Bruna Mikaelle do
Nascimento Silva
Graduanda do Curso de Administração do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7).
Renata Uchôa de
Albuquerque
Graduanda do Curso de Administração do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7).
Ricardo Aquino Coimbra
Professor adjunto do curso de Administração do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7). Mestre em Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC/CAEN). Graduado em Economia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Conselheiro da APIMEC-NE desde 2006. Professor de cursos de graduação e pós-graduação da UNI7, Faculdades Nordeste/Devry (FANOR/DEVRY), Faculdade Metropolitana (FAMETRO), da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e da Escola de Negócios UNI7. Colunista do Segunda Opinião. Coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da ONG Movimento Coesão Social.
RESUMO
O presente
estudo tem por objetivo geral analisar a satisfação dos servidores da seção de
auditoria do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde. O trabalho analisa a
satisfação dos servidores públicos, baseando-se nas cinco dimensões da
satisfação no trabalho propostas por Siqueira (2008), que são: a satisfação com
os colegas de trabalho, satisfação com o salário, satisfação com a natureza do
trabalho, satisfação com a chefia e satisfação com as promoções; além de
abordadas também as principais teorias da motivação no trabalho. Para tanto,
foi realizada uma pesquisa do tipo descritiva, de método quantitativo, cunho
bibliográfico que visou identificar os níveis de satisfação dos servidores relativos
ao tema abordado, coletando-se os dados através de questionário. Após a
aplicação e tabulação dos dados, foi possível constatar que os respondentes
encontram-se indiferentes quanto à satisfação com a chefia, colegas, natureza
do trabalho e em sua maioria com o salário, além de mostrar insatisfação na
dimensão satisfação com as promoções. Logo, sugere-se que sejam revistas as
políticas de salários e promoções do local, além de estabelecer ações que
promovam um melhor relacionamento interpessoal entre os servidores.
PALAVRAS-CHAVE:
Insatisfação. Motivação. Organização. Satisfação no
trabalho. Servidores.
ABSTRACT
This one study have
like general objective to analyze the satisfaction of the audit section´s
servers of Núcleo Estadual do Ministério da Saúde. The work analyzes the satisfaction
of servers, based in five dimensions of the satisfaction in work proposals by
Siqueira (2008): The satisfaction with coworkers, satisfaction with the salary, satisfaction
with the kind of work, satisfaction with the boss and with the promotions. Also has been address the main theories of the
motivation in the work. Therefore, was realized a research descriptive type, of
quantitative method, bibliographic feature that aimed to identify the level
satisfaction of servers concerning the theme addressed taking the information
through a questionnaire. Later the application and data tab was possible to
verify that the respondents are indifferent to the satisfaction with the
leadership, coworkers, nature of work
and in his majority with the payment,
besides of show dissatisfaction in
satisfaction with the promotions. Then a review is suggested in the
politics of salary and promotions of the place. Besides set actions that
promote a better interpersonal relationship between the servers.
KEYWORDS:
Dissatisfaction. Motivation. Organization. Satisfaction in the work. Servers.
O sucesso na administração de qualquer
empresa está na gestão eficiente e eficaz de seus recursos, busca pela inovação
e renovação, aprimoramento das técnicas e condução de todos os indivíduos da
organização no intuito de colaborar com o crescimento e desenvolvimento da
empresa. A partir da década de 30, com os avanços tecnológicos, influência de
uma nova legislação trabalhista, alterações no cenário político, econômico e
social houve o surgimento de uma nova perspectiva nas organizações; surgiram
demandas por parte dos trabalhadores e assim o capital humano dentro das
organizações passou por um processo de valorização e com a real compreensão do
valor das pessoas nas organizações, há uma nova perspectiva para os gestores em
procurar entender o comportamento das pessoas no ambiente profissional
(SIQUEIRA V., 2010). Um dos fatores mais estudados sobre o comportamental
humano nas organizações opta por compreender como está a satisfação das pessoas
no ambiente de trabalho.
Apesar de ser um
fenômeno complexo e de certa forma difícil de ser definida, a satisfação no
trabalho tem sido alvo de várias pesquisas que buscam a compreensão dos fatores
que podem afetar a saúde física e mental do trabalhador, ao mesmo tempo em que interferem
no comportamento e atitudes da pessoa em meio ao contexto organizacional.
Vários autores propuseram determinados conceitos para definir ao certo o que é
satisfação no trabalho como, por exemplo, Siqueira (2008, p. 266), que
apresenta a satisfação no trabalho como “a totalização do quanto o indivíduo
que trabalha vivencia experiências prazerosas no contexto das organizações”, e
Silva (2012, p.8), que define satisfação no trabalho como “um estado emocional
positivo [...], resultante da avaliação do trabalho ou das experiências
proporcionadas pelo trabalho”.
Manzoni (2017) mostra, através da
pesquisa realizada pela Randstad WorkMonitor e publicada na Revista Forbes, que
o Brasil está na 15° posição dos países com pessoas mais satisfeitas com o seu
trabalho (cerca de 74% dos entrevistados considera-se satisfeito com o seu
emprego atual), mas colocou em pauta que a pesquisa oferece uma visão geral de
satisfação, mas há itens que mostram que ainda há certo descontentamento por
parte dos funcionários como, por exemplo, a chefia, já que o estudo também
identificou que 88% das demissões são consequência de um relacionamento
desagradável com os seus supervisores.
No ambiente
profissional, a tarefa de diagnosticar a maneira como as pessoas avaliam o seu
trabalho e o ambiente do trabalho é tratado como desafio para o estudo da
ciência trabalhista; logo a captação, tratamento e análise de tudo o que é
posto pelas pessoas a respeito do contexto profissional torna-se um
identificador positivo e de certa maneira, vê-se como prioridade no intuito de
que sejam propostas as mudanças que tragam o bem-estar no ambiente profissional
junto da eficácia e eficiência para o desempenho das atividades do processo
produtivo (FERREIRA; MENDES, 2008).
A pesquisa Gallup, realizada em 24 países da América Latina aponta que
mais de 80% dos entrevistados consideram-se satisfeitos com o seu trabalho,
mas, era importante avaliar qual fator proporcionava satisfação, uma vez que,
as informações da pesquisa apontam que os fatores que mais proporcionam
satisfação são relacionamento com colegas e as condições físicas do trabalho, e
os fatores que geram uma menor porcentagem de satisfeitos é salário e promoções
recebidos no trabalho (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011).
Então, como meio preventivo, devem ser realizadas pesquisas com o
propósito de identificar quais fatores organizacionais geram insatisfação nos
trabalhadores, essas ações são estratégicas e consequentemente mostram quais
são os geradores de insatisfação que podem ser tratados e possivelmente
revertidos à situação (SILVA, 2012).
Como foi observado em um estudo realizado pelos professores da Escola de
Administração da Fundação Getúlio Vargas-SP e os pesquisadores da Pwc Brasil
que publicaram uma pesquisa realizada com 113 empresas dos diversos setores da
economia, sendo a maioria empresas de grande porte; a pesquisa revelou que no
que diz respeito à saúde do trabalhador, 45% dessas empresas (gestores das
empresas) assumem que é necessário adicionar quaisquer estratégias que promovam
a qualidade de vida no trabalho, porém apenas 18% confirmou que nas empresas
está realmente acontecendo algo que beneficia a saúde dos seus trabalhadores na
organização (PWC BRASIL, 2017).
O artigo tem, por objetivo geral, analisar a satisfação no trabalho dos
servidores da seção de auditoria do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde;
utilizando-se dos conceitos e teorias clássicas da motivação nas organizações e
satisfação no trabalho nas dimensões colegas, salário, natureza do trabalho,
chefia e promoções. Assim, permite-se medir e dar propostas de melhoria para o
problema que foi pesquisado no que diz respeito ao nível de satisfação no
trabalho dos servidores da seção de auditoria do Núcleo Estadual do Ministério
da Saúde.
A
revisão de literatura apresentada logo mais a diante conta com uma breve
abordagem sobre as principais teorias clássicas da motivação: satisfação com a
natureza do trabalho, satisfação com os colegas, satisfação com as promoções,
satisfação com o salário e satisfação com a chefia.
Um aspecto bastante avaliado pelos pesquisadores do comportamento humano é a motivação. A sua conceituação de modo geral é complexa e até difícil para ser definida com exatidão, porém, motivação humana pode ser compreendida como tudo aquilo que leva o indivíduo a agir de determinada maneira ou a tomar determinadas atitudes ou adquirir comportamentos específicos. No âmbito das organizações passa a ser necessário compreender o que leva o homem a trabalhar tendo que cumprir com as tarefas impostas, acatar restrições, efetuar o cumprimento de objetivos pessoais e objetivos organizacionais. Então para o entendimento das necessidades humanas, a relação entre motivação e como resultado à satisfação foram criadas teorias motivacionais nas organizações, as mais conhecidas e amplamente divulgadas são a Teoria hierárquica das necessidades (1943), Teoria dos dois fatores (1975), Teorias X e Teoria Y (1960) (BERGAMINI, 2005; CHIAVENATO, 2009).
Abraham Maslow procurava compreender o que
impulsionava as pessoas a sair de um estado de inércia e tomar determinada
atitude, logo concluiu que o indivíduo possui necessidades que estão
apresentadas num tipo de hierarquia. Procurou representar essa hierarquia das
necessidades em uma pirâmide onde tais necessidades humanas são distribuídas em
níveis, partindo o impulso dos níveis inferiores [necessidades primárias] e
concluindo nos níveis superiores [necessidades secundárias]. Maslow classificou
as necessidades em: necessidades fisiológicas, necessidades de segurança,
necessidades sociais, necessidades de estima e necessidades de auto realização
(BANOV, 2013).
Sob a perspectiva de Banov (2013) e
Chiavenato (2009), as necessidades fisiológicas são necessidades instintivas,
ou seja, são necessidades que o indivíduo precisa supri-las para a sua
sobrevivência e subsistência não podendo postergá-las; são associadas às
sensações de fome, sede, sono, abrigo, desejo sexual, entre outros itens.
Seguindo a
ordem na pirâmide, temos as necessidades de segurança que impulsionam o homem a se proteger contra
quaisquer perigos sejam físicos, psicológicos ou profissionais (BANOV, 2013).
Partindo para as necessidades secundárias, têm-se as necessidades sociais
relacionadas à amizade, associação, participação nos grupos; são aspectos
relacionados às relações interpessoais do homem com seu semelhante (CHIAVENATO,
2009).
As
necessidades de estima revelam a percepção individual de cada ser, como o mesmo
se avalia e de sentir-se valorizado e percebido nos grupos sociais que está
inserido, caso não seja atendida pode levar a pessoa a sentir-se inferior aos
demais. No último nível da pirâmide das necessidades, é apresentada a
necessidade de auto realização associada à autonomia, independência e
autocontrole por parte do indivíduo, a motivação pela auto realização leva a
pessoa a buscar desenvolver seu potencial (CHIAVENATO, 2009).
Douglas
McGregor (1960) realizou um estudo comparando dois estilos de administração,
onde o mesmo acreditava que a maneira de gerir dependia de como o comportamento
humano nas organizações era percebido sob a óptica dos gestores. Esses dois
estilos foram nomeados de Teoria X e Teoria Y (CHIAVENATO, 2014).
Do ponto de
vista de McGregor, a Teoria X é baseada na visão errada sobre o comportamento
humano, nela o homem é considerado uma mera peça que a organização utiliza para
atingir seus objetivos, é preguiçoso, evita o trabalho o máximo possível, é
resistente às mudanças e não busca crescimento pessoal e profissional. Para que
os gestores possam conseguir algo das pessoas devem utilizar de punições e
ameaças ou buscar incentivar apenas com o salário (CHIAVENATO, 2014).
Já a teoria Y
é considerada por McGregor como uma concepção moderna de administração, uma vez
que não demonstra preconceito com a natureza humana, afirma que o controle e a
ameaça não são os únicos meios de conseguir que haja esforço para cumprir com
as obrigações organizacionais. O homem agora é esforçado, criativo, fica
satisfeito ao trabalhar, pode assumir responsabilidades, em outras palavras, a
Teoria Y torna o ato de administrar mais dinâmico e flexível porque busca
encorajar o homem a se desenvolver e não torna o trabalho enfadonho
(CHIAVENATO, 2014).
Frederick
Herzberg apresentou meios de compreender a relação satisfação-insatisfação com
o ambiente de trabalho e a natureza do trabalho em si. A teoria propõe que a
satisfação e a insatisfação não são conceitos opostos e que para alcançar
aquela é preciso cumprir com os fatores chamados de motivacionais, para esta há
necessidades que quando suprimidas não geram a satisfação, mas evitam o
desconforto pessoal, para esse grupo de fatores preventivos foi dado o nome de
fatores higiênicos (BANOV, 2013; MAXIMIANO, 2004).
Os fatores
externos ou fatores higiênicos são relacionados às condições trabalhistas
externas ao homem: salários, políticas administrativas da organização,
supervisores entre outros. Esses fatores não geram satisfação, mas precisam ser
controlados para evitar baixos níveis de desempenho profissional, então é
prudente que os gestores estejam atentos a alguns aspectos como, por exemplo, o
programa de benefícios e remunerações proposto para os funcionários, e a relação
entre colegas e supervisores (BANOV, 2013; MAXIMIANO, 2004).
Os fatores
motivacionais estão relacionados ao conteúdo do trabalho e o que está sob o
controle do indivíduo, podendo-o associar à realização profissional,
responsabilidade crescimento profissional e reconhecimento; tais fatores,
quando presentes, são geradores de satisfação pessoal (BANOV, 2013).
Herzberg concluiu que o contrário da
satisfação é não satisfação, diferente de insatisfação; e para a insatisfação,
seu oposto é a não satisfação. Portanto, para que se obtenha satisfação no
contexto organizacional é preciso que os gerentes utilizem de técnicas que
enriqueçam os cargos profissionais e controlem os aspectos voltados aos fatores
higiênicos (BANOV, 2013).
A satisfação no trabalho é uma
abordagem fundamental para todos os gestores que estão interessados em reter e
desenvolver o capital humano nas empresas; além de que com a crescente
necessidade de mudança, inovação e competitividade, é importante preocupar-se em
analisar se as demandas e pressões das organizações para com os trabalhadores
está sendo um fator que desencadeia a insatisfação e quais aspectos promovem
satisfação (SIQUEIRA V., 2010).
Nesta seção são apresentados
os tipos de satisfação com os colegas, salário, promoção, chefia e natureza do
trabalho.
Para
satisfazer determinadas necessidades como segurança, status e autoestima, além
do desejo de alcançar metas organizacionais, é importante que o indivíduo faça
parte de um grupo e se sinta inserido no grupo, logo são fundamentais para os
gestores compreender, mesmo que o mínimo possível, sobre o comportamento das
pessoas diante da interação com outros indivíduos mediante o contexto do
trabalho. O reconhecimento e o sentimento de pertencer a um grupo mostra que o
relacionamento interpessoal também é causa de mudanças no comportamento humano.
É praticamente impossível trabalhar e não ser influenciado por outras pessoas e
não há como executar suas tarefas organizacionais exclusivamente sozinhos, ou
seja, o homem precisa de outrem para seguir com suas funções na organização
(FIGUEIREDO; ALEVATO, 2013; ROBBINS, 2005; SPECTOR, 2013).
Elton Mayo
realizou um estudo que deu início a Escola das Relações Humanas mostrando que
quando a pessoa possui um sentimento de acolhimento por um determinado grupo,
tal sentimento pode influenciar no desenvolvimento pessoal e consequentemente
no crescimento e sucesso da organização. Ocorre uma influência dos grupos
organizacionais sobre o indivíduo e que é fundamental compreender o quão
importante é essa interação que afeta o comportamento e decisões nas empresas.
Esse aspecto deve ser considerado porque se evidencia ainda mais na percepção
de o indivíduo estar satisfeito ou não com o grupo ou colegas de trabalho
(PUENTES-PALACIOS; ALBUQUERQUE, 2014).
Se considerada a teoria de Maslow e outras
que abordem fatores motivacionais que podem gerar satisfação no que diz
respeito à necessidade social do indivíduo, será observado que os indivíduos
buscar a interação com outras pessoas para sentirem-se realizados com tais
necessidades; o homem busca nas amizades a sensação de identificação e
aceitação pelos seus colegas, compartilhar seus interesses e suprir suas
carências que outros podem não conseguir suprir; já no contexto organizacional,
participar de uma equipe pode amenizar as tensões rotineiras que sobrecarregam
os indivíduos nas empresas e que essa interação promove meios de obter também a
satisfação das necessidades sociais dentro do ambiente da empresa (FIORELLI,
2013).
Remuneração é o conjunto de salários recebido pelo colaborador pela contribuição do seu serviço, seja em dinheiro ou em benefício, resultante do colaborador ou de terceiros, mas posterior do contrato de trabalho, de modo a corresponder suas necessidades básicas e de sua familia (MARTINS, 2008).
Segundo Araujo e Garcia (2014) os principais tipos de remunerações são:
a) remuneração variável: É a recompensa paga relativa aos resultados em um determinado período de tempo;
b) remuneração por habilidades: Consiste no pagamento de salários com base naquilo que os subordinados demonstram saber e não com base em seus cargos ocupados;
c) remuneração por competências: É o salário relacionado com o grau de informação e o nível de habilidade de cada colaborador;
d) salário direto: É aquele percebido como contraprestação do serviço no cargo ocupado;
e) salário indireto: São planos de benefícios e serviços oferecidos pela empresa. Inclui no salário Indireto: Férias, Gratificações, Gorjetas, Adicional Noturno, Participações em Resultados e Horas Extraordinárias, bem como correspondente monetário dos serviços e benefícios sociais oferecidos pela empresa (como alimentação subsidiada, transporte e seguro de vida em grupo). A soma do salário direto e do indireto constitui a remuneração.
Para obter um diferencial
competitivo com a equipe de trabalho, um dos pontos a serem observados diz
respeito à administração de promoções e carreiras na organização, para isso é
preciso estar atento a buscar proporcionar estabilidade no trabalho, mas não
incentivar a acomodação em um mesmo cargo; recompensando pessoas pelo seu
resultado utilizando, por exemplo, de promoções de cargos ou impondo novos
desafios; treinar e desenvolver as habilidades dos funcionários que
visivelmente se destacam a fim de aproveitá-los em outras funções e tornar seu
trabalho mais flexível, adaptando as pessoas a qualquer situação e buscar
promover os próprios funcionários da organização antes de pensar em recrutar
pessoas de fora; tal ação pode gerar a diminuição da rotatividade e melhorar os
vínculos interpessoais além de fazer com que as pessoas conheçam melhor o
negócio da empresa à medida que sobem na hierarquia da empresa (LACOMBE, 2005).
O remanejamento
das pessoas para outros cargos é uma das finalidades de um bom programa de
desenvolvimento pessoal na organização porque procura dar oportunidades da
pessoa de aprender no cargo atual e aplicados os conhecimentos necessários,
desenvolvidas suas técnicas e habilidades fará da pessoa um forte candidato
para um novo cargo na organização (ARAÚJO; GARCIA, 2014).
Esse
sistema de promoções é uma troca de benefícios e incentivos para o trabalhador,
pois que o mesmo irá buscar uma melhor capacitação e qualificação profissional;
e para o a organização, que irá desenvolver melhor seus trabalhadores tendo
sempre candidatos que possam assumir os cargos mais superiores (SPECTOR, 2013)
Promover
as pessoas a novos cargos na organização também significa a adoção de um plano
de carreiras, uma maneira de recolocação do profissional para que o mesmo
desenvolva melhor suas habilidades e desempenhe seu trabalho de maneira mais
prazerosa. No entanto, pé preciso observar que nem todos alcançarão os cargos
de uma organização por diversos motivos entre os quais estão: as oportunidades
da empresa que podem ser limitadas, e por não haver pessoas que procurem
desenvolver sua capacidade, habilidade e atitudes necessárias ao posto
hierárquico (SPECTOR, 2013).
“Liderança é um
processo por meio do qual um indivíduo influencia um grupo de indivíduos a
alcançar um objetivo comum” (NORTHOUSE, 2013, P. 5 apud BANDASSOLLI; MAGALHÃES; MALVEZZI, 2014, p. 419).
Segundo Robbins (2011), administração e liderança são sentidos que costumam ser confusos facilmente. Administração se refere ao confrotamento da complexidade, tratamento e organização dos problemas; e liderança se refere ao confrotamento da mudança, onde o grupo é influenciando por alguém com a finalidade de atingir suas metas.
Segundo Chiavenato (2010), as teorias sobre os estilos de administração compreende a liderança em formas de comportamento do lider em relação aos seus colaboradores. Aborda assim, três estilos básicos de liderança: a autocrática, liberal (laissez-faire) e a democrática:
a) liderança autocrática: O lider centraliza absolutamente a autoridade e as decisões. A lideração autocrática envolve o comando absoluto e autoritarismo sobre o grupo;
b) liderança liberal: Permite que os subordinados tenha total encorajamento a liberdade na realização dos seus projetos. Dessa forma, a direção constantemente permite as pessoas que tenha maior responsabilidade no projeto, sendo o lider o agente interligado das informações;
c) Liderança democrática: O lider é extremamente contagiante, encorajador das participações das pessoas e se preocupa com o trabalho e com o grupo.
As considerações a
respeito da influência de um líder estão a muitos anos descritos na literatura
política, histórica, sociológica e psicológica; o conceito de líder aparece
pela primeira vez no artigo de Lewis Termam e depois houve mais estudos sobre
as influências interpessoais e de comportamento. Diversos autores tentaram
destacar um conceito preciso para esse tema tão complexo e multivariado, mas de
uma maneira geral o líder é acima de tudo o influenciador de outras pessoas e
aquele que sabe interagir da maneira certa com as pessoas a sua volta. Seja no medo
como líder formal, informal, supervisor, chefe, gerente, possuindo um cargo ou
não, a liderança compreende também atitudes, comportamentos, crenças,
sentimentos, fatores pessoais e até mesmo organizacionais, tudo isso é
observado no líder e faz com que os seus pedidos sejam acatados sem resistência
(BANDASSOLLI; MAGALHÃES; MALVEZZI, 2014).
O
trabalho e a sua concepção acompanham o homem em seu processo histórico,
cultural e científico desde os anos mais remotos independente de sua posição na
sociedade, o mesmo permite ao indivíduo que este possa se identificar com
outras pessoas e promove para si um meio também de atingir seus objetivos
pessoais mais importantes. O valor que as pessoas dão ao trabalho mostra o
quanto o mesmo é importante para o homem, sendo assim é possível compreender o
motivo de o tema trabalho ser tão estudado no intuito de identificar as razões
que levam uma pessoa a se ocupar com o trabalho dada a observação de que o
trabalho passa a ser o tomador de boa parte do tempo diário da pessoa (BORGES;
ALVES-FILHO; TAMAYO, 2008; PORTO; TAMAYO, 2008).
Lacombe
(2005) critica o posicionamento à respeito do conceito do trabalho, já que,
muitos associam o trabalho apenas como uma maneira de ganhar dinheiro e sua
utilidade para a sobrevivência humana, porém deve-se entender que trabalhar é
muito mais do que um meio para ganhar dinheiro, o significado do trabalho
mostra que por meio de sua realização o homem ganha status na sociedade, o
indivíduo procura se satisfazer no trabalho e pode ser observado que aquelas
pessoas que estão fora do contexto organizacional [desempregadas] ou
impossibilitadas de exercer quais quer atividades trabalhistas veem isso como
estímulo negativo e em alguns casos gera efeitos indesejados com uma depressão
e sentimento de estar fora da sociedade.
Já no contexto atual das organizações, é útil compreender que a assimilação e absorção do trabalho pode afetar a maneira como o indivíduo dá importância ao que faz. Para que o trabalho seja visto como algo positivo para a pessoa e gere um maior envolvimento desta na organização em que atua, será preciso que sejam postos desafios que o estimulem em suas habilidades e o funcionário receba um posicionamento sobre a sua atuação no trabalho que realiza ocasionando a harmonia da relação homem e organização (SIQUEIRA, 2008).
Segundo Marconi e
Lakatos (2010, p. 65), “O método é o conjunto das atividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo e
traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do
cientista”.
A pesquisa tem por
objetivo responder à pergunta: “Qual é o nível de satisfação percebido no
trabalho dos servidores da seção de auditoria do Núcleo Estadual do Ministério
da Saúde? ”.
Para que seja solucionada esta pergunta, serão
observados os objetivos específicos teóricos para entendimento do tema e
utilizado o questionário da Escala de Satisfação no Trabalho formulado por
Siqueira (2008), que será aplicado para os servidores da seção de auditoria do
Núcleo Estadual do Ministério da Saúde.
A pesquisa realizada, quanto aos seus objetivos, é do tipo descritiva, porque
de acordo com Marconi e Lakatos (2010, p. 139) “é um procedimento formal, com
método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento cientifico e se
constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades
parciais”.
Através da pesquisa descritiva, serão expostas as características de uma
população, os servidores da seção de auditoria do Núcleo Estadual do Ministério
da Saúde; mesmo que o tema a ser avaliado seja conhecido do público-alvo, a
intenção da pesquisa é mostrar a situação real existente no local de trabalho
desses servidores no que diz respeito à satisfação.
A obtenção de referencial teórico
é do tipo bibliográfico, pois que, foi realizada a partir de textos já
elaborados e publicados em diferentes livros, artigos, teses e dissertações
(GIL, 1991).
Utilizando dessas fontes para a pesquisa é possível fazer uma correlação
entre o assunto desta pesquisa de acordo com as contribuições que vários
autores já disponibilizaram sobre o assunto satisfação no trabalho;
confirmando, confrontando ou enriquecendo todas as ideias colocadas na
pesquisa.
A pesquisa foi realizada no Núcleo Estadual do Ministério da Saúde,
especificamente no setor de auditoria caracterizando-a como pesquisa de campo
que é “investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu fenômeno
ou que dispõe de elementos para explicá-lo”. (OLIVEIRA, 2009, p. 42).
É o tipo de pesquisa que busca informações acerca do problema para qual
se procura respostas, ou, ainda perceber novos caminhos a ser estudado
(MARCONI; LAKATOS, 2009).
Este trabalho foi elaborado utilizando o enfoque da pesquisa
quantitativa. Isso significa que foi efetuado um levantamento de dados, que
posteriormente foram analisados numericamente. Segundo Richardson (2014) o
método quantitativo utiliza a quantificação tanto na coleta de dados quanto no
tratamento das informações através de técnicas estatísticas.
A pesquisa
utilizou-se da experiência de estudo de caso, visando analisar uma situação com
maior profundidade. O caso foi levantado no Núcleo Estadual do Ministério da
Saúde localizado na cidade de Fortaleza.
Nesse
sentido, Gil (2010, p. 37) considera que “o estudo de caso é caracterizado pelo
estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira a permitir
conhecimento amplo e detalhado mesmo”.
Utiliza-se
o estudo de caso como estratégia de pesquisa, em muitos cenários, nos quais se
incluem a política, a ciência política e a pesquisa em administração pública em
estudos organizacionais e gerenciais, entre outros, sendo que esta maneira de
fazer pesquisa é a mais apropriada quando se analisa acontecimentos
contemporâneos sem poder manipular comportamentos relevantes (YIN, 2010).
A amostragem é a prática utilizada para se trabalhar com uma fração da
população, dada a impossibilidade de se fazer um levantamento em sua
integridade ou do universo dos elementos que o compõem. “Amostra é uma parcela
convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto do
universo” (MARCONI; LAKATOS, 2010, p. 147).
No presente estudo
foi utilizada uma amostra não probabilística levando em consideração que o
resultado mostrado na aplicação da pesquisa, não poderá ser generalizado para
todo o público-alvo, devido à escolha da população não ser de forma
aleatória.
Marconi e Lakatos
(2009) interferem que a principal característica da amostragem
não-probabilística acontece devido a não seleção aleatória da população, com
isso a aplicação de fórmulas estatísticas para o cálculo torna-se inviável para
a pesquisa. Quanto a sua tipologia, a amostragem foi do tipo intencional que para
Marconi e Lakatos (2009, p. 38), “o pesquisador está interessado na opinião
[ação, intenção, etc.] de determinados elementos da população, mas não são
representativos dela”.
Com relação à grandeza da
população, a seção de auditoria possui 34 servidores no seu quadro geral
funcional. Entretanto, a amostra não probabilística intencional para efeito
desta pesquisa, foi representada por 22 servidores da seção de auditoria, que
estavam disponíveis para responder a pesquisa, os demais estavam de férias ou
de licença médica.
O instrumento utilizado nesse estudo para coletar
os dados juntos aos servidores do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde foi o
questionário. A partir da etapa de coleta de dados é que se inicia a fase
aplicação da pesquisa onde é possível aplicar os instrumentos preparados e as
técnicas de pesquisas selecionadas de acordo com o objetivo a ser alcançado.
Neste
estudo o instrumento de pesquisa utilizado foi o questionário, de acordo com
Marconi e Lakatos (2009) é um tipo de instrumento de coleta de dados que é
constituído por uma cadeia de questionamentos estruturados, que devem ser
entregues ao público-alvo em questão, sem que o responsável pela pesquisa interfira
nas conclusões dos entrevistados e seu manejo deve-se ter o mínimo contato
possível.
Foi aplicado o questionário estruturado conforme a Escala de Satisfação
no Trabalho, modelo citado por Siqueira (2008), com 25 perguntas fechadas de acordo
com a escala de Likert, que segundo Gil (2008), a escala é constituída por
categorias organizadas, com o mesmo número de categorias em cada pergunta do
questionário, onde as explicações para cada item alteram-se conforme o grau de
intensidade, constatando se uma atitude é mais ou menos favorável.
O respondente para cada pergunta teve a opção de preferência, entre uma
escala de variância, 7 alternativas de respostas que foi de totalmente
insatisfeito a totalmente satisfeitos (SIQUEIRA, 2008).
Nesta
pesquisa não foi efetuado teste de instrumento, pois a escala de satisfação no
trabalho já foi validada no Brasil, conforme Siqueira (2008).
Foi pedido junto à gestora imediata da empresa uma autorização para
participação da empresa para que os dados necessários pudessem ser arrecadados
conforme a Carta de Autorização de Participação da Empresa no Estudo de Caso
(Apêndice A).
Posteriormente, foi aplicado o questionário estruturado, com os
servidores de auditoria que compõem o quadro funcional da empresa, seguido de
um conjunto de instruções para melhor entendimento das questões propostas.
Nos próximos subcapítulos são mostrados o método de coleta de dados
utilizado, como ocorreu a tabulação e tratamento de dados coletados na pesquisa
de campo por meio do questionário estruturado.
Barros e Lehfeld (2007) definem a coleta de dados como “a fase da pesquisa em que se indaga a realidade e se obtém dados pela aplicação de técnicas.”. Após feita a escolha e delimitação do tema, definidos os objetivos da pesquisa e problema a ser analisado, e adicionada a revisão bibliográfica; é feita a coleta de dados com o instrumento de pesquisa selecionado, no caso desta pesquisa foi escolhido o questionário da Escala de Satisfação no trabalho proposto por Siqueira (2008).
O questionário foi aplicado junto aos servidores da seção de auditoria do Ministério da Saúde no dia 04 de setembro de 2017, e os servidores receberam o prazo de quatro dias para entregar o questionário totalmente preenchido.
Define-se tabulação
como sendo o “ordinalmente dos dados encontrados na aplicação do instrumento de
coleta de dados, organizados em tabelas, de maneira a conceder a verificação
das relações, que guardam entre si” (MARCONI; LAKATOS, 2009).
O
questionário estruturado utilizado no presente estudo, que foi apresentado no
Anexo B - Quadro 2, refere-se à Escala de Satisfação no Trabalho (EST),
construída e validada no Brasil com a intenção de avaliar o grau de satisfação
do trabalhador diante das cinco dimensões do seu trabalho; e no Anexo A –
Quadro 1, foi informado os índices de precisão de cada um dos itens que compõem
as dimensões da Escala de Satisfação no Trabalho em sua versão completa com 25
itens.
A
tabulação dos dados da pesquisa foi realizada com o auxílio do programa
Microsoft Excel 2013, onde foram registradas todas as notas dos questionários
de acordo com as variáveis da pesquisa.
A apuração e a interpretação dos dados da pesquisa ocorreram de modo
individual e conforme foi especificado por Siqueira (2008), que informa que a
versão completa da escala de satisfação no trabalho possui 25 itens que se
associam a cada uma das dimensões de análise da satisfação no trabalho, o
respondente pode conferir uma nota de 1 a 7 (1= totalmente insatisfeito, 2 =
muito insatisfeito, 3= insatisfeito, 4 = indiferente, 5 = satisfeito, 6 = muito
satisfeito e 7 = totalmente satisfeito).
Após respondidas as questões, foi calculada a escore médio de cada
dimensão, somando-se as notas atribuídas a cada item que integra a dimensão
avaliada e dividindo-se por 5. Com esse resultado, é possível indicar
satisfação, insatisfação ou indiferença do respondente à dimensão; assim
valores médios de 1 a 3,9 indicam insatisfação, 4 a 4,9 mostram indiferença e,
5 a 7 representam satisfação. Quanto maior for o seu escore médio maior será o
seu grau de contentamento com a dimensão analisada.
Nesta seção são apresentados os resultados do instrumento de coleta utilizado na pesquisa e as análises dos resultados de acordo com cada dimensão da satisfação no trabalho.
O Núcleo Estadual do Ministério da Saúde está localizado na Rua do Rosário, 283 - Centro, Fortaleza – CE. Suas atividades são voltadas para a contribuição com o gerenciamento analítico dos resultados das ações e serviços públicos de saúde do Estado do Ceará. É responsável por otimizar a utilização de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) com o intuito de diminuir o desperdício de materiais e recursos, e combate à corrupção no setor. A seção de auditoria do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde utiliza do Sistema Nacional de Auditoria do SUS, sendo o setor implantado atrno ano de 1976, substituindo o então Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
De acordo com Siqueira (2008), a Escala de Satisfação no trabalho é
apurada e interpretada de acordo com as notas atribuídas aos itens que compõe
cada uma das dimensões de satisfação no Trabalho. A pesquisa realizada no
Núcleo Estadual do Ministério da Saúde revela que na dimensão satisfação com a
chefia têm-se quatorze servidores satisfeitos com a chefia, três servidores
insatisfeitos e cinco servidores indiferentes em relação à satisfação com a
chefia (Apêndice M – Gráfico 12); obtendo-se uma média geral de 4,97, ainda
assim é melhor média comparada às outras dimensões da satisfação no trabalho
(Apêndice L – Gráfico 11). Isso significa que há um sentimento de indiferença
quanto à satisfação com o chefe do setor, ou seja, dentre os servidores da
seção de auditoria do Núcleo Estadual do Ministério do Trabalho não há
satisfação nem insatisfação com o seu chefe imediato.
Para a interpretação geral da satisfação com a chefia, é importante
analisar também cada um dos itens que integram essa dimensão (modo como o chefe
organiza o trabalho do meu setor, interesse do meu chefe pelo meu trabalho,
entendimento entre eu e meu chefe, maneira como meu chefe me trata e capacidade
profissional do meu chefe).
Quando questionados sobre “a maneira como o chefe organiza o trabalho”
do setor de auditoria, obteve-se uma média de respostas de 4,27 (Apêndice G –
Gráfico 6), mostrando que há um sentimento de indiferença quanto à satisfação,
já que seis servidores assinalaram que estão insatisfeitos e dois servidores
indiferentes, mas também temos oito servidores satisfeitos, três servidores
muito satisfeitos e um totalmente satisfeito. Essa é a menor média de todos os
itens que integram a dimensão satisfação com a chefia (Apêndice B – Gráfico 1).
Em relação ao item de “interesse do chefe pelo meu trabalho”,
alcançou-se a média de 4,95 (Apêndice G – Gráfico 6); onde nove funcionários
mostram-se satisfeitos, três muito satisfeitos, no entanto há quatro
indiferentes e três insatisfeitos na avaliação deste item (Apêndice B – Gráfico
1).
Na avaliação do item “entendimento entre eu e meu chefe”, tem-se a média
5,18 (Apêndice G – Gráfico 6), revelando satisfação dos servidores. Mesmo que
dois dos servidores respondam que estão insatisfeitos e outros dois
indiferentes, a maioria assinalou valores entre 5 e 7, mostrando que estão
satisfeitos nessa variável (Apêndice B – Gráfico 1).
Em relação à “maneira com o meu chefe me trata”, onze servidores mostram
se satisfeitos e quatro muito satisfeitos (Apêndice B – Gráfico 1)., dando ao
item uma média geral de 5,18 (Apêndice G – Gráfico 6); revelando que os
servidores consideram correta a maneira como o chefe da seção de auditoria
dedica-se junto aos seus subordinados.
No item “capacidade profissional do meu chefe”, a média geral foi de
4,95 (Apêndice G – Gráfico 6), mostrando indiferença na maneira como os
servidores avaliam o conhecimento e capacidade profissional do chefe da seção
de auditoria, já que, seis servidores apontaram indiferença, um indicou
insatisfação e outros nove consideram-se satisfeitos com a capacidade de
trabalho do chefe (Apêndice B – Gráfico 1).
A interpretação e apuração dos dados na dimensão satisfação com o salário aponta que oito servidores estão satisfeitos, oito servidores insatisfeitos e seis indiferentes (Apêndice M – Gráfico 12); com a média geral de 4,16 (Apêndice L – Gráfico 11). Há também uma análise mais detalhada dos itens que integram essa dimensão (salário comparado a quanto eu trabalho, salário comparado à minha capacidade profissional, salário comparado ao custo de vida, quanto em dinheiro que recebo ao final do mês e salário comparado aos meus esforços no trabalho).
Em relação ao “salário do servidor comparado a quanto este trabalha”, seis responderam que estão insatisfeitos e nove estão satisfeitos (Apêndice C – Gráfico 2), com média geral do item de 4,45 (Apêndice H – Gráfico 7) mostrando indiferença; porém é possível ver que uma boa parte dos servidores não concorda com o que recebe em termos monetários comparados a todo o seu trabalho no mês.
No que se refere ao “salário comparado à minha capacidade profissional”, obteve se a média de 4,18 (Apêndice H – Gráfico 7) indicando indiferença em relação à satisfação nesse item, uma vez que, onze servidores responderam que estão satisfeitos, cinco insatisfeitos e dois muito insatisfeitos (Apêndice C – Gráfico 2).
O item “salário comparado ao custo de vida” recebeu média geral de 3,86 (Apêndice H – Gráfico 7), uma das menores médias atribuídas na dimensão satisfação com o salário, revelando que há insatisfação quando há uma comparação entre o que se recebe e o custo de vida dos servidores. Nesse item nove servidores responderam que estão insatisfeitos, dois totalmente insatisfeitos e dez satisfeitos (Apêndice C – Gráfico 2).
Quando questionados sobre “o quanto em dinheiro que recebem ao final do mês”, oito servidores responderam que estão satisfeitos, quatro muito satisfeitos e seis insatisfeitos (Apêndice C – Gráfico 2); ao item foi registrada média geral de 4,50 (Apêndice H – Gráfico 7), mostrando também indiferença quanto à satisfação nesse item.
E em relação ao “salário comparado aos esforços no trabalho” que representa a visão do salário recebido pelo servidor em comparação a quanto ele se dedica ao seu trabalho, obteve-se a média de 3,82 (Apêndice H – Gráfico 7) informando que há insatisfação nesse item apesar de que onze servidores terem respondido que estão satisfeitos, seis mostraram em suas respostas que estão insatisfeitos e três totalmente insatisfeitos (Apêndice C – Gráfico 2). Logo pode-se perceber que os servidores da seção de auditoria consideram que não recebem o suficiente em termos monetários comparado ao esforço em realizar as tarefas necessárias do serviço.
Na dimensão satisfação com os colegas, apurou-se a média geral de 4,76 (Apêndice L – Gráfico 11); com dez servidores satisfeitos nessa dimensão, três insatisfeitos e nove indiferentes (Apêndice M – Gráfico 12);. As variáveis “espírito de colaboração dos colegas”, “tipo de amizade que meus colegas demonstram”, “maneira como me relaciono com meus colegas”, “quantidade de amigos que tenho” e “confiança que posso ter em meus colegas”; definem com especificamente essa dimensão e permitem conhecê-la melhor.
Quanto ao “espírito de colaboração dos colegas”, dez servidores vieram a responder que estão satisfeitos, dois totalmente satisfeitos e seis insatisfeitos (Apêndice D – Gráfico 3); totalizando a média geral do item em 4,32 (Apêndice I – Gráfico 8). É importante observar que é um número significativo a quantidade de servidores insatisfeitos neste item, logo é preciso atentar aos fatores que geram uma melhor co-participação entre os servidores da seção de auditoria.
No que diz respeito ao “tipo de amizade que os colegas demonstram” estar satisfeito em sua maioria, apesar de que seis responderam estar indiferentes na avaliação do item (Apêndice D – Gráfico 3), finalizando com a média geral de 4,86 (Apêndice I – Gráfico 8).
Quando avaliado sobre a maneira como os servidores se relacionam com os colegas, obteve-se a média geral de 5,05 mostrando que em termos gerais os servidores então satisfeitos e se relacionam muito bem entre si (Apêndice I – Gráfico 8).
Ao item “quantidade de amigos que tenho”, apenas um servidor respondeu que está insatisfeito e a maioria considera-se satisfeita (Apêndice D – Gráfico 3), com média geral do item 5,09, a melhor média da dimensão satisfação com os colegas, indicando que há cada servidor possui um bom número de amigos na seção de auditoria.
O item “confiança que posso ter em meus colegas” revela um dado importante porque sete servidores responderam estar insatisfeitos quanto à credibilidade e confiança que são transmitidas por seus colegas de setor, sendo um fator a ser analisado com mais cautela para averiguar quais são os motivos que levam aos servidores a não confiar bem em seus companheiros de trabalho levando em consideração a avaliação satisfatória que os suditores deram ao item “maneira como me relaciono com os meus colegas”. O item recebeu média geral de 4,50 (Apêndice I – Gráfico 8).
A dimensão satisfação com a natureza do trabalho é investigada com base nas respostas aos itens “graus de interesse que minhas tarefas despertam”, “capacidade de meu trabalho absorver-me”, “oportunidade de fazer o tipo de trabalho que faço”, “preocupações exigidas pelo meu trabalho” e “variedades de tarefas que realizo”; essa dimensão recebeu a média geral de 4,83 (Apêndice L – Gráfico 11), indicando indiferença de modo geral aos itens avaliados. Do total de servidores que responderam aos questionários, doze estão satisfeitos com a natureza do trabalho, dois insatisfeitos e oito indiferentes (Apêndice M – Gráfico 12).
Quanto ao “grau de interesse que as tarefas despertam” nos servidores da seção de auditoria, sete servidores responderam que estão satisfeitos, sete muito satisfeitos, três totalmente satisfeitos, considerando que apenas dois responderam que estão insatisfeitos e dois indiferentes ao que é avaliado no item (Apêndice E – Gráfico 4); obtendo-se média geral 5,18 (Apêndice J – Gráfico 9), apontado satisfação dos servidores. Informando que as atividades realizadas pelos servidores na seção são atrativas para estes.
Ao item “capacidade de meu trabalho absorver-me”, quinze servidores mostram-se satisfeitos, três insatisfeitos e um totalmente insatisfeito (Apêndice E – Gráfico 4); com média geral de 4,50 (Apêndice J – Gráfico 9). Mas é útil verificar o motivo dos que apontaram insatisfação ao analisar no item, uma vez que pode revelar o que os leva a considerar que as suas atividades não os atraem totalmente.
Quando questionados sobre “a oportunidade de fazer o tipo de trabalho que fazem” os servidores estão satisfeitos, com média geral de 5,14 (Apêndice J – Gráfico 9); apenas dois servidores responderam que estão insatisfeitos (Apêndice E – Gráfico 4).
Em relação às “preocupações exigidas pelo trabalho”, o item recebeu média geral de 4,36 (Apêndice J – Gráfico 9), onde seis servidores assinalaram insatisfação e onze satisfação (Apêndice E – Gráfico 4); a maioria considera que o trabalho realizado não provoca inquietação, mas uma parte considerável já aponta as tarefas realizadas na seção de auditoria como inquietantes.
Já o item “variedade de tarefas que realizo” mostra que a maioria dos servidores está satisfeita, doze ao todo, e apenas um considerou-se insatisfeito (Apêndice E – Gráfico 4); isso mostra que as tarefas realizadas no local são diversificadas. O item recebeu média de geral 4,95 (Apêndice J – Gráfico 9); apesar do bom resultado ainda se encaixa na representação de indiferença.
4.2.5
Satisfação com as Promoções
A dimensão satisfação com as promoções foi a única onde todos os itens receberam médias que indicam insatisfação. Sua média geral foi de 3,54 (Apêndice L – Gráfico 11), e doze servidores responderam que estão insatisfeitos com as promoções ou o tipo de promoções oferecidas, dez indiferentes, e nenhum servidor está satisfeito com o analisado nesta dimensão (Apêndice M – Gráfico 12). Para esta dimensão ser mais bem avaliada é preciso atentar ao que se responde nos itens “número de vezes que já foi promovido”, “garantias que a empresa oferece a quem já foi promovido”, “maneira como a empresa realiza as promoções”, “oportunidades de ser promovido” e “tempo de espera para receber uma promoção”. Quando aprovados em concurso público, os servidores permanecem no cargo de auditores até serem aprovados em outro concurso público ou até o momento em que se aposentam.
Quando questionados sobre o “número de vezes que já foram promovidos”, dez responderam que estão indiferentes, três muito insatisfeitos e quatro consideram-se satisfeitos (Apêndice F – Gráfico 5); a média geral do item foi 3,91, indicando insatisfação (Apêndice K – Gráfico 10). Logo a maioria dos servidores não considera satisfatória a quantidade de vezes que podem ser promovidos já que permanecem no cargo como auditor devido à nomeação e aprovação no concurso para auditores.
O item “garantias que a empresa oferece a quem é promovido” recebeu média geral de 3,91, indicando insatisfação (Apêndice K – Gráfico 10). Nesse item doze servidores estão indiferentes às garantias de promoção, quatro insatisfeitos e apenas dois satisfeitos (Apêndice F – Gráfico 5).
Ao item “maneira com a empresa realiza promoções”, três servidores estão totalmente insatisfeitos, sete insatisfeitos e oito indiferentes (Apêndice F – Gráfico 5). Com média geral de 3,27 (Apêndice K – Gráfico 10).
Em relação às “oportunidades de ser promovido”, quatro responderam que estão totalmente insatisfeitos, quatro estão insatisfeitos e nove estão indiferentes às chances de promoções da seção de auditoria (Apêndice F – Gráfico 5). O item apurou média geral de 3,36, também indicando insatisfação (Apêndice K – Gráfico 10).
A menor média dos itens da dimensão satisfação com as promoções é de 3,23, relacionado ao item “tempo de espera para receber uma promoção” (Apêndice K – Gráfico 10); ao que foi avaliado nesta variável, quatro servidores estão totalmente insatisfeitos, cinco insatisfeitos e dez indiferentes (Apêndice F – Gráfico 5). Significa que há uma demora em se conceder um novo concurso para outra carreira profissional, considerando também que não há concursos internos para os auditores.
A satisfação no trabalho adquire uma importância crescente no contexto
da gestão de pessoas nas organizações, constituindo-se um motivo relevante para
a melhoria da produtividade, da competitividade e da inovação da coordenação de
pessoas. A satisfação representa um dos fundamentais objetivos das motivações e
pode contribuir para que o órgão pesquisado atinja suas principais metas
organizacionais e colabora quanto às conquistas individuas de caráter
profissional dos funcionários de uma organização.
A pesquisa feita no setor de
seção de auditoria do Ministério da Saúde em Fortaleza permitiu atingir o
objetivo geral da pesquisa que é “analisar a satisfação no trabalho dos
servidores da seção de auditoria do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde”
através do cumprimento dos objetivos específicos teóricos e empíricos, por meio
de um questionário aplicado junto aos servidores da seção de auditoria.
Em relação às notas dadas aos itens que integram a dimensão Satisfação
com a Chefia, pode-se perceber que há uma boa quantidade de servidores que se
mostra satisfeito quanto a chefe do setor, apesar de haver também notas
indicativas de indiferença e insatisfação, no entanto a média geral mostra que
não há satisfação nem insatisfação quanto à atuação da chefia no setor.
Os servidores mostram-se indiferentes quanto aos itens que fazem parte
das dimensões Satisfação com a Natureza do Trabalho e Satisfação com os
Colegas, esta por sua vez, apresenta um número de servidores que se mostram
insatisfeitos quanto à credibilidade dos seus colegas de trabalho e não estão
contentes com o espírito de colaboração dos colegas, logo recomenda-se utilizar
de ações como promover uma melhor relação interpessoal entre os servidores,
atividades que possam ser compartilhadas entre os servidores, reconhecer os
comportamentos colaborativos, incentivar a visão sistêmica do trabalho e evitar
no setor atitudes individualistas e competitivas.
Foi constatado, entre os participantes da pesquisa que há um sentimento
de insatisfação quando questionados sobre a Satisfação com as Promoções e Satisfação
com o Salário, este com uma boa parte de respondentes que se mostra também
indiferente. No intuito de melhorar o contentamento quanto às promoções,
aconselha-se que possa ser revista e sugerida ao Ministério da Saúde que reveja
a política de salário e promoções dos servidores públicos, apesar de os mesmos
estarem cientes de que o cargo de auditor é assumido por meio de concurso
público e que os que almejam cargos melhores devem prestar concurso público
para outros cargos já que não é permitida a ascensão interna por meio de
concursos internos.
Também é proposto que os servidores busquem qualificação profissional
através de cursos internos, graduações e pós- graduações; uma vez que,
comprovada a qualificação há uma gratificação financeira a mais para os
servidor. Faz-se necessário também sugerir a colocação de uma nova política de
planejamento e gerenciamento de recursos humanos com a integração de um grupo
de ideias administrativas reforçando as práticas gerenciais baseadas em
conceitos modernos de administração e administração pública.
Em meio às informações precisas e detalhadas, teve-se uma dificuldade de
obter livros abordando o conhecimento sobre administração pública e por ser um
órgão público federativo algumas informações foram restritas. Para concluir,
destaca-se a importância e necessidade de novas buscas que possam ampliar as
ideias sobre satisfação no serviço público e que permitam mensurar como está o
vinculo entre os servidores e administração pública. Constata-se que a
satisfação está diretamente relacionada com o desempenho dos colaboradores:
quanto mais satisfeitos, melhor desempenho.
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Autorização
de Participação da Empresa no Estudo de Caso
Fortaleza, 04 de setembro de 2017.
Eu, Bruna Mikaelle do
Nascimento Silva e Renata Uchôa de Albuquerque, alunas do Curso de Graduação em
Administração do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7), sob orientação do
Prof. Ricardo Aquino Coimbra, solicitamos permissão para obter voluntariamente
de sua empresa informações que serão utilizadas, após tratamento, na forma de
estudo de caso a ser inserido na pesquisa em andamento sobre "Satisfação
no Trabalho dos Servidores da Seção de Auditoria do Núcleo Estadual do
Ministério da Saúde".
As informações declaradas
nesta pesquisa serão mantidas em sigilo, como também o anonimato da empresa e
do respondente.
No aguardo do aceite,
agradecemos a atenção dispensada.
Bruna Mikaelle do Nascimento Silva Pesquisadora
|
|
Edinir Dantas de Castro Ribeiro Chefe Substituta da Seção de Auditoria |
Gráfico 1 – Satisfação com a Chefia
Fonte: Pesquisa direta, elaboração
própria, 2017.
Gráfico 2 - Satisfação com o Salário
Fonte: Pesquisa direta, elaboração
própria, 2017.
Gráfico 3 - Satisfação com os Colegas
Fonte: Pesquisa direta, elaboração
própria, 2017.
Gráfico 4 - Satisfação com a Natureza do Trabalho
Fonte: Pesquisa direta, elaboração
própria, 2017.
Gráfico 5 - Satisfação com as Promoções
Fonte: Pesquisa direta, elaboração
própria, 2017.
Gráfico 6 - Média geral dos itens componentes da dimensão
Satisfação com a Chefia
Fonte: Pesquisa direta, elaboração
própria, 2017.
Gráfico 7 - Média geral dos itens compõe a dimensão
Satisfação com o Salário
Fonte: Pesquisa direta, elaboração
própria, 2017.
Gráfico 8 - Média geral dos itens componentes da dimensão
Satisfação com o Salário
Fonte: Pesquisa direta, elaboração
própria, 2017.
Gráfico 9 -
Média geral dos itens componentes da dimensão Satisfação com a Natureza do Trabalho.
Fonte: Pesquisa direta, elaboração própria, 2017.
Gráfico
10 - Média geral dos itens componentes da dimensão Satisfação com as Promoções
Fonte: Pesquisa direta, elaboração própria, 2017.
Gráfico 11 -
Média geral das dimensões da Satisfação no Trabalho.
Fonte: Pesquisa direta,
elaboração própria, 2017.
Gráfico 12 - Quantidade de
respondentes satisfeitos, insatisfeitos e indiferentes em cada dimensão da
Satisfação no Trabalho.
Fonte: Pesquisa direta, elaboração própria, 2017.
Anexo
A - Dimensões, definições,
itens e índices de precisão da EST em sua forma completa com 25 itens
Quadro 1- Dimensões, definições, itens e índices de precisão
da EST em sua forma completa com 25 itens
Dimensões |
Definições |
Itens |
Índices de precisão |
Satisfação
com os colegas de trabalho |
Contentamento
com a colaboração, a amizade, a confiança e o relacionamento mantido com os
colegas de trabalho. |
1, 6, 14,17 e 24 |
0,86 |
Satisfação com o
salário |
Contentamento
com o que recebe como salário se comparado com o quanto o indivíduo trabalha,
com sua capacidade profissional, com o custo de vida e com os esforços feitas
na realização do trabalho. |
5, 8, 12,15 e 21 |
0,92 |
Satisfação
com a chefia |
Contentamento
com a organização e capacidade profissional do chefe, com o seu interesse
pelo trabalho dos subordinados e entendimento entre eles. |
2, 9, 19, 22 e 25 |
0,90 |
Satisfação
com a
natureza do trabalho
|
Contentamento
com o interesse despertado pelas tarefas, com a capacidade de elas absorverem
o trabalhador e com a variedade das mesmas. |
7, 11,13, 18 e 23 |
0,82 |
Satisfação
com as promoções |
Contentamento
com o número de vezes que já recebeu promoções, com as garantias oferecidas a
quem é promovido, com a maneira de a empresa realizar promoções e com o tempo
de espera pela promoção. |
3, 4,10, 16 e 20 |
0, 87 |
|
Quadro
2 - Escala de Satisfação no Trabalho
No meu trabalho atual
sinto-me...
( ) Com o espírito de colaboração dos meus
colegas de trabalho.
( ) Com o modo como meu chefe organiza o
trabalho do meu setor.
( ) Com o número de vezes que já fui promovido
nesta empresa.
( ) Com as garantias que a empresa oferece a
quem é promovido.
( ) Com o meu salário comparado com o quanto
eu trabalho.
( ) Com o tipo de amizade que meus colegas
demonstram por mim.
( ) Com o grau de interesse que minhas tarefas
despertam.
( ) Com o meu salário comparado à minha
capacidade profissional.
( ) Com o interesse de meu chefe pelo meu
trabalho.
( ) Com a maneira como esta empresa realiza
promoções de seu pessoal.
( ) Com a capacidade de meu trabalho absorver-me.
( ) Com o meu salário comparado ao custo de
vida.
( ) Com a oportunidade de fazer o tipo de
trabalho que faço.
( ) Com a maneira como me relaciono com os
meus colegas de trabalho.
( ) Com a quantia em dinheiro que recebo
desta empresa ao final de cada mês.
( ) Com as oportunidades de ser promovido
nesta empresa.
( ) Com a quantidade de amigos que eu tenho
entre meus colegas de trabalho.
( ) Com as preocupações exigidas pelo meu
trabalho.
( ) Com o entendimento entre eu e meu chefe.
( ) Com o tempo que eu tenho de esperar para
receber uma promoção nesta empresa.
( ) Com meu salário comparado aos meus
esforços no trabalho.
( ) Com a maneira como meu chefe me trata.
( ) Com a variedade de tarefas que realizo.
( ) Com a confiança que posso ter em meus
colegas de trabalho.
( ) Com a capacidade profissional do meu
chefe.
Fonte: Siqueira (2008).