Entre a ordem bipolar e o policentrismo (1947 a nossos dias). Brasília: FUNAG, 2001. v.2.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros, 2001.
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Direito Internacional em um mundo em transformação. Rio de Janeiro e São Paulo: Renovar, 2002.
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Princípios do Direito Internacional contemporâneo. Brasília: UNB, 1981.
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Direito das organizações internacionais. Brasília: escopo, 1990.
UNIDAS, Carta das Nações. In: MAZZUOLI, Valério (org.). Coletânea de Direito Internacional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
WESSELING, H. L. Dividir para dominar. A partilha da África (1880 – 1914). Rio de Janeiro: UFRJ, 1998.
PINHEIRO, Letícia. Brasil, Portugal e descolonização africana (1946-60). Revista Contexto Internacional, Rio de Janeiro, v. 4, n. 9, p. 91-109, Jan./Jun. 1989.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
L'autore(i) dichiara(i) che
a) il contributo è originale ed inedito e che non è oggetto di valutazione in altra rivista;
b) sono pienamente responsabili delle opinioni, idee e concetti espressi nei testi;
c) essi autorizzare gli editori RGFA7 ad apportare modifiche testuali e adattare l'articolo alle regole della pubblicazione;
d) in caso di accettazione, RGFA7 si riserva il diritto di prima pubblicazione, ai sensi di una licenza CreativeCommons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International copyright
Gli autori conservano i diritti d'autore, e la riproduzione, in tutto o in parte, è consentita, con il necessario riconoscimento della pubblicazione iniziale, sia per la distribuzione esclusiva che per la distribuzione online, per scopi non commerciali, garantendo le stesse regole di licenza.
(Powered by Google)