O PLURALISMO JURÍDICO FRENTE À CRISE DO MODELO MONISTA ESTATAL: APONTAMENTOS INTRODUTÓRIOS
DOI:
https://doi.org/10.24067/rjfa7;14.2:503Palabras clave:
Monismo Jurídico, Formalismo Jurídico, Dogmática Jurídica, Crise, Pluralismo Jurídico, EfetivaçãoResumen
O paradigma jurídico tradicional, reconhecido por identificar o direito com a lei e situá-lo como produto exclusivo do Estado, atravessa, na contemporaneidade, uma crise profunda. Entre os fatores a evidenciar esse colapso, destacam-se o atraso com que as produções normativas acompanham as prementes modificações da sociedade e a incapacidade da justiça oficial em dar respostas aos conflitos submetidos ao seu crivo, dentro de um prazo razoável e com qualidade. O presente artigo se propõe a investigar como o pluralismo jurídico, segundo o enfoque teórico de Antonio Carlos Wolkmer, apresenta-se enquanto alternativa para a superação da referida crise enfrentada no campo do direito. Lançando mão do método dedutivo, por meio de pesquisa bibliográfica, transita-se pela questão do monismo jurídico, da crise de paradigmas que dele decorre, até se chegar à proposta do pluralismo. Nesse ponto, verifica-se que o pluralismo jurídico encampa apenas manifestações situadas à margem do direito positivo estatal, mas também pode erigir-se de práticas assentes dentro do próprio direito oficial.
Citas
BOBBIO, Norberto. O Positivismo Jurídico: Lições de Filosofia do Direito. São Paulo: Ícone, 2006.
CARVALHO, Lucas Borges de. Caminhos (e descaminhos) do pluralismo jurídico no Brasil. In: Pluralismo Jurídico: os novos caminhos da contemporaneidade. Org. WOLKMER, Antonio Carlos; NETO, Francisco Q. Veras; LIXA, Ivone M. São Paulo: Saraiva, 2010.
FARIA, José Eduardo. Eficácia Jurídica e violência simbólica. São Paulo: EDUSP, 1988.
GHISLENI, Ana Carolina; SPENGLER, Fabiana Marion. Mediação de conflitos a partir do Direito Fraterno. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2011.
LEFORT, Claude. O que é burocracia. Política & Sociedade. São Paulo: Nacional, 1979. Disponível em: <http://www.forumjustica.com.br/wp-content/uploads/2015/08/LEFORT-Claude---lements-dune-critique-de-la-bureaucratie.-Genebra---ditions-Droz-pp.-52-86.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017.
MORAIS, Márcio Eduardo da Silva Pedrosa. Sobre a evolução do Estado. Do Estado absolutista ao Estado Democrático de Direito. Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 16, n. 2833, 4 abr. 2011. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/18831/sobre-a-evolucao-do-estado>. Acesso em: 11 jul. 2017.
SANTOS, Ronaldo Lima dos. Teoria das normas coletivas. 2. ed. São Paulo: LTr, 2009.
STRECK, Lenio Luiz. A atualidade do debate da crise paradigmática do direito e a resistência positivista ao neoconstitucionalismo. Revista do Instituto de Pesquisas e Estudos, 2006. Disponível em: < https://jus.com.br/artigos/18831/sobre-a-evolucao-do-estado. Acesso em: 12 jul. 2017.
STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica e Ensino Jurídico em Terrae Brasilis. Revista da Faculdade de Direito UFPR, Curitiba, PR, Brasil, dez. 2007. ISSN 2236-7284. Disponível em: <http://revistas.ufpr.br/direito/article/view/13495>. Acesso em: 21 jul. 2017. doi:http://dx.doi.org/10.5380/rfdufpr.v46i0.13495.
WOLKMER, Antonio Carlos. Ideologia, Estado e Direito. 3. ed. ver. ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000.
WOLKMER, Antonio Carlos. Pluralismo Jurídico: Fundamentos de uma nova cultura no Direito. 3 ed. rev. e atual. São Paulo: Alfa Ômega, 2001.
WOLKMER, Antonio Carlos; ALBERNAZ, Renata Ovenhausen. As questões delimitativas do direito no Pluralismo Jurídico. Sequência: Estudos Jurídicos e Políticos, Florianópolis, p. 67-94, set. 2010. ISSN 2177-7055. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/21777055.2008v29n57p67>. Acesso em: 22 jul. 2017. doi:http://dx.doi.org/10.5007/2177-7055.2008v29n57p67.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores declaran que
a) la contribución es original e inédita y que no está en proceso de evaluación en otra revista,
b) son totalmente responsables de las opiniones, ideas y conceptos emitidos en los textos;
c) autorizan a los editores de RJFA7 realizar ajustes textuales y adecuación del artículo a las normas de publicación;
d) en caso de aceptación, RJFA7 detenta el derecho de primera publicación, bajo licencia CreativeCommons Attribution-NonCommercial-Share-Alike 4.0 International.
Los autores se quedan con la reproducción, total o parcialmente, con el necesario reconocimiento de la publicación inicial, ya sea para distribución exclusiva o para distribución en línea, con fines no comerciales, y se garantizan las mismas reglas de licencia.