A propriedade fiduciária de base romanística e o trust inglês: perspectivas comparatísticas
DOI:
https://doi.org/10.24067/rjfa7;12.1:26Resumen
O ensaio explora e fomenta, desde uma visão histórico-funcional da propriedade fiduciária romanística e o trust de origem inglesa, o diálogo entre duas das maiores tradições jurídicas do mundo ocidental: a tradição de base romanística e a tradição baseada no Common Law. Por meio de um estudo baseado em fontes primárias e secundárias, busca-se traçar, de um lado, o desenvolvimento histórico da fiducia (cum amico e cum creditore) e, de outro, a elaboração jurisprudencial e estatutária do trust inglês (desde os uses medievais até o conceito atual do instituto, passando pelo Statute of Uses 1536). A seguir, mostra-se a estrutura jurídica básica, no Brasil, da propriedade fiduciária (e do seu consectário lógico, a propriedade resolúvel), a fim de proceder a uma comparação com o trust inglês e estabelecer relações de sentido entre essas duas figuras jurídicas.
Citas
ALVES FERREIRA, Patrícia Cândido. O Princípio da Confiança: Proteção e Tópica Jurisprudencial dos Contratos de Saúde Suplementar. Revista de Direito Civil Contemporâneo, Vol. 2. Ano 2015, p. 83-107.
BAKER, John Hamilton e MILSOM, Stroud Francis Charles. Sources of English History: Private Law to 1750. 2. ed. Oxford: Oxford University, 2010.
BAKER, John Hamilton. An Introduction to English Legal History. 4. ed. Oxford: Oxford University, 2002.
BARROS MONTEIRO, Washington e DABUS MALUF, Carlos Alberto. Curso de Direito Civil: Direito das Coisas. 41. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, v. 3.
BEAN, John Malcolm William. The Decline of English Feudalism: 1215-1540. Manchester: University Press, 1968.
BEVILAQUA, Clóvis. Código Civil dos Estados Unidos do Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1930, v. 3.
BUZAID, Alfredo. A Alienação Fiduciária em Garantia. São Paulo: ACREFI, 1969.
CHALHUB, Melhim Namem. Negócio Fiduciário. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2000.
CUNHA GONÇALVES, Aderbal. Da Propriedade Resolúvel: Sua Projeção na Alienação Fiduciária em Garantia. São Paulo: Editora dos Tribunais, 1979.
D’ORS, Álvaro. Derecho Romano Privado. 10. ed. Pamplona: Eunsa, 2004.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Direito das Coisas. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2010, v. 4.
DU CANGE, Charles du Fresne. Glossarium mediae et infimae latinitatis. Niort: Favre, 1678.
GALGANO, Francesco. La fiducia e il trust. In: GALGANO, Francesco (org.). Atlante di diritto privato comparato. 3. ed. Bologna: Zanichelli, 1999.
GLARE, Peter Geoffrey William (coord.). Oxford Latin Dictionary. London: Oxford University, 1982.
GOMES, Orlando. Alienação Fiduciária em Garantia. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1972.
GOMES, Orlando. Direitos Reais. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008.
GUARINO, Antonio. Diritto privato romano. 12. ed. Napoli: Jovene, 2001.
HANBURY, Harold Greville. The Legislation of Richard III. In: American Journal of Legal History, Vol. 95. Ano 1962, p. 95-113.
JOHNSTON, David. Trusts and Trust-like Devices in Roman Law. In: HELMHOLZ, Richard e ZIMMERMANN, Reinhard (org.). Itinera Fiduciae: Trust and Treuhand in Historical Perspective. Berlin: Duncker & Humblot, 1998.
KEETON, George Williams. The Law of Trusts. 4. ed. London: Sir Isaac Pitman & Sons, 1947.
KEMBLE, John M. Codex Diplomaticus Aevi Saxonici. London: Sumptibus Societatis, 1847, v. 5.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores declaran que
a) la contribución es original e inédita y que no está en proceso de evaluación en otra revista,
b) son totalmente responsables de las opiniones, ideas y conceptos emitidos en los textos;
c) autorizan a los editores de RJFA7 realizar ajustes textuales y adecuación del artículo a las normas de publicación;
d) en caso de aceptación, RJFA7 detenta el derecho de primera publicación, bajo licencia CreativeCommons Attribution-NonCommercial-Share-Alike 4.0 International.
Los autores se quedan con la reproducción, total o parcialmente, con el necesario reconocimiento de la publicación inicial, ya sea para distribución exclusiva o para distribución en línea, con fines no comerciales, y se garantizan las mismas reglas de licencia.