Responsabilidade e Autonomia da População em Situação de Rua e os Impasses no Autocuidado

Autores

  • Rebecca Rodrigues da Silva Carvalho Centro Universitário Sete de Setembro
  • Antonia Janiele Sousa Rodrigues Centro Universitário Sete de Setembro

Palavras-chave:

Promoção de saúde., Qualidade de vida., Biopolítica., Políticas públicas., População de rua.

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar a responsabilidade e a autonomia da população em situação de rua sobre a sua própria promoção de saúde e qualidade de vida por meio das políticas públicas, utilizando como referência para análise a biopolítica. Primeiro, realizou-se uma breve revisão de literatura, através da base de dados Lilacs, utilizando os seguintes descritores: “promoção de saúde”, “políticas públicas” e “população de rua”. Em seguida, usou-se a metodologia qualitativa de pesquisa etnográfica com as técnicas de observação participante e entrevista sistemática. Coletou-se que a população de rua é um grupo de pessoas cujos vínculos familiares estão enfraquecidos, sendo permeada pelo desemprego e pelo uso e abuso de álcool e outras drogas, compartilhando em comum a extrema pobreza. Diante disso, tem fragilizada a identidade, a dignidade e a esperança, havendo o desenvolvimento de sofrimento biopsicossocial. O Relatório Lalonde defende que todas as pessoas devem se responsabilizar pela promoção de sua saúde, com base em cinco determinantes da saúde. No entanto, a população em situação de rua vive em um contexto vulnerável. Compreendeu-se que a população de rua não detém capacidade de se responsabilizar por sua promoção de saúde e qualidade de vida, considerando o ambiente, o serviço de saúde, a biologia e o estilo de vida que estão submetidos. No entanto, nota-se que se houver assistência efetiva das políticas públicas, a população em situação de rua pode desenvolver seu autocuidado.

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Publicado

2019-06-13