As Bases Epistemológicas da Psicanálise

Authors

  • Rebecca Rodrigues da Silva Carvalho Centro Universitário Sete de Setembro

Keywords:

Matrizes cientificistas., Epistemologia da psicanálise., História da psicanálise., Funcionalismo., Aparelho psíquico.

Abstract

Este artigo tem por objetivo compreender as matrizes do pensamento psicológico da psicanálise, em que se delimitou como matriz a cientificista, embora Figueiredo (2013), afirme que a psicanálise não se encaixe como um todo nas matrizes do pensamento psicológico. Para realização do estudo, foi utilizado o método bibliográfico, baseando-se na análise histórica da teoria psicanalítica e a sua relação com a matriz cientificista. Defende-se que a matriz cientificista desta teoria é funcionalista organicista, tendo em vista seu caráter de equilíbrio e de harmonia presente no aparelho psíquico. Nesse referencial, torna-se essencial a compreensão da matriz funcionalista e organicista e dos conceitos psicanalíticos, para então, entender como a psicanálise se encaixa nela. Assim, compreendeu-se que a teoria psicanalítica pode ser articulada com a matriz funcionalista organicista, tendo em vista o estudo da consciência, da hipnose e da personalidade, além do processo de causalidade e de intencionalidade que percorre o aparelho psíquico com a dinâmica do id, ego e superego, além dos atos falhos e lapsos de memória. 

References

ASSOUN, P. L. Freud: a filosofia e os filósofos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978.
ASSOUN, P. L. Introdução à Epistemologia Freudiana. Rio de Janeiro: Editora Imago, 1983.
BIANCO, Anna. Freud: entre o movimento romântico e o pensamento científico do século XIX. São Paulo: Psychê, nº 10, 2002. p. 149-160. Disponível em: < http://www.redalyc.org/pdf/307/30701009.pdf>. Acesso em: 03 junho 2018.
BOCK, Ana, et al. As matrizes da psicologia atual. In: Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14ª Ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2008.
COLLIN, Catherine, et al. Sabemos o significado de “consciência”, contanto que ninguém nos peça para defini-lo. In: O Livro da Psicologia. 2ª Ed. São Paulo: Globo Livros, 2016.
FIGUEIREDO, L. C. Matrizes Do Pensamento Psicológico. 19ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2013.
FIGUEIREDO, L. C. Para além das matrizes: a psicanálise como enclave da modernidade. Ceará: Revista de Psicologia, v. 21, n. 1/2, p. 103-110, 2003. Repositório Institucional UFC, 2003. Disponível em: <http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/12782/1/2003_art_lcfigueiredo.pdf> Acesso em: 03 junho 2018.
FREUD, Sigmund. A História do Movimento Psicanalítico. In: Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, v. 14, 1914 - 1916. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
FREUD, Sigmund. A Interpretação dos Sonhos (1900). Rio Grande do Sul: L&PM, v. I, 2012.
FREUD, Sigmund. O Eu e o Id. In: Obras Completas, v.16, (1923). São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
FREUD, Sigmund. Os Primeiros Psicanalistas: Atas da Sociedade Psicanalítica de Viena. Vol. I. 1906-1908. São Paulo: V de Moura Mendonça. 2015.
FREUD, Sigmund. Projeto para uma psicologia científica. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. 1, (1895 [1950]). Rio de Janeiro: Imago, 1996.
FREUD, Sigmund. Sobre a Psicopatologia da Vida Cotidiana. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. 16, (1901). Rio de Janeiro: Imago, S.D.
FREUD, Sigmund. Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade. In: Obras Completas, v.6, (1901-1905). 1ª Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
FULGENCIO, L. O Projeto como uma metáfora biológica dos processos psíquicos. Psicologia USP, 15(3), p. 117-135, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pusp/v15n3/24608.pdf> Acesso: 08 junho 2018.
GARCIA, Roza. Freud e o Inconsciente. 24ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 2009.
GOMES, Gilberto. O problema mente-cérebro em Freud. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2005, vol.21, n.2, pp.149-155, 2005 Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-37722005000200004&script=sci_abstract&tlng=pt> Acesso em: 31 maio 2018.
HORNSTEIN, Luis. Determinismo, temporalidade e devir. In: História, Clínica e Perspectivas nos Cem Anos da Psicanálise. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
JÁCO-VILELA, Ana, et al. História da Psicologia: Rumos e Percursos. Rio de Janeiro: Editora Nau, 2006.
JAMES, Willian. Os princípios da psicologia. Madrid : Daniel Jorro, 1890.
JAPIASSU, Hilton P. Introdução ao pensamento epistemológico. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1934.
KINOUCHI, Renato. Tão perto, tão distante: William James e a psicologia contemporânea. Scientiæ Zudia, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 309-15, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ss/v7n2/v7n2a09.pdf> Acesso em: 08 junho 2018.
MARCONI, M. LAKATOS, E. Fundamentos de Metodologia Científica. 5ª Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2003, 310 páginas.
RODRIGUES, Sidarta. A atualidade do projeto freudiano de 1895. São Paulo: TransFormações em Psicologia, vol. 2, nº 2, 98-111, 2009. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-106X2009000200006>. Acesso em: 03 junho 2018.
TAYLOR, E. William James and Sigmund Freud: “the future of psychology belongs to your work”. Psychological Science, 10, 6, p. 465-9, 1999. Disponível em: <http://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.1111/1467-9280.00190> Acesso em: 08 junho 2018.

Published

2019-06-17