SATISFA��O NO AMBIENTE DE TRABALHO DA FUNDA��O CEARENSE DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENT�FICO E TECNOL�GICO (FUNCAP), SOB A �TICA DOS TERCEIRIZADOS DA GER�NCIA ADMINISTRATIVA

 

 

Andr�a Dantas Moreira

Graduanda do Curso de Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7).

[email protected]

 

Ol�via Lima Guerreiro de Alencar

Professora do Curso de Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7). Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Cear� (UFC). Especialista em Avalia��o Psicol�gica Interventiva pela UFC. Graduada em Psicologia pela UFC. Professora de cursos de gradua��o e p�s gradua��o da UNI7 e UNIFAMETRO. Consultora organizacional e psic�loga do trabalho em atendimentos de orienta��o de carreira de jovens e adultos.

[email protected]

 

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo analisar a satisfa��o no ambiente de trabalho em uma institui��o p�blica sob a �tica dos terceirizados da ger�ncia administrativa. A metodologia usada foi uma pesquisa explorat�ria � descritiva com fundamentos bibliogr�ficos e estudo de caso com base na escala de satisfa��o no trabalho de Siqueira (2008). Ap�s an�lise do conte�do, os principais resultados indicaram que a dimens�o com maior n�vel de satisfa��o foi a da rela��o com colegas e a chefia, enquanto a de menor n�vel foi a dos sal�rios. Sobre a satisfa��o com rela��o a promo��es e a natureza do trabalho, constatou-se um estado de indiferen�a. Finalmente, concluiu-se que os terceirizados est�o desmotivados. S�o sugeridas a��es por parte do departamento de recursos humanos a fim de se trabalhar a gest�o de pessoas para melhorar o quadro percebido.

 

PALAVRAS-CHAVE: Institui��o P�blica. Motiva��o. Satisfa��o no trabalho. Terceirizados.

 

 

ABSTRACT

This article aims to analyze satisfaction in the work environment of a public institution from the perspective of outsourced management. Methodologically, an exploratory - descriptive survey was carried out based on bibliographical research, leading to a case study grounded on the satisfaction scale on the work environment proposed by Siqueira (2008). After analyzed, the data indicated that the dimension with the highest level of satisfaction was the one of the relationship between colleagues and management, while the one of lower level was the one of the salaries. Regarding the satisfaction with promotions and the nature of the work, a state of indifference was verified. Finally, it was concluded that outsourced employees are unmotivated. Actions are suggested for the human resources department to work on people management to improve the perceived state of affairs.

 

KEYWORDS: Public Institution. Motivation. Satisfaction at work. Outsourced.

 


1 INTRODU��O

 

A evolu��o que o mundo do trabalho vem sofrendo desde a Revolu��o industrial e a consequente transforma��o da sociedade requer que as organiza��es se preocupem mais com qualidade de vida, satisfa��o e desempenho dos seus funcion�rios para obter mais competitividade e garantir melhor produtividade, perman�ncia na empresa e redu��o de faltas ao trabalho. Satisfa��o � um termo subjetivo que pode variar para cada indiv�duo, pois cada um tem suas necessidades e objetivos distintos. Siqueira (2008) correlaciona a satisfa��o com responsabilidade social da organiza��o, ou seja, o quanto a organiza��o pode promover a sa�de e o bem-estar dos seus funcion�rios.

A satisfa��o no trabalho faz parte do estudo do comportamento organizacional, que se tornou, a partir da d�cada de 1980, uma ferramenta importante para que as empresas compreendessem a��es e atitudes que indiv�duos apresentam nas organiza��es. Os administradores das empresas t�m como desafio desenvolver conhecimentos e estrat�gias para oferecer empregos estimulantes, intrinsecamente gratificantes e que proporcionem satisfa��o a seus funcion�rios.

A satisfa��o pode estar relacionada � produtividade e a n�o satisfa��o, ao absente�smo e � rotatividade, gerando custos devido ao baixo compromisso organizacional e despesas com assist�ncia m�dica causadas, principalmente, pelo estresse. Os elementos essenciais para um trabalho desafiador s�o: recompensas justas, condi��es de trabalho estimulantes e equipes proativas (ROBINS, 2009).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE, 2015), 70,7% dos trabalhadores brasileiros est�o satisfeitos com as condi��es de trabalho, por�m pesquisas especializadas realizadas por institui��es privadas, a despeito de possu�rem uma amostragem menor, apresentam dados diferentes. Segundo as pesquisas, 56% dos trabalhadores brasileiros demonstram insatisfa��o com suas ocupa��es atuais e manifestam o interesse em mudar de emprego (GIOVANELLI, 2018).

Ainda, uma pesquisa realizada pela Love Mondays (2015), aponta que no Brasil os estados de Santa Catarina, Paran� e Rio Grande do Sul apresentam o maior n�vel de satisfa��o dos empregados com o trabalho e S�o Paulo, Bahia e Rio de Janeiro apresentam o maior �ndice de insatisfa��o. A pesquisa identificou como motivos para a satisfa��o dos trabalhadores os benef�cios corporativos, o aprendizado adquirido, a progress�o na carreira, o bom ambiente de trabalho e os colegas de trabalho agrad�veis. Em contrapartida, s�o elementos motivadores de insatisfa��o: os baixos sal�rios, a lideran�a e ger�ncia fraca, a falta de equil�brio entre a vida pessoal e profissional, a lentid�o e a burocracia, bem como processos, sistemas e ferramentas ruins.

Em 2017, uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Locomotiva Pesquisa e Estrat�gia e pelo grupo Loyalty & Trade Management (LTM) revelou que, em um universo de 33,3 milh�es de trabalhadores formais, 18,7 milh�es trocariam de emprego em busca de mais satisfa��o no trabalho. Os resultados da pesquisa mostram que o sal�rio n�o � o fator essencial de motiva��o, pois 87% dos entrevistados acham que premia��es em produtos e servi�os valorizam os funcion�rios e 80% consideram que a premia��o estimula a produtividade, melhora o ambiente de trabalho, assim como proporciona uma sensa��o de reconhecimento (GIOVANELLI, 2018).

A busca pela satisfa��o no ambiente de trabalho n�o � exclusividade da iniciativa privada, tamb�m permeia o setor p�blico. No �mbito do servi�o p�blico, existem diferen�as pontuais em rela��o ao privado, como por exemplo, o regime de trabalho, em que o servidor � estatut�rio, e garantias como a estabilidade profissional que acontece ap�s tr�s anos de est�gio probat�rio.

Al�m dos estatut�rios, tamb�m � poss�vel encontrar profissionais em outros regimes de trabalho no setor p�blico, como funcion�rios celetistas (regidos pela Consolida��o das Leis Trabalhistas), terceirizados e estagi�rios. A terceiriza��o � a transfer�ncia de parte da execu��o dos servi�os de uma organiza��o para outra, contratada para este fim. Ela tem o objetivo de permitir que a empresa se dedique mais a atividades fins e reduza custos. Nos anos de 1980 e 1990, as terceirizadas eram somente para atividades de apoio, como servi�o de limpeza, manuten��o e transporte, mas hoje elas tamb�m s�o usadas para atividades fins da empresa (SANTOS; ECKADT; SILVA, 2018).

����������� A administra��o p�blica permite a aloca��o de servidores sem a realiza��o de concurso. At� o ano de 2018, a contrata��o de terceirizados s� era permitida na presta��o de servi�os, por�m em 31 de mar�o de 2017 foi institu�da a Lei no 13.429, que permite a terceiriza��o irrestrita, abrangendo as �reas de atividades meios e atividades fins do servi�o p�blico. A exce��o � para atividades que s�o carreiras de Estado, como ju�zes, promotores, fiscais e policiais (BRASIL, 2017).

Segundo dados da pesquisa feita pelo IBGE (2015), 18,9% dos empregados s�o terceirizados no Brasil, onde a concentra��o maior desse tipo de rela��o trabalhista � nas regi�es Nordeste, com 22,7%, e Norte, com 22,4%, enquanto na regi�o Sul encontra-se o menor n�mero de terceirizados, qual seja 16%.

No que tange ao ambiente de trabalho, o setor p�blico � notoriamente conhecido pelo protecionismo, gestores indicados politicamente sem afinidade com a fun��o que exercem, insufici�ncia de pol�ticas p�blicas que motivem os funcion�rios, atraso nos recursos e o exerc�cio de uma mesma fun��o por tempo indeterminado (DIFINI, 2002). Tais aspectos podem influenciar diretamente a satisfa��o destes empregados com rela��o ao trabalho que executam, assim como outras caracter�sticas pr�prias da administra��o p�blica.

Neste sentido, encontrar o equil�brio entre a satisfa��o no trabalho dos funcion�rios e as possibilidades de satisfazer suas expectativas e, por outro lado, permitir e respeitar o modo como a organiza��o funciona, � o que torna este tema importante no �mbito acad�mico, transformando-o em objeto de pesquisa.

� nesse cen�rio da administra��o p�blica e de seus funcion�rios terceirizados que se encontra o problema aqui proposto: como est� a satisfa��o no ambiente de trabalho da Funda��o Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico (FUNCAP), especificamente dos empregados terceirizados da ger�ncia administrativa?

Essa pesquisa tem como objetivo geral analisar a satisfa��o no ambiente de trabalho da FUNCAP, sob a �tica dos empregados terceirizados da ger�ncia administrativa, descrevendo os objetivos espec�ficos te�ricos da rela��o entre a motiva��o e a satisfa��o no ambiente de trabalho e as cinco dimens�es da satisfa��o que indicam a satisfa��o com os colegas, com sal�rios e promo��es,� com a chefia e com a natureza do trabalho.

Vale ressaltar que a realiza��o da pesquisa proposta � in�dita dentro desse �rg�o p�blico e, ao apresentar uma an�lise da satisfa��o dos seus terceirizados, de acordo com as cinco dimens�es elencadas por Siqueira (2008) aqui propostas, espera-se que esse estudo possa contribuir para tomadas de decis�es futuras da ger�ncia administrativa, possibilitando maior satisfa��o aos seus funcion�rios. terceirizados em rela��o ao seu ambiente de trabalho.

 

2 REVIS�O DE LITERATURA

 

Neste cap�tulo, ser�o apresentados conceitos e elementos pertinentes com base na literatura cient�fica que nortearam essa pesquisa que tem como assunto a satisfa��o no ambiente de trabalho. S�o eles: a rela��o entre motiva��o e satisfa��o no trabalho, satisfa��o com os colegas, satisfa��o com os sal�rios e promo��es, satisfa��o com a chefia e satisfa��o com a natureza do trabalho.

 

2.1 RELA��O ENTRE MOTIVA��O E SATISFA��O NO TRABALHO

 

Neste subcap�tulo, ser�o apresentadas defini��es da rela��o entre motiva��o e satisfa��o no trabalho.

����������� A satisfa��o no trabalho tem sido estudada como um tema importante pelos pesquisadores do comportamento organizacional. Inicialmente, a satisfa��o era vinculada com o processo motivacional e, por um longo tempo, essa associa��o deu origem �s teorias que tratavam do comportamento no trabalho. Mais adiante, entre os anos de 1970 e 1980, a satisfa��o no trabalho passou a ser compreendida como uma atitude. Em qualquer perspectiva, seja motivacional ou atitudinal, conclui-se que o trabalhador satisfeito seja tamb�m produtivo (SIQUEIRA, 2008).

����������� A motiva��o para o trabalho pode ser tamb�m compreendida como um conjunto de for�as internas e externas que levam os funcion�rios a escolherem determinadas a��es e comportamentos. O processo motivacional exige entendimento das necessidades e dos desejos que s�o inerentes a cada indiv�duo, e isso leva a satisfa��o (NEWSTROM, 2008).

 

2.1.1 For�as Motrizes de Motiva��o���

 

A motiva��o de cada indiv�duo se relaciona com as suas necessidades individuais, e para atend�-las � necess�rio esfor�o por parte do indiv�duo para alcan�ar seus objetivos (ROBBINS, DECENZO, 2004). A esse impulso damos o nome de for�a motriz, a for�a que impulsiona, ocasionando um movimento.�

 

Grande parte do interesse nesses padr�es de motiva��o foi inicialmente produzida pela pesquisa de David C. McClelland, da Harvad University. Ele desenvolveu um esquema de classifica��o que salientava tr�s for�as motrizes mais dominantes e apontou seus significados para a motiva��o. Seus estudos demonstraram que as for�as motrizes motivacionais das pessoas refletem os elementos das culturas nas quais elas foram criadas � suas fam�lias, escolas, igrejas e seus livros. Em muitas na��es, uma ou duas dessas for�as tendem a ser fortes entre os trabalhadores, porque eles cresceram com hist�ricos semelhantes (NEWSTROM, 2008, p.100).

 

Segundo McClelland, citado por Newstrom (2008) s�o tr�s as for�as motrizes da motiva��o encontradas: motiva��o para a realiza��o � a for�a que move para realizar metas, para conquistar objetivos e seguir em frente; para a afilia��o, � o desejo de relacionar-se com as pessoas em uma base social; e por �ltimo, a motiva��o para o poder, que � o desejo de influenciar as pessoas, assumir o controle e modificar as situa��es.

 

2.1.1.1 Teorias de Motiva��o do Funcion�rio

 

Na d�cada de 1950, foram desenvolvidas tr�s teorias espec�ficas que norteiam as explica��es sobre a motiva��o no trabalho. S�o elas: a teoria das necessidades; as teorias X e Y; e a teoria da motiva��o e higiene. Apesar de hoje serem consideradas question�veis, elas representam a base sobre a qual as teorias contempor�neas se desenvolveram (ROBBINS, DECENZO, 2004).

����������� A teoria das necessidades, de Maslow, afirma que � importante contemplar as necessidades humanas, tanto f�sicas como psicol�gicas, e classifica em cinco essas necessidades: fisiol�gica, seguran�a, estima, social e autorrealiza��o. J� na teoria X e Y, MacGregor ressalta que na teoria X o homem � pregui�oso, e n�o pode ser motivado e n�o quer se desenvolver, mas precisa ser for�ado e controlado para realizar o trabalho, dando �nfase ao controle; enquanto na teoria Y o homem � motivado e quer se desenvolver, tem capacidade de se autogerenciar, quer atingir seus objetivos pessoais e estrat�gicos da empresa e d� �nfase �s pessoas. A teoria dos dois fatores, de Herzberg � relacionada com a natureza do trabalho em si: os fatores higi�nicos s�o a satisfa��o com os aspectos do trabalho considerados relevantes, como sal�rio, supervis�o, colegas e pol�ticas organizacionais, enquanto os fatores motivacionais s�o a satisfa��o ligada �s necessidades de crescimento, que incluem realiza��o, reconhecimento e responsabilidade (SPECTOR, 2012).

 

Os modelos de motiva��o s�o conhecidos como teorias de conte�do sobre motiva��o, pois enfocam no conte�do (natureza) dos elementos que podem motivar uma pessoa. Eles se relacionam ao �eu� interior do indiv�duo e com a forma pela qual o estado das necessidades internas de uma pessoa determina seu comportamento (NEWSTROM, 2008, p.107).

 

O comportamento organizacional vem sofrendo modifica��es com a evolu��o do mundo do trabalho e apresenta processos de motiva��o que t�m o objetivo de compreender como os funcion�rios podem ser motivados (NEWSTROM, 2008).

a)    teoria de justi�a ou equidade � valoriza tratamento justo e igualit�rio, as pessoas fazem compara��es entre si e o resultado disso faz com que se sintam motivadas ou n�o;

b)    teoria da determina��o de metas � inclui quatro fatores para a motiva��o do funcion�rio: o comprometimento com a meta, o feedback dado sobre o progresso da realiza��o da meta, a dificuldade da meta e as especifidades da meta;

c)    teoria da autoefic�cia � � determinante a cren�a que o funcion�rio tem em si mesmo de poder realizar uma tarefa;

d)    teoria da expectativa � as pessoas se motivam quando acreditam que o seu comportamento levar� a recompensas ou resultados desejados.

 
2.1.2 Satisfa��o no Trabalho

 

Existem estudos que abordam a satisfa��o no trabalho de forma mais global, como um sentimento independente e geral em rela��o ao seu trabalho, e outros que optam por uma abordagem mais espec�fica, que se concentra em aspectos como: sal�rio, oportunidades de promo��o, benef�cios adicionais, chefes, condi��es de trabalho, natureza do trabalho, comunica��o e seguran�a (SPECTOR, 2012).

��Satisfa��o no trabalho � um conjunto de sentimentos e emo��es favor�veis ou desfavor�veis por meio dos quais os funcion�rios veem seu trabalho� (NEWSTROM, 2008, p. 202).�

Portanto, a satisfa��o no trabalho pode ser medida pelo prazer que o funcion�rio tem em exercer suas fun��es e est� relacionada tamb�m com as predisposi��es dos funcion�rios. Pessoas alegres, otimistas e educadas s�o detentoras de afetividade positiva e mais propensas a se sentirem satisfeitas com o seu trabalho. Por outro lado, pessoas pessimistas, tristes e irritadi�as s�o predispostas a uma afetividade negativa e a estarem insatisfeitas com o trabalho (MUCHINSKY, 2004; NEWSTROM, 2008).

�Assim a busca da satisfa��o no trabalho � uma conquista di�ria. V�rios fatores influenciam na satisfa��o e no desenvolvimento do funcion�rio, entre eles a renumera��o, o relacionamento com os colegas, o reconhecimento e o relacionamento perante a chefia, a qualidade de vida dentro e fora da empresa. A rela��o indiv�duo-empresa caminha junta na perspectiva do estudo sobre a satisfa��o no trabalho (MUCHINSKY, 2004).

 

2.1.2.1 Bem-estar no Trabalho

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A satisfa��o no trabalho � quando o indiv�duo vivencia momentos ben�ficos promovidos por aspectos presentes no ambiente de trabalho, gerando um estado mental positivo de bem-estar (SIQUEIRA, 2014).

�O bem-estar no trabalho envolve tr�s dimens�es: o envolvimento com o trabalho, o comprometimento organizacional e a satisfa��o (SIQUEIRA, 2008).

Satisfa��o no trabalho que gera o bem-estar significa que o indiv�duo tem uma boa rela��o com seus colegas no local de trabalho e o sal�rio oferecido pela organiza��o, assim como as promo��es, atendem �s expectativas do trabalhador e o deixa feliz com as tarefas designadas (SIQUEIRA, 2014).

O Bem-Estar no Trabalho (BET) � compreendido como um conceito j� aceito pela Psicologia Organizacional e do Trabalho, representa v�nculos positivos com o trabalho (satisfa��o e envolvimento) e com a organiza��o (comprometimento) (SIQUEIRA, 2014).

O envolvimento com o trabalho se d� quando existe uma meta a ser alcan�ada por meio das atividades, os desafios impostos pelas atividades a serem vencidos pelo trabalhador, e h� feedback oferecido pelos gestores (SIQUEIRA, 2014).

 

�O terceiro componente do conceito de BET � o comprometimento organizacional afetivo, originalmente definido por Mowday, Sters e Porter (1979) como uma identifica��o do indiv�duo com a organiza��o e um forte desejo de permanecer trabalhando� (Siqueira, 2014, p.42).

 

Entre as causas do bem-estar no trabalho, Siqueira e Padovan (2008) definem o comprometimento organizacional afetivo como um v�nculo com a organiza��o que traz sentimentos positivos de pertencimento, confian�a, apego e dedica��o � empresa.

�����������

2.2 AS DIMENS�ES DA SATISFA��O NO TRABALHO

 

����������� Conforme Siqueira, a Escala de Satisfa��o no Trabalho (EST) foi criada para aferir o grau de satisfa��o no ambiente de trabalho, considerando cinco dimens�es:

����������� 1. Satisfa��o com os colegas: contentamento com a colabora��o, a amizade, a confian�a e o relacionamento mantido com os colegas;

2. Satisfa��o com o sal�rio: contentamento com o que recebe como sal�rio se comparado com o quanto o indiv�duo trabalha, com a sua capacidade profissional, com o custo de vida e com os esfor�os feitos para a realiza��o da fun��o;

����������� 3. Satisfa��o com promo��es: contentamento com o n�mero de vezes que j� recebeu promo��es, com as garantias oferecidas a quem � promovido, com a maneira de a empresa realizar promo��es e com o tempo de espera pela promo��o;

����������� 4. Satisfa��o com a chefia: contentamento com a organiza��o e a capacidade profissional do chefe, com o seu interesse pelo trabalho dos subordinados e entendimento entre eles;

5. Satisfa��o com a natureza do trabalho: contentamento com o interesse pelas tarefas, com a capacidade de elas absorverem o trabalhador e com a variedade das mesmas.

 

 

 

 

2.2.1 Satisfa��o com os Colegas

 

Neste subcap�tulo ser�o abordados temas sobre conflitos nas organiza��es e conceitos sobre equipe e grupo de trabalho, pois esses est�o essencialmente relacionados � dimens�o da satisfa��o com os colegas.

 

�2.2.1.1 Conflito nas Organiza��es

 

O conflito pode acontecer quando h� oposi��o entre duas ou mais partes. � um processo interpessoal que come�a quando h� diverg�ncias em torno de metas ou a forma de execut�-las, mas pode surgir tamb�m devido � comunica��o ineficaz, diferen�as de personalidades, estresse pessoal, falta de clareza nos pap�is, pol�ticas e normas da empresa e diferentes cren�as. �Uma pesquisa relata que os gerentes passam 20% do seu tempo lidando com conflitos [...] o conhecimento e a compreens�o do conflito e dos m�todos para resolv�-lo s�o muito importantes� (NEWSTROM, 2008, p.251). Existem tr�s n�veis de conflitos a considerar:

1.    conflito intrapessoal � quando h� pelo menos duas necessidades simult�neas em que a satisfa��o da primeira implica na insatisfa��o da segunda, causando desconforto.

2.    conflito interpessoal � � considerado um dos conflitos mais s�rios dentro de uma organiza��o, porque afeta as emo��es das pessoas, atingindo muitas vezes a autoestima e autoimagem, causando uma ruptura nas rela��es.

3.    conflito intergrupal � acontece entre diferentes departamentos ou setores, ele pode ser negativo, quando um grupo procura enfraquecer ou prejudicar o outro, ou ser considerado construtivo quando cria uma for�a motivadora em uma competi��o saud�vel e equilibrada.

Quando o trabalhador est� insatisfeito com a fam�lia e com a vida, ele fica mais propenso a conflitos no trabalho, mas no momento em que tem um suporte familiar emocional e instrumental, existe um equil�brio maior para que ele tenha mais satisfa��o no trabalho com uma boa rela��o com seus colegas e com a organiza��o como um todo (WALGER, VIAPIANA, BARBOZA, 2014).

 

2.2.1.1.1 Grupos e equipes de trabalho

 

O surgimento das equipes de trabalho data da d�cada de 1970, com as empresas Toyota, General Fords e Volvo, e o modelo se provou t�o eficiente que hoje � dif�cil encontrar empresas que n�o trabalhem com equipes. Realizar atividades em grupo apresenta um desenvolvimento melhor que com o indiv�duo isolado. Quando exercem tarefas que exigem m�ltiplas habilidades, julgamento e experi�ncia, equipes s�o mais flex�veis e receptivas �s mudan�as. Tamb�m podem ser montadas, distribu�das, reorientadas e dispersadas sem causar conflitos entre os participantes e a empresa. Trabalhar em equipe proporciona oportunidades para o funcion�rio focar mais no resultado do seu trabalho, envolvendo-se com os colegas, elevando sua autoestima e gerando satisfa��o (ROBINS; DECENZO, 2004).

�Um grupo de trabalho � uma colet�nea de duas ou mais pessoas que interagem [...]. Essas duas caracter�sticas - intera��o e inter-rela��o - distinguem um grupo de mera colet�nea de pessoas� (SPECTOR, 2012, p.328). Pode-se considerar uma equipe um grupo de trabalho, mas existem especifidades que as diferenciam. A equipe de trabalho faz com que as a��es dos indiv�duos sejam independentes e coordenadas; cada membro tem um papel particular especificado e deve haver metas e objetivos comuns para seus integrantes (SPECTOR, 2012).

����������� Sobre a realidade pesquisada, sabe-se que o bom relacionamento entre colegas, a coopera��o e a sensibilidade no ambiente de trabalho favorecem um bom clima organizacional, gerando satisfa��o dentro de uma empresa (LIMA, 2018).

 

2.3 SATISFA��O COM SAL�RIOS E PROMO��ES

 

Esse subcap�tulo discorre sobre o processo de cargos e sal�rios dentro das organiza��es e a correla��o entre recompensa e remunera��o.

 

 

 

 

 

2.3.1 Cargos e Sal�rios

 

Cargo � um conjunto de fun��es com atribui��es e responsabilidades espec�ficas dadas ao seu ocupante. Podemos entender que o estudo de cargos e sal�rios �:

 

um instrumento que permitir� � empresa a administra��o dos seus recursos humanos na contrata��o, movimenta��es horizontais (m�ritos) e verticais (promo��es) de seus profissionais e reten��o de talentos na empresa. A defini��o de cargos e sal�rios estabelecer� uma pol�tica salarial eficaz que permitir� a ascens�o profissional dos colaboradores de acordo com suas aptid�es e desempenhos; assim como subsidiar� o desenvolvimento do plano de carreiras (ARA�JO; GARCIA, 2014, p.41).

 

Para a avalia��o de cargos e sal�rios, exige-se equil�brio interno, que acontece ao se analisar os cargos de forma que haja equidade de remunera��es comparando aos demais cargos, e o equil�brio externo, que � a adequa��o salarial das empresas com rela��o ao mercado de trabalho. � importante ressaltar que o tipo de trabalho desenvolvido pelo cargo � o que determina o n�vel de sal�rio, diferentes tipos de trabalho exigem diferentes compet�ncias, e isso tem valor distinto para as empresas (ARA�JO, GARCIA, 2014).

S�o os cargos que determinam o n�vel de remunera��o, n�o as pessoas que os ocupam. N�o existe uma padroniza��o de fatores de remunera��o na avalia��o do cargo, mas o esfor�o, aptid�o, responsabilidade e condi��es de trabalho s�o fatores distintivos nessa avalia��o. Cargos que tem um alto n�vel de exig�ncia, como, por exemplo, grande esfor�o e muita aptid�o, recebem uma remunera��o maior que os cargos que tenham baixos �ndices desses fatores (MUCHINSKY, 2004).

 

2.3.1.1 Remunera��o e Recompensa

 

A remunera��o � a contrapartida financeira de um trabalho realizado pelo trabalhador. Ela � um fator de recompensa que pode ser extr�nseco, ou seja, que vem de fora, ou intr�nseco, que pode fazer parte de um processo de valoriza��o e de status profissional no mercado. Podendo ser direta ou b�sica, que � o pagamento do trabalho realizado; indireta, que � um conjunto de benef�cios que o funcion�rio recebe como parte do seu sal�rio; de senioridade, que � a remunera��o recebida pelo tempo que o funcion�rio tem de dedica��o � empresa; e a de desempenho, s�o premia��es recebidas devido aos resultados alcan�ados pelos funcion�rios, empresa ou neg�cios (DUTRA, 2012).

����������� Recompensa � a concretiza��o da valoriza��o e do reconhecimento dados aos funcion�rios pelo seu trabalho na organiza��o. Essa recompensa pode ser feita atrav�s de elogios, pr�mios, aumento salarial ou promo��o. O importante � considerar os crit�rios dessa recompensa, eles devem ser coerentes e consistentes no tempo, e a equidade tem que estar presente nessa avalia��o. � medida que o funcion�rio percebe que a empresa oferece recompensas, ele impulsiona sua resposta para melhorar sua contribui��o (DUTRA, 2012).

 

V�rios tipos de pagamentos s�o exigidos para que um sistema de recompensas econ�micas seja completo [....] juntos esses tr�s sistemas- base salarial, recompensa por desempenho e participa��o nos lucros e resultados [....] cada um deles pode contribuir de alguma maneira para a satisfa��o econ�mica dos funcion�rios (NEWSTROM, 2008, p.128).

 

As recompensas t�m valor econ�mico e social, sendo uma pe�a chave em diversos modelos motivacionais, como, por exemplo, o da necessidade e da equidade. Os funcion�rios fazem uma compara��o elementar entre custos e benef�cios e trabalham em um n�vel pr�ximo, nem sempre encontrando o ponto de equil�brio (NEWSTROM, 2008).

 

2.4 SATISFA��O COM A CHEFIA

 

Esse subcap�tulo disserta sobre teorias e conceitos da lideran�a, seus estilos e sua rela��o com o poder.

 

2.4.1. Lideran�a e Poder nas Organiza��es

 

Existe a lideran�a vinda de l�deres que s�o oficialmente reconhecidos dentro das organiza��es e a lideran�a informal, que vem de l�deres que n�o possuem o cargo formal.

 

Uma ideia comum a v�rias defini��es � que a lideran�a envolve influenciar as��� atitudes, cren�as, comportamentos e sentimentos dos outros. Pessoas que n�o s�o l�deres tamb�m influenciam os outros, mais os l�deres exercem uma influ�ncia desproporcional � em outras palavras, um l�der � mais influente que um n�o l�der (SPECTOR, 2012, p. 352).

 

����������� Existem certas bases de poder no relacionamento entre o supervisor e o subordinado, que podem ser divididas em: o poder do conhecimento, que � a capacidade de dar informa��es precisas e ter expertise por parte do supervisor; de refer�ncia, o poder de influ�ncia e identifica��o que o subordinado sente em rela��o ao seu supervisor; o poder leg�timo, a autoridade do n�vel hier�rquico; de recompensa, fruto da cren�a de que o supervisor pode recompensar seu funcion�rio; e de coer��o, puni��o com a��es disciplinares, multas, demiss�es, etc. O poder de lideran�a usado positivamente pode possibilitar mecanismos para melhorar o funcionamento das organiza��es, mas em contraponto tem o lado negativo quando � considerado abuso de poder, trazendo preju�zo para as organiza��es e seus funcion�rios (SPECTOR, 2012).

 

2.4.1.1. Estilos de Lideran�a

 

Estilos de lideran�a s�o as diferentes formas que um l�der pode atuar. Esses estilos podem afetar o desempenho e os resultados dos liderados.

�As diferentes situa��es que se apresentam nas organiza��es requerem diferentes tipos de lideran�a. Segundo David McClelland (1996), pesquisador do comportamento humano, citado por Goleman, ser um l�der exige, al�m das habilidades t�cnicas, intelig�ncia emocional (IE), ou seja, habilidades de autoconsci�ncia, autogest�o, empatia e habilidade social. Os componentes da IE em um l�der afetam diretamente o clima organizacional de forma positiva (GOLEMAN, 2015).

����������� S�o seis os estilos de lideran�a que exercem efeitos positivos sobre os resultados e o clima, segundo Goleman (2015):

1. estilo autorit�rio ou vision�rio � s�o l�deres que motivam os colaboradores ao deixar claro que o trabalho deles faz parte de uma vis�o maior para a empresa, transmitindo aos funcion�rios a import�ncia da atividade que eles exercem;

2. estilo coaching � o l�der coach se destaca em delegar, ajudando os funcion�rios a identificar as for�as e fraquezas que possam alavancar sua carreira e os encorajando a criar metas e alcan��-las;

3. estilo afiliativo � � um estilo de lideran�a que gira em torno das pessoas, valorizando mais os indiv�duos e suas emo��es do que as tarefas e as metas;

4. estilo democr�tico � � o l�der que dedica tempo para ouvir as opini�es e ideias de seus funcion�rios para influenciar nas decis�es, desenvolvendo confian�a, respeito e compromisso entre os liderados;

5. estilo marcador de ritmo � � o l�der que fixa metas desafiadoras e empolgantes, exige padr�es de desempenho extremamente altos e os exemplifica pessoalmente;

6. estilo coercivo � � um estilo de lideran�a que � mais apropriado em casos de amea�as ou emerg�ncias, induzindo novos modos.

�� uma quest�o de debate cient�fico se lideran�a � diferente de gest�o ou administra��o. Hist�rica e praticamente, esses termos t�m sido usados de maneira intercambi�vel� (MUCHINSKY, 2004, p. 405).

 

2.5. SATISFA��O COM A NATUREZA DO TRABALHO

 

Nesse subcap�tulo s�o descritas as tarefas enriquecedoras do trabalho segundo a teoria de Herzberg, o significado e o sentido do trabalho que geram satisfa��o para o indiv�duo.

 

2.5.1 Tarefas Enriquecedoras do Trabalho

 

����������� A teoria dos dois fatores de Herzberg descreve que os fatores de higiene compreendem o sal�rio, as condi��es de trabalho, as rela��es com os colegas, etc. Esses fatores, por mais favor�veis que sejam, n�o podem levar � motiva��o ou � satisfa��o, ou seja, eles apenas permitem, normalmente, o suprimento das necessidades b�sicas humanas. J� os fatores motivacionais est�o vinculados ao pr�prio trabalho, como o interesse pelas tarefas, o aprendizado e a realiza��o do trabalho em si, as responsabilidades e possibilidades de seguir carreira na organiza��o.� A percep��o desses fatores estimula o interesse dos funcion�rios no crescimento profissional e o aprimoramento dos seus conhecimentos em prol da empresa (ROBBINS, DECENZO, 2004).

����������� De modo geral, essa teoria defende a ideia de que as necessidades podem ser satisfeitas enriquecendo as tarefas dos funcion�rios, o que por sua vez pode ser feita de maneira vertical (aumentando o grau de dificuldades do trabalho) ou lateral (diversificando as atribui��es). Para isso, Herzberg sugere incentivar as iniciativas dos funcion�rios, organizar o trabalho de forma que tenha sentido, ter uma comunica��o clara das informa��es de mudan�as e das decis�es com rela��o � organiza��o do trabalho, dar feedback, delegar responsabilidades com tarefas novas e mais dif�ceis, desenvolvendo seu sentimento de compet�ncia (MORIN, 2009).

 

2.5.1.1 O Sentido do Trabalho

 

����������� O significado do trabalho para o indiv�duo na perspectiva econ�mica � que ele proporciona recursos financeiros para sustentabilidade da sua fam�lia e a pretens�o de melhorar a qualidade de vida material. Mas al�m do fator econ�mico, o trabalho tamb�m tem um significado psicol�gico que proporciona uma fonte de identidade e uni�o com outros indiv�duos e leva � realiza��o pessoal. O status profissional � um fator importante no senso de reconhecimento, autoestima e bem-estar psicol�gico de uma pessoa.

�O trabalho tem um aspecto determinante na vida da maioria das pessoas: ele pode ter um valor intr�nseco, que o indiv�duo d� � realiza��o do trabalho em si e por si, e o valor instrumental, que � prover as necessidades da vida. � uma via de descoberta de talentos, habilidades e conhecimentos do indiv�duo (MUCHINSKY, 2004).

S�o tr�s as dimens�es do sentindo do trabalho sob a �tica dos trabalhadores de acordo com Oliveira, et al (2004).

  1. dimens�o individual � refere-se � identifica��o com os valores pessoais, � credibilidade que se tem no trabalho que realiza, � valoriza��o e ao prazer em ser reconhecido no que faz, ao desenvolvimento que possibilita o crescimento e a liberdade financeira;
  2. dimens�o organizacional � agrega valor e contribui para a empresa, satisfazendo suas expectativas. Refere-se � organiza��o do trabalho, � autonomia de pensar e criar e ao contato com pessoas e ambiente agrad�veis;
  3. dimens�o social � � o sentimento de contribui��o ao fazer algo para algu�m ou para a sociedade.

����������� O envolvimento com o trabalho de uma forma prazerosa favorece o sentimento de realiza��o e abre espa�o para o funcion�rio demonstrar suas habilidades, seus talentos e suas compet�ncias, bem como tomar iniciativa para a resolu��o dos problemas (ROBBINS, 2009).

 

3 M�TODO

 

�M�todo � um conjunto de atividades sistem�ticas e racionais que, com maior seguran�a e economia, permite alcan�ar objetivos [...] tra�ando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decis�es do cientista� (MARCONI; LAKATO, 2005, p. 83).

No pr�ximo subcap�tulo, � apresentado o m�todo utilizado para atingir o objetivo desse estudo.

 

3.1 CARACTERIZA��O E ESTRAT�GIA DA PESQUISA

 

�A pesquisa � uma atividade voltada para a solu��o de problemas te�ricos ou pr�ticos com o emprego de processos cient�ficos� (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 63).

O met�do de pesquisa no presente trabalho � do tipo explorat�rio e descritivo. Segundo Andrade, �a pesquisa explorat�ria � o primeiro passo de todo o trabalho cient�fico [....] atrav�s da pesquisa explorat�ria, avalia-se a possibilidade de desenvolver uma boa pesquisa sobre determinado assunto� (ANDRADE, 1999, P.106 ). �A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fen�menos (vari�veis) sem manipul�-los� (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 66).

Quanto aos procedimentos, a pesquisa � bibliogr�fica. �A pesquisa bibliogr�fica procura explicar um problema a partir das refer�ncias te�ricas publicadas em documentos� (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 65). Foram usadas, na referente pesquisa. diversas fontes bibliogr�ficas para o estudo em quest�o.

Para esse estudo, a pesquisa de campo foi importante para a coleta de dados que fornece respostas para o problema apresentado. De� acordo com Lakatos,
�a pesquisa de campo � aquela utilizada com o objetivo de conseguir informa��es e/ou conhecimento acerca de um problema para qual se procura uma resposta ou uma hip�tese que se queira comprovar� (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 186).

Quanto � natureza, essa pesquisa � quantitativa sendo aplicada atrav�s de um question�rio de escalas da satisfa��o do trabalho (EST�) composto por 25 quest�es fechadas. �O met�do quantitativo, conforme o pr�prio nome sugere, tem como principal caracter�stica a utiliza��o de quantifica��o, seja na modalidade de coleta de informa��es ou no tratamento das mesmas� (PEREIRA, 2012 p.84).

 

3.2 ESTUDO DE CASO � FUNDA��O CEARENSE DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENT�FICO E TECNOL�GICO (FUNCAP).

 

�Estudo de caso consiste no estudo de determinados indiv�duos, profiss�es, condi��es, institui��es, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generaliza��es� (ANDRADE, 1999 p. 117).

O presente artigo usa do estudo de caso para verificar como est� o grau de satisfa��o dos terceirizados da ger�ncia administrativa da Funda��o Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico (FUNCAP).

 

3.2.1 Popula��o-Alvo e Sele��o de Amostra

 

A popula��o �� a totalidade de indiv�duos que possuem as mesmas caracter�sticas definidas para um determinado estudo, e amostra � parte da popula��o ou do universo selecionado de acordo com uma regra ou um plano� (PEREIRA, 2012, p. 92.)

�No que diz respeito ao p�blico-alvo, foram entrevistadas 10 pessoas, que s�o os terceirizados na ger�ncia administrativa da FUNCAP. Vale ressaltar que, neste caso, a amostra da pesquisa corresponde ao universo de todos terceirizados do setor, portanto, trata-se de uma pesquisa censit�ria.

3.3 INSTRUMENTO E T�CNICA DE COLETA DE DADOS

 

Neste subcapitulo ser�o apresentadas as t�cnicas utilizadas para a elabora��o do instrumento de pesquisa e sua aplica��o na coleta de dados.

 

3.3.1 Elabora��o do Instrumento de Pesquisa

 

O planejamento de uma pesquisa inclui um plano de a��o e a elabora��o de instrumentos que possam ser utilizados para coleta de dados (ANDRADE, 1999).

Na presente pesquisa foi aplicado um question�rio com 25 perguntas fechadas, fundamentadas na escala de Siqueira (2008) que mede as cinco dimens�es da satisfa��o do trabalho (EST), que s�o: satisfac�o com os colegas; satisfa��o com a chefi; satisfa��o com as promo��es; satisfa��o com o sal�rio; e satisfa��o com a natureza do trabalho.

Segundo Pereira, �Escalas s�o um instrumento cient�fico de observa��o e mensura��o dos fen�menos sociais [...] com o� pr�posito de medir a intensidade das atitudes e opini�es de forma objetiva� (PEREIRA, 2012, p. 168). A escala do question�rio segue o modelo de Likert com as seguintes alternativas: totalmente insatisfeito, muito insatisfeito, insatisfeito, indiferente, satisfeito, muito satisfeito e totalmente satisfeito. Esse intrumento de coleta de dados j� foi validado cientificamente no Brasil (SIQUEIRA, 2008).

 

3.3.2 Aplica��o do Instrumento de Coleta de Dados

 

O instrumento de pesquisa foi aplicado de forma presencial ao p�blico alvo no per�odo de 01 a 10 de Abril de 2019.� Foi solicitado a autoriza��o junto a� diretoria do org�o p�blico FUNCAP (Ap�ndice A, p. 28) para viabilizar a realiza�ao da coleta de dados da referida pesquisa.

 

3.4 M�TODO DE COLETA E PROCESSAMENTO DOS DADOS

 

Neste subcap�tulo ser� descrito o met�do de coleta, tabula��o e tratamento de dados utilizados na pesquisa para a an�lise dos resultados.

 

3.4.1 Coleta dos Dados

 

�A coleta de dados constitui uma etapa important�ssima da pesquisa de campo [...] devem ser esquematizadas, a fim de facilitar o desenvolvimento da pesquisa, bem como assegurar uma ordem l�gica na execu��o das atividades� (ANDRADE, 1999, p. 134).

A aplica��o do question�rio foi presencial, de acordo com a disponibilidade dada pelos setores protocolo, limpeza e manunten��o, motoristas, recursos humanos e �administrativo.

 

3.4.2 Tabula��o dos Dados

 

�Tabula��o � a disposi��o dos dados em tabelas, possibilitando� maior facilidade na verifica��o das inter-rela��es entre elas [...] permite sintetizar os dados de observa��o e represent�-los graficamente� (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 167).

A tabula��o dos dados dessa pesquisa foi feito com ajuda do computador, onde os dados foram digitados no Microsoft Office Excel, possibilitando a an�lise de dados, de acordo com os fatores correlacionados pela EST, apresentados da seguinte forma: satisfa��o com os colegas de trabalho (fator 1, cinco itens), satisfa��o com o sal�rio (fator 2, cinco itens), satisfa��o com a chefia (fator 3, cinco itens), satisfa��o com a natureza do trabalho (fator 4, cinco itens) e satisfa��o com as promo��es (fator 5, cinco itens). As m�dias aritm�ticas das dimens�es s�o calculadas a partir das m�dias de cada quest�o respondida pelos sujeitos.

 

3.4.3 Tratamento dos Dados

 

O tratamento de dados refere-se � an�lise e � interpreta��o dos dados coletados. �A an�lise deve ser feita para atender aos objetivos da pesquisa e para comparar e confrontar dados e provas com o objetivo de confirmar ou rejeitar a(s) hipot�se(s) ou os pressupostos da pesquisa� (PEREIRA, 2012, p. 93).

O EST tem uma medida multidimensional com cinco dimens�es, dever�o ser computados cinco escores m�dios. A interpreta��o dos resultados dever� considerar que quanto maior for o escore de valor m�dio, maior ser� o grau de satisfa��o do empregado com aquela dimens�o de seu trabalho. De acordo com as escalas� valores entre 5 e 7 tendem a indicar a satisfa��o, valores entre 1 e 3,9 tendem a sinalisar insatisfa��o e os valores entre 4 e 4,9 informam um estado de indiferen�a, ou seja, pendem para o nem satisfeito ou nem insatisfeito (SIQUEIRA, 2008). O objetivo desse tratamento de dados � resumir os dados de uma forma que

se tenha uma vis�o global e facilite a an�lise para se chegar aos resultados dessa pesquisa.

 

4 RESULTADOS DA PESQUISA

 

Nesse cap�tulo ser�o apresentados os resultados da coleta de dados e suas respectivas an�lises.

 

4.1 OBJETO DE ESTUDO � FUNDA��O CEARENSE DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENT�FICO E TECNOL�GICO (FUNCAP).

 

A FUNCAP foi criada pela Lei 11.752, de 12 de novembro de 1990 e alterada pela Lei 15.012, de 04 de outubro de 2011. � uma institui��o de direito p�blico e com autonomia administrativa e financeira, regida por um estatuto e pelas normas do Direito P�blico relativas a funda��es e pela legisla��o estadual que lhe for pertinente. Vincula-se funcionalmente � Secretaria da Ci�ncia, Tecnologia e Educa��o Superior do Estado do Cear� (SECITECE).

Sua miss�o � contribuir para o desenvolvimento social e econ�mico do Estado por interm�dio da pesquisa cient�fica e de sua aplica��o sob as formas de tecnologia e inova��o. Tem como objetivo apoiar grupos de pesquisa com reconhecida excel�ncia mediante o suporte financeiro �� execu��o de projetos de pesquisas cient�ficas, tecnol�gicas e de inovadoras.

 

4.2 AN�LISE DOS RESULTADOS

 

Por meio dos question�rios respondidos, foi poss�vel identificar o perfil dos terceirizados que trabalham na Ger�ncia Administrativa da FUNCAP. No total s�o dez funcion�rios terceirizados, mas um se encontrava de f�rias no per�odo da aplica��o da pesquisa.

O perfil sociodemogr�fico dos terceirizados (Ap�ndice B, p. 29) que responderam ao question�rio destaca-se em maior numero, 4 pessoas com idades entre 31 a 40 anos, 5 terceirizados s�o do sexo masculino, na escolaridade temos 5 pessoas com ensino m�dio. O tempo de servi�o � equivalente entre 1 a 5 anos e 5 a 10 anos, cada um com 4 terceirizados , sendo apenas 1 funcion�rio com mais de 15 anos de servi�o na Funda��o do total de 9 dos respondentes.

Na pesquisa foi aplicado um question�rio com 25 perguntas fechadas fundamentadas na escala de Siqueira (2008) que afere a dimens�o da satisfa��o no trabalho com os colegas, sal�rios, promo��es, chefia e natureza do trabalho. Os terceirizados da ger�ncia administrativa da Funcap responderam conforme exposto nos pr�ximos par�grafos. Para ser melhor visualizado esses resultados, os gr�ficos est�o exibidos no ap�ndice C (p. 31).

A satisfa��o com os colegas (Ap�ndice C, p. 30), com rela��o ao esp�rito de colabora��o entre os colegas, os respondentes demontraram indiferen�a, com m�dia de 4,88, tendo em vista que 8 estavam satisfeitos e 1 indiferente. A amizade entre os colegas alcan�ou uma m�dia de 5,44, onde demonstraram estarem satisfeitos, assim como no questionamento sobre o relacionamento entre os colegas, com uma m�dia de 5,55.

Dos 9 respondentes, 6 est�o satisfeitos e 3 muito satisfeitos com a quantidade de amigos que tem entre os colegas de trabalho, alcan�ando uma m�dia de 5,33. A m�dia obtida com as respostas sobre a confian�a entre os colegas foi de 5, onde apenas 1 se mostrou indiferente. Vale ressaltar que de acordo com a escala os valores entre 5 e 7 indicam satisfa��o.

Sobre a satisfa��o referente ao sal�rio (Ap�ndice C, p. 30), quando questionados sobre a m�dia do sal�rio em rela��o �s horas trabalhadas, 5 est�o satisfeitos, 1 � indiferente e 3 se dizem insatisfeitos, totalizando uma m�dia 4,22.
O t�pico sal�rio e sua capacidade profissional apresentou uma m�dia 4,11, demontrando uma indiferen�a entre os respondentes, 1 se diz muito insatisfeito, 3 est�o insatisfeitos, 4 satisfeitos e 1 muito satisfeito.

Sal�rio com rela��o ao custo de vida apresentou a menor m�dia, 3.33, dentro dessa dimens�o. Dos 9 funcion�rios terceirizados, somente 2 est�o satisfeitos.

Quanto a quantidade de dinheiro recebido no final do m�s, 1 est� muito insatisfeito, 4 insatisfeitos e 4 est�o satisfeitos, pontuando uma m�dia de 3,66, indicando insatisfa��o entre os respondentes. O sal�rio comparado com o esfor�o do trabalho teve uma m�dia 4,11, indicando indiferen�a, onde 3 est�o indiferentes, 1 muito insatisfeito, 1 insatisfeito e 4 est�o satisfeitos. Nessa dimens�o de satisfa��o com os sal�rios, os terceirizados apresentaram, conforme a escala, 3 itens com valores equivalentes a indiferen�a e 2 itens com m�dias que indicam insatisfa��o.

A satisfa��o com as promo��es (Ap�ndice C-II, p. 31), a quantidade de vezes que foi promovido, apresenta m�dia 3, resultando na insatisfa��o entre os terceirizados, assim como o tempo de espera da promo��o, com a m�dia 3,3, pontuando as menores m�dias da dimens�o satisfa��o com as promo��es.

Quando questionados sobre as garantias a quem � promovido, 3 est�o indiferentes e 6 est�o satisfeitos, com uma m�dia 4,66 que demonstra indiferen�a. A indiferen�a tamb�m � encontrada nas oportunidades de promo��o na empresa, com uma m�dia 4,11, onde 1 est� totalmente insatisfeito, 2 est�o indiferentes e 5 est�o satisfeitos.

Quanto ao t�pico da realiza��o de promo��es, 1 est� totalmente insatisfeito, 1 insatisfeito, 4 s�o indiferentes e 3 se dizem satisfeitos, totalizando uma m�dia 4, que tamb�m indica indiferen�a. Nessa dimens�o, as respostas obtiveram m�dias equivalentes � indiferente e � insatisfa��o de acordo com a escala.

Sobre a satisfa��o com a chefia (Ap�ndice C-II, p. 31), a pergunta como o chefe organiza o setor, dos respondentes, 1 est� totalmente insatisfeito, 1 indiferente e 7 est�o satisfeitos, alcan�ando uma m�dia 4,33. Quanto ao interesse do chefe pelo seu trabalho, os terceirizados se encontram satisfeitos, tendo uma m�dia 5,22, apresentando s� 1 respondende indiferente.

Com rela��o ao entendimento com o chefe, a maioria se diz satisfeito, com uma m�dia de 5,22. No quesito tratamento com o chefe, a m�dia foi 5,44.

Sobre a capacidade do chefe, somente 1 respondente est� indiferente, enquanto 8 est�o satisfeitos. Nessa dimens�o, todos os indicadores avaliados obtiveram m�dia indicativa de satisfa��o com o chefe, ou seja, 5,3. Contudo, vale salientar que a m�dia de satisfa��o compreende o intervalo entre m�dias 5 a 7, o que indica este item como satisfa��o, mas n�o elevada.

No t�pico satisfa��o com a natureza do trabalho (Ap�ndice C-III, p. 32), 1 respondente est� totalmente satisfeito com rela��o ao interesse com as tarefas, 1 est� totalmente insatisfeito e 7 est�o satisfeitos, tendo uma m�dia 4,77.

Quanto a capacidade de absor��o do trabalho, todos disseram estar satisfeitos, alcan�ando uma m�dia 5. Sobre as preocupa��es exigidas pelo trabalho, houve 1 indiferente, 1 muito insatisfeito, 6 satisfeitos e 1 muito satisfeito, apresentando uma m�dia 4,66. Assim como o quesito variedade das tarefas, com m�dia 4,66.

Com rela��o a oportunidade de fazer o trabalho que fa�o, todos dizem estar satisfeitos, explicitando m�dia 5. Conforme a escala nessa dimens�o, o resultado demonstra indiferen�a.

 

Gr�fico 6- Resultado das m�dias por dimens�o

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

 

Analisando os resultados,a dimens�o da satisfa��o com os colegas foi a que mais pontuou positivamente dentre as outras dimens�es da satisfa��o no trabalho, com m�dia geral 5,24. Os terceirizados s�o de uma mesma ger�ncia, mais trabalham em setores diferentes, contudo foi constatado que a rela��o entre os colegas � muito boa e que h� um entrosamento entre as equipes, propiciando um ambiente acolhedor e produtivo. Este resultado est� de acordo com os estudos de Robin e Decenzo (2004). �

A dimens�o satisfa��o com o sal�rio teve sua m�dia inferior a 4, detectando uma insatisfa��o entre os funcion�rios terceirizados. A remunera��o � um dos fatores de� satisfa��o, motiva��o e desenvolvimento do indiv�duo no trabalho, quando esse quesito n�o responde � contento gera uma insatisfa��o, conforme Muchinsky (2004).

Vale ressaltar que a insatisfa��o salarial � um fato comum entre os trabalhadores, diante da conjuntura econ�mica atual do pa�s.

A dimens�o das promo��es para uma satisfa��o no trabalho apresentou uma indiferen�a por parte dos respondentes, estando, provalvemente, relacionada ao fato de o �rg�o ser uma institui��o p�blica e n�o haver promo��o hier�rquica propriamente dita entre os terceirizados.

Na dimens�o satisfa��o com a chefia, os terceirizados se encontram� satisfeitos, o que � demonstrado pela m�dia geral acima de 5,0. Este indicador demonstra a boa rela��o interpessoal que existe entre o gerente e seus subordinados.

A dimens�o satisfa��o com a natureza do trabalho apresentou um resultado� indiferente, com m�dia geral 4,82, muito pr�ximo da faixa de satisfa��o, que � 5,0. Entre os respondentes, esse resultado pode estar diretamente ligado � forma de sele��o dos terceirizados, que � por indica��o e n�o pelas habilidades necess�rias. Ou seja, o trabalho supre as necessidades b�sicas, n�o havendo uma motiva��o maior para com o aprendizado e a realiza��o do trabalho em si.

 

5 CONSIDERA��ES FINAIS

 

Esta pesquisa teve o objetivo de averiguar como est� a satisfa��o no ambiente de trabalho dos terceirizados da ger�ncia administrativa da FUNCAP, sendo utilizada a Escala de Satisfa��o no Trabalho (EST), onde � constru�do sua valida��o por meio de um question�rio que mede as cinco dimens�es do trabalho j� citadas.

A insatisfa��o e a indiferen�a encontradas nas dimens�es satisfa��o com os sal�rios, promo��es e a natureza do trabalho comprometem a motiva��o entre os terceirizados em mudar a realidade, sendo suficientes a seguran�a e o suprimento das necessidades b�sicas.

Em contraponto, a satisfa��o apresentada foi com rela��o aos colegas e a chefia, que s�o fatores extr�nsecos, demonstrando que no ambiente de trabalho o relacionamento interpessoal � primordial entre os terceirizados.

Sugere-se que o RH tenha profissionais na �rea de gest�o de pessoas, ofertando palestras motivacionais e cursos de capacita��o.

O resultado desta pesquisa pode servir para uma investiga��o cient�fica� qualitativa para termos mais dados e uma melhor explora��o desse assunto. Ademais, tendo uma limita��o no universo pesquisado, � indicado que seja feita uma pesquisa com amostras maiores, envolvendo outros setores e com possibilidades de explora��o de outras nuances da gest�o de pessoas, como qualidade de vida no trabalho e clima organizacional, para se ter um melhor conhecimento da realidade dos terceirizados da FUNCAP.

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AP�NDICES

 

Ap�ndice A � Carta de Autoriza��o de Participa��o da Funda��o Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico no Estudo de Caso

 

Autoriza��o de Participa��o da Empresa no Estudo de Caso

 

Fortaleza, 14 de Mar�o de 2019.

 

Eu, Andr�a Dantas Moreira aluna� do Curso de Gradua��o em Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7), sob orienta��o da Profa. Olivia Guerreiro, solicito permiss�o para obter voluntariamente de sua empresa informa��es que ser�o utilizadas, ap�s tratamento, na forma de estudo de caso a ser inserido na pesquisa em andamento sobre �Satisfa��o no ambiente de trabalho na Funda��o Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico (FUNCAP), sob a �tica dos empregados terceirizados da ger�ncia administrativa".

As informa��es declaradas nesta pesquisa ser�o mantidas em sigilo, como tamb�m o anonimato da empresa e do respondente.

 

No aguardo do aceite, agradecemos a aten��o dispensada.

 

 

Andr�a Dantas Moreira

Aluna � Pesquisadora

 

 

 

Profa. Olivia Guerreiro

Orientadora da Pesquisa

 

 

 

Jos� Delcio de Morais � Gerente Administrativo Gead � Funcap

 

Ap�ndice B � Tabela

 

Tabela 1 -� Perfil s�ciodemogr�fico dos partipantes da pesquisa

VARI�VEIS

N�VEIS

QUANTIDADES

%

Idade

21 � 30 ANOS

1

11,1

31 � 40 ANOS

4

44,5

41 � 50 ANOS

3

33,3

Acima de 50 anos

1

11,1

G�nero

Feminino

4

44,4

Masculino

5

55,5

Escolaridade

Ensino Fundamental

1

11,1

Ensino M�dio

5

55,5

Ensino Superior

1

11,1

Ensino T�cnico

1

11,1

P�s-gradua��o

1

11,1

Mestrado

0

0

Doutorado

0

0

Tempo de Servi�o

1 a 5 anos

4

44,4

5 a 10 anos

4

44,4

10 a 15 anos

0

0

Acima de 15 anos

1

11,2

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

 

 

 


Ap�ndice C � Gr�ficos

�

Gr�fico 1 � Satisfa��o com os colegas

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

 

Gr�fico 2 - Satisfa��o com os sal�rios

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

 

AP�NDICE C-II

 

Gr�fico 3 � Satisfa��o com as promo��es

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

 

Gr�fico 4- Satisfa��o com a chefia

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

AP�NDICE C-III

 

Gr�fico 5 - Satisfa��o com a natureza do trabalho

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.


ANEXOS

 

Anexo A � Instrumento de pesquisa � Question�rio

 

 

 

PESQUISA DE SATISFA��O DO TRABALHO SOB A �TICA DOS TERCEIRIZADOS DA FUNDA��O CEARENSE DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENTIF�CO E TECNOL�GICO

ARTIGO CIENT�FICO

Curso Gradua��o em Administra��o



� Instru��es para os respondentes:

1.    Esta pesquisa est� dividida em 02 etapas;

2.    Informar a data em que est� respondendo o question�rio;

3.    Procure n�o deixar nenhum campo sem resposta, somente o campo �N�mero�;

4.    As informa��es declaradas nesta pesquisa ser�o mantidas em sigilo;

5.    Ap�s an�lise, os resultados ser�o disponibilizados aos participantes.

 

Sua participa��o � de extrema import�ncia para os resultados desta pesquisa.

Data:��� _____/_____/ 2019

N�mero:

I - Caracter�sticas do respondente

1- Idade

(� ��) entre 21 e 30 anos

(� ��) entre 41 e 50 anos

(� ��) entre 31 e 40 anos

(� ��) acima de 50 anos

2 � G�nero

(� ��) Masculino

(� ��) Feminino

3- Grau de escolaridade

(� ��) Ensino fundamental��������������������������������������

(� ��) P�s-gradua��o

(� ��) Ensino m�dio������������������������������������������������

(� ��) Mestrado

(� ��) Ensino Superior ������������������������������

(� ��) Doutorado

(� ��) Ensino T�cnico

 

4- Tempo de servi�o

(� ��) de 1 a 5 anos

(� ��) entre 10 e 15� anos

(� ��) de 5 a 10 anos

(� ��) acima de 15 anos

Anexo A - II

 

II � Escala de Satisfa��o no Trabalho (EST)

Caro servidor(a)

As frases abaixo falam a respeito de alguns aspectos do seu trabalho atual. Indique o quanto voc� se sente satisfeito ou insatisfeito com cada um deles. D� suas respostas anotando, nos par�nteses que antecedem cada frase, aquele n�mero (de 1 a 7) que melhor representa sua resposta

 

1 = Totalmente insatisfeito

2 = Muito insatisfeito

3 = Insatisfeito

4 = Indiferente

5 = Satisfeito

6 = Muito satisfeito

7 = Totalmente satisfeito

No meu trabalho atual sinto-me...���������������������������������������������������������������� continua

(� �) Com o esp�rito de colabora��o dos meus colegas de trabalho.

(� �) Com o modo como meu chefe organiza o trabalho do meu setor.

(� �) Com o n�mero de vezes que j� fui promovido nesta empresa.

(� �) Com as garantias que a empresa oferece a quem � promovido.

(� �) Com o meu sal�rio comparado com o quanto eu trabalho.

( ��) Com o tipo de amizade que meus colegas demonstram por mim.

(� �) Com o grau de interesse que minhas tarefas me despertam.

(� �) Com o meu sal�rio comparado � minha capacidade profissional.

(� �) Com o interesse de meu chefe pelo meu trabalho.

(� �) Com a maneira como esta empresa realiza promo��es de seu pessoal.

(� �) Com a capacidade de meu trabalho absorver-me.

(� �) Com o meu sal�rio comparado ao custo de vida.

(� �) Com a oportunidade de fazer o tipo de trabalho que fa�o.

(� �) Com a maneira como me relaciono com os meus colegas de trabalho.

(� �) Com a quantia em dinheiro que eu recebo desta empresa ao final de cada m�s.

 

 

conclus�o

(� �) Com as oportunidades de ser promovido nesta empresa.�

(� �) Com a quantidade de amigos que eu tenho entre meus colegas de trabalho.

(� �) Com as preocupa��es exigidas pelo meu trabalho.

(� �) Com o entendimento entre eu e meu chefe.

(� �) Com o tempo que eu tenho de esperar para receber uma promo��o nesta empresa.

(� �) Com meu sal�rio comparado aos meus esfor�os no trabalho.

(� �) Com a maneira como meu chefe me trata.

(� �) Com a variedade de tarefas que realizo.

(� �) Com a confian�a que eu posso ter em meus colegas de trabalho.

(� �) Com a capacidade profissional do meu chefe.

Fonte: SIQUEIRA, 2008, p. 272.


Anexo B � Dimens�es, Defini��es, Itens e �ndices de Precis�o da EST em sua Forma com 25 Itens

 

Dimens�es

Defini��o

Itens

�ndice de precis�o

Satisfa��o com os colegas

Contentamento com a colabora��o, amizade, a confian�a e o relacionamento mantido com os colegas de trabalho

1, 6, 14, 17 e 24

0,86

 

 

Satisfa��o com o sal�rio

Contentamento com o que recebe como sal�rio se comparado com o quanto o indiv�duo trabalha, com sua capacidade profissional, com o custo de vida e com os esfor�os feitas na realiza��o do trabalho.

5, 8, 12, 15 e 21

 

0,92

Satisfa��o com a chefia

Contentamento com a organiza��o e capacidade profissional do chefe, com seu interesse pelo trabalho dos subordinados e entendimento entre eles.

2, 9, 19, 22 e 25.

0,90

Satisfa��o com a natureza do trabalho

Contentamento com o interesse despertado pelas tarefas, com a capacidade de elas absorverem o trabalhador e com a variedade dos mesmos.

7, 11, 13, 18 e 23

0,82

Satisfa��o com as promo��es

Contentamento com o n�mero de vezes que j� recebeu promo��es, com garantias ofereceidas a quem � promovido, com a maneira de a empresa realizar promo��es e com o tempo de espera pela promo��o.

3, 4, 10, 16 e 20

0,87

Fonte: Siqueira, 2008, p. 269.