CARACTER�STICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR DO S�CIO-PROPRIET�RIO DA HAMBURGUERIA I LOVE BACON SOB A �TICA DA TEORIA DAS NECESSIDADES DE DAVID MCCLELLAND
Camila Pess�a Settinieri
Graduanda do Curso de Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7).
Carlos Matheus Silva Vasconcelos
Graduando do Curso de Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7).
Marcos Aur�lio Maia Silva
Professor adjunto do curso de Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7). Mestre em Administra��o pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Especialista em Administra��o de Recursos Humanos pela Universidade Federal do Cear� (UFC). Graduado em Administra��o pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Professor de cursos de gradua��o e de p�s-gradua��o da UNI7.
RESUMO
O
presente estudo foi elaborado com o objetivo de analisar as caracter�sticas
comportamentais empreendedoras do s�cio-propriet�rio da hamburgueria I Love
Bacon. Para isso, foi levado em conta a abordagem desenvolvida pelo psic�logo
norte-americano David McClelland (1972). A pesquisa � do tipo qualitativa, de
natureza explorat�ria e descritiva. Foi aplicado um question�rio estruturado
desenvolvido por McClelland (1972) diretamente a um dos s�cios da hamburgueria,
sendo os resultados coletados no m�s de abril de 2019. Como
base nos resultados, foi identificado que o entrevistado det�m a maior parte
das caracter�sticas empreendedoras em seu comportamento, o que reflete em uma
boa atua��o do seu neg�cio no mercado aliment�cio na cidade de Fortaleza.
PALAVRAS-CHAVE:� Comportamento.
Empreendedorismo. Servi�o.
ABSTRACT
The
present study was elaborated with the objective of analyzing the
entrepreneurial behavioral characteristics of the partner-owner of hamburger I
Love Bacon. For this, the approach developed by the American psychologist David
McClelland (1972) was taken into account. The research is qualitative,
exploratory and descriptive in nature. A structured questionnaire developed by
McClelland (1972) was applied directly to one of the hamburger partners, and
the results were collected in April 2019. Based on the results, it was
identified that the interviewee possesses most of the entrepreneurial
characteristics in his behavior, which reflects in a good performance of his
business in the food market of the city of Fortaleza.
KEYWORDS: Behavior.
Entrepreneurship. Service.
Os primeiros ind�cios do empreendedorismo no Brasil� ocorreram na d�cada de 1990, quando o Servi�o Brasileiro de Apoio �s Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e a Sociedade Brasileira para Exporta��o de Software (SOFTEX) foram criados. Desde ent�o, os empreendedores puderam ter um suporte em rela��o as informa��es de como iniciar uma empresa, capacita��es e consultorias para resolu��es de pequenos problemas no neg�cio, proporcionando aos mesmos o desenvolvimento e a condu��o de suas pr�prias empresas rumo ao sucesso no mercado (DORNELAS, 2014).
Diversos estudos apontam que, a partir da utiliza��o de atitudes inovadoras, o empreendedor torna-se o principal potencial para o crescimento econ�mico e desenvolvimento social.
As atividades empreendedoras contribuem n�o somente para a obten��o de renda aos empres�rios provedores de mercadorias e servi�os, mas tamb�m para a forma��o de empregos � popula��o de determinada regi�o, inclus�o de inova��es no mercado e est�mulo � prosperidade econ�mica (CHIAVENATO, 2007).
Levando em conta a abordagem de alguns autores, nota-se um consenso no que diz respeito � atua��o do empreendedorismo, o qual n�o se limita � cria��o e desenvolvimento de neg�cios, mas tamb�m apresenta papel importante no crescimento econ�mico e desenvolvimento local. Desta forma, torna-se imprescind�vel ressaltar a import�ncia que o papel do empreendedor possui para a retomada do desenvolvimento econ�mico brasileiro.
Assim sendo, o empreendedor busca o crescimento de sua empresa, promove a gera��o de oportunidades de empregos, implementa medidas que facilitem o avan�o da tecnologia e inova��o e possibilita a identifica��o de oportunidades em cen�rios econ�micos conturbados.
Al�m disso, � poss�vel afirmar que as caracter�sticas comportamentais empreendedoras dos idealizadores de um neg�cio est�o diretamente ligadas com o seu sucesso diante da concorr�ncia, uma vez que a capacidade de gerenciar as diversas �reas da empresa atrelada � habilidade de liderar um grupo s�o fundamentais para o �xito organizacional em cen�rios de incerteza e de extrema competitividade.
Nesta perspectiva, ap�s analisar a literatura, � poss�vel ressaltar que o empreendedor corporativo vem ganhando merecida aten��o por parte dos administradores, pois al�m de exercer sua fun��o na organiza��o, o indiv�duo apresenta caracter�sticas empreendedoras, como a proatividade, a inova��o e a criatividade. Consequentemente, a atua��o deste intraempreendedor facilita a expans�o competitiva, dinamizando os pontos fortes da empresa para o atingimento de seus objetivos perante o mercado.
Observada a import�ncia do empreendedorismo e da renova��o empresarial para o desenvolvimento socioecon�mico nacional, nota-se que os empreendimentos ligados ao segmento aliment�cio v�m apresentando consider�vel crescimento ao longo dos �ltimos anos. Segundo a Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), com o crescimento anual de aproximadamente 10%, o segmento de alimenta��o fora de casa vem gerando cerca de 450 mil novas oportunidades de emprego por ano no Brasil (SEBRAE, 2017a).
Considerando a pressa dos brasileiros na realiza��o de suas atividades cotidianas, observou-se um aumento no faturamento do mercado de lanches r�pidos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), 34% dos brasileiros gastam com alimenta��o fora de casa, e os mesmos despendem cerca de 25% de seus sal�rios em refei��es fora do lar (EXAME, 2017). Em n�meros, o faturamento deste setor no mercado brasileiro no ano de 2017 correspondeu ao montante de R$ 166 bilh�es (ABRASEL, 2018).
Diante da contemporaneidade do assunto empreendedorismo e da sua import�ncia para a retomada de crescimento da economia brasileira, e levando em conta a ascend�ncia do segmento de lanches r�pidos no mercado, justifica-se o ensejo da abordagem de tal tema, de forma a efetuar a an�lise do ambiente empreendedor da hamburgueria I Love Bacon, levando em conta as caracter�sticas empreendedoras de seus s�cios, sua atua��o e os aperfei�oamentos implementados.
Dada a relev�ncia do tema, o presente artigo teve como questionamento inicial de pesquisa: quais caracter�sticas empreendedoras est�o presentes no s�cio-propriet�rio da hamburgueria I Love Bacon?
Para responder a tal problema, o objetivo geral ficou definido como: analisar as caracter�sticas empreendedoras de um dos s�cios-propriet�rios da hamburgueria I Love Bacon. J� os objetivos espec�ficos desta investiga��o foram: descrever as origens do empreendedorismo; descrever caracter�sticas comportamentais empreendedoras; e identificar caracter�sticas empreendedoras em um dos s�cios da hamburgueria I Love Bacon.
Nesta se��o, foram apresentados os conceitos pertinentes ao tema empreendedorismo corporativo, levando em conta suas origens, a identifica��o de oportunidades, a a��o empreendedora, a implementa��o do empreendedorismo nas organiza��es, as caracter�sticas comportamentais empreendedoras, a atitude empreendedora, a necessidade do comportamento empreendedor nas organiza��es, e o elo entre criar, empreender e inovar.
O empreendedor � aquele com atitude focada para resultados e inova��es, relacionados diretamente � sua postura de como lidar com as situa��es em seu dia a dia, tendo entusiasmo e energia para produzir, desenvolver e colocar em pr�tica as suas ideias (TAJRA, 2014). A partir deste conceito, compreende-se que o esp�rito empreendedor est� agregado a pessoas que realizam, que mobilizam recursos e que correm riscos para empreender seu pr�prio neg�cio (SCARAMUZZA; BRUNETTA, 2009).
Al�m disso, salienta-se a import�ncia do papel hist�rico do empreendedor para a sociedade, levando em conta que, a partir das mudan�as sociopol�ticas, econ�micas, culturais e tecnol�gicas ocorridas no s�culo XX, os empreendedores v�m revolucionando o mundo. Eles s�o capazes de criar e aproveitar oportunidades, desenvolvendo inova��es, produzindo riquezas e gerando, assim, o bem-estar para a popula��o e a promo��o de uma maior mobilidade no desenvolvimento da sociedade. Em geral, o empreendedor pode intensificar cada vez mais a inova��o nos modelos de neg�cios (DORNELAS, 2014).
Em face ao exposto, destaca-se o Brasil como sendo um pa�s empreendedor, que apesar de todas as dificuldades socioecon�micas, apresenta muitas perspectivas positivas, como: os �rg�os e iniciativas de apoio aos empreendedores (SEBRAE), incubadoras de novos neg�cios, funda��es estatais de amparo � pesquisa, e escolas superiores que oferecem cursos sobre empreendedorismo (SCARAMUZZA; BRUNETTA, 2009).
�No povo brasileiro sempre existiu um grande senso de empreendedorismo. Todos os anos surgem in�meras iniciativas de jovens empreendedores tentando marcar presen�a no mundo dos neg�cios� (MENDES et al., 2012).
Ap�s a identifica��o do conceito de empreendedorismo e sua atua��o no Brasil, salienta-se o processo empreendedor, o qual envolve todas as a��es da empresa, desde as oportunidades (identifica��o, avalia��o e captura) at� os recursos (equipamentos e pessoas) que a organiza��o disp�e para a explora��o destas oportunidades (DORNELAS, 2008).
Em vista disso, cabe ao empreendedor estar ciente de que existir�o muitas amea�as e incertezas ao longo da atua��o de seu neg�cio no mercado, devendo o mesmo avaliar os pr�s e contras das decis�es a serem tomadas, bem como as suas respectivas consequ�ncias, a fim de minimizar os riscos de forma preventiva e garantir o sucesso do seu empreendimento (SCARAMUZZA; BRUNETTA, 2009).
O processo de transformar as ideias inovadoras em um neg�cio de sucesso � bastante complexo e arriscado, exigindo do empreendedor uma determinada organiza��o, gest�o estrat�gica e centraliza��o do processo de forma adequada (BESSANT; TIDD, 2009).
Evidencia-se que a a��o empreendedora est� associada a diversos aspectos positivos no contexto social, econ�mico e organizacional, isto �, quando um novo empreendimento � aberto, ocorre um v�nculo com o desenvolvimento social e econ�mico, al�m da cria��o de valor e satisfa��o dos indiv�duos (SILVA; VALADARES; ANDRADE, 2016).
Al�m disso, � importante ressaltar que o empreendedor precisa atuar com intelig�ncia emocional, uma vez que a mesma interfere diretamente na tomada de decis�es. Portanto, o empreendedor deve evitar tomar decis�es por impulso, visto que as a��es devem ter foco e objetivos a serem alcan�ados. Se a a��o do neg�cio for exercida na base da emo��o, a mesma demonstrar� que o indiv�duo n�o possui autocontrole, deixando prevalecer o lado emotivo sobre o racional (TAJRA, 2014).
A identifica��o de uma
oportunidade ocorre mediante avalia��o do mercado e constata��o de lacunas que
poderiam ser preenchidas, representando assim o pontap� inicial para que o
empreendedor desenvolva seu produto ou servi�o (CHIAVENATO, 2007).
Sob essa �tica, para avaliar a
sustentabilidade de uma oportunidade � preciso que o empreendedor leve em conta
os aspectos de mercado, atentando-se � sua potencialidade e aos seus
concorrentes; os aspectos econ�micos, levando em conta o retorno esperado para
o investimento pretendido, bem como a sua viabilidade; as vantagens
competitivas e diferenciais que conquistem os consumidores, como custos de
produ��o baixos e inova��es; e a presen�a de uma equipe gerencial
participativa, a qual possua habilidades e conhecimentos multidisciplinares,
contribuindo com o desenvolvimento das oportunidades visadas (DORNELAS, 2008).
Existem in�meras tend�ncias no mercado
que geram oportunidades para inicializar um novo neg�cio. Destacam-se as cinco
principais: (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014)
1)
a tend�ncia
econ�mica, que em meio � crise financeira, for�ou os consumidores a terem
precau��o com seus gastos. Desta forma, oferece oportunidades para os
empreendedores em rela��o � terceiriza��o, coaching
de neg�cios, promo��es e produtos inovadores;
2)
a tend�ncia
social, que est� ligada ao networking, ou seja, palestras, eventos
e redes sociais para neg�cios, identificando oportunidades nas �reas de
planejamento de viagens e financeira;
3)
a tend�ncia
de sa�de, que vem se destacando no mercado por conta da preocupa��o com a
manuten��o da sa�de, principalmente no quesito presta��o de servi�os,
oferecendo oportunidades nas academias, alimentos saud�veis, cosm�ticos,
cl�nicas de sa�de, dentre outros;
4)
a tend�ncia
na web, que est� criando
gradativamente formas de comunica��o e consumo, ocasionando o impulso de v�rias
oportunidades, como: os aplicativos m�veis, videogames
e plataformas digitais;
5)
a tend�ncia
verde, cujo setor est� repleto de oportunidades para o empreendedor em
raz�o do amplo e crescente n�mero de consumidores dispostos a pagar mais por
produtos verdes. Valem a pena ser analisadas as �reas de irriga��o, reciclagem,
log�stica reversa, servi�os de limpeza verdes, energia limpa e orienta��o
org�nica.
Por conseguinte, nota-se o atrelamento
vital entre a detec��o de oportunidades e o empreendedorismo corporativo, cuja
ess�ncia se d� no aproveitamento da conjuntura nacional e dos recursos
dispon�veis. O empreendedor pode identificar uma ideia de oportunidade de neg�cio
em seu cotidiano, atrav�s do di�logo com seus colegas de trabalho, clientes e
fornecedores, em viagens ou mesmo na an�lise de tend�ncias da moda. Uma vez
detectada, cabe ao empreendedor testar a aceita��o de sua ideia perante
potenciais consumidores, para que somente ent�o possa elaborar o plano de
neg�cios e testar a sua viabilidade (BAGGIO; BAGGIO, 2014).
O interesse individual dos
funcion�rios em seguir seus pr�prios talentos e criar algo que seja seu tem se
intensificado atualmente, e essa nova busca pela autorrealiza��o vem causando
desconforto nas organiza��es estruturadas. Por isso, muitas empresas v�m
demonstrado um maior interesse pelo empreendedorismo em virtude de uma s�rie de
eventos nos n�veis sociais, culturais e empresariais (HISRICH; PETERS;
SHEPHERD, 2014).
A princ�pio, para implementar
e estimular o empreendedorismo nas organiza��es destaca-se o
intraempreendedorismo, um movimento empresarial voltado para o desenvolvimento
inovador e empreendedor dos colaboradores da organiza��o, de modo que os mesmos
possam alavancar boas ideias de neg�cio, gerando o crescimento da pr�pria
empresa (TAJRA, 2014).
O intraempreendedorismo surgiu para definir o tipo ideal de colaborador
que as organiza��es do s�culo XXI precisariam: aquele que agisse na sua fun��o
ou na sua �rea de atua��o, com a mentalidade de um empres�rio, ou seja, como se
fosse o dono da empresa para qual trabalha. Dessa forma, esse profissional
estaria sempre buscando novas melhorias, atencipando-se �s necessidades da
empresa � um profissional motivado para alcan�ar objetivos e metas desafiantes,
para demontrar que o seu trabalho e o de sua equipe representam a melhor forma
de alcan�ar efici�ncia, qualidade e resultados superiores (CARNEIRO, 2013, p.
19-20).
Este novo est�mulo de
empreender � chamado de empreendimento de corpora��o, ou seja, um novo neg�cio
dentro de uma organiza��o existente, constituindo na cria��o de algo novo de
valor para a redefini��o dos atuais produtos ou servi�os comercializados. O
aperfei�oamento destes novos procedimentos de produ��o vem agregando valor �
empresa, pois al�m de enaltecer o esp�rito empreendedor, gera inova��o para a
organiza��o (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014).
Nesse contexto, tem-se que a
uni�o do perfil empresarial e empreendedor constitui o empres�rio-empreendedor,
que consiste no indiv�duo que possui caracter�sticas empreendedoras somadas �s
de um empres�rio. S�o estas: responsabilidade, perseveran�a, ousadia,
iniciativa e conhecimento (TAJRA, 2014).
Portanto, os empreendedores
corporativos tendem a confiar em seus talentos, possuindo uma necessidade
incessante de agir. Ao contr�rio de planejarem indefinidamente, eles buscam
fazer algo para realizarem seus planos. Mesmo quando ocorrem fracassos, os
intraempreendedores n�o tendem a culpar os outros, mas sim assumirem os erros
que estavam sob sua responsabilidade, procurando agir com prud�ncia para que haja
aprendizado e corre��o das suas falhas, e n�o se importando em fazer pequenas
tarefas ou exercer ocupa��es inferiores aos seus cargos (FIALHO et al., 2007).
Diversas caracter�sticas
comportamentais empreendedoras j� foram abordadas por in�meros autores, mas
nota-se certa const�ncia no levantamento dos seguintes atributos: a capacidade
de inovar e agir com dedica��o, perseveran�a, otimismo e envolvimento � longo
prazo no enfrentamento de desafios; a aptid�o em tomar decis�es de forma
aut�noma, liderando e demonstrando confian�a em si pr�prio e na sua equipe de
profissionais; estar aberto a mudan�as, com flexibilidade nas decis�es e
orienta��o para resultados; a capacidade de enxergar o dinheiro como consequ�ncia,
e n�o como meta, dentre outros (C�MARA; ANDAL�CIO, 2012).
O comportamento empreendedor est� intimamente ligado a uma orienta��o para
a a��o, pensando de forma diferente, buscando incessantemente novas
oportunidades para o neg�cio, criando algo novo e entendendo como essas novas
oportunidades poder�o trazer lucros para a organiza��o (DORNELAS, 2008, p. 13).
�Existem in�meras caracter�sticas de pessoas
empreendedoras, as quais encontram-se interligadas, desenvolvidas e
influenciadas com base nos est�mulos internos individuais. Destacam-se as
principais: (TAJRA, 2014)
a) iniciativa
de fazer as coisas por vontade pr�pria, aproveitando ideias inovadoras e indo
atr�s daquilo em que se acredita para empreender;
b) criatividade,
que traz consigo a capacidade de inova��o, com coragem para transformar uma
ideia em realidade;
c) comprometimento
em dar o melhor de si para alcan�ar os objetivos, isto �, se envolver-se por
completo para obter os resultados esperados, com confian�a, entusiasmo e
serenidade;
d) �autoconfian�a para ir atr�s do que realmente
se deseja, confiando na pr�pria capacidade de se chagar aonde se planejou;
e) automotiva��o,
que se apresenta interligada com a autoconfian�a, pois pessoas determinadas e
motivadas conseguem dar o melhor de si, contagiando aos demais com tal esp�rito
motivador;
f) bons
relacionamentos, que representam uma grande vantagem competitiva, pois � a
partir de uma boa rede de contatos que se torna poss�vel atrair clientes,
parceiros e fornecedores para a obten��o de credibilidade no mercado;
g) persist�ncia
para entender que abrir um neg�cio n�o ser� tarefa f�cil, existindo obst�culos
que poder�o ser superados a partir da adapta��o �s mudan�as quando for preciso;
h) e o
otimismo, que faz com que o empreendedor analise e detecte oportunidades ao seu
redor, analisando seus potenciais positivos e acreditando que a sua ideia far�
a diferen�a e ser� bem-sucedida.
As caracter�sticas empreendedoras n�o
constituem comportamentos espec�ficos, existindo v�rios fatores que influenciam
o perfil empreendedor, como: experi�ncias, treinamentos, ambiente de trabalho,
frustra��es, contexto familiar, apoio em institui��es de ensino e o seu
hist�rico individual, independ�ncia e personalidade. Sendo assim, o indiv�duo
pode exprimir diversas caracter�sticas de um empreendedor, apresentando tra�os
mais profundos que resultam no seu comportamento como tal. Mas � importante
enfatizar que este comportamento n�o � padronizado, e cada sujeito pode
apresentar uma conduta diferente (BESSANT; TIDD, 2009).
Antes de desenvolver uma
atitude empreendedora na organiza��o, � necess�rio que haja a percep��o da
viabilidade de tal a��o, para que assim o empreendedor desenvolva um
comportamento ideal e apresente a iniciativa de dar o pontap� inicial em sua
ideia. P�r em pr�tica uma a��o fica mais f�cil quando o empreendedor acredita
na sua capacidade individual de obter �xito em suas decis�es. Al�m da percep��o
da viabilidade, � necess�rio tamb�m que o indiv�duo tenha a concep��o dos
resultados almejados, analisando se os mesmos ser�o favor�veis ou n�o para o
seu empreendimento (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014).
A atitude empreendedora � um comportamento vision�rio t�pico de pessoas
que assumem riscos e responsabilidades dentro da empresa. Este profissional �
aquele que n�o consegue ficar parado a espera de uma oportunidade, preferindo
criar suas chances e desenvolver melhores habilidades para se destacar no
mercado (MARQUES, 2016, p. 1).
Os empreendedores idealizam
uma ampla oportunidade de neg�cios, apresentando a necessidade de desenvolver
seu empreendimento. Analisando suas a��es, constatam-se diversas atitudes a
eles relacionadas, como: a busca por oportunidades, fuga da rotina
profissional, depend�ncia do pr�prio esfor�o, an�lise da concorr�ncia,
elabora��o de objetivos, enfrentamento de desafios, presen�a de flexibilidade,
autocontrole, carisma e o molde de seu sucesso a partir dos pontos fortes e
fracos do mercado. A partir destas atitudes empreendedoras, o indiv�duo
consegue se adaptar e buscar com mais facilidade a excel�ncia de seu empreendimento
(GURGEL, 2015; TAJRA, 2014).
Portanto, ter uma atitude
empreendedora n�o quer dizer obrigatoriamente que um indiv�duo tem que abrir
seu pr�prio empreendimento. Um funcion�rio de um setor aleat�rio de uma empresa
pode apresentar comportamento empreendedor, seguindo metas, tendo consci�ncia dos resultados almejados a serem
obtidos a partir das mesmas, e pautando um planejamento efetivo, de
forma a calcular riscos e ultrapassar eventuais adversidades (�POCA NEG�CIOS,
2015).
Ao observar a atua��o das
organiza��es na contemporaneidade, � poss�vel notar que o comportamento empreendedor tem influ�ncia direta na
compet�ncia de analisar as vantagens competitivas no mercado, e as empresas que
estimulam seus funcion�rios a desenvolverem este comportamento v�m apresentando
a capacidade de enfrentar desafios complexos, alcan�ando objetivos relevantes e
detendo de sinergia de seus colaboradores superior � de seus concorrentes
(GURGEL, 2015).
Assim
sendo, quando uma organiza��o incentiva o comportamento empreendedor em sua
cultura organizacional, torna-se poss�vel o ajuste eficaz de sua atua��o de
acordo com as mudan�as dos cen�rios socioecon�micos a qual est�o inseridas, com
a renova��o de suas atitudes para a adapta��o aos ambientes mais complexos
(MORAIS et al., 2015).
Evidenciada
a influ�ncia do comportamento humano nas organiza��es, destaca-se a abordagem
do psic�logo David McClelland, que desenvolveu a teoria das necessidades, com
enfoque nas necessidades de realiza��o, de poder e de associa��o. De acordo com
seus estudos, a motiva��o est� diretamente ligada ao conceito de clima
organizacional, o qual contribui para moldar o comportamento de seus
funcion�rios a partir das tr�s necessidades, isto �, por meio do clima
organizacional o indiv�duo integraliza as diversas caracter�sticas para
obten��o do seu sucesso dentro da empresa e consequentemente satisfaz as
necessidades da organiza��o (CHIAVENATO, 2014; ROBBINS, 2002).
Deste
modo, a teoria das necessidades de McClelland afirma que cada indiv�duo denota
uma necessidade predominante para determinada situa��o, uma vez que, para o seu
sucesso dentro da organiza��o, haver� a resolu��o de um problema com um padr�o
de comportamento j� utilizado anteriormente. Desta forma, uma das necessidades
continuamente ir� se sobressair. Portanto, se o indiv�duo busca o
relacionamento interpessoal para o seu resultado satisfat�rio, este exp�e uma
forte caracter�stica de necessidade por afilia��o. J� se a sua satisfa��o for
obtida atrav�s do controle ou da influ�ncia sobre as pessoas, destaca-se a
necessidade de poder (CHIAVENATO, 2014).
Ainda
sob essa �tica, os estudos realizados em 34 pa�ses no ano de 1982 pela Ag�ncia
para o Desenvolvimento Internacional das Na��es Unidas (USAID), a Management Systems International (MSI) e
a McBeer & Company, empresa de
consultoria de McClelland, permitiram a observa��o da presen�a de dez
caracter�sticas comportamentais empreendedoras que relacionam o
empreendedorismo � gest�o estrat�gica organizacional (ALLEMAND, 2011).
Esta
abordagem foi aprofundada a partir da divis�o das caracter�sticas em tr�s
grupos: (MINELLO; B�RGER; KR�GER, 2017)
a) conjunto de realiza��o, que engloba a capacidade de superar
desafios e pelo desenvolvimento pessoal, sendo composto pela busca de
oportunidades e iniciativa, persist�ncia, exig�ncia de qualidade e efici�ncia,
correr riscos calculados e comprometimento;
b) conjunto de planejamento, que abrange as compet�ncias de
busca de informa��es, estabelecimento de metas e planejamento e monitoramento
sistem�ticos. Este grupo inclui a capacidade do indiv�duo de determinar aonde
ele quer chegar, atrav�s da an�lise perform�tica de sua empresa;
c) e conjunto de poder, o qual remete � capacidade do
indiv�duo de liderar, convencer e influenciar, com o intuito de beneficiar seu
neg�cio. Envolve a persuas�o e rede de contatos; e independ�ncia e
autoconfian�a.
Assim
sendo, destacam-se as dez caracter�sticas fundamentais do comportamento
empreendedor, sendo elas: a busca de oportunidades aliada � proatividade; a
persist�ncia para enfrentar eventuais contratempos; a disposi��o de assumir
riscos calculados; a inclina��o para a melhoria cont�nua (fazer mais e melhor);
o comprometimento com o neg�cio, trabalhando em equipe e priorizando seus
clientes; a constante an�lise de tend�ncias do mercado; o estabelecimento de
metas desafiantes a serem cumpridas; o planejamento e monitoramento de suas
decis�es; o poder de persuas�o e o aumento de sua rede de contatos (networking); e a autonomia, buscando ser
otimista em suas escolhas (SEBRAE, 2017b).
Referente
aos estudos de McClelland (1972), e com base nas caracter�sticas empreendedoras,
um quadro explicativo foi apresentado por Minello, B�rger e Kr�ger (2017),
sintetizando as dez principais dimens�es destas caracter�sticas (figura 1).
Figura
1 � Caracter�sticas empreendedoras e comportamento empreendedor
CATEGORIA: REALIZA��O |
|
Busca de oportunidades e
iniciativa |
Faz as coisas antes
de solicitado, ou antes de for�ado pelas
circunst�ncias; age para expandir o neg�cio a novas �reas,
produtos ou servi�os; e aproveita oportunidades fora do comum para
come�ar um neg�cio e obter financiamentos, equipamentos, terrenos, local
de trabalho ou assist�ncia. |
Correr riscos calculados |
Avalia alternativas e
calcula riscos deliberadamente; age
para reduzir os riscos ou controlar os
resultados; e coloca-se em situa��es que
implicam desafios ou riscos moderados. |
Persist�ncia |
Age diante de
um obst�culo significativo; age repetidamente ou
muda de estrat�gia, a fim de enfrentar um desafio ou superar um
obst�culo; e faz um
sacrif�cio pessoal ou
desenvolve um esfor�o extraordin�rio para completar uma tarefa. |
Exig�ncia
de qualidade e
efici�ncia |
Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais
r�pido ou mais barato;
age de modo
a fazer coisas que satisfazem ou
excedem padr�es de excel�ncia; e desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o
trabalho seja terminado a tempo ou que o trabalho atenda
a padr�es de qualidade previamente combinados. |
Comprometimento |
Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necess�rio ao atingimento
de metas e objetivos; colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles,
se necess�rio, para
terminar um trabalho; e esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca, em
primeiro lugar,
a boa vontade a longo prazo acima
do lucro a curto prazo. |
CATEGORIA: PLANEJAMENTO |
|
Busca de informa��es |
Dedica-se pessoalmente a obter informa��es de clientes, fornecedores e concorrentes; investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um servi�o; e consulta especialistas para obter assessoria t�cnica ou comercial. |
Estabelecimento de metas |
Estabelece metas e objetivos que s�o desafiantes e que t�m significado
pessoal; define metas
de longo prazo, claras
e espec�ficas; e estabelece
objetivos mensur�veis e de curto
prazo. |
Planejamento e� monitoramento sistem�ticos |
Planeja dividindo tarefas de grande porte
em subtarefas com
prazos definidos; constantemente revisa seus planos, levando em conta
os resultados obtidos e as mudan�as circunstanciais; e mant�m
registros financeiros e utiliza-os para tomar
decis�es. |
CATEGORIA: PODER |
|
Persuas�o e redes de contato |
Utiliza estrat�gias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros; utiliza pessoas-chave como agentes para atingir seus
pr�prios objetivos; e age
para desenvolver e manter rela��es comerciais. |
Independ�ncia e autoconfian�a |
Busca autonomia em rela��o a
normas e controles de outros; mant�m seu ponto de vista
mesmo diante da oposi��o ou de resultados inicialmente desanimadores;
e expressa confian�a na sua pr�pria capacidade de completar uma tarefa
dif�cil ou de
enfrentar um desafio. |
Fonte: (MINELLO;
B�RGER; KR�GER, 2017).
Antes de abordar o elo entre
empreender, inovar e criar, � de suma import�ncia conhecer o conceito de cada
um desses fatores, os quais apresentam substancial interliga��o e exigem que
sejam discorridos para a execu��o dos processos que os unem (BESSANT; TIDD,
2009).
O primeiro fator,
anteriormente abordado neste trabalho, consiste no empreendedorismo, que
representa a capacidade de assumir riscos, encontrar oportunidades, tra�ar um
plano de neg�cios, conhecer seus colaboradores e stakeholders, criar o seu diferencial perante a concorr�ncia e
enfrentar desafios, potencializando seu esp�rito criativo e vislumbrando o
sucesso em seu empreendimento (SCARAMUZZA; BRUNETTA, 2009).
Ap�s o fator empreender,
aborda-se a criatividade, que representa a cria��o e comunica��o de novas
possibilidades, experimenta��o de novas ideias, obten��o de diferentes pontos de
vista e gera��o de perspectivas extraordin�rias e inovadoras (BESSANT; TIDD,
2009).
A partir disso, ressalta-se o
termo inovar, que consiste na necessidade de aprimorar um produto ou servi�o,
explorar novos processos, planejar algo �nico e original, idealizar ideias
diversas, e promover pr�ticas que fa�am com que a empresa se sobressaia perante
a concorr�ncia, agregando valor � marca para que haja a gera��o de resultados
positivos e satisfat�rios (SCARAMUZZA; BRUNETTA, 2009).
Deste modo, nota-se que boa
parte dos processos de uma empresa envolvem a identifica��o dos problemas,
exigindo assim um potencial criativo, inovador e empreendedor. Ap�s unir estas
caracter�sticas, o indiv�duo percebe e reage construtivamente, ao inv�s de
apenas atribuir uma solu��o de t�cnicas padronizadas e externamente impostas
(BESSANT; TIDD, 2009).
O m�todo cient�fico � o
elemento fundamental do processo da ci�ncia do conhecimento, tendo em vista que
se trata de um conjunto de procedimentos t�cnicos que fornecem informa��es para
a an�lise da rela��o de diversos fen�menos formulados no problema da pesquisa
(SEVERINO, 2007).
����������� Assim
sendo, neste cap�tulo foi apresentada a metodologia utilizada no procedimento
de coleta e tratamento dos dados, o tipo de amostra e o instrumento de pesquisa
que auxiliaram no cumprimento dos objetivos deste trabalho.
�A pesquisa � uma atividade voltada para a solu��o de problemas te�ricos ou pr�ticos com o emprego de processos cient�ficos� (CERVO; BERVIAN, 2003, p. 63). Ela requer um procedimento formal, de pensamento reflexivo, que atrav�s do embasamento cient�fico permite o descobrimento de novos fatos e possibilita a rela��o de qualquer conhecimento. Deste modo, torna-se poss�vel obter o levantamento de dados para elabora��o do que se pretende alcan�ar (MARCONI; LAKATOS, 2010).
Com o intuito de apurar as a��es de empreendedorismo utilizadas na hamburgueria I Love Bacon e descrever seu ambiente empreendedor, foi realizada uma pesquisa do tipo explorat�ria-descritiva. A pesquisa explorat�ria � formulada com o prop�sito de desenvolver um levantamento bibliogr�fico acerca de um tema gen�rico, o qual requer delimita��es e refinamento para tornar o problema da pesquisa mais elucidado, suscet�vel a uma investiga��o mais aprofundada com procedimentos estruturados. Ao passo que a pesquisa descritiva tem como base a utiliza��o de ferramentas padronizadas para reunir informa��es significantes que permitam o detalhamento de determinada popula��o ou fen�meno, sem a manipula��o dos dados obtidos (GIL, 2008; PRODANOV; FREITAS, 2013).
No que se refere aos procedimentos, a pesquisa pode ser classificada como bibliogr�fica, uma vez que se tentou explicar o problema central a partir do recolhimento de refer�ncias te�ricas j� publicadas por outros autores e ideias pr�vias, valendo-se de tais contribui��es do meio cient�fico para a elabora��o do tema a ser abordado (CERVO; BERVIAN, 2003). Assim sendo, o presente estudo foi elaborado com base em diversas fontes bibliogr�ficas do meio cient�fico para uma melhor an�lise e compreens�o acerca do tema apresentado.
A pesquisa � de campo, sendo caracterizada pela coleta de dados previamente estipulados fora do laborat�rio, de forma direta no ambiente das ocorr�ncias (SILVA, 2003). �Consiste na observa��o de fatos e fen�menos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de vari�veis que presumimos relevantes, para analis�-los� (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 59). Nesse contexto, ressalta-se a import�ncia da utiliza��o da pesquisa de campo para o presente trabalho, uma vez que h� a necessidade da coleta e an�lise aprofundada dos dados para a solu��o do problema da pesquisa.
J� a natureza desta pesquisa foi do tipo qualitativa, visto que se refere a resultados que n�o podem ser alcan�ados por meio de quantifica��es, isto �, t�cnicas estat�sticas, e sim por experi�ncias vividas, comportamentos, sentimentos, fen�menos culturais e sociais (STRAUSS; CORBIN, 2008). Desta maneira, utilizou-se como objeto de estudo desta pesquisa qualitativa a identifica��o do comportamento empreendedor de um dos s�cios da hamburgueria, extraindo informa��es individuais atrav�s de entrevistas e observa��es, codificando os dados para interpretar, organizar e relacionar os mesmos com os conceitos te�ricos.
No presente trabalho foi utilizado um estudo de caso, o qual �consiste em coletar e analisar informa��es sobre determinado indiv�duo, uma fam�lia, um grupo ou uma comunidade, a fim de estudar aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa� (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 60). O estudo de caso remonta o potencial de desenvolver informa��es particulares, caracterizando uma l�gica indutiva, ou seja, h� diversas formas de formular o estudo atrav�s do m�todo emp�rico, facilitando a descri��o minuciosa do mesmo (BIAGI, 2009).
Sob essa �tica, foi aplicada a ferramenta de estudo de caso com o prop�sito de analisar as a��es de empreendedorismo utilizadas na hamburgueria I Love Bacon, a partir da descri��o das caracter�sticas comportamentais de um dos s�cios, que refletem no ambiente organizacional.
A amostra utilizada neste estudo de caso foi do tipo n�o probabil�stica e convencional, onde, intencionalmente, os pesquisadores optam por escolher um participante levando em conta a disponibilidade do mesmo, dirigindo-se ao sujeito para obter as informa��es desej�veis � sua pesquisa (APPOLIN�RIO, 2012; PRODANOV; FREITAS, 2013). Assim sendo, a amostra desta pesquisa foi composta pelo s�cio propriet�rio da hamburgueria I Love Bacon, respons�vel pela obten��o das informa��es pertinentes �s suas caracter�sticas comportamentais empreendedoras.
�A coleta de dados estar� relacionada com o
problema, a hip�tese ou os pressupostos da pesquisa e tem por fim obter
elementos para que os objetivos propostos na pesquisa possam ser alcan�ados�
(MATIAS-PEREIRA, 2012, p. 91).
A entrevista � um instrumento de investiga��o social, no qual, por meio da coletas de dados, o investigador pode obter informa��es para auxiliar no diagn�stico dos resultados. Deste modo, a entrevista consiste em desenvolver um encontro entre duas pessoas a fim de averiguar os fatos e analisar o comportamento do entrevistado em determinada situa��o (MARCONI; LAKATOS, 2010).
� vista disso, levando em conta o prop�sito do tema em quest�o, foi utilizada a entrevista do tipo padronizada ou estruturada, a qual �consiste em fazer uma s�rie de perguntas a um informante, de acordo com um roteiro preestabelecido� (SILVA, 2003, p. 69). Sob essa �tica, foram aplicadas 55 perguntas de m�ltipla escolha acerca do tema proposto para compor a entrevista padronizada, sendo a mesma aplicada ao s�cio da hamburgueria I Love Bacon com a finalidade de identificar o comportamento empreendedor no mesmo.
O pr�-teste � definido como uma an�lise cr�tica das perguntas elaboradas para a entrevista, evidenciando poss�veis falhas, ambiguidades ou linguagens inacess�veis, perguntas irrelevantes e quest�es fora de ordem. Vale ressaltar que, ap�s a verifica��o destas falhas, deve-se reformular as perguntas e aplicar novamente o pr�-teste, tendo em vista que o seu aprimoramento gera resultados eficientes e o mesmo poder� ser aplicado com qualquer pessoa. Outro aspecto importante do pr�-teste � a sua necessidade de aplica��o em uma pequena popula��o escolhida, e esta nunca ser� elemento de estudo (MARCONI; LAKATOS, 2010).
Para o presente estudo, n�o houve a necessidade de aplica��o de um pr�-teste, uma vez que o question�rio estruturado utilizado pelos pesquisadores j� foi aplicado em outras pesquisas j� publicadas.
No que se refere � aplica��o da entrevista, optou-se pela realiza��o de contato pessoal com os um dos s�cios da hamburgueria, o qual ocorreu no pr�prio ambiente de trabalho, a fim de possibilitar a an�lise da postura empreendedora dos mesmos.
Foi solicitada autoriza��o da empresa I Love Bacon para que os dados necess�rios fossem coletados, conforme Ap�ndice A (p. 29).
A coleta de dados consiste na
etapa onde os pesquisadores devem expor sobre como planejam obter as
informa��es necess�rias para a solu��o do problema de sua pesquisa (PRODANOV;
FREITAS, 2013).� � nesta fase �em que se
inicia a aplica��o dos instrumentos elaborados e das t�cnicas selecionadas, a
fim de se efetuar a coleta dos dados previstos� (MARCONI; LAKATOS, 2010, p.
149).
����������� Assim
sendo, os pesquisadores realizaram no m�s de abril de 2019 a entrevista do tipo
estruturada com um dos s�cios da hamburgueria I Love Bacon, onde foram
aplicadas 55 perguntas com base na abordagem de McClelland, com o intuito de
identificar as caracter�sticas comportamentais empreendedoras do entrevistado.
����������� No que se refere a tabula��o,
a mesma consiste no agrupamento e organiza��o dos dados obtidos, como forma de
facilitar a an�lise da intera��o entre os mesmos. Nesta etapa, torna-se
poss�vel sintetizar as informa��es observadas e, a partir da reuni�o das
mesmas, pode-se confirmar ou objetar as hip�teses idealizadas (MARCONI;
LAKATOS, 2010).
����������� Na
pesquisa em pauta, a tabula��o dos dados ocorreu com o aux�lio do programa Microsoft Office Word�, onde foi
poss�vel armazenar e agrupar eficazmente as informa��es adquiridas na
entrevista com um dos s�cios, permitindo aos pesquisadores a an�lise
inter-relacionada das mesmas.
Em rela��o ao tratamento dos dados em uma pesquisa qualitativa, elabora-se uma an�lise e interpreta��o de conte�do, no qual torna-se poss�vel levantar, identificar e separar as informa��es. Nesse contexto, inicialmente ocorre a an�lise e a descri��o dos dados coletados, extraindo-se todas as respostas e os principais fatores do objeto investigado. Logo ap�s esta etapa, o pesquisador pode interpretar estes fatores, estabelecendo uma rede de liga��es de resultados entre o problema da pesquisa e o conte�do te�rico, para que o assunto possa ser objeto de conhecimento futuramente (ANDRADE, 1999).
����������� Portanto, o tratamento de dados consiste na principal etapa da pesquisa, pois � nesta fase que todo o estudo de caso pode ser validado e analisado, comprovando ou n�o as hip�teses idealizadas acerca da exist�ncia do comportamento empreendedor em um dos s�cios da hamburgueria I Love Bacon.
����������� Neste
cap�tulo, foi exposto o hist�rico de atua��o do objeto de estudo deste
trabalho, e foram identificadas e discutidas as dez caracter�sticas
comportamentais empreendedoras presentes no s�cio-propriet�rio da hamburgueria
I Love Bacon.
A empresa iniciou suas atividades em
dezembro de 2015 com
uma inovadora proposta gastron�mica, que adotou o bacon como principal
ingrediente de seu card�pio, sendo o mesmo composto por 90% de seus pratos �
base da especiaria.
No
in�cio, o atendimento era realizado em um food truck que
transitava por diferentes regi�es da cidade de Fortaleza, al�m de se fazer presente
em alguns eventos realizados na capital cearense, por�m com demandas em pequena escala. Ap�s seu crescimento no
mercado e o sucesso nas vendas, mudaram-se em outubro de 2016 para um local
f�sico no complexo sul da metr�pole, localizado no bairro Parque Manibura.
����������� A nova localiza��o da loja f�sica n�o proporcionou aos
s�cios o alcance da demanda esperada, for�ando os mesmos a adotarem um novo
planejamento para a escolha de uma �rea mais acess�vel e mais pr�xima de seu
p�blico-alvo, cuja posi��o fosse estrat�gica para a implementa��o de entregas
em domic�lio.
Assim
sendo, no dia tr�s de maio de 2018, inaugurou-se a nova loja f�sica no bairro
Aldeota, mais especificamente na rua Joaquim Nabuco, n�mero 1273.
Ap�s
estipular as previs�es de demandas e analisar a sua capacidade interna, a
empresa iniciou a contrata��o de uma equipe de profissionais de diferentes
�reas. Foram escalados quatro funcion�rios para a produ��o (cozinha), tr�s para
o atendimento aos clientes, um gerente financeiro que tamb�m executa a fun��o
de caixa, e uma estagi�ria para o setor administrativo. Aos finais de semana,
onde se percebe um aumento das demandas da hamburgueria, s�o convocados
funcion�rios tempor�rios para o atendimento � clientela.
Atrav�s
de sua atua��o, a empresa conseguiu aos poucos se consolidar no mercado,
conquistando n�o s� clientes em sua loja f�sica, mas tamb�m consumidores
adeptos �s plataformas de pedidos online,
tornando a empresa cada vez mais conhecida e rent�vel perante a acirrada
competitividade do polo gastron�mico fortalezense.
Atualmente,
a hamburgueria I Love Bacon vem inovando-se perante a concorr�ncia,
implementando diferenciais competitivos que chamem a aten��o de potenciais
consumidores. S�o exemplos: a adi��o de produtos voltados ao p�blico vegetariano;
a permiss�o de entrada de animais dom�sticos em seu estabelecimento (pet friendly); happy hour todos os dias; promo��es em dias espec�ficos da semana e
em datas comemorativas; m�sica ao vivo nos finais de semana; inova��o na
apresenta��o dos hamb�rgueres; e a disponibilidade de reserva de um espa�o no
piso superior, destinado a eventos.
����������� Nesta se��o, foram analisadas
as caracter�sticas empreendedoras com base na abordagem te�rica desenvolvida
pelo psic�logo norte-americano David McClelland (1972). Foi aplicado um
question�rio estruturado com 55 quest�es conforme Anexo
A (p. 30), seguindo o m�todo da escala de Likert, onde o entrevistado
p�de se autoavaliar em cada indaga��o, nas escalas de (1) nunca a (5) sempre.
Nesse contexto, com o intuito
de evitar uma eventual autoavalia��o deturpada por parte do participante, o
question�rio utilizado apresenta o Fator de Corre��o, onde s�o acrescentadas
pontua��es extras nos somat�rios das caracter�sticas comportamentais
empreendedoras. O entrevistado em quest�o n�o tentou apresentar uma falsa
imagem altamente favor�vel de si mesmo, n�o sendo necess�ria a aplica��o do Fator
de Corre��o.
����������� Diante
do exposto, o gr�fico 1 disposto a seguir apresenta as pontua��es obtidas pelo
entrevistado em cada uma das caracter�sticas comportamentais empreendedoras
analisadas, sendo elas: busca de oportunidades e iniciativa, persist�ncia,
comprometimento, exig�ncia de qualidade e efici�ncia, correr
riscos calculados, estabelecimento de metas, busca de informa��es, planejamento
e monitoramento sistem�ticos, persuas�o e rede de contatos, independ�ncia e autoconfian�a.
Al�m disso, foram adicionados ao gr�fico os respectivos valores m�nimos em cada
tra�o comportamental que evidenciem a presen�a de comportamento empreendedor no
entrevistado, objetivando uma compara��o entre a pontua��o alcan�ada e o m�nimo
a ser obtido (15 pontos).
Gr�fico 01 � Caracter�sticas comportamentais empreendedoras
segundo o modelo de McClelland (1972)
Fonte:
Dados da pesquisa, 2019.
Assim sendo, levando em conta as
tem�ticas de cada quest�o disposta na entrevista, os pesquisadores optaram por
dividir as caracter�sticas comportamentais empreendedoras nos subt�picos a
seguir, objetivando uma melhor visualiza��o e interpreta��o dos resultados
obtidos.
����������� Neste
quesito, o participante obteve 18 pontos, demonstrando sua facilidade de
percep��o de oportunidades no mercado. De acordo com a abordagem te�rica, o
s�cio age com proatividade em suas atividades do cotidiano e possui a
capacidade de expandir seu neg�cio para novas campos de atua��o a partir das
tend�ncias do mercado.
4.2.2 Persist�ncia
����������� Neste
aspecto, o s�cio obteve apenas 16 pontos, ficando bem pr�ximo � margem m�nima
que pode ser alcan�ada no question�rio. Isso mostra que falta um maior empenho
na supera��o de obst�culos que podem aparecer no decorrer de sua vida
profissional, requerendo do indiv�duo um maior comprometimento e destemor
diante de frustra��es e em suas tomadas de decis�o.
����������� Neste
tra�o comportamental, o entrevistado atingiu 18 pontos. Isso mostra seu empenho
nas atividades inerentes ao seu neg�cio, assumindo esfor�os em detrimento de
sacrif�cios pessoais para conquistar e fidelizar cada vez mais clientes,
motivar seus funcion�rios e promover uma boa rede de relacionamento com seus stakeholders.
����������� No
que se refere � qualidade e efici�ncia, o s�cio obteve 18 pontos, o que mostra
que o mesmo busca superar as expectativas do cliente,
agindo com excel�ncia ao mesmo tempo em que busca reduzir custos e gargalos no
processo produtivo. Esta caracter�stica mostra que o mesmo desenvolve uma boa
comunica��o com todos os colaboradores envolvidos no processo, almejando a
qualidade em seus produtos e a efici�ncia nos servi�os prestados.
����������� Na
caracter�stica comportamental que exterioriza a tomada de decis�es com algum
tipo de risco envolvido, o participante obteve apenas 14 pontos, ficando abaixo
do m�nimo dos par�metros da esfera empreendedora. Diversos motivos podem ter
levado a tal d�ficit, sendo prov�vel
a influ�ncia negativa do macroambiente econ�mico, no qual observa-se uma falta
de incentivo � atua��o empreendedora por parte do governo.
����������� Al�m
disso, � poss�vel que haja uma falta de envolvimento do s�cio na assun��o de
riscos moderados, que podem manter o neg�cio em uma zona de conforto,
prejudicando seu crescimento.
����������� Neste
item o participante alcan�ou 19 pontos, o que demonstra uma vantagem
competitiva no estabelecimento de metas � curto, m�dio e longo prazo, ao mesmo
tempo em que h� uma automotiva��o no alcance de seus objetivos. Na abordagem
conceitual, esta caracter�stica denota a capacidade do empreendedor de resolver
os problemas e definir metas de forma clara e objetiva, compet�ncia que se
mostra presente no s�cio propriet�rio da hamburgueria.
�����������
����������� O
ponto que ganha destaque nos resultados do question�rio aplicado � a busca de
informa��es, onde o entrevistado atingiu 20 pontos. Esta caracter�stica indica
o constante interesse do s�cio em estudar o ambiente relacionado ao seu
neg�cio, avaliando potenciais tend�ncias, padr�es de comportamento do seu
p�blico-alvo, mudan�as no ambiente pol�tico e legal, cen�rios econ�micos, a
atua��o de seus concorrentes, e inova��es na �rea tecnol�gica que podem
aperfei�oar sua performance empresarial.
4.2.8 Planejamento e Monitoramento
Sistem�ticos
�����������
Apesar de
ter obtido uma boa pontua��o no quesito �estabelecimento de metas�, o
participante apresentou apenas 16 pontos no que se refere ao planejamento e
monitoramento. Essa caracter�stica comportamental diz respeito ao planejamento
de estrat�gias, plano de neg�cios, estrat�gias competitivas, an�lise de riscos
e previs�o de poss�veis mudan�as sociais, o que evidencia a falta de tais
pr�ticas por parte do empreendedor.
4.2.9 Persuas�o e Rede de Contatos
����������� O
empreendedor atingiu 19 pontos nesta modalidade, ratificando a sua habilidade
de se comunicar e influenciar pessoas necess�rias para alcan�ar seus objetivos.
Por apresentar um bom networking, o
s�cio pode estabelecer boas rela��es comerciais com parceiros, utilizando das
mesmas como vantagem competitiva.
4.2.10 Independ�ncia e Autoconfian�a
����������� Neste
tra�o comportamental, o s�cio empreendedor obteve apenas 15 pontos, deixando-o
� margem da pontua��o m�nima. Isso reflete que falta ao mesmo a aptid�o de
acreditar em suas pr�prias escolhas, o que pode limitar suas realiza��es
pessoais e profissionais. Tamb�m falta uma maior resili�ncia sobre os
obst�culos que eventualmente puderam comprometer algum projeto por ele
almejado, causando inseguran�a em momentos de decis�es importantes.
����������� Este trabalho teve como
objetivo atestar a rela��o do empreendedorismo corporativo com o sucesso do
neg�cio no mercado, tendo como base a abordagem te�rica de David McClelland, em
conson�ncia com estudos acerca do tema empreendedorismo e pesquisa de dados referentes
ao mercado aliment�cio. Assim sendo, buscou-se analisar as caracter�sticas
comportamentais empreendedoras do s�cio da hamburgueria I Love Bacon,
verificando pontos importantes que podem interferir diretamente nos rumos do
neg�cio.
����������� Deste
modo, atrav�s dos resultados coletados por meio de uma entrevista, notou-se a
presen�a de nove das dez das caracter�sticas empreendedoras, levando em conta a
margem m�nima estabelecida, de quinze pontos. Merece destaque o t�pico �correr
riscos calculados�, onde o participante apresentou um resultado abaixo do
limite inferior, o que demonstra certa priva��o nos momentos em que se mostra
necess�rio enfrentar amea�as para romper barreiras que estejam restringindo o
crescimento do seu neg�cio.
Outro aspecto que vale ser
ressaltado � a �independ�ncia e autoconfian�a�, onde o resultado alcan�ado pelo
s�cio ficou no limite m�nimo. Apesar de n�o ser considerada uma caracter�stica
comportamental ausente segundo a teoria, o entrevistado deve buscar desenvolver
esta habilidade, empenhando-se em agir com firmeza e adotando posicionamentos
assertivos que venham a auxiliar no gerenciamento do seu neg�cio.
����������� O
atributo que se releva diante dos demais � a �busca de informa��es�, um ponto
bastante positivo para o empreendedor, uma vez que demonstra o interesse deste
na busca de se sobressair perante a concorr�ncia, adotando estrat�gias
inovadoras que diferenciem a empresa em um cen�rio de acirrada competitividade.
Dessa forma, utilizando-se deste tra�o comportamental em conson�ncia com o
aperfei�oamento das outras caracter�sticas, o s�cio da empresa estar� mais
pr�ximo de adquirir o amadurecimento pessoal necess�rio para a consolida��o de
seu empreendimento no mercado.
Portanto, diante dos
resultados coletados e levando em conta a teoria de McClelland, o s�cio-propriet�rio
da I Love Bacon apresentou 90% das caracter�sticas comportamentais
empreendedoras, otimizando assim o objetivo desta pesquisa.
����������� Com
perspectivas para estudos posteriores, esta pesquisa sugere a aplica��o do
question�rio segundo o modelo de McClelland com v�rios s�cios do segmento,
realizando uma an�lise comparativa que possibilite uma melhor visualiza��o das
caracter�sticas comportamentais de cada empreendedor, e verificando como estas
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pr�ticas inovadoras. S�o Paulo: �rica, 2014.
Autoriza��o de Participa��o da Empresa no Estudo de Caso
Fortaleza, 12 de mar�o de 2019.
N�s, Camila Pess�a Settinieri e Carlos Matheus Silva Vasconcelos, alunos
do Curso de Gradua��o em Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro
(UNI7), sob orienta��o do Prof. Marcos Aur�lio Maia Silva, solicitamos permiss�o
para obter voluntariamente de sua empresa informa��es que ser�o utilizadas,
ap�s tratamento, na forma de estudo de caso a ser inserido na pesquisa em
andamento sobre �Caracter�sticas do comportamento empreendedor do
s�cio-propriet�rio da hamburgueria I Love Bacon sob a �tica da teoria das
necessidades de David McClelland�.
No aguardo do aceite, agradecemos a aten��o dispensada.
Camila Pess�a Settinieri Aluna-Pesquisadora |
Carlos Matheus Silva Vasconcelos Aluno-Pesquisador |
|
Prof. Marcos Aur�lio Maia Silva Orientador da Pesquisa |
|
Francisco de Assis Sales Neto S�cio-Propriet�rio
� I Love Bacon (Assinatura
e Carimbo) |
Este question�rio constitui-se de 55 afirma��es
breves. Leia cuidadosamente cada afirma��o e decida qual o descreve de melhor
forma. Seja honesto consigo mesmo. Lembre-se de que ningu�m faz tudo
corretamente, nem mesmo � desej�vel que se saiba fazer tudo.
1.Selecione o n�mero que corresponde �
afirma��o que o descreve:
1- Nunca�
2- Raras Vezes
3 - Algumas Vezes
4 -Usualmente
5 � Sempre
2.Selecione um n�mero, anotando no quadrado,
para cada afirma��o. Eis aqui um exemplo:
NUNCA
1 □�� 2 □�� 3 □��
4 □�� 5 □ SEMPRE
A pessoa que respondeu neste exemplo selecionou
o n�mero �2� para indicar que a afirma��o a descreve raras vezes.
3. Algumas afirma��es podem ser similares, mas
nenhuma � exatamente igual.
4. Favor designar uma classifica��o num�rica em
todas as afirma��es.
5. Este question�rio constitui-se de diferentes
etapas em sequ�ncia.
Leia atentamente todas as instru��es.
AUTO-AVALIA��O DAS CCEs
|
1 � Nunca� 2
- Raras vezes� 3 - Algumas vezes� 4 - Usualmente 5 - Sempre |
|||||
01 |
Esfor�o-me para
realizar as coisas que devem ser feitas |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
02 |
Quando me deparo com um problema
dif�cil, levo muito tempo para encontrar solu��o |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
03 |
Termino meu trabalho
a tempo |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
04 |
Aborre�o-me quando as coisas n�o s�o
feitas devidamente |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
05 |
Prefiro situa��es em
que posso controlar ao m�ximo o resultado final |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
06 |
Gosto de pensar no futuro |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
07 |
Quando come�o uma
tarefa ou projeto novo, coleto todas as informa��es poss�veis antes de dar
prosseguimento a ele |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
08 |
Planejo um projeto grande dividindo-o em
tarefas mais simples que me proponha a executar |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
09 |
Consigo que outros
apoiem minhas recomenda��es |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
10 |
Tenho confian�a de que posso ser
bem-sucedido em qualquer atividade |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
11 |
N�o importa com quem
fale, sempre escuto atentamente |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
12 |
Fa�o as coisas que devem ser feitas sem
que os outros tenham que me pedir |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
13 |
Insisto v�rias vezes
para conseguir que as outras pessoas fa�am o que desejo |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
14 |
Sou fiel as promessas que fa�o |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
15 |
Meu rendimento no
trabalho � melhor do que o das outras pessoas com quem trabalho |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
16 |
Envolvo-me com algo novo s� depois de
ter feito todo o poss�vel para assegurar seu �xito |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
17 |
Acho uma perda de tempo
preocupar-me com o que farei da minha vida |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
18 |
Procuro conselhos das pessoas que s�o
especialistas |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
19 |
Considero
cuidadosamente as vantagens e desvantagens de diferentes alternativas antes
de realizar uma tarefa |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
20 |
N�o perco muito tempo pensando em como
posso influenciar as outras pessoas |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
21 |
Mudo a maneira de
pensar se outros discordam energicamente dos meus pontos de vista |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
22 |
Aborre�o-me quando n�o consigo o que
quero |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
23 |
Gosto de desafios e
novas oportunidades |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
24 |
Quando algo se interp�e ao que estou
tentando fazer, persisto em minha tarefa |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
25 |
Se necess�rio, n�o me
importo de fazer o trabalho dos outros para cumprir um prazo de entrega |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
26 |
Aborre�o-me quando perco tempo |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
27 |
Considero minhas
possibilidades de �xito ou fracasso antes de come�ar a atuar |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
28 |
Quanto mais espec�ficas forem minhas
expectativas em rela��o ao que quero obter na vida, maiores s�o minhas possibilidades
de �xito |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
|
Tomo decis�es sem
perder tempo |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
30 |
Procuro levar em conta todos os
problemas que podem se apresentar e antecipo o que faria caso ocorram |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
31 |
Conto com pessoas
influentes para alcan�ar minhas metas |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
32 |
Quando estou executando algo dif�cil e
desafiador, tenho confian�a em meu sucesso |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
33 |
Tive fracassos no
passado |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
34 |
Prefiro executar tarefas que domino
perfeitamente e em que me sinto seguro |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
35 |
Quando me deparo com
s�rias dificuldades, rapidamente passo para outras dificuldades |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
36 |
Quando estou fazendo um trabalho para
outra pessoa, me esfor�o, de forma especial, para que ela fique satisfeita
com o trabalho |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
37 |
Nunca fico
completamente satisfeito com a forma com que s�o feitas as coisas; sempre
considero que h� uma maneira melhor de faz�-las |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
38 |
Executo tarefas arriscadas |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
39 |
Conto com um plano
claro de vida |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
40 |
Quando executo um projeto para algu�m,
fa�o muitas perguntas para assegurar-me de que entendi o que ela/ele quer |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
41 |
Enfrento os problemas
� medida que surgem, em vez de perder tempo antecipando-os |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
42 |
Para alcan�ar minhas metas, procuro solu��es
que beneficiem todas as pessoas envolvidas em um problema |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
43 |
O trabalho que
realizo � excelente |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
44 |
Em algumas ocasi�es obtive vantagens de
outras pessoas |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
45 |
Aventuro-me a fazer
coisas novas e diferentes do que fiz no passado |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
46 |
Tenho diferentes maneiras de superar
obst�culos que se apresentam para a obten��o de minhas metas |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
47 |
Minha fam�lia e minha
vida pessoal s�o mais importantes para mim do que as datas de entrega de
trabalho determinadas por mim mesmo |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
48 |
Encontro a maneira mais r�pida de
terminar os trabalhos, tanto em casa quanto no trabalho |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
49 |
Pe�o coisas que as
outras pessoas consideram arriscadas |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
50 |
Preocupo-me tanto em alcan�ar minhas
metas semanais quanto minhas metas anuais |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
51 |
Conto com v�rias
fontes de informa��es ao procurar ajuda para a execu��o de tarefas e projetos |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
52 |
Se determinado m�todo para enfrentar um
problema n�o der certo, recorro a outro |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
53 |
Posso conseguir que
pessoas com firmes convic��es e opini�es mudem seu modo de pensar |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
54 |
Mantenho-me firme em minhas decis�es,
mesmo quando as outras pessoas se op�em energicamente |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
55 |
Quando desconhe�o
algo, n�o hesito em admiti-lo |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
FOLHA DE AVALIA��O DO QUESTION�RIO PADR�O DE
AVALIA��O DAS CCEs
INSTRU��ES
1. Anote os valores que aparecem no
question�rio de acordo com os
n�meros entre par�nteses. Observe que os
n�meros s�o consecutivos
nas colunas. Ou seja, a resposta n� 2
encontra-se logo abaixo da resposta
n� 1, e assim sucessivamente.
2. Aten��o: fa�a as somas e subtra��es
designadas em cada fileira para
poder completar a pontua��o de cada CCE.
3. Suas pontua��es podem necessitar de corre��o.
Verifique as �ltimas
instru��es.
Avalia��o das Afirma��es Pontua��o CCEs
Busca de Oportunidade e Iniciativa
_____ + _____ + _____ - _____ + _____ + 6 =
_____
(12) (23) (34) (45)
Persist�ncia
_____ + _____ + _____ - _____ + _____ + 6 =
_____
�(2) (13)
(24) (35) (46)
Comprometimento
_____ + _____ + _____ + _____ - _____ + 6 =
_____
�(3) (14)
(25) (36) (47)
Exig�ncia de Qualidade e Efici�ncia
_____ + _____ + _____ + _____ + _____ + 0 =
_____
�(4) (15)
(26) (37) (48)
Correr Riscos Calculados
_____ + _____ + _____ - _____ + _____ + 6 =
_____
�(5) (16)
(27) (38) (49)
Estabelecimento de Metas
_____ - _____ + _____ + _____ + _____ + 6 =
_____
�(6) (17)
(28) (39) (50)
Busca de Informa��es
_____ + _____ - _____ + _____ + _____ + 6 =
_____
�(7) (18)
(29) (40) (51)
Planejamento Monitoramento Sistem�tico
_____ + _____ + _____ - _____ + _____ + 6 =
_____
�(8) (19)
(30) (41) (52)
Persuas�o e Rede de Contatos
_____ - _____ + _____ + _____ + _____ + 6 =
_____
�(9) (20)
(31) (42) (53)
Independ�ncia e Autoconfian�a
_____ - _____ + _____ + _____ + _____ + 6 =
_____
�(10)
(21) (32) (43) (54)
Fator de Corre��o
_____ - _____ - _____ - _____ + _____ + 18 =
_____
�(11)
(22) (33) (44) (55)
FOLHA PARA CORRIGIR A PONTUA��O
INSTRU��ES
1. O Fator de Corre��o (que � igual a soma das
quest�es 11, 22, 33, 44 e
55) � utilizado para determinar se a pessoa
tentou apresentar uma
imagem altamente favor�vel de si mesma. Se o
total desta soma for igual
ou maior a 20, ent�o o total da pontua��o das
10 CCEs deve ser
corrigido para poder dar uma pontua��o mais
precisa da pontua��o das
CCEs do indiv�duo.
2. Empregue os seguintes n�meros para fazer a
corre��o da pontua��o:
Se o
total do Fator de Corre��o for: |
Diminua o
n�mero abaixo da pontua��o de todas |
24 ou 25 |
7 |
22 ou 23 |
5 |
20 ou 21 |
3 |
19 ou menos |
0 |
3. A seguir voc� poder� fazer as corre��es
necess�rias
FOLHA DE PONTUA��O CORRIGIDA
�Pontua��o Original - Fator de Corre��o = Total
Corrigido
Busca de Oportunidade e Iniciativa�� _____- ________ = _______
Persist�ncia��
_______ - ________ = _______
Comprometimento ________ - ________ = _______
Exig�ncia de Qualidade e Efici�ncia ________ -
________ = _______
Correr Riscos Calculados ________- ________ =
_______
Estabelecimentos de Metas ________ - ________ =
_______
Busca de Informa��es ________ - ________ =
_______
Planejamento e Monitoramento Sistem�tico
________ - ________ = _______
Persuas�o e Rede de Contatos ________ - _______
= _______
Independ�ncia e Autoconfian�a ________ -
_______ = _______