ANÁLISE DAS LEGISLAÇÕES BRASILEIRA E ARGENTINA QUE ABORDAM A TÉCNICA INVESTIGATIVA DENOMINADA AGENTE INFILTRADO/ENCUBIERTO
Resumo
É preciso conhecer os mecanismos legais para prevenção e repressão da criminalidade organizada, pois o sucesso das investidas públicas passa obrigatoriamente pelo acionamento correto e tempestivo desses mecanismos. O presente trabalho se debruça sobre os elementos investigativos lançados pelas Leis n.os 9.034/95 e 10.217/01, no caso brasileiro, e as Leis n.os 24.424 e 23.737, no caso Argentino, que tratam especificamente da técnica investigativa contra o crime organizado denominada agente infiltrado/encubierto. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa de cunho qualitativo, mobilizando elementos da pesquisa bibliográfica e documental. Os meios operacionais abordados pela Lei n.o 9.034/95 são todas as ferramentas disponíveis de que o Estado poderá se utilizar durante a investigação extrajudicial, incluindo a técnica do agente infiltrado ou agente encubierto, para obtenção de provas, observando a ampla defesa e o contraditório. Há certa aproximação entre a legislação brasileira e a legislação Argentina sobre esta técnica. Entretanto, o ordenamento jurídico argentino apresenta duas iniciativas legislativas que protegem o agente encubierto, afastando a punibilidade do agente infiltrado pelos crimes necessários praticados durante a infiltração e a punição de agentes públicos que denunciam a condição de encubierto de um agente, ainda que de modo culposo.
Referências
CAPEZ, Fernando. Legislação Penal Especial: juizados especiais criminais: interceptação telefônica: crime organizado: tóxicos. 5. ed. São Paulo: Damásio de Jesus, 2006.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, v. 4: legislação penal especial. São Paulo: Saraiva, 2006.
CONSERINO, Cassio Roberto; VASCONCELOS, Clever Rodolfo Carvalho; MAGNO, Levy Emanuel (org.). Crime organizado e institutos correlatos. (Série legislação penal especial). São Paulo: Atlas, 2001.
D’ALESSIO, Andres José. Código Penal: comentado y anotado: parte especial (arts. 79 a 306). Tomo II. Buenos Aires: La Ley, 2004.
GOMES, Luiz Flávio; CERVINI, Raúl. Crime organizado: enfoques criminológico, jurídico (Lei 9034/95) e político criminal. 2. ed. rev. atual. e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997.
GOMES, Luiz Flavio; CERVINI, Raul. Crime organizado: enfoques criminológico, jurídico-criminal. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,1997a.
LAVORENTI, Wilson; SILVA, José Geraldo da. Crime organizado na atualidade. Campinas: Bookseller, 2000.
MARCOS, Fernando Bermejo. La globalización del crimen organizado. Eguzkilore – Cuaderno del Instituto Vasco de Criminología, n. 23, San Sebastián, Diciembre 2009: p. 99 – 115. Disponível em:
MAIEROVITCH, Walter Franganiello. As associações mafiosas. RCEJ. Brasília, v. 1, n. 2, p. 101-107, mai./ago.1997.
MINGARDI, Guaracy. O Estado e o crime organizado. São Paulo: IBCCrim, 1998.
OCHOA, Ramón De La Cruz. Crimen Organizado: delitos más frequentes – aspectos criminologicos e penales. Granada: [s/l], 2006.
PACHECO, Rafael. Crime organizado: medidas de controle e infiltração policial. Curitiba: Juruá, 2007.
RINALDI, Stanislao. Criminalidade organizada de tipo mafioso e poder político na Itália. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, n. 22, p. 11-25, abr./jun. 1998.
ROCHA, Luiz Otávio de Oliveira. Agente Infiltrado: inovação da Lei nº 10.217/2001. Revista Ibero-Americana de Ciências Penais, Porto Alegre, ano 3, nº 5, p. 49-68, jan./abr.2002.
SANTOS, Juarez Cirino dos. Crime organizado. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, n. 42, p. 214-224, jan./mar. 2003
ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Globalización y crimen organizado. Revista Pensamiento Penal, ed. 117, Rio Negro, 2007. Disponível em:
O(s) autor(es) declara(m) que
a) a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra revista;
b) são integralmente responsáveis pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos;
c) autorizam aos editores da RJFA7 a proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação;
d) em caso de aceitação, a RJFA7 detém o direito de primeira publicação, sob licença CreativeCommons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Os autores permanecem com os direitos autorais, sendo permitida a reprodução, no todo ou em parte, com o necessário reconhecimento da publicação inicial, seja para distribuição exclusiva, seja para distribuição online, para propósito não comercial, garantindo-se as mesmas regras de licença.
Authors declare that
a) the contribution is original and unpublished and that it is not in the process of being evaluated in another journal,
b) they are fully responsible for the opinions, ideas and concepts emitted in the texts;
c) authorize the editors of FA7LR to make textual adjustments and adequacy of the article to the norms of publication;
d) in case of acceptance, FA7LR holds the right of first publication, under CreativeCommons Attribution-NonCommercial-Share-Alike 4.0 International license.
The authors remain with the reproduction, in whole or in part, with the necessary recognition of the initial publication, either for exclusive distribution or for online distribution, for non-commercial purposes, and the same license rules are guaranteed.