QUALIDADE NA GESTÃO DE SERVIÇOS DO TIPO 1 BAR SOB A ÓTICA DOS CLIENTES
Danielle
Brasil de Abreu Cruz
Graduanda do Curso de Administração do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7)
Ricardo
Aquino Coimbra
Professor adjunto do curso de Administração do Centro Universitário
7 de Setembro (UNI7). Mestre
em Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC/CAEN). Graduado em Economia pela Universidade de Fortaleza
(UNIFOR). Conselheiro da APIMEC-NE desde 2006. Conselheiro do Conselho Regional
de Economia -Ce. Professor
de cursos de graduação e pós-graduação do Centro Universitário
7 de Setembro (UNI7), UniFanor/Wyden,
Faculdade Metropolitana
(FAMETRO), Universidade Estadual
do Ceará (UECE), Centro Universitário
Estácio e da Escola de Negócios UNI7. Colunista do Segunda Opinião. Coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da ONG
Movimento Coesão Social.
RESUMO
A qualidade na
prestação de serviços tem um papel fundamental na rotina das organizações, pois
constitui-se de um segmento cada vez mais presente e compeptitivo. Produzir
bens ou serviços que alcancem a satisfaçam e as necessiades do consumidor que
encontra-se cada vez mais exigente deve ser o principal foco das atenções de
qualquer oreganização que queira se manter rentável e saudável frente a
concorrência. Este trabalho teve como objetivo geral analisar a qualidade na
prestação de serviços para empresa Tipo
1 Bar. O trabalho constitui-se de um estudo de caso com abordagem de carater
quantitativo com aspectos qualitativos e para a coleta de dados necessários a
realização da mesma, foi utilizado como instrumento questionários com perguntas
fechadas e uma aberta em que os intevistados podessem criticar ou sugerir algo,
bem como a analise para observação de
oportunidades e ameaças. Atravéz desde estudo pode-se trabalhar póssiveis
mudanças e melhorias para maior satisfação do cliente e melhor qualidade do
serviço. Tendo o consumidor final como principal ferramenta para possíveis
mudanças.
PALAVRAS-CHAVE: Atendimento. Consumidor. Processo de serviços.
Qualidade. Satisfação do Cliente.
ABSTRACT
The quality of service delivery plays a fundamental
role in the routine of organizations, since it constitutes an increasingly
present and competitive segment. Producing goods or services that meet the
needs and needs of the increasingly demanding consumer should be the main focus
of attention for any organization that wants to remain profitable and healthy
against competition. This work had as general objective to analyze the quality
in the service rendering for company Type 1 Bar. The work is constituted of a
case study with quantitative character approach with qualitative aspects and
for the collection of data necessary to the accomplishment of the same one, was
used as instrument questionnaires with closed questions and an open in which
the participants could criticize or suggest something, as well as the analysis
for observation of opportunities and threats. From this study, one can work on
post-change and improvements for greater customer satisfaction and better
quality of service. Having the final consumer as the main tool for possible
changes.
KEYWORDS: Attendance. Consumer. Customer Satisfaction. Service process. Quality.
Tendo em vista pesquisa citada pelo Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), feita pela Associação Brasileira
de Bares e Restaurantes (ABRASEL) junto com Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) de 2016, concluiu-se que a cada 100 estabelecimentos que são
criados no Brasil, 35 fecham em 1 ano e 50 em 2 anos, afirmando com isso que o
mercado de bares e restaurantes é
versátil, exige mudanças constantes para adaptação as novidades principalmente
alimentares e também de tecnologia, que valorizam o meio todos os dias sendo
com isso necessário está a frente dos concorrentes e saber agradar os clientes
que estão cada vez mais exigentes e buscando sempre inovações.
Através dessa
informação é possível perceber que não adianta oferecer um serviço qualquer,
comum, é preciso muito mais que o básico para se manter funcionando diante do
mercado atual, é preciso qualidade, diversidade, diferencial, presteza. Uma
gestão de serviços de excelência trará satisfação, bem estar, feedback positivo, retorno e a indicação
de novos clientes ao estabelecimento. O
segmento supracitado encontrasse em uma constante de crescimento de acordo com
uma pesquisa realizada em 2017 pelo IBGE, citada pela ABRASEL onde afirma que o
setor de serviço cresce com isso exigindo uma gestão da qualidade minuciosa e
precisa dos estabelecimentos do ramo.
O cliente é peça
fundamental para o sucesso e o desenvolvimento de um negócio promissor seja ele
produto de serviço ou bens tangíveis. A qualidade quando se trata de um “produto
de serviço” é primordial e imprescindível, pois é através dela e da frequência
de uso que o cliente ira basear o valor que irá pagar. Infelizmente nem sempre
os clientes estão contentes e satisfeitos com a qualidade e/ou valor dos
serviços que recebem.
Tantos os
compradores individuais como os corporativos reclamam de promessas não
cumpridas, pouco valor agregado em comparação com o que pagam. As queixas
principais são em relação ao não entendimento de suas necessidades, rispidez ou
incompetência de funcionários que muitas vezes não tem autonomia ou
conhecimento necessário para esclarecer dúvidas ou prestar o serviço de forma
eficaz e eficiente como o cliente espera, bem como também horários
inconvenientes, procedimentos muito burocráticos e tantos outros problemas. É
necessário treinamento especializado para buscar um atendimento eficiente.
(LOVELOCK; WIRTZ; HENZO, 2011).
Acontece que
muitas empresas ainda não estão preparadas para responder à altura ao
consumidor atual, devido ao vasto número de concorrentes no mesmo ramo
deixando-o assim à vontade para escolher o estabelecimento que mais se destacar
dentro da visão de cliente e de suas necessidades. De acordo com IBGE o setor
cresceu 1% só em abril de 2017 em decorrência das empresas de bens tangíveis
que estão apostando fortemente na comercialização de serviços em seus negócios.
Um exemplo muito forte disto aparece na indústria automobilística através de
seguros, garantias, acordos de leasing, manutenções, entre outros. O
envolvimento do cliente nas decisões estratégicas, produtos mais voltados para
o movimento do mercado, tecnologias, funcionários com mais autonomia, soluções
mais personalizadas são algumas características que reforçam essa era da
interação de bens e serviços (HOFFMAN et
al., 2009).
Apesar de afetado pela crise econômica, as vendas
do setor no Brasil devem crescer quase o dobro deste ano em 2018. 2,5% foi o
aumento estimado para 2017, e de 4,5% deve ser impulsionado pela continuidade
da melhoria do desempenho da economia, mudanças na legislação trabalhista,
reduzindo, por exemplo, os conflitos entre empregadores e empregados. Essa é
expectativa do presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e
Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci.
Ele acredita que o crescimento de 2017 ocorreu de maneira mais intensa no
segundo semestre. Conta que, hoje, só cerca de 28% das empresas declaram que
estão trabalhando com prejuízo. No pico da crise, iniciada no segundo semestre
de 2015, esse percentual no Brasil chegou a 39%.
Neste contexto mostra-se
a significância da qualidade na gestão dos serviços através da satisfação dos
clientes no Tipo 1 Bar, oportunizando desta maneira aperfeiçoar sua visão
estratégica de qualidade e oferecer serviços diferenciados buscando continuamente vantagem competitiva
frente a concorrência.
Com tema de Gestão de
Serviços no Segmento de Bares, mais especificamente na empresa Tipo 1 Bar, foi
desenvolvida uma pesquisa onde teve como problema a qualidade dos serviços
prestados percebidas pelo cliente no estabelecimento com objetivo geral de
analisar a gestão do mesmo. Descrevendo com isso o processo, bem como, as
variáveis relacionadas a qualidade e a medida dos serviços desenvolvidos pelo
bar na ótica dos clientes.
Nesta seção apresenta-se
conceitos e fundamentos existentes na literatura científica sobre o assunto em
questão, através da identificação do processo de gestão de serviços e das
variáveis relacionadas à qualidade.
Neste capitulo são apresentados
conceitos relacionados a gestão de serviços, processo de prestação de serviço,
comportamento dos consumidores e composto de marketing de serviço.
Serviços são atividades econômicas
que uma parte oferece a outra. Geralmente baseadas no tempo, seu desempenho
traz a seus destinatários os resultados, objetos ou outros ativos pelos quais
os compradores têm responsabilidade. Em
troca de dinheiro, tempo e esforço os consumidores de serviço esperam receber o
valor do acesso dos bens, mão de obra, habilidades profissionais, instalações,
redes e sistemas, mas eles não costumam deter a propriedade de qualquer um dos
elementos físicos envolvidos (LOVELOCK, WIRTZ, HENZO, 2011).
Pode-se admitir que a distinção
entre bens e serviços nem sempre é perfeitamente clara. Na verdade, é difícil,
se não impossível, fornece um exemplo de um bem puro ou de um serviço puro. Um
bem puro implicaria que os benefícios recebidos pelo cliente não contivessem
elementos fornecidos elos serviços. Da mesma forma, um serviço puro não
conteria bens tangíveis (KOFFMAN, et al.,
2009).
No
geral, bens podem ser definidos como objetos, dispositivos ou coisas, ao passo
que serviços podem ser definidos como ações, esforços ou desempenhos. Além
disso, quando é mencionado o termo produto, nota-se que ele se refere tanto a
bens quanto a serviços. Por fim, a diferença principal entre bens e serviços é
a propriedade da intangibilidade (KOFFMAN, et
al., 2009).
A
importância do conceito de serviço num mundo crescentemente turbulento em que a
mudança é a regra mais que a exceção (em que as empresas têm de ser flexíveis
para adaptar-se a condições mutáveis e mutantes do ambiente em que se inserem)
é a de prover uma base de estabilidade dentro da qual a flexibilidade possa
acontecer. Uma organização que tenta ampliar desmedidamente sua flexibilidade,
sem orientação, pode perder controle sobre seus custos e tornar-se caótica ou
pouco lucrativa (desfocalizada). O conceito do
serviço faz esse papel: cria um senso de propósito e ajuda a manter o foco. O
conceito de serviço é a imagem mental que os grupos de interesse têm (ou
deveria ter) do serviço, aquilo que dá um nível de clareza e direção para uma
atividade que é nebulosa por natureza (CORRÊA, CAON, 2008).
Serviço é qualquer atividade ou
benefício que uma parte possa oferecer a outra, que seja essencialmente
intangível e que não resulte propriedade de alguma coisa. Sua produção pode ou
não estar ligada a um produto físico (KOTLER, 2003).
Sem uma operação bem-sucedida, a
empresa estará fora dos negócios, pois não terá nada para oferecer aos
clientes. No entanto, as empresas determinadas a criar uma operação de serviços
podem escolher entre uma grande variedade de alternativas operacionais. Estrategicamente,
a empresa de serviços pode optar por usar suas operações como o
componente-chave da sua estratégia competitiva ou ver suas operações como mal
necessárias. A como a competitividade operacional é adotada por várias empresas
de serviços é descrita por quatro estágios: (HOFFMAN, et al., 2009)
1. disponível
para serviço- as operações de empresas com esse nível de competitividade
são vistas como “mal necessário”. As operações são, no máximo, reativas às
necessidades do resto da organização e prestam serviços como especificado.
2. diarista-
Muitas vezes esse tipo de competitividade é proporcionado pela chegada da
concorrência. Já não é mais suficiente ter apenas uma operação que funciona. A
empresa precisa obter feedback de
seus clientes sobre custo relativo e qualidade percebida do serviço.
3. competência
diferenciada- Nesse estágio, as operações alcançam um ponto em que
continuamente se superam, reforçadas pela função de administração do pessoal e
por sistemas que apoiam o foco ao cliente. A empresa já dominou o núcleo do
serviço e entende a complexidade de modificar essas operações.
4. excelência
em serviços- Para sustentar esse nível de desempenho, o departamento de
operações não precisa só se sobressair, mas também aprender rapidamente e ser
inovador.
O
escritório administrativo precisa ser proativo, desenvolver as próprias
capacidades de gerar oportunidades. A tecnologia é vista como um meio de
quebrar o paradigma – fazer as coisas que os concorrentes não fazem. A própria
força de trabalho devem ser fontes de inovadores, não apenas de operadores.
Para alcançar isso os supervisores de linha de frente devem ir além de treinar.
Como mentores, precisam responsabilizar-se pelo desenvolvimento do pessoal de
operação de modo que os funcionários apliquem as habilidades necessárias para
inovar a empresa (HOFFMAN, et al., 2009).
O consumo de serviço é dividido nas
seguintes fases: pré-compra, encontro de serviço e
pós-encontro: (LOVELOCK, WIRTZ, HENZO, 2011)
1. fase de pré-compra-
se inicia com o despertar da necessidade – a conscientização
de uma necessidade por parte do consumidor em potencial- e continua com a busca
de informações e avaliação das alternativas para que se decida pela compra ou
não de um serviço em particular.
2. fase de encontro- após
tomar a decisão de compra, os consumidores passam para essência da experiência
de serviço: a fase de encontro com serviço, que geralmente inclui uma série de
contatos com fornecedor escolhido. Um encontro de serviço é um período durante
o qual clientes interagem diretamente com um serviço. Esse encontro ocorre
tanto com pessoal de frente como com pessoal de bastidores, pois, mesmo que o
cliente não veja o que acontece, ele percebe seu impacto sobre a qualidade do
serviço.
3. fase pós-encontro- durante
a fase pós-encontro do consumo de serviço, os clientes avaliam o desempenho do
serviço que experimentaram comparando com suas expectativas prévias.
Quando discutem estratégias de bens manufaturados,
profissionais de marketing geralmente abordam quatro conjuntos de elementos
estratégicos básicos: produto, preço, praça (ou distribuição) e promoção (ou
comunicação). Juntos, esses quatro elementos são conhecidos como os 4 Ps do composto de marketing. Desta forma os 4 Ps do marketing, foram desenvolvidos para bens, não são
adequados para lidar com as questões recorrentes do marketing de serviços e
devem ser adaptados e ampliados. Eles se tornarão mais complexos para abranger
a maior complexidade que as características de serviços, em particular sua
intangibilidade, implicam (LOVELOCK, WIRTZ, HEMZO, 2011).
Além
disso, o tradicional composto de marketing não abrange a administração da
interface com os clientes. Em consequência, precisa-se ampliar o composto
acrescentando três novos elementos associados à entrega de serviços: processos,
ambiente físico (“P” de physical environment,
em inglês) e pessoas. Passando então a considerar sete elementos que,
denomina-se coletivamente como os 7Ps do composto de marketing de serviços,
englobam o conjunto de variáveis que representam as decisões gerenciais de
marketing necessárias para criar estratégias viáveis, voltadas ao atendimento
das necessidades dos clientes de modo lucrativo em um mercado competitivo:
(LOVELOCK, WIRTZ, HEMZO, 2011)
1. elementos do produto- os
serviços estão no centro da estratégia de marketing de uma empresa. Se um
produto for mal projetado, não criará valor significativo aos clientes, mesmo
que o restante dos 7 Ps sejam bem executados. O
planejamento do composto de marketing começa com a criação de um conceito de
serviço que oferecerá valor para segmentar os consumidores e satisfazer melhor
suas necessidades do que as alternativas concorrentes.
2. lugar (praça) e hora- a
distribuição de um serviço pode envolver canais físicos ou eletrônicos, ou
ambos, dependendo da natureza do serviço fornecido.
3. preço e outros desembolsos do usuário- assim
como no caso do valor de um produto, aquele inerente aos pagamentos é fundamental
para o papel do marketing na facilitação de uma troca de valores entre uma
empresa e seus clientes. Para os fornecedores, a estratégia de preço é o
mecanismo financeiro pelo qual a receita é gerada para compensar os custos de
prestar o serviço e obter uma margem de lucro.
4. promoção e educação- nenhum
programa de marketing pode ser bem-sucedido sem comunicações eficazes. Esse
componente desempenha três papeis vitais: promover informações e conselhos
necessários, persuadir consumidores-alvo quanto aos méritos de um produto
específico e incentivá-los a agir em momentos específicos. Em marketing de
serviços, grande parte da comunicação é de natureza educacional, especialmente
para novos clientes.
5. processo- gerentes
inteligentes sabem que, quando se trata de serviço, como uma empresa faz as
coisas - os processos subjacentes -, em geral, é tão importante quanto o que
ela faz. Dessa forma, criar e entregar elementos de produto a clientes requer
elaboração, o planejamento e a implementação de processos eficazes. Processos
mal elaborados quase sempre levam a uma entrega lenta, burocrática e ineficaz,
ao desperdício de tempo e uma experiência frustrante.
6. Ambiente físico- a
aparência de edifícios, paisagismo, veículos, mobiliário, equipamento, uniforme
do pessoal, sinalização, material impresso, e outros elementos visuais
proporcionam evidencias tangíveis da qualidade do serviço de uma empresa,
facilitam sua entrega e orientam seus clientes por seu processo.
7. pessoas- apesar dos avanços
tecnológicos, muitos serviços dependem da interação direta entre os clientes e
os profissionais de uma empresa. O próprio conceito de serviços baseia-se na
ideia de que, cada vez mais, as soluções para as necessidades das pessoas são
desenvolvidas com base na oferta de competência de pessoais aplicadas na
coprodução com clientes, ou seja, pessoas interagindo com outras para criar
soluções.
Ao refletir sobre esses 7 elementos,
logo deve ficar claro que os profissionais de marketing que atuam no setor de
serviço não podem esperar ter sucesso sem a participação dos gerentes de outras
funções. Isso significa que o moderno profissional de marketing de serviços,
além de dominar os conceitos de sua área também deve aprofundar seu
conhecimento nessas outras áreas cada vez mais importantes: operações e
recursos humanos (LOVELOCK, WIRTZ, HEMZO, 2011).
Nesta seção é
descrita a gestão da qualidade em serviço, atividades de linha de frente e
retaguarda e os serviços como diferencial competitivo.
A melhor maneira de abordar o
assunto talvez seja distinguir medição da qualidade do serviço de medição de
satisfação do cliente. Para a maioria dos especialistas a satisfação do cliente
é uma medida de curto prazo, específica da transação, ao passo que a qualidade
do serviço é uma atitude formada por uma avaliação de longo prazo da
performance geral (HOFFMAN, et al., 2009).
O modelo de gerenciamento que busca
a eficiência e a eficácia organizacionais é considerado gestão da qualidade.
Ele supera o simples controle da qualidade da produção, assim como a qualidade
intrínseca de bens e serviços. Partindo disso, a gestão estratégica baseia-se
na flexibilidade organizacional de toda a linha de produção para que a demanda
do mercado possa ser acompanhada (PALADINI, 2009).
O entendimento predominante nas
últimas décadas e que certamente representa a tendência futura é a conceituação
de qualidade como satisfação dos clientes (CARPINETTI, 2010).
Como todo processo de gestão, a
qualidade possui princípios que devem ser seguidos para garantir a eficiência e
eficácia do processo, enumeram nove princípios básicos exigidos no processo de
gestão da qualidade: (LACOMBE, HEILBOM, 2003)
1. cliente como prioridade absoluta;
2. priorização da qualidade;
3. ampliação do conceito de
qualidade;
4. todas as pessoas são responsáveis
pela qualidade;
5. melhoria continua e sem fim;
6. aplicação de técnicas
estatísticas;
7. educação e capacitação das
pessoas;
8. mudança radical de mentalidade;
9. liderança.
A uma correta gestão da qualidade dos serviços será
responsável por produzir um pacote de valor que gera níveis de satisfação que
garantam que o cliente fique fidelizado. Um cliente será um cliente retido,
frequente, que, mais do que apenas voltar, será um agente de marketing da
empresa, fazendo propaganda boca a boca divulgando sua satisfação em seu
círculo de influência, auxiliando a ampliar a conquista de novos clientes. Com
mais novos clientes conquistados que perdidos, amplia-se a participação de
marcado e, com serviços diferenciados, pode-se comandar preços mais altos pelos
serviços. Ambos auxiliam no aumento da lucratividade. Mais qualidade está
ligada a lucratividade por ambos os lados: pelo mercado e pelos custos. Isso
por que um pacote de valor cujos os elementos (estocáveis e não estocáveis)
tenham sido produzido de forma certa da primeira vez não demandará retrabalho,
refugos de materiais, representação do serviço mal feito, entre outros. Isso
evidentemente demandará menor quantidade de recursos e portanto os custos serão
menores, auxiliando, agora pelo lado dos custos, no aumento da lucratividade
(CORRÊA, CAON, 2008).
As expectativas do
cliente são formadas com base em alguns fatores: (CORRÊA, CAON, 2008)
a. necessidades
e desejos dos clientes-
influenciam a expectativa do cliente, pois ele, ao procurar o prestador de
serviço, espera, antes de qualquer coisa, que sua necessidade seja satisfeita
ou que seu desejo seja atendido.
b. experiência
passada do próprio cliente- experiências passadas influenciam o grau de expectativa do cliente tem ao
procurar um prestador de serviço. Se o nível de satisfação do cliente com as
experiências passadas com o prestador for alto, as expectativas tenderam a ser
inflacionada.
c. comunicação
boca a boca- é uma
ferramenta importante para o gestor de operações de serviços. Trata-se de um
fator que influencia as expectativas do cliente e é relacionado às experiências
passadas de outros clientes. Importante que o boca a boca pode trabalhar os
dois lados: a favor e contra o prestador de serviço (e, infelizmente quando
trabalha contra é mais eficaz que quando trabalha a favor).
d. comunicação
externa- inclui todo tipo
de comunicação, tanto da própria organização como de órgãos externos (sites da
internet que avaliam e comparam fornecedores, propaganda, credenciais – por
exemplo, os diplomas exibidos nas paredes). Esses fatores tendem a ter alguma
influência também sobre o grau de expectativa do cliente e estão em geral mais
sob controle do prestador de serviços.
e. preço- interessantemente, muitas vezes, pela
própria dificuldade de avaliação objetiva que um serviço apresenta,
principalmente antes da compra, o cliente tende a estabelecer em sua mente uma
espécie de correlação entre o preço cobrado e a qualidade esperada do serviço.
Preço é um aspecto do serviço que pode ser objetivamente avaliado, ranqueado, e
comparado. Talvez por esse motivo o cliente tende, em algumas situações, a
ranquear em suas expectativas a “qualidade esperada” de acordo com a
sequencia de ranqueamento
de preço, como que assumindo que um serviço caro “deve ser bom”.
Toda discussão até
agora, tratou da qualidade do serviço em front
office (linha de frente), percebida pelo cliente. A discussão centrou-se em
como são os elementos e os mecanismos que o cliente usa para avaliar sua
satisfação com o serviço e como influenciá-los (CORRÊA, CAON, 2008).
Chega-se
à conclusão de que o modelo mais robusto encontrado na literatura e na prática
das empresas é uma que atribui a satisfação do cliente ao resultado de uma
comparação que ele fez entre sua faixa de expectativa antes da prestação dos
serviços e sua percepção ao serviço, depois que este é prestado. Das muitas
atividades executadas por uma unidade prestadora de serviço, certa quantidade
realizada na linha de frente, ou seja, em contato com o cliente. Estas se
chamam momentos de contato ou momento da verdade. Entretanto, existe outra grande
quantidade de atividades, realizadas em contato com o cliente, mas que são
importantes porque representam: (CORRÊA, CAON, 2008)
a. suporte para que as atividades referentes
aos momentos de contato tenham sucesso. Daí as atividades
sem contato serem chamadas também de
retaguarda. Elas existem para garantir que os momentos de contato tenham
sucesso para que os níveis de satisfação proporcionados ao cliente garantam sua
retenção.
b. influência no nível de eficiência no uso de
recursos. Atividades de retaguarda, além de influenciarem no sucesso
ou no insucesso dos momentos de contato, são também importantes direcionadores
de custo para a organização.
As atividades de retaguarda são de natureza diferente
das atividades de linha de frente, por fatores ligados a (presença ou contato
com o) cliente. A presença do cliente traz níveis de incertezas e variabilidade
que a atividade de retaguarda muitas vezes não tem.
Do ponto de vista de um cliente, o
encontro com pessoal de serviço é com certeza o aspecto mais importante. Da
perspectiva da empresa, os níveis de serviço e o modo como ele é entregue pela
linha de frente podem ser importantes fontes de diferenciação, bem como de
vantagem competitiva. O pessoal desserviço tem extrema importância para os
clientes e para o posicionamento competitivo da empresa por que: (LOVELOCK,
WIRTZ, HEMZO, 2011)
a. é uma parte essencial do produto. Muitas
vezes é o elemento mais visível do serviço, pois é quem entrega que determina
parte significativa de sua qualidade;
b. representa a empresa de serviço. Do ponto de vista
do cliente, a linha de frente é a empresa;
c. é a marca. O pessoal e o
serviço da linha de frente quase sempre são parte essencial da marca. É o
pessoal de serviço que determina se a promessa da marca é, afinal,
cumprida;
d. afeta vendas. Costuma ter
crucial importância na geração de vendas, vendas cruzadas, vendas de
atualizações de produto;
e. determina a produtividade.
Influencia fortemente a produtividade das operações de linha de frente.
Além do mais, esses funcionários
desempenham papel fundamental na previsão das necessidades dos clientes,
adaptando a entrega desserviço e desenvolvendo relacionamentos personalizados
com eles, gerando, por fim, sua fidelidade (LOVELOCK, WIRTZ, HEMZO, 2011).
Na busca pela sobrevivência, a empresa tem procurado oferecer maior qualidade em serviços e produtos. Porém, mediante da concorrência estabelecida, que oferece a seus clientes os mesmos produtos e serviços, o atendimento ao cliente torna-se como principal fator de vantagem competitiva nas organizações (NEVES, 2006).
É
considerado o primeiro nível do Marketing de Relacionamento (conceito surgido
na década de 90, motivado por pesquisas que indicavam que conquistar um novo cliente
custava, em média, cinco vezes mais do que reter um cliente). O segundo nível
corresponde ao Marketing um a um ou Marketing Individualizado, no qual cada
cliente é tratado individualmente e a oferta da empresa é customizada em função
desse cliente (DIAS, 2003).
Este capítulo destina-se a
apresentar a metodologia que foi utilizada para o desenvolvimento do respectivo
trabalho, demonstrando o tipo de pesquisa e a forma como os dados foram
coletados, analisados e interpretados.
O trabalho caracteriza-se como uma
pesquisa exploratória predominantemente quantitativa com aspectos qualitativos.
Justifica-se por ser quantitativa no diagnóstico que foi realizado com a
utilização de dados estatísticos em porcentagem e aplicado em cerca de 40
consumidores e justifica-se quantitativa na realização do tratamento dos dados,
que foram explorados e utilizados para elaboração de soluções que possam
melhorar os problemas diagnosticados, permitindo com isso que o objetivo geral
da pesquisa seja alcançado.
A
pesquisa exploratória coleta informações preliminares para ajudar a definir o
problema e sugerir as hipóteses (MALHOTRA,2013).
A
pesquisa quantitativa foi definida como tipo de pesquisa que quantifica opiniões,
dados, na forma de coleta de informações e no emprego de recursos e técnicas
estatísticas desde as mais simples (percentagem, média, moda, desvio padrão)
até as de uso mais complexos (coeficiente de correlação e análise de
correlação) (OLIVEIRA, 2002).
Para o presente estudo este
procedimento de questionário estruturado de questões objetivas ajudou a
analisar se a maneira como é imposto o serviço no Tipo 1 Bar ao cliente está
agradando, e de que forma pode-se melhorar para que seu público alvo sinta-se
satisfeito, retorne ao estabelecimento e traga mais consumidores com isso
aumentado seu faturamento mensal.
Estudo de caso visa compreender o
evento em estudo e ao mesmo tempo desenvolver teorias mais genéricas a respeito
do fenômeno observado. Vai além de descrever os fatos ou situações, senão que
busca proporcionar conhecimento acerca do fenômeno estudado e comprovar ou
contrastar relações evidenciadas no caso. O objetivo do estudo de caso é
explorar, descrever, explicar, avaliar e/ou transformar o problema em questão
(YIN, 2005).
O
estudo de caso permite uma observação real do que se pretende. É uma
investigação para se preservar as características globais e enxergar de forma
ampla e verdadeira o problema que se busca solução. No caso de venda de
serviços, o estudo de caso tem que ser sempre voltado a satisfação do cliente
pois é essa a principal fonte de retorno ao estabelecimento. É através do
conhecimento e visão de do todo da empresa que se toma decisões mais assertivas
para empresa. A satisfação do cliente de serviço é de fundamental importância
para o estabelecimento continue tendo rotatividade, produtividade e
rentabilidade.
Matias-Pereira (2012) diz que, as
amostras não probabilísticas podem ser aquelas em que são escolhidas que
representem todas as outras.
O
estudo foi uma amostra não probabilísticas acidentais, onde os elementos são
selecionados por conveniência do pesquisador, são as pessoas que estão ao seu
alcance e dispostas a responder a um questionário. Foram preenchidos por cerca de 40 clientes de
forma aleatória.
A pesquisa mediu o nível de
satisfação e onde é necessário melhorar de acordo com a maioria das respostas
dadas por eles. E foi através das respostas destes clientes que se fara
melhorias para o todo.
No que se refere a escolha do instrumento de coleta de dados dependerá
dos objetivos que se pretende alcançar na pesquisa e da amostra a ser investigada
(MATIAS-PEREIRA, 2012).
Quanto ao tipo de instrumento, o
presente estudo utilizou um questionário com 10 questões de múltipla escolha,
cuidadosamente elaborado para que fornecesse informações requeridas pelo
problema de pesquisa.
As
perguntas devem ser fáceis de entender, livres de jargão técnico e palavras
ambíguas, não podem ser agressivas, devem ser breves, não devem ser
tendenciosas (isto é, não devem encorajar os entrevistados a responder e um
modo particular) (MALHOTRA, 2013).
Foi realizado um teste a fim de
validar as perguntas elaboradas no questionário e concluir se estavam claras e
de fácil entendimento do entrevistado. Com isso o pré-teste foi aplicado em 20
clientes aleatórios do Tipo 1 Bar.
O pré-teste pode ser aplicado mais
de uma vez, tendo em vista o seu aprimoramento e o aumento de sua validez. Deve
ser aplicado em populações com características semelhantes, mas nunca naquela
que será seu alvo de estudo (MARCONI, LAKATOS, 2010).
Após o pré-teste,
foi construída a versão final do questionário, adaptando de forma a ser mais
claro e melhor compreendido para que tenha um resultado final satisfatório. Foi
solicitada autorização da empresa Tipo 1 Bar para que os dados necessários
fossem coletados.
Nesta seção é
apresentado o método de coleta, tabulação e tratamento dos dados que foram
utilizados para análise dos resultados.
A aplicação do
pré-teste se deu de forma presencial, onde o consumidor aleatório foi convidado
a preencher o questionário dentro do estabelecimento em questão no momento do
encerramento da conta. Teve-se um resultado satisfatório visto que todas as
perguntas foram respondidas sem intercorrências ou erros graves.
Após coleta de dados extraídos do
questionário de perguntas objetivas, foram organizadas em gráficos e analise no
Microsoft Office Excel de forma a
facilitar o ordenamento das informações principais, possibilitando a
compreensão e interpretação de forma concreta.
Os pesquisadores
registram as informações geradas pelo estudo em um relatório (GILBERT,
CHURCHILL, PETER, 2012).
Essa é a etapa mais importante do
projeto de pesquisa, e busca determinar o que os dados significam, quais
insights oferecem, se os resultados parecem lógicos e razoáveis, caso não sejam
é necessário revisar os pressupostos da pesquisa, assim como o processo que
levou àqueles resultados, muitas vezes exigindo pesquisa complementar em busca
de informações mais úteis, se as suposições propostas nas hipóteses são ou não
pertinentes ao problema estudado.
Nesta dimensão foi apresentado um
breve histórico da organização onde foi realizada a pesquisa. De tal modo,
foram apresentados os resultados obtidos com 40 clientes do estabelecimento em
estudo.
Localizada na
Avenida João de Araújo Lima 761 no Bairro José Walter a empresa Tipo 1 Bar foi
inaugurada dia 7 de janeiro de 2017, estando hoje com a 1 ano e 8 meses de funcionamento de terça a
sábado a partir das 17h.
Dois meses após sua
inauguração a empresa passou por uma reformulação. Abriu em janeiro com 2
sócios (irmãos), que por ventura colocou uma terceira pessoa, sem um consenso e
harmonia entre eles a sociedade foi desfeita ficando assim um único dono que
atende por José Ivo Simões de Moura Silva. Hoje a equipe é composta de 1
cozinheiro, 1 auxiliar de cozinha, 3 garçons, 1 estagiário e o proprietário que
participa e acompanha ativamente de todas as funções para o bom funcionamento e
desempenho do serviço, portanto a empresa é formada por 6 funcionários diretos
e o proprietário.
Por ser uma
microempresa todas as principais áreas da empresa se concentra em uma única
pessoa, o proprietário que tem a decisão final, portanto na área de compras,
finanças, recursos humanos ele quem sozinho organiza e toma as decisões. Já na
parte de produção, marketing, atendimento ele conta com ajuda do seu pessoal.
A empresa atua no
ramo de entretenimento, sua principal função é com venda de bebidas alcoólicas
e petiscos em geral voltados para bares. Comidas rápidas de fácil preparo e em
pequenas porções que variam para 1 ou 2 pessoas. O cardápio conta com mais de
25 opções, bebidas alcoólicas e não alcoólicas.
Os clientes do Tipo
1 Bar são pessoas que procuram simplicidade, rapidez no atendimento, cerveja
gelada, preço acessível e petiscos de qualidade e um ambiente descontraído,
calmo e com boa música. Aos fins de semana com música ao vivo.
Após a coleta de
dados, as informações foram digitadas em uma planilha, para se obter as
informações necessárias para fazer a distribuição dos dados amostrais
essenciais para a criação dos gráficos que explicam cada questionamento do
questionário de satisfação e percepção dos frequentadores do Tipo 1 Bar,
facilitando as análises e interpretações relacionadas ao referencial teórico,
usando os programas Word 7 e Excel 7 para tabular e criar os gráficos, ao qual
a técnica estatística utilizada foi: a porcentagem.
Segundo Chagas (pg.
05, 2011)
A satisfação refere-se a
encontros específicos, sendo necessária, para que ela aconteça, a realização da
experiência, ou seja, o consumidor tem de ter experimentado o produto ou o
serviço. Em outras palavras, a satisfação é uma avaliação essencialmente
experimental, ao passo que a experiência para a avaliação da qualidade
percebida não se faz obrigatória, e o horizonte temporal dela é superior ao da
satisfação.
Sendo assim, a satisfação do cliente é o que faz com que o mesmo se sinta a
vontade e disposto a voltar ao local que lhe propôs um momento agradável, isso
pode ser observado a partir da afirmação de Chagas, que fala sobre aliar à
satisfação a experiência do consumidor.
Os frequentadores
mais assíduos deste estabelecimento são na maioria do gênero masculino, onde o
percentual foi de 76%, que equivale a 30 entrevistados, e 10 mulheres, correspondendo
a 24% da amostra do universo da pesquisa, onde o número total de entrevistados
de todos os gêneros foram 40 clientes.
Sobre a idade dos
entrevistados, a faixa etária que mais visita o bar está entre 18 a 50 anos,
onde o maior índice é de jovens com idade entre 20 a 26 anos com percentual de
39%, logo em seguida tem os clientes com idade de 26 a 35 anos e com 27% da
amostra total e por fim frequentadores com idade ente 35 a 50 anos, tendo 22%
do total, somando 88% dos entrevistados, ou 35 pessoas entrevistadas com idade
de 20 a 50 anos. Os outros 12% ficaram entre outras idades.
A escolaridade mais
frequente é muito variada, mais pode ser identificado que a maioria tem o 2º
grau completo correspondendo a 50% ou 20 entrevistados, em linhas gerais a soma
das pessoas entrevistadas com o 2º grau completo ou ensino superior são de 70%
do total pesquisado, avaliando assim, os frequentadores desse estabelecimento.
Pode-se analisar também que o percentual de pessoas que possuem o 3º grau
incompleto é o mesmo dos que tem o 2º grau incompleto que somam 30% do total
amostral.
Em relação a serviços e, observou-se que os preços geralmente rotulam a
qualidade do serviço, em empreendimentos mais caros os serviços podem ser
aparentemente melhores como Powers (pg. 37, 2004),
afirma “Uma base de clientes educados e sofisticados está colocando crescente
ênfase no valor dos bens ou serviços que recebem em relação ao preço que
pagam”. Com isso, pode-se analisar que por existir clientes com determinados
interesses, os valores dos produtos podem variar.
GRÁFICO 1: Preço dos alimentos e bebidas ofertados
Fonte: Dados da pesquisa, 2018.
Em relação ao preço
dos produtos vendidos, que estão relacionados a alimentos e bebidas, pode ser
identificado que os entrevistados achavam o preço ótimo, dando um percentual de
78% ou 31 pessoas que opinaram, o segundo mais votado foi preço bom com 20% ou
8 entrevistados, analisando assim, que os mesmos acham que o preço é
satisfatório, em relação aos produtos vendidos, então pode-se analisar que não
precisa ter preços excessivos para se ter qualidade na bebida e comida vendida.
Nenhum dos entrevistados achara o preço ruim, reforçando assim a ideia de que
preço e qualidade podem e devem andar juntos.
O quesito limpeza
também é um dos fatores que influenciam o cliente na hora de escolher o estabelecimento,
pois não basta ter os alimentos e bebidas com boa qualidade e assiduidade, o
local onde está sendo servido também tem quer ser limpo, tanto dentro do
empreendimento, quanto no seu entorno,
GRÁFICO 2: Limpeza
do ambiente
Fonte: Dados da pesquisa, 2018.
Com isso pode-se
analisar que as opiniões dos entrevistados se dividiram entre ótima e boa,
sendo que a primeira opção tem 86% dos votos e o segundo lugar 15%,
Considerando a limpeza do ambiente satisfatória, tendo em vista que não
houveram reclamações a esse respeito. É visível o quanto o estabelecimento
preza pela limpeza interna e externa também.
O tempo de espera pode levar o cliente a mudar de ideia
na hora de efetuar sua compra, logo como todos os outros itens analisados
anteriormente, essa categoria também pode influenciar na satisfação do usuário.
GRÁFICO 3: Tempo de espera pelo pedido feito
Fonte: Dados da pesquisa, 2018.
Observando o
gráfico 3, ver-se que a opção regular tem um alto percentual se for comparado
aos demais com um índice de 63% ou 25 entrevistados que optaram por essa
resposta, logo em seguida tem a opção bom com 25% ou 10 pessoas que não
gostaram do tempo que tiveram de esperar pela entrega dos seus pedidos.
O cardápio é
fundamental para a escolha de um estabelecimento, o mesmo precisa satisfazer a
expectativa do cliente com opções e variedades de pratos para serem escolhidos.
GRÁFICO 4: Variedade do Cardápio
Fonte: Dados da pesquisa, 2018.
De acordo com analise do gráfico 4, 68% dos
consumidores do bar estão satisfeitos com a variedade de pratos. Os outros
demais indicadores mostraram de forma pequena a insatisfação com a variedade do
cardápio que breve será melhorada.
O churrasco é um
dos pratos principais mais vendidos no estabelecimento, seguido da batata
frita, pois os mesmo fazem parte de uma cultura criada pelos consumidores e
frequentadores desses lugares.
GRÁFICO 5: Alimentos servidos nos estabelecimentos
Fonte: Dados da pesquisa, 2018.
Analisando o
gráfico 5 que retrata a qualidade dos alimentos servidos e perceber se existe
satisfação por parte dos frequentadores do lugar, logo que olha-se o gráfico
vê-se que a maioria dos entrevistados optaram pela opção ótimo com um
percentual de 73% ou 29 pessoas, em seguida vem bom com 28% dos votos. Não
houve votação nos demais quesitos, ficando clara a satisfação com a qualidade
dos alimentos servidos entre os entrevistados.
De maneira geral, o
consumidor precisa ter uma boa visão do estabelecimento como um todo, para que
com isso o estabelecimento ganhe força na propaganda boca à boca feita pelos
próprios clientes de forma involuntária.
GRÁFICO 6: O que acharam do estabelecimento
Fonte: Dados da pesquisa, 2018.
O estabelecimento como um todo no
olhar dos frequentadores, está bem equilibrado entre as opções ótima e boa,
pois as duas tem um percentual de 100%, ou seja, os 40 entrevistados, o total
geral da amostragem do questionário de satisfação. Os clientes avaliaram a
infraestrutura, bem como todos os outros itens por ele composto de forma
bastante satisfatória.
O objetivo deste
artigo foi avaliar a qualidade em serviços através de algumas ferramentas para
aperfeiçoar o planejamento e administração da produção de uma empresa do setor
de entretenimento. Dessa forma, pode-se considerar que o objetivo geral foi
atingido, uma vez que as recomendações propostas e implementadas resultaram em
melhorias significativas na qualidade do serviço prestado pelo bar.
A metodologia de
pesquisa utilizada foi suficiente para realizar os diagnósticos necessários e a
literatura examinada para concretizar as atividades de análise satisfez às
expectativas. Pode-se assegurar que os resultados deste estudo são válidos,
apesar de não serem universais, uma vez que a pesquisa foi realizada somente
com uma parcela dos clientes e em uma empresa do segmento.
Acredita-se que o
estabelecimento deve continuar a investir em métodos e ferramentas de melhoria,
de modo a aperfeiçoar seu atendimento e alcançar seus objetivos frente a suas
atividades. Pode-se observar uma melhora significativa na qualidade do serviço
prestado através da identificação dos problemas e dos tratamentos adequados por
meio de ferramentas de melhoria da qualidade. Tal melhora indica ganho
competitivo perante a concorrência.
O ganho com a
relação ao emprego das mesmas proporcionou a identificação de problemas da
produção de forma condizente com a realidade, além de apresentar a carência da
empresa na falta de utilização de métodos e ferramentas que proporcionem ganhos
a seus processos de prestação de serviço.
Pesquisas futuras
poderão ser desenvolvidas acerca da melhoria da qualidade na administração da
produção no setor de serviços, com o intuito de alcançar uma quantidade maior.
Isso se deve ao fato de que o ambiente ao qual a empresa está inserida é
altamente competitivo e ela precisa se diferenciar perante a concorrência para
obter destaque no mercado. Portanto a pesquisa realizada foi útil e eficaz na
descoberta de problemas, métodos de solução e aplicação para melhoria e
diferencial perante os concorrentes do ramo.
ABRASEL.
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. In: IBGE. Instituto Brasileiro
de Geografia e estatística. Setor de
serviços cresce 1% e tem melhor abril em 4 anos. Disponível em: <http://www.abrasel.com.br/component/content/article/7-noticias/5301-19062017-setor-de-servicos-cresce-1-e-tem-melhor-abril-em-4-anos.html>. Acesso em: 09 out. 2017.
CARPINETTI, Luiz
C. R. Gestão da Qualidade: conceitos
e técnicas. São Paulo: Atlas, 2010.
CORRÊA, Henrique
L.; CAON, Mauro. Gestão de serviços:
lucratividade por meio de operação e de satisfação dos clientes. 1 ed. São
Paulo: Atlas 2008.
DIAS, Sergio. Gestão de Marketing. São Paulo:
Saraiva, 2003.
GILBERT, A.,
CHURCHILL Jr., J. Poul Peter. Marketing: criando valor para os clientes. 3. ed. São Pulo:
Saraiva, 2012.
HOFFMAN, Douglas
K; BATESON, Jonh E. G.; IKEDA, Ana Akemi; CAMPOMAR, Marcos Cortez. Princípios de marketing de serviços. 3. ed. São Paulo: Cengage 2009.
JUCEC. Junta Comercial do Estado do Ceará. No Ceará numero debares
e restaurante se expande 11%. Disponível em: <http://www.jucec.ce.gov.br/index.php/noticias/43618-2016-05-19-14-06-20>. Acesso em: 30 out. 2017.
KOTLER,
Philip. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo:
PRENTICE-HALL, 2003.
LACOMBE,
Francisco J. M.; HEILBORN, Gilberto L. J. Administração:
princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.
LOVELOCK,
C.;WIRTZ, L. Serviços: marketing e
gestão. Tradução Cid Knipel Moreira; revião tecnica Mauro Neves Garcia. São Paulo: 2004
LOVELOCK, Christopher; WIRTZ,Jochen; HENZO,Miguel Angelo. Marketing de serviço: pessoas, tecnologia e estratégia. 7. ed.
São Paulo: Pearson Prentice Hall 2011.
MALHORA, Naresh. Planos de
Marketing: um guia prático. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
MARCONI, Maria de
Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos
de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MARTINS, P. G.;
LAUGENI, F. P. Administração da
Produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
MATIAS-PEREIRA, José. Manual de metodologia da pesquisa
científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
NEVES, Adilson R.
Qualidade no atendimento: a chave
para o seu sucesso pessoal e empresarial. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2006.
OLIVEIRA, S. L. Tratamento de Metodologia Científica: projetos
de pesquisa, TGI, TCC, Monografia, Dissertações e Teses. Revisão Maria
Aparecida Bessana. São Paulo: Pioneira, 2002.
PALADINI, Edson
P. Gestão Estratégica da Qualidade: princípios,
métodos e processos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
ROESCH, Sylvia M.
A. Projetos de Estágio e de Pesquisa em
Administração. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
SEBRAE. Serviço brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas. In: ABRASEL. Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. Mercado. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/como-montar-um
bar,4f187a51b9105410VgnVCM1000003b74010aRCRD> . Acesso em: 09 out. 2017.
ROBERT, K. Yin. Estudo de caso: planejamento e metodos. 3 ed. Porto Alegre: Boockman,
2005.
Autorização de Participação da Empresa no Estudo de Caso
Fortaleza, 17 de setembro de 2018.
Eu, DANIELLE BRASIL DE ABREU CRUZ, aluna do Curso de Graduação em Administração do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7), sob orientação do Prof Ricardo Coimbra, solicito permissão para obter voluntariamente de sua empresa informações que serão utilizadas, após tratamento, na forma de estudo de caso a ser inserido na pesquisa em andamento sobre "Gestão de serviços no Tipo 1 Bar".
As informações declaradas nesta pesquisa serão mantidas em sigilo, como também o anonimato da empresa e do respondente.
No aguardo do aceite, agradecemos a atenção dispensada.
Danielle
Brasil de Abreu Cruz Aluna-Pesquisadora |
|
Prof.
Ricardo Aquino Coimbra Orientador da Pesquisa |
|
José
Ivo Moura Simões Proprietário – TIPO 1 BAR (CNPJ: 27598298/0001-30) |
APÊNDICE B –
Questionário de Pesquisa de Campo
PESQUISA DE
SATISFAÇÃO
N° quest.:_____ Data:____/____/____
O QUE VOCÊ ACHA DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELO TIPO 1 BAR?
1. Qual
seu gênero?
Masculino
( ) Feminino ( )
2. Qual
sua idade?
De 18 à
26 anos ( )
De 27 à
35 anos ( )
De 35 à
50 ( )
Acima 50
anos ( )
3. Qual sua escolaridade?
Ensino
fundamental ( )
Ensino
médio ( )
Ensino
superior ( )
4. O que você achou dos preços do estabelecimento?
Péssimo ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo
5. O que você achou da limpeza do estabelecimento?
Péssimo ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótima ( )
6. O que você achou do tempo de espera na hora do
atendimento?
Péssimo ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótima ( )
7. O que você achou da variedade do cardápio oferecido?
Péssimo ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótima
8. O que você achou da qualidade dos alimentos servidos?
Péssimo ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótima
9. O que você achou do TIPO 1 BAR?
Péssimo ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótima
10. Opiniões e sugestões
_______________________________________________________________