O Desenvolvimento da Atenção Voluntária e a Crítica à Medicalização da Educação

Pensando o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade à Luz da Psicologia Histórico-Cultural

Autores

  • Ezequiel Carvalho Francisco Uni7

Palavras-chave:

Ritalina, Vygotsky, Educação

Resumo

O objetivo do presente artigo é compreender como a psicologia histórico-cultural tem contribuído na discussão atual em torno do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade acometido em crianças. Primeiramente, fez-se necessário assimilar como a Psicologia Histórico-Cultural compreende o desenvolvimento da atenção voluntária, para, posteriormente, entender suas críticas à medicalização da educação contemporânea que toma como princípio o suposto transtorno de atenção. Para alcançar tal objetivo, foi realizado um levantamento bibliográfico, tendo como procedimento metodológico a busca de trabalhos científicos em dois bancos de dados: Capes e Google Acadêmico. Como palavras-chave, de forma combinada, foram utilizadas: psicologia histórico-cultural, TDAH, Vygotsky. Como considerações finais, discutimos que a Psicologia Histórico-Cultural, ao contrário de uma visão maturacionista do desenvolvimento das funções psíquicas superiores, como é o caso da atenção voluntária, inclui questões de ordem política, social, sobretudo, cultural, sem excluir a dimensão biológica, pois esta se apresenta como o ponto de partida para que o homem se constitua como tal e como uma unidade indissociável junto com a dimensão social. Por fim, como sugestão para os próximos estudos, faz-se útil investigar as relações políticas e ideológicas que estão implicadas desde o conhecimento científico até os processos de encaminhamento, diagnóstico e tratamento da criança considerada hiperativa ou desatenta.

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Publicado

2019-06-13