SATISFAÇÃO NO SERVIÇO DE ATENDIMENTO NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL EM FORTALEZA-CE, SOB A ÓTICA DOS USUÁRIOS
Ana Jéssika Mesquita Ribeiro
Graduanda do Curso de Administração do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7).
Paulo
Anderson de Sousa Teixeira
Graduando do Curso de Administração do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7).
Ricardo
Aquino Coimbra
Professor adjunto do curso de Administração do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7). Mestre em Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC/CAEN). Graduado em Economia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Conselheiro da APIMEC-NE desde 2006. Professor de cursos de graduação e pós-graduação da UNI7, Faculdades Nordeste/Devry (FANOR/DEVRY), Faculdade Metropolitana (FAMETRO), da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e da Escola de Negócios UNI7. Colunista do Segunda Opinião. Coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da ONG Movimento Coesão Social.
RESUMO
O artigo tem como objetivo analisar a satisfação do usuário com o serviço
prestado no setor emergencial de um hospital pediátrico em Fortaleza. Com as
mudanças ocorridas no mercado de negócios, onde a qualidade se torna uma
caraterística fundamental das organizações, conhecer o usuário e suas
necessidades é um fator de importância para qualificar o atendimento e avaliar
se o mesmo está satisfeito com o serviço oferecido. Além disso, a fidelização e
retenção de clientes é um conceito que está sendo praticado nessa nova fase
mercadológica. A busca de oferecer novas experiências aos usuários está além de
um bom atendimento na recepção, como também se estende à equipe de enfermagem,
estrutura física, facilidade de informações, necessidades satisfeitas, sala de
medicação e profissionais médicos. De modo geral, a maioria dos usuários
ficaram satisfeitos com a qualidade do atendimento prestado, pois 60% de acordo
com o estudo realizado apontaram que estavam muito satisfeitos e 36% repassaram
que estavam pouco satisfeitos. Esse artigo buscou avaliar todos esses aspectos,
analisar e buscar resultados de melhoria ou de manutenção de procedimentos que
qualificam o atendimento no Hospital.
PALAVRAS-CHAVE: Atendimento. Emergência. Qualidade. Serviço. Usuário.
ABSTRACT
The article aims to
analyze user satisfaction with the service provided in the emergency sector of
a pediatric hospital in Fortaleza. With the changes occurring in the business
market, where quality becomes a fundamental feature of organizations, knowing
the user and their needs is a factor of importance to qualify the service and
evaluate if the same is satisfied with the service offered. In addition,
customer loyalty and retention is a concept that is being practiced in this new
marketing phase. The quest to offer new experiences to users is beyond a good
reception service, but also extends to the nursing team, physical structure,
ease of information, satisfied needs, medication room and medical
professionals. Overall, the majority of users were satisfied with the quality
of care provided, because 60% according to the study indicated that they were
very satisfied and 36% reported that they were not satisfied. This article
sought to evaluate all these aspects, analyze and seek results of improvement or
maintenance of procedures that qualify care in the Hospital.
KEYWORDS: Attendance. Emergency. Quality. Service.
User.
Diante de um cenário mundial, onde a diferenciação e a
qualidade dos serviços prestados pelas empresas são elementos essenciais para a
satisfação do seu consumidor final, as organizações estão mais exigentes em
conhecer as necessidades dos seus clientes e a partir delas oferecer uma melhor
experiência.
Para Kotler e Keller (2012), o serviço é definido como uma
ação ou atividade, essencialmente intangível, que o prestador de serviço
oferece ao cliente, objetivando a satisfação do mesmo. Sendo o serviço um
sistema complexo que interliga pessoas, tecnologias e processos, torna-se
importante conhecer o mercado onde ele é oferecido, o público que será
destinado e como este processo está sendo executado.
Segundo Corrêa e Caon (2008), como
os clientes tem o contato com algum aspecto no processo de serviço, tudo
procede como se ele tivesse papel de insumo para a prestação de serviço
executado. Logo o usuário tende a concentrar sua avaliação de valor sobre a
experiência ofertada.
Esse setor está
crescendo consideravelmente na economia brasileira e dentro dessa categoria,
inclui-se como prestador de serviço o hospital privado no segmento hospitalar.
Este por sua vez, oferece aos seus usuários serviços de assistência médica
curativa e reabilitação, mas também são reconhecidos pela colaboração na
prevenção de doenças, no ensino e na investigação científica.
No Brasil, a taxa média de crescimento anual do PIB nos
últimos dez anos foi de 5,5%, enquanto que no setor saúde foi de 8,2%, segundo
estudos da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP, 2015). Esse
crescimento foi proporcionado pelo aumento da renda na população, que por sua vez
ampliou o seu acesso aos serviços de saúde, e com a mudança do perfil
epidemiológico da população.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2013) divulgada
pelo IBGE (Instituto brasileiro de geografia e estatística), 27,9% da população
brasileira possuíam algum plano de saúde médico ou odontológico. As regiões que
tiveram maiores índices foram Sudeste (36,9%) e Sul (32,8%), e as de menores
proporções foram as regiões Norte (13,3%) e Nordeste (15,5%).
Em estudos mais recentes divulgados pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS), em 2016 a quantidade de usuários de plano de saúde
privado chegou ao número de 47.898.787.
A assistência em situações de emergência e urgência se
caracteriza pela necessidade de um paciente ser atendido em um curtíssimo
espaço de tempo. A emergência é caracterizada como uma situação onde não pode
haver uma protelação no atendimento, o mesmo deve ser imediato. Nas urgências,
o atendimento deve ser prestado em um período de tempo que, em geral, é
considerado como não superior a duas horas. As situações não urgentes podem ser
referidas para o pronto-atendimento ambulatorial ou para o atendimento
ambulatorial convencional, pois não tem a premência que as descritas
anteriormente.
A Constituição, no título VIII, ao tratar da ORDEM SOCIAL,
destina o capítulo II ao tema "SEGURIDADE SOCIAL" sendo que, ao se
referir a "saúde" diz:
A saúde é
direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação Sendo assim todos tem o direito a saúde e os casos de Emergência
tem atendimento prioritário.
Diante desse cenário, a satisfação é um aspecto importante
de avaliação para que as operadoras de saúde desenvolvam uma medida exata da
satisfação ao usuário. A qualidade é definida pelos usuários, por isso, é
bastante relevante conhecer suas necessidades e expectativas para que sejam
oferecidos serviços de padrão elevado. Os órgãos reguladores e instituições de
saúde reconhecem essa satisfação como indicador significativo da qualidade em
saúde.
De acordo com pesquisa
Datafolha realizada em 2011, a saúde é o maior problema do Brasil. Pois se
apresentou ruim ou péssima para 62% das pessoas, com uma insatisfação acentuada
nas cidades com acima de 500 milhões de habitantes (70%) e regiões
metropolitanas (68%).
Esse desafio exige dos gestores investimento constante na
ampliação das instalações, adaptação dos serviços, incluindo estrutura física e
capacitação das equipes, bem como aquisição de novas tecnologias, com vistas a
atender as demandas atuais e a se preparar para as exigências futuras. Isso
tudo sem abrir mão do cuidado e da qualidade da assistência, no momento em que,
não raramente, pacientes e familiares estão bastante fragilizados.
Do ponto de vista do usuário no atendimento dos hospitais
privados, a sua satisfação pode acontecer quando as suas necessidades ou
expectativas são atendidas, desde um atendimento eficaz no setor de emergência
a uma marcação de exame facilitada com sistemas tecnológicos. Diante disso,
suas percepções se tornam positivas, pois os resultados esperados são
alcançados.
Nesse aspecto, a necessidade de desenvolvimento de métodos de
avaliação da satisfação do usuário se torna uma ferramenta de aperfeiçoamento
estratégico na gestão da área da saúde, além de melhorar o atendimento e
qualidade na prestação de serviço à sociedade.
A qualidade de serviço refere-se ao grau em que as expectativas
do cliente foram atendidas. Segundo Lovelock, Wirtz e Hemzo (2011), define-se
qualidade de serviço, do ponto de vista do usuário, como aquilo que atende ou
excede as expectativas dos clientes.
Segundo Alvarez (2012), os serviços de saúde e a Organização
Mundial da Saúde (OMS) definem qualidade do atendimento médico-hospitalar em
razão de um conjunto de elementos: alto nível de excelência profissional, uso
eficiente dos recursos, um mínimo de riscos, assim como um alto grau de
satisfação dos pacientes e um impacto final na saúde.
Mendes et al. (2009), realizou um estudo descritivo de corte
transversal sobre a qualidade da assistência de urgência no estado de
Pernambuco, através da avaliação da satisfação dos usuários dos três maiores
Hospitais Públicos de Urgência e Emergência do Recife, Hospital da Restauração
(HR), Hospital Getúlio Vargas (HGV) e Hospital Otávio de Freitas (HOF), todos
sob gestão estadual contando com 469 médicos e 97 enfermeiros para o
atendimento de urgência (pronto-atendimento e emergência), que realizam em
média 2800 atendimentos semanais, num total de 8400 nos três hospitais.
No presente estudo, em avaliação através de questionário,
foi solicitado que o usuário desse uma nota geral em relação ao atendimento
recebido no hospital. Essa nota permitiu realizar a comparação com a avaliação
das dimensões estudadas. Os resultados alcançados foram homogêneos entre os
hospitais apresentando uma satisfação de 77% com o atendimento das emergências,
número maior que em pesquisas realizadas em estudos anteriores (MENDES, 2009).
O presente estudo detém-se ao tema da qualidade no
atendimento ao usuário no segmento hospitalar. Possuindo como objetivo geral analisar a satisfação dos
usuários com o serviço de atendimento ao cliente oferecido na emergência
pediátrica de um hospital de Fortaleza-Ce.
Enquanto os objetivos específicos são descrever o processo
de gestão de serviço e identificar as variáveis relacionadas à qualidade em
relação ao serviço de atendimento. Como também, descrever o serviço de
atendimento da emergência pediátrica e identificar o grau de satisfação do
usuário com o serviço de atendimento da mesma.
Diante disso, com base no contexto apresentado, foi
escolhido o setor de emergência pediátrica de um hospital de Fortaleza-Ce como estudo de caso, visto que a satisfação
dos usuários com relação ao atendimento é um ponto importante para a vantagem
competitiva da organização e serve como uma avaliação para melhoria dos
serviços ofertados, com a finalidade de conquistar a confiança e fidelidade de
seu público.
Neste capítulo são apresentados conceitos e
fundamentos existentes na literatura científica sobre o tema em questão, que
orientaram esta pesquisa.
2.1 O PROCESSO DE GESTÃO DE SERVIÇO
Com a evolução da sociedade pós-industrial, a
administração de serviços ganhou atenção das empresas por se apresentar como um
grande diferencial competitivo. Em tempos de qualidade total e eficiência
operacional, nota-se uma semelhança muito grande entre os produtos, todos com
certificado de qualidade padronizado. A seguir apresenta-se uma visão sobre a
gestão de serviço e como esse processo fideliza e mantém clientes potenciais no
mercado.
2.1.1
Características e elementos do serviço
O serviço é definido como um ato ou uma atividade
intangível oferecida com finalidade de satisfazer as necessidades e gerar
satisfação da outra parte, ele pode ou não estar ligado a algum bem físico
(KOTLER; KETLER, 2010).
Segundo Lovelock, Wirtz e Hemzo (2012, p.21),
“Serviços são atividades econômicas que uma parte oferece a outra. Geralmente
baseadas no tempo, seu desempenho traz aos seus destinatários os resultados
desejados, objetos ou outros ativos pelos quais os compradores têm
responsabilidade”.
O fato de o cliente estar com nível de contato com
alguma parte do processo produtivo, não significa necessariamente que ele terá
contato com todos os aspectos do processo produtivo que fornece o serviço. O
grau que o cliente interage e tem contato com o processo, irá determinar até
qual ponto, com quais aspectos, por quanto tempo e que tipo de contato se
estabelecerá. As atividades de alto contato são chamadas de atividades de
“linha de frente”, e as atividades que ocorrem sem contato com o cliente são
denominadas de “retaguarda” (CORRÊA; CAON,
2008).
2.1.1.1 Características distintivas do serviço
As
empresas, vivendo em um ambiente competitivo no mercado, objetivam fornecer a
seus clientes um pacote de valor. Esse pacote inclui parcelas normalmente
consideradas como serviços e parcelas normalmente consideradas como bens
físicos ou produtos, que possuem características distintivas entre si, conforme
referido abaixo (CORRÊA; CAON, 2008).
1. intangibilidade - os serviços, ao contrário dos bens
que são tangíveis, não podem ser cheirados, sentidos, ouvidos ou vistos pelo
cliente. Portanto, com a finalidade de reduzir as incertezas dos consumidores
com relação ao do serviço recebido os prestadores de serviços criam estratégias
que visam tangibilizar o intangível, ou seja,
transparecer a qualidade dessas experiências através das instalações, pessoas,
equipamentos, materiais de comunicação, símbolos e preços.
2. inseparabilidade - os serviços são consumidos e
produzidos simultaneamente de acordo com a solicitação do consumidor. Eles não
podem ser fabricados, estocados e consumidos mais tarde como um bem tangível.
Por isso, as empresas investem para criar uma experiência única para os
clientes através de investimentos em treinamentos para os funcionários,
padronização do processo de prestação de serviço em toda a organização e
acompanhamento da satisfação do cliente.
3. perecibilidade - devido a questão esplanada anteriormente, o serviço não pode ser estocado
dependendo da sua demanda. Essa característica pode ser um problema para o
resultado da empresa, tornando-se importante o gerenciamento da produção e da
demanda, ou seja, os serviços certos devem estar disponíveis para os clientes
certos, nos lugares certos, na hora certa e no preço certo para aumentar a
lucratividade.
4. heterogeneidade - os serviços são realizados com
participação do cliente e seu relacionamento com ele. Com a variabilidade do
cliente há também a variabilidade da prestação do serviço. Assim, essa
característica determina a imprevisibilidade e heterogeneidade que resultam em
ações, reações, situações e expectativas diferenciadas.
2.1.1.2 Tipologia dos serviços
O setor de serviços não compreende apenas empresas
privadas como também organizações não governamentais, organizações sem fins
lucrativos e órgãos públicos. As empresas prestadoras de serviço poderão optar
por diferentes processos para fornecer o serviço. De acordo com o volume e pela
variedade podem ser classificados em três categorias: Serviços profissionais,
lojas de serviços e serviços de massa (CARVALHO;
PALADINI, 2012).
1. serviços de massa - se caracteriza por oferecer
serviços para muitos clientes envolvendo padronização de serviços e um contato limitado com o cliente. Nessa categoria, o pessoal não
apresenta alta qualificação, onde executa processos já previstos. Esses
serviços são em sua maioria orientados para produtos e baseados em
equipamentos.
2. serviços profissionais - nesse tipo de
serviço, há um alto contato com o cliente, onde há tempo considerável no
processo de prestação de serviço. Logo se caracteriza por serviço de alta
customização.
3. lojas de serviços - nessa categoria temos um contato
intermediário com o cliente, ela se enquadra entre customização e padronização.
Em seguida a figura
1 demonstrativa para melhor visualização:
Figura 1 –
Tipologia de serviços com base no volume e variedade de serviço.
Fonte: Carvalho e Paladini,
2012, p.331.
2.1.1.3 Origem e
participação dos serviços na economia brasileira
A descrição e a definição de serviços tiveram suas
primeiras tentativas a mais de dois séculos. Originalmente, a palavra serviço
referia-se ao trabalho que os escravos faziam para seus mestres. O marketing,
nas suas primeiras definições para o termo serviço, estabeleceu este com os
bens definindo como sendo uma ação, desempenho ou esforço que possuía
características peculiares que os diferenciavam dos produtos tangíveis
(LOVELOCK; WIRTZ; HEMZO, 2012).
Nos países desenvolvidos, o setor de serviços ocupa
uma posição de destaque na economia. O indicador que reflete essa importância e
participação no crescimento econômico é o PIB (Produto interno bruto). Esse
setor além, de representar uma parcela dinâmica da economia é responsável
também pela maior parcela desse indicador (CORRÊA;
CAON, 2008).
Como na maioria dos países industrializados, o
Brasil apresenta o setor de serviços como destaque na economia. O setor vem
aumentando em termos de mão de obra e quase 60% da população se dedica a
prestação de serviços. Destacam-se no Brasil os serviços na área hospitalar e
de alimentação, que tiveram crescimento com o ingresso de multinacionais no
país, como grandes restaurantes e cadeias de hotéis (CORRÊA; CAON, 2008).
2.1.2 Processo de
entrega do serviço
Visto uma necessidade identificada e não satisfeita
pelo cliente, o mesmo passa por um processo de compra de serviço que se divide
em três estágios: o estágio pré-compra, o estágio de
encontro com o serviço e o estágio de pós-compra. Essas fases vão desde a
identificação da necessidade da compra até a satisfação com serviço ofertado (LOVELOCK; WIRTZ;
HEMZO, 2011).
1
estágio pré-compra – nesse estágio identificamos o passo
inicial para o processo de compra, onde o cliente percebe sua necessidade e tem
o poder de decisão para a compra do serviço. Nele também há a seleção de
alternativas e avaliação das mesmas para conclusão da aquisição. Essa avaliação
é feita desde consulta a amigos como também recebimento de algum panfleto em
dado local.
2
estágio de encontro
com o serviço – após o estágio de pré-compra
concluído o cliente irá receber o serviço solicitado, nesse estágio ele experimenta o contato com o prestador de
serviço.
3
estágio pós-compra
– nessa
última fase, o cliente avalia a qualidade do serviço ofertado, podendo ter sido
satisfatória ou não. O resultado desse último estágio irá afetar processos de
compras futuros no prestador de serviço avaliado.
2.2 QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Atualmente torna-se cada vez mais necessário atender
as exigências do cliente para que seja possível a conquista de mercado. Com
isso, a busca para a melhoria do desempenho operacional e organizacional tem
sido uma constante.
Nesta seção são abordados conceitos acerca do tema
controle de qualidade total (CQT), visto que este assunto tem despertado a
atenção de administradores hospitalares que buscam estratégias para conquista
de mercado.
2.2.1 Evolução na gestão da qualidade
Qualidade é um termo de domínio público e uso comum
que está associada a valores percebidos pelo cliente. Antes da revolução
industrial as peças eram ajustadas manualmente pelos artesãos e a qualidade era
uma atividade de autocontrole, estando mais direcionada ao produto (CARPINETTI,
2010).
Porém no século XX, as máquinas possibilitaram a
produção em série que junto das teorias de Taylor, mudaram o controle da
qualidade para uma forma de medição e inspeção do processo e do produto final.
Passando a dar foco a produtividade como principal maneira de avaliar a
economia (CARPINETTI, 2010).
Após a segunda guerra mundial quando França,
Inglaterra, Japão e Alemanha possuíam seus parques industriais destruídos, os
Estados Unidos expandiram suas corporações para todo o mundo, abrindo mão de
técnicas de produtividade e controle de qualidade, criadas por profissionais
que, posteriormente, foram convocados para reforçar o Plano Marshall no Japão e
acabaram tornando-o o país com a melhor filosofia de gestão organizacional
(RODRIGUES, 2014).
2.2.2 Controle
total de qualidade
Com a evolução do conceito de qualidade, esta
tornou-se o produto de um sistema de gerenciamento, conhecido como Controle de
Qualidade Total (TQC), que foi aperfeiçoado no Japão com ideias americanas após
a Segunda Guerra Mundial, cuja principal característica é o foco no cliente e
nos processos de gestão (CAMARGO, 2011).
Falconi (2004), afirma
que este é um sistema gerencial que se pauta pela satisfação das necessidades
de todos aqueles ligados a empresa, em todas as instâncias. Por tanto, a
implantação desse sistema de qualidade envolve muito trabalho de educação e
treinamento, afim de que haja mudança mental e cultural de todos os envolvidos.
Ainda assim TCQ não é sinônimo de garantia de qualidade, mas é sinal de
amadurecimento do sistema de qualidade, de controle total dos processos e
rotinas.
2.2.3 Gestão de
qualidade na área da saúde
A
preocupação com a qualidade nos serviços de saúde não é algo novo, visto que
sempre houve uma grande responsabilidade ao atuar sobre a vida de um ser
humano. Ainda assim, os serviços de saúde demoraram um pouco a incorporar um
sistema de controle de qualidade. Os antecedentes das práticas contemporâneas
de gestão para a qualidade em saúde têm como principais origens o método cientifico, as associações profissionais e os
modelos industriais, com destaque para a gestão da qualidade total (GQT)
(PALADINI, 2012).
A
qualidade do atendimento médico-hospitalar pode ser definida com a junção de um
alto nível de excelência profissional, com o uso eficiente dos recursos, riscos
mínimos, alto grau de satisfação dos pacientes e um impacto final na saúde dos
mesmos. Por tanto, no âmbito hospitalar, a principal ação necessária para
orientar preocupações com a qualidade é englobar todas as iniciativas
existentes em um hospital, para que buscar e manter a qualidade seja atribuição
de toda a instituição, como o resultado de uma ação coletiva (BURMESTER, 2013).
Com
isso, para manter o controle da qualidade em saúde, torna-se necessária uma
sistematização dos processos, desde formulação da estratégia até a implantação,
controle e acompanhamento das diversas operações existentes. Esse sistema se
caracteriza por elementos de entrada, processo de transformação e saída de
recursos ou serviços. Dessa forma suas ações e objetivos são direcionados as
funções da qualidade, organizando o esforço para produção da qualidade através
de ações sistematizadas, seguindo uma lógica determinada (MEDEIROS; FERNANDES,
2010).
Para
manter o controle da qualidade, foram elaboradas algumas ferramentas que são
aplicadas por gestores em seus colaboradores. Cada ferramenta possui uma
especificidade para identificar ou solucionar problemas (LUONGO, 2011).
1.
carta de controle - são gráficos utilizados para
acompanhar um determinado processo.
2.
carta de tendência - utilizada para medir o comportamento
de uma
3.
diagrama de causa e
efeito - utilizada para analisar as dispersões nos processos.
4.
diagrama de
dispersão - permite que duas ou mais grandezas sejam visualizadas.
5.
diagrama de Pareto
-
identifica os problemas mais importantes, como perdas e desperdícios.
6.
fluxograma - utilizado para
descrever e mapear as processos.
7.
histograma - são gráficos que
mostram a distribuições das variáveis.
8.
brainstorming - é uma técnica que
é utilizada para desenvolver ideias.
9.
5s - é uma ferramenta
que ensina a ter disciplina, identifica problemas e gera oportunidades de
melhorias.
10.
ciclo PDCA - método de gestão
dividido em quatro etapas: planejamento, execução, checagem, ação corretiva.
2.2.4 Qualidade no serviço de pronto socorro hospitalar
O
pronto socorro de um hospital mantém um conjunto de recursos disponíveis por 24
horas com o objetivo de servir desde condições graves como resgatar pacientes
impossibilitados de acesso espontâneo ao hospital, resgatar doadores ou órgãos
para transplantes, atender pacientes que sofrem com dor súbita, traumas por
acidentes e risco de morte, assim como qualquer paciente que procure o hospital
sem agendamento por alguma consequência ao seu estado de saúde. Pois usuários
em situações não urgentes costumam procurar o serviço por ser mais facilmente
acessível (SALU, 2013).
Fatores
como a demora no atendimento, estrutura física inadequada e precariedade ou
ausência de equipamentos e de materiais para o necessário atendimento são os
principais responsáveis pela redução da qualidade prestada em pronto
atendimento de hospitais públicos brasileiros (SOUZA et al., 2014).
Com
isso, embora geralmente exista o estresse característico da unidade de
emergência, faz-se necessária a elaboração de estratégias de aplicabilidade na
dinâmica do serviço, como o levantamento das opiniões e sugestões dos usuários
de pronto socorro, para que sejam amenizados os fatores que possam interferir
na qualidade do atendimento prestado (MENDES, 2009).
3 MÉTODO
O método científico pode ser entendido como percurso para alcançar um fim
ou meio pelo qual se atinge um objetivo. Pode se dizer que é a sequência de
operações realizadas para atingir certo resultado, um modo sistemático e
ordenado de pensar e investigar. A utilização de bons métodos é essencial para
se atingir um tipo de conhecimento sistemático preciso e objetivo
(MATIAS-PEREIRA, 2012).
Segundo Matias-Pereira (2012), uma investigação desprovida de premissas
teóricas não é só infrutífera, é impossível. Pois mesmo a metodologia
diferenciando-se da teoria, por ser a lógica do procedimento científico, os
instrumentos e procedimentos usados na investigação devem satisfazer os
critérios metodológicos pressupondo, logicamente, uma teoria substantiva.
A partir
desta premissa são descritos os procedimentos metodológicos que serviram de
meio para alcance dos objetivos da pesquisa em questão.
3.1 CARACTERIZAÇÃO
E ESTRATÉGIA DA PESQUISA
Para uma
exposição da realidade do estudo de caso, esta pesquisa utilizou métodos para o
processo de coleta de dados que envolvem levantamento bibliográfico e
questionário com pessoas que estão envolvidas diretamente no assunto.
Assim a pesquisa
caracteriza-se como quantitativa, pois a coleta de dados baseou-se na medição
numérica e na análise estatística através da tabulação de dados a partir do
questionário, a fim de estabelecer o padrão de atendimento ao cliente na
emergência em questão (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2013).
Os questionários
foram então tabulados em planilhas no programa Excel e apresentados em forma de
tabelas e gráficos para apresentação de resultados.
3.2 ESTUDO
DE CASO – HOSPITAL PEDIÁTRICO
Um
estudo de caso, ou trabalho de campo, é uma estratégia de pesquisa própria para
a construção de uma investigação empírica que pesquisa fenômenos dentro do seu
contexto real (MARTINS, 2008).
Reúne o
maior número possível de informações, em função das questões e proposições
orientadoras do estudo, por meio de diferentes técnicas de levantamento de
dados, buscando identificar e analisar a multiplicidade de dimensões que
envolvem o caso. Além de descrever, discutir e analisar a complexidade de um
caso concreto, em uma realidade social não conseguida plenamente por um
levantamento amostral e avaliação exclusivamente quantitativa (MARTINS, 2008).
Porém a escolha da sede para a pesquisa se deu a partir do
interesse de avaliar o atendimento em um hospital que é referência pediátrica
na cidade de Fortaleza e foi comprado, ainda recente, por uma operadora de
saúde que, por sua vez, pretende manter a qualidade no atendimento para
fidelização de clientes através da satisfação destes. Pois a pediatria representa uma parcela significativa
dos clientes desta operadora de saúde, correspondendo a 30% do total de
beneficiários.
3.2.1 População-Alvo e Seleção de Amostra
A amostra é um
subgrupo da população em estudo, utilizada para economizar tempo e recursos
através da delimitação da população para generalizar resultados e estabelecer
parâmetros (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2013).
No presente
estudo, a amostra se caracteriza como não probabilística, pois os participantes
foram selecionados pelo simples fato de estarem presentes na emergência
pediátrica exercendo papel de responsável pelas crianças usuárias do hospital
em questão (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2013).
3.3 INSTRUMENTO
E TÉCNICA DE COLETA DE DADOS
A pesquisa científica parte da
observação seja para obter conhecimentos ou verificá-los, diante disso são
expostos as informações sobre a elaboração do instrumento de pesquisa e a
técnica de coleta de dados.
3.3.1
Elaboração do
Instrumento de Pesquisa
Um instrumento de pesquisa é um procedimento, método ou dispositivo que
tem a finalidade de auxiliar na extração das informações de uma realidade,
fenômeno ou sujeito de pesquisa (APOLINÁRIO, 2012).
Nesta pesquisa
foi elaborado como instrumento de coleta de dados um questionário criado a
partir da ferramenta Google Docs, composto de
perguntas fechadas em escala ordinal, para facilitar a compreensão e tabulação
de dados.
3.3.2 Pré-Teste do Instrumento de Coleta de Dados
O pré-teste é o
procedimento em que o questionário é testado antes de sua aplicação definitiva
ao público, aplicando a uma amostra da população escolhida. Após essa
verificação é analisado os dados da pesquisa em busca de falhas ou erros
existentes na pesquisa (GIL, 2010).
Neste caso, no primeiro dia de coleta os questionários respondidos
serviram como pré-teste, não sendo contabilizados como resultado da pesquisa,
para que a partir disto fossem corrigidos possíveis erros de acordo com as
dificuldades encontradas durante a sua aplicação.
3.3.3
Aplicação do Instrumento de Coleta de Dados
Um instrumento
de coleta de dados pode ser respondido pelos sujeitos da pesquisa de diversas
formas, como: por escrito, pessoalmente, por fax, correio ou por e-mail
(APOLINÁRIO, 2012).
No presente
estudo os questionários foram aplicados de forma presencial em que os
pesquisadores utilizaram um tablet para manusear o questionário e abordar os usuários,
presentes como responsáveis dos menores que aguardavam atendimento, na sala de
espera e na sala de medicação da emergência pediátrica.
3.4
MÉTODO DE COLETA E PROCESSAMENTO DOS DADOS
Para processamento de dados e análise dos resultados obtidos, é
importante utilizar ferramentas através dos questionários para obter
informações relevantes sobre o estudo de caso.
3.4.1 Coleta dos Dados
Na coleta de dados se inicia a aplicação dos
instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas com a finalidade de coletar
os dados previstos. Nessa etapa, o controle na aplicação dos instrumentos é
fundamental para evitar erros resultantes no processo da aplicação dos
questionários (GIL, 2010).
De posse dos
questionários aplicados com os usuários no setor emergencial do hospital
pediátrico, foi realizada a análise e a interpretação dos dados que devem ser
utilizados para compor informações que possibilitaram a construção de
indicadores para a pesquisa (MARCONI; LAKATOS, 2013).
A coleta foi
realizada no mês de outubro de 2017, obtendo um total de 50 participantes. O
questionário foi aplicado pessoalmente pelos pesquisadores com os pais ou
responsáveis dos usuários do setor emergencial, pois visto que se trata de um
hospital pediátrico, os usuários são menores de idade e por tanto desprovidos
de senso crítico em relação à qualidade do atendimento.
3.4.2 Tabulação dos Dados
A tabulação é uma
parte do processo da técnica de análise estatística dos dados, onde há
organização destes em tabelas, de modo que permita a verificação das relações
que guardam entre si (MARCONI; LAKATOS, 2013).
A obtenção dos dados
por meio desse procedimento é transferida para as tabelas com finalidade de
observação e análise. A tabulação pode ser realizada através de três modos: manual,
mecânica e computadorizada (MARCONI; LAKATOS, 2013).
1. manual – esse modo é usado para investigações
simples em que não haja muita tabulação cruzada, com o uso de técnicas
adequadas ela pode ser rápida , simples
e menos dispendiosa.
2. mecânica – usada para investigações mais amplas, onde
o modo manual fica inviável por ter um grande número de tabulações cruzadas.
3. computadorizada –
caracteriza-se por ser mais rápida e eficiente.
Diante das
entrevistas aplicadas os dados foram recolhidos, interpretados e analisados
para a construção de indicadores de forma mecânica, visto que o Google Docs exporta automaticamente os resultados do questionário
para o Excel.
3.4.3
Tratamento
dos Dados
Tratar ou
interpretar os dados significa procurar um maior sentido nas respostas buscando
ligações entre os resultados da pesquisa e conhecimentos adquiridos
anteriormente. Devem-se comprovar as afirmações através de fatos para evitar
uma interpretação equivocada dos dados coletados (GIL, 2010).
Por tratar-se de
um questionário composto de questões fechadas, há pouca necessidade de
interpretação das respostas escolhidas, sendo criados gráficos para cada
questão do formulário.
A seguir são apresentados os resultados da
aplicação do instrumento de coleta e suas respectivas análises.
Em 1959, um médico pediatra abriu um consultório
médico, primeiramente em um espaço alugado, após três anos ele comprou o imóvel
e começou a realizar internações de crianças na clínica. No final da década de
90, o hospital que era referência em pediatria no estado, já contava com 10
consultórios, corpo médico com cinquenta especialistas, além de urgência,
emergência e UTI Neonatal. Em dezembro
de 2014, o hospital foi comprado por uma operadora de saúde que ampliou e
reformou sua estrutura, passando a possuir agora 25 consultórios, além do posto
laboratorial e central de diagnóstico por imagem.
De acordo com os resultados obtidos, a faixa etária
predominante dos usuários do hospital em estudo é de 0 a 3 anos, correspondendo
a 50% dos participantes da pesquisa. Quanto ao restante possuem de 3 a 6 anos
(28%), 6 a 9 anos (4%), 9 a 12 anos (14%) e de 12 a 15 anos (4%). Sendo em sua
maioria do sexo masculino (54%), como visto nos gráficos 1.1 e 1.2 (apêndice C).
Os responsáveis pelas crianças responderam ao questionário
sobre a qualidade do atendimento. A priori foi avaliado o atendimento na
recepção, onde temos o primeiro contato entre o usuário e o prestador de
serviço, segundo o gráfico 1.3 (apêndice C), 64% dos usuários classificaram
esse atendimento como bom e 22% como ótimo, ficando o restante como regular
(8%) e ruim (6%). Nesse primeiro contato se inicia o processo de satisfação, a
partir da linha de frente do atendimento do hospital que corresponde à
recepção.
Outro fator importante, que tem necessidade de ser avaliado
no serviço de emergência hospitalar, é o tempo de espera do cliente para ser
atendido pelo médico, que foi avaliado por 44% dos usuários como bom, sendo
regular para 28% destes, ótimo para 24% e ruim para apenas 4%, conforme
demonstra o gráfico 1.4 (apêndice C). Com isso, temos um item para ser
melhorado com a finalidade de superar as expectativas dos clientes, visto que o
hospital possui como meta atender aos usuários em um período de até 15 minutos.
O atendimento médico, que é um dos principais itens que
compõem o serviço ofertado, foi classificado pela maioria como ótimo (46%),
sendo bom para 38% e regular para 16% dos participantes. Como pode-se perceber
no gráfico 1.5 (apêndice C) não houve avaliação negativa, o que demostra que a
principal necessidade que o cliente busca suprir com este prestador está sendo
realizada com qualidade. Esse atendimento abrange a primeira consulta, o
retorno do paciente e as prescrições médicas realizadas.
No primeiro atendimento ao paciente, o médico responsável
poderá liberar o paciente, encaminhá-lo para sala de medicação ou para
realização de exames na unidade. Com relação ao primeiro destino, onde são
feitas as aplicações de medicamentos, 50% dos usuários classificaram o
atendimento da equipe de enfermagem como ótimo, sendo bom (36%), regular (4%),
ruim (4%) e 6% não chegaram a receber medicação na unidade, como demonstra o
gráfico 1.6 (apêndice C).
Com relação à estrutura da unidade, conforme mostra o
gráfico 1.7 (apêndice C), a classificação de ótima foi apontada por 60% dos
entrevistados, 34% considera boa e 6% regular. Demonstrando boa aceitação dos
usuários com a ampliação e reforma que foi realizada recentemente pela
operadora de saúde, atualmente responsável pela unidade.
Quanto à manutenção da higiene dessa estrutura, 58% dos
resultados apontaram a limpeza do hospital como ótima, boa (38%), regular (2%)
e ruim (2%) representado no gráfico 1.8 (apêndice C). Esse item agrega valor ao
serviço ofertado, pois são de crucial importância para uma unidade que presta
serviços de saúde.
No que se diz a respeito a satisfação de modo geral com a
qualidade do atendimento ao usuário no serviço recebido no hospital pediátrico,
pode-se observar no gráfico 1.9 (apêndice C) que 60% das pessoas entrevistadas
responderam que estão muito satisfeitas com qualidade no atendimento no setor
emergencial, 36% opinaram que estão pouco satisfeitas e apenas 4% dizem estar
nem satisfeitos e nem insatisfeitos.
Com as necessidades supridas pelo prestador de serviço a
estes usuários, a recomendação para outras pessoas é uma consequência,
observa-se isto no gráfico 1.10 (apêndice C), onde 90% recomendaria o hospital
para parentes ou filhos de amigos.
A saúde continua sendo a maior
preocupação das pessoas, por isso atualmente cresce cada vez mais o número de
pessoas que aderem a planos de saúde privados, estas buscam encontrar por este
meio uma garantia do atendimento, conforto, qualidade no serviço prestado,
comodidade, uma infraestrutura de qualidade, profissionais qualificados e um
serviço diferenciado.
Por ser um serviço pago, os
usuários devem manter-se satisfeitos, tornando-se importante analisar a
qualidade do serviço prestado para assegurar a cartela de clientes e manter-se
a frente da concorrência.
A nível pediátrico torna-se
ainda mais importante a manutenção da qualidade no atendimento, visto que, esta
deve agradar aos responsáveis que, em sua maioria, possuem maior preocupação
com a saúde e qualidade de vida das crianças por serem estas mais sensíveis e
vulneráveis a correr riscos de vida.
A partir deste desafio, os gestores devem investir
constantemente na capacitação das equipes para atender as demandas e se
preparar para as exigências dos clientes, sem abrir mão do cuidado e da
qualidade da assistência, no momento em que, não raramente, pacientes e
familiares estão bastante fragilizados.
Através
da aplicação do questionário, o artigo identificou o grau de satisfação do
usuário com o atendimento ofertado e como a qualidade é percebida por ele em um
hospital pediátrico em Fortaleza-CE.
Diante
dos resultados obtidos foi possível constatar que o hospital pediátrico obteve
respostas positivas na avaliação da qualidade do atendimento prestado no setor
emergencial. Pois os usuários demonstraram-se satisfeitos com os principais
aspectos e estes por sua vez recomendariam o prestador de serviço para outras
pessoas, o que gera um marketing viral e pode contribuir para a conquista de
novos clientes.
As
constantes pesquisas de satisfação dos clientes são fundamentais para um melhor
acompanhamento de todo o processo de prestação de serviço de saúde. Pois no
mercado em que este se enquadra na sociedade, é preciso estar em busca de
melhorias contínuas, visto que, além de englobar o negócio da lucratividade
referente à retenção e busca de novos usuários, ele também é responsável pela
manutenção da vida das pessoas.
Porém
visto a importância do tema em questão, torna-se interessante a realização de
novas pesquisas neste âmbito, englobando questionamentos mais detalhados e o
cruzamento de dados, que no presente estudo não foi possível ser realizado.
Sendo também válida a realização de pesquisas qualitativas sob a ótica dos
usuários em relação ao atendimento destes tipos de serviços.
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Autorização
de Participação da Empresa no Estudo de Caso
Fortaleza, 02 de Outubro de 2017.
Eu, ANA JÉSSIKA MESQUITA RIBEIRO e PAULO ANDERSON DE SOUSA TEIXEIRA,
alunos do Curso de Graduação em Administração do Centro Universitário 7 de
Setembro (UNI7), sob orientação do Prof. Ricardo Aquino Coimbra, solicito permissão para obter voluntariamente de sua
empresa informações que serão utilizadas, após tratamento, na forma de estudo
de caso a ser inserido na pesquisa em andamento sobre “Satisfação no serviço de
atendimento na emergência pediátrica de um hospital em Fortaleza-CE,
sob a ótica dos usuários”. As
informações declaradas nesta pesquisa serão mantidas em sigilo, como também o
anonimato da empresa e do respondente.
No aguardo do aceite,
agradecemos a atenção dispensada.
Ana Jéssika Mesquita Ribeiro Paulo Anderson de Sousa Teixeira Pesquisador(a) |
|
Prof. Ricardo
Aquino Coimbra Orientador da Pesquisa |
|
Fernando Antônio
Pessoa Quixadá Cavalcante Gerente Corporativo de Controladoria de Pessoas na Hapvida Assistência Médica |
1. Qual a idade do usuário?
1.1.( ) de 0 a 3 anos.
1.2.( ) de 3 a 6 anos.
1.3.( ) de 6 a 9 anos.
1.4.( ) de 9 a 12 anos.
1.5.( ) de 12 a 15 anos.
2. Qual o gênero do usuário?
2.1(
) masculino
2.2(
) feminino
3. Como você avalia o atendimento na recepção?
3.1(
) ótimo.
3.2(
) bom.
3.3(
) regular.
3.4(
) ruim.
3.5( ) nem bom e nem ruim.
4. Como você avalia o tempo de espera para ser atendido pelo médico?
4.1(
) ótimo.
4.2(
) bom.
4.3(
) regular.
4.4(
) ruim.
4.5(
) nem bom e nem ruim.
5. Como você avalia a qualidade no atendimento médico?
5.1(
) ótimo.
5.2(
) bom.
5.3(
) regular.
5.4(
) ruim.
5.5(
) nem bom e nem ruim.
6. Como você avalia a qualidade no atendimento da equioe
de enfermagem na sala de medicação?
6.1(
) ótimo.
6.2(
) bom.
6.3(
) regular.
6.4(
) ruim.
6.5(
) não tive a necessidade de tomar medicação no hospital.
7. Como você avalia a estrutura (espaço físico) da emergência?
7.1(
) ótimo.
7.2(
) bom.
7.3(
) regular.
7.4(
) ruim.
7.5(
) nem bom e nem ruim.
8. Como você avalia a limpeza da estrutura do setor emergencial?
8.1(
) ótimo.
8.2(
) bom.
8.3(
) regular.
8.4(
) ruim.
8.5(
) nem bom e nem ruim.
9. Em geral, qual o seu grau de satisfação com a qualidade do atendimento
ao usuário realizado por este hospital pediátrico?
9.1(
) muito satisfeito.
9.2(
) um pouco satisfeito.
9.3(
) nem satisfeito, nem insatisfeito.
9.4(
) um pouco insatisfeito.
9.5(
) muito insatisfeito.
10. Você recomendaria aos filhos de seus amigos ou parentes para receber
atendimento nesta emergência?
10.1( ) sim.
10.2( ) não.
10.3( ) talvez.
Gráfico 1.1 - Faixa etária dos
usuários.
Fonte: Pesquisa direta,
2017.
Gráfico 1.2 – Gênero dos usuários.
Fonte: Pesquisa direta,
2017.
Gráfico 1.3 – Nível de satisfação com atendimento na recepção.
|
Gráfico 1.4 – Nível de satisfação do tempo de espera para ser atendido
pelo médico.
|
Gráfico 1.5 – Nível de satisfação da qualidade no atendimento médico.
|
Gráfico 1.6 – Nível de satisfação da qualidade no atendimento da equipe
de enfermagem na sala de medicação.
|
Gráfico 1.7 –. Nível de satisfação da estrutura da emergência.
Fonte: Pesquisa direta,
2017.
Gráfico 1.8 –. Nível de satisfação da limpeza na estrutura do setor
emergencial.
Fonte: Pesquisa direta,
2017.
Gráfico 1.9 –. Satisfação com a qualidade do atendimento ao usuário
realizado pelo Hospital pediátrico.
Fonte: Pesquisa direta,
2017.
Gráfico
1.10 –. Recomendaria aos filhos de seus amigos ou parentes para receber
atendimento nesta emergência?
Fonte: Pesquisa direta,
2017.