CONTROLE JURISDICIONAL DAS OMISSÕES INCONVENCIONAIS
Resumo
Quando a eficácia de um tratado internacional de direitos humanos é frustrada por uma inação das autoridades nacionais, que deixam de adotar as medidas oportunas e satisfatórias para garantir o pleno cumprimento do compromisso internacional, tem-se uma omissão inconvencional. Neste artigo, analisa-se o controle jurisdicional das omissões inconvencionais, a fim de verificar em que medida os órgãos responsáveis pela jurisdição constitucional poderão, com as ferramentas próprias do direito constitucional, enfrentar o problema da não-efetivação dos tratados internacionais por inércia dos agentes estatais. As soluções apresentadas buscam reforçar um diálogo multinível entre os vários órgãos de proteção, visando desenvolver, mediante um enriquecimento recíproco, um sistema cada vez mais expansivo de tutela da dignidade.
Referências
BANK, Roland. Tratados Internacionales de Derechos Humanos Bajo el Ordenamiento Jurídico Alemán. In: Ius et Praxis v. 9, n. 1, 2003
BAZÁN, Víctor. El Control de Convencionalidad: incógnitas, desafíos y perspectivas. In: BAZÁN, Víctor & NASH, Claudio. Justicia Constitucional y Derechos Fundamentales: el control de convencionalidad. Universidad de Chile e Konrad Adenauer Stiftung, 2011
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. “Brancosos” e Interconstitucionalidade: itinerários dos discursos sobre a historicidade constitucional. Coimbra: Almedina, 2006
FAVOREAU, Luis. El bloque de la constitucionalidad. In: Revista del Centro de Estudios Constitucionales. n. 5, janeiro-março, 1990, pp. 45/67
GARAVITO, César Rodriguez & KAUFFMAN, Celeste. Guía para Implementar Decisiones sobre Derechos Sociales: estrategias para los jueces, funcionarios y activistas. Bogotá, Dejusticia, 2014
GÓNGORA MERA, Manuel Eduardo. Diálogos Jurisprudenciales entre la Corte Interamericana de Derechos Humanos y La Corte Constitucional de Colômbia: una visión coevolutiva de la convergência de estándares sobre derechos de las víctimas. In: BOGDANDY, Armin von e outros (org.). La Justicia Constitucional y su Internacionalización. ¿Hacia un Ius Cosntitucionale Commune En América Latina?, T. Ii. Unam: México, 2010, pp. 403/430
KAHNEMAN, Daniel. Pensar, Depressa e Devagar (Thinking, Fast and Slow, 2011). Trad. Pedro Vidal. Lisboa: Temas & Debates, 2012
NEVES, Marcelo. Transconstitucionalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
PERNICE, Ingolf & KANITZ, Ralf. Fundamental Rights and Multilevel Constitutionalism in Europe. In: Humboldt-Universität zu Berlin - WHI Paper 7/04. Disponível on-line: http://tinyurl.com/b85qlkw.
PERNICE, Ingolf. The Treaty of Lisbon: Multilevel Constitutionalism in Action. In: Columbia Journal of European Law, Vol. 15, No. 3/2009, p. 349-407. Disponível on-line: http://tinyurl.com/c9ke6ge;
PENICE, Ingolf. Multilevel Constitutionalism in European Union. In: European Law Review, 27, 511–29. Disponível on-line: whi-berlin.de/documents/whi-paper0502.pdf;
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e Justiça Internacional. 6a ed. São Paulo: Saraiva, 2015
RAMÍREZ, Sérgio García. El Control Judicial Interno de Convencionalidad. In: Revista IUS v. 5, n. 28, jul/dez 2011
SILVA, Virgílio Afonso. Colisões de Direitos Fundamentais entre Ordem Nacional e Ordem Internacional. In: NEVES, Marcelo. Transconstitucionalidade do Direito: novas perspectivas dos conflitos entre ordens jurídicas. São Paulo: Quartier Latin, 2010
UPRIMY, Rodrigo. El Bloque de Constitucionalidad en Colombia: un análisis jurisprudencial y un ensayo de sistematización doctrinal. In: Red de Escuelas Sindicales, Universidad de Alcalá, 2005, disponível on-line: http://redescuelascsa.com/sitio/repo/DJS-Bloque_Constitucionalidad%28Uprimny%29.pdf.
UREÑA, René. Proteção Multinível dos Direitos Humanos na América Latina? Oportunidades, desafios e riscos. In: Proteção Multinível de Direitos Humanos. REDE - DHES, 2014
URUEÑA, Rene. Espejismos Constitucionales. La promessa incumplida del constitucionalismo global. In: Revista de Derecho Público 24. Univesidad de Los Andes - Facultad de Derecho Março de 2010
O(s) autor(es) declara(m) que
a) a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra revista;
b) são integralmente responsáveis pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos;
c) autorizam aos editores da RJFA7 a proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação;
d) em caso de aceitação, a RJFA7 detém o direito de primeira publicação, sob licença CreativeCommons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Os autores permanecem com os direitos autorais, sendo permitida a reprodução, no todo ou em parte, com o necessário reconhecimento da publicação inicial, seja para distribuição exclusiva, seja para distribuição online, para propósito não comercial, garantindo-se as mesmas regras de licença.
Authors declare that
a) the contribution is original and unpublished and that it is not in the process of being evaluated in another journal,
b) they are fully responsible for the opinions, ideas and concepts emitted in the texts;
c) authorize the editors of FA7LR to make textual adjustments and adequacy of the article to the norms of publication;
d) in case of acceptance, FA7LR holds the right of first publication, under CreativeCommons Attribution-NonCommercial-Share-Alike 4.0 International license.
The authors remain with the reproduction, in whole or in part, with the necessary recognition of the initial publication, either for exclusive distribution or for online distribution, for non-commercial purposes, and the same license rules are guaranteed.