O PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE E O PROBLEMA DA TRANSMISSÃO DE PROPRIEDADE NO DIREITO PRIVADO GREGO
DOI:
https://doi.org/10.24067/rjfa7;14.2:477Parole chiave:
Democracia, Publicidade, Direito Privado, Propriedade, GréciaAbstract
A história do direito confere um lugar marginal ao direito grego clássico, sobretudo no que concerne ao campo do direito privado. A escassez das fontes arqueológicas e históricas, associada a efetiva falta de sistematização de seus códigos e práticas jurídicas, contribuiu para determinar esta posição secundária que a Grécia ocupa na história das instituições jurídicas ocidentais. Contudo, há exceções no campo da historiografia jurídica que lançaram luzes importantes sobre esta herança grega, que conheceu um desenvolvimento importante em várias cidades do período democrático. A escola francesa de história do direito, representada sobretudo pelas pesquisas de Ludovic Beauchet e Louis Gernet, elaborou, ao longo de quase cento e trinta anos, análises e descrições minuciosas das práticas judiciais gregas, inclusive do direito privado. O presente trabalho tem como objetivo analisar o contexto histórico em que se desenvolveu o direito privado grego, explorando seus vínculos com os fundamentos da democracia clássica, assim como suas ressonâncias com o direito moderno e contemporâneo. Mais especificamente, analisaremos a influência do princípio democrático da publicidade nas transferências de propriedade, sobretudo no direito privado ateniense. Para tanto, nos serviremos de fontes históricas clássicas, como a obra do filósofo Teofrasto, bem como de teorias interpretativas da dinâmica histórica que nos permitam compreender as criações específicas do campo do direito à luz das relações sociais e estruturas de poder surgidas na Grécia a partir do séc. VI a.C.
Riferimenti bibliografici
ARISTÓTELES. A política. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.
ARNAOUTOGLU. Leis da Grécia antiga. São Paulo: Odysseus, 2003.
BEAUCHET, Ludovic. Histoire du droit privée de la République athénienne. vol. 3. Paris: Librairie Marescq Ainé, 1897.
BRANDÃO, Cláudio. O direito grego clássico. In: História do direito e do pensamento jurídico em perspectiva. São Paulo: Atlas, 2012.
CÍCERO. The Speeches with an English Translation in Catilina I – IV: Pro-Murena, Pro Sulla, Pro-Flacco. London: Loeb Classical Library, 1964.
COULANGE, Faustel de. A cidade antiga: estudo sobre o culto, o direito e as instituições da Grécia e de Roma. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011.
FOUCAULT, Michel. Aulas sobre a vontade de saber. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
GERNET, Louis. Droit et institutions em Grèce antique. Paris: Flammarion, 1982.
GERNET, Louis. Anthropologie de la Grèce antique. Paris: Flammarion, 2002.
GERNET, Louis. Recherches sur le développement de la pensée juridique et morale em Grèce. Paris: Albin Michel, 2001.
GILISSEN, John. Introdução histórica ao direito. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013.
HESÍODO. Os trabalhos e os dias. São Paulo: Iluminuras, 1990.
JAEGER, Werner. A Paidéia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 1986.
PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989.
RIBEIRO, Darcy. O processo civilizatório. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2002.
VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 1992.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
L'autore(i) dichiara(i) che
a) il contributo è originale ed inedito e che non è oggetto di valutazione in altra rivista;
b) sono pienamente responsabili delle opinioni, idee e concetti espressi nei testi;
c) essi autorizzare gli editori RGFA7 ad apportare modifiche testuali e adattare l'articolo alle regole della pubblicazione;
d) in caso di accettazione, RGFA7 si riserva il diritto di prima pubblicazione, ai sensi di una licenza CreativeCommons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International copyright
Gli autori conservano i diritti d'autore, e la riproduzione, in tutto o in parte, è consentita, con il necessario riconoscimento della pubblicazione iniziale, sia per la distribuzione esclusiva che per la distribuzione online, per scopi non commerciali, garantendo le stesse regole di licenza.
(Powered by Google)