Andr�a Dantas Moreira
Graduanda do Curso de Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7).
Ol�via Lima Guerreiro de Alencar
Professora do Curso de Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7). Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Cear� (UFC). Especialista em Avalia��o Psicol�gica Interventiva pela UFC. Graduada em Psicologia pela UFC. Professora de cursos de gradua��o e p�s gradua��o da UNI7 e UNIFAMETRO. Consultora organizacional e psic�loga do trabalho em atendimentos de orienta��o de carreira de jovens e adultos.
RESUMO
O presente artigo tem como
objetivo analisar a satisfa��o no ambiente de trabalho em uma institui��o
p�blica sob a �tica dos terceirizados da ger�ncia administrativa. A metodologia
usada foi uma pesquisa explorat�ria � descritiva com fundamentos bibliogr�ficos
e estudo de caso com base na escala de satisfa��o no trabalho de Siqueira
(2008). Ap�s an�lise do conte�do, os principais resultados indicaram que a
dimens�o com maior n�vel de satisfa��o foi a da rela��o com colegas e a chefia,
enquanto a de menor n�vel foi a dos sal�rios. Sobre a satisfa��o com rela��o a
promo��es e a natureza do trabalho, constatou-se um estado de indiferen�a.
Finalmente, concluiu-se que os terceirizados est�o desmotivados. S�o sugeridas
a��es por parte do departamento de recursos humanos a fim de se trabalhar a
gest�o de pessoas para melhorar o quadro percebido.
PALAVRAS-CHAVE:
Institui��o P�blica. Motiva��o. Satisfa��o no trabalho. Terceirizados.
ABSTRACT
This article aims to analyze
satisfaction in the work environment of a public institution from the
perspective of outsourced management. Methodologically, an exploratory -
descriptive survey was carried out based on bibliographical research, leading
to a case study grounded on the satisfaction scale on the work environment
proposed by Siqueira (2008). After analyzed, the data indicated that the
dimension with the highest level of satisfaction was the one of the relationship
between colleagues and management, while the one of lower level was the one of
the salaries. Regarding the satisfaction with promotions and the nature of the
work, a state of indifference was verified. Finally, it was concluded that
outsourced employees are unmotivated. Actions are suggested for the human
resources department to work on people management to improve the perceived
state of affairs.
KEYWORDS: Public
Institution. Motivation. Satisfaction at work. Outsourced.
A evolu��o que o mundo do trabalho vem sofrendo
desde a Revolu��o industrial e a consequente transforma��o da sociedade requer
que as organiza��es se preocupem mais com qualidade de vida, satisfa��o e
desempenho dos seus funcion�rios para obter mais competitividade e garantir
melhor produtividade, perman�ncia na empresa e redu��o de faltas ao trabalho.
Satisfa��o � um termo subjetivo que pode variar para cada indiv�duo, pois cada
um tem suas necessidades e objetivos distintos. Siqueira (2008) correlaciona a
satisfa��o com responsabilidade social da organiza��o, ou seja, o quanto a
organiza��o pode promover a sa�de e o bem-estar dos seus funcion�rios.
A satisfa��o no trabalho faz
parte do estudo do comportamento organizacional, que se tornou, a partir da
d�cada de 1980, uma ferramenta importante para que as empresas compreendessem
a��es e atitudes que indiv�duos apresentam nas organiza��es. Os administradores
das empresas t�m como desafio desenvolver conhecimentos e estrat�gias para
oferecer empregos estimulantes, intrinsecamente gratificantes e que
proporcionem satisfa��o a seus funcion�rios.
A satisfa��o pode estar
relacionada � produtividade e a n�o satisfa��o, ao absente�smo e �
rotatividade, gerando custos devido ao baixo compromisso organizacional e
despesas com assist�ncia m�dica causadas, principalmente, pelo estresse. Os elementos essenciais para
um trabalho desafiador s�o: recompensas justas, condi��es de trabalho
estimulantes e equipes proativas (ROBINS, 2009).
Segundo o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estat�stica (IBGE, 2015),
70,7% dos trabalhadores brasileiros est�o satisfeitos com as condi��es de
trabalho, por�m pesquisas especializadas realizadas por institui��es privadas,
a despeito de possu�rem uma amostragem menor, apresentam dados diferentes.
Segundo as pesquisas, 56% dos trabalhadores brasileiros demonstram insatisfa��o
com suas ocupa��es atuais e manifestam o interesse em mudar de emprego (GIOVANELLI, 2018).
Ainda, uma pesquisa realizada
pela Love
Mondays (2015), aponta que no
Brasil os estados de Santa Catarina, Paran� e Rio Grande do Sul apresentam o
maior n�vel de satisfa��o dos empregados com o trabalho e S�o Paulo, Bahia e
Rio de Janeiro apresentam o maior �ndice de insatisfa��o. A pesquisa
identificou como motivos para a satisfa��o dos trabalhadores os benef�cios
corporativos, o aprendizado adquirido, a progress�o na carreira, o bom ambiente
de trabalho e os colegas de trabalho agrad�veis. Em contrapartida, s�o
elementos motivadores de insatisfa��o: os baixos sal�rios, a lideran�a e
ger�ncia fraca, a falta de equil�brio entre a vida pessoal e profissional, a
lentid�o e a burocracia, bem como processos, sistemas e ferramentas ruins.
Em 2017, uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Locomotiva Pesquisa e
Estrat�gia e pelo grupo Loyalty
& Trade Management (LTM) revelou que, em um universo de
33,3 milh�es de trabalhadores formais, 18,7 milh�es trocariam de emprego em
busca de mais satisfa��o no trabalho. Os resultados da pesquisa mostram que o
sal�rio n�o � o fator essencial de motiva��o, pois 87% dos entrevistados acham
que premia��es em produtos e servi�os valorizam os funcion�rios e 80%
consideram que a premia��o estimula a produtividade, melhora o ambiente de
trabalho, assim como proporciona uma sensa��o de reconhecimento (GIOVANELLI, 2018).
A
busca pela satisfa��o no ambiente de trabalho n�o � exclusividade da iniciativa
privada, tamb�m permeia o setor p�blico. No �mbito do servi�o p�blico, existem
diferen�as pontuais em rela��o ao privado, como por exemplo,
o regime de trabalho, em que o servidor � estatut�rio, e garantias como a
estabilidade profissional que acontece ap�s tr�s anos de est�gio probat�rio.
Al�m dos estatut�rios, tamb�m
� poss�vel encontrar profissionais em outros regimes de trabalho no setor
p�blico, como funcion�rios celetistas (regidos pela Consolida��o das Leis
Trabalhistas), terceirizados e estagi�rios. A terceiriza��o � a transfer�ncia
de parte da execu��o dos servi�os de uma organiza��o para outra, contratada
para este fim. Ela tem o objetivo de permitir que a empresa se dedique mais a
atividades fins e reduza custos. Nos anos de 1980 e 1990, as terceirizadas eram
somente para atividades de apoio, como servi�o de limpeza, manuten��o e
transporte, mas hoje elas tamb�m s�o usadas para atividades fins da empresa (SANTOS; ECKADT; SILVA, 2018).
����������� A administra��o p�blica permite a
aloca��o de servidores sem a realiza��o de concurso. At� o ano de 2018, a
contrata��o de terceirizados s� era permitida na presta��o de servi�os, por�m
em 31 de mar�o de 2017 foi institu�da a Lei no 13.429, que
permite a terceiriza��o irrestrita, abrangendo as �reas de atividades meios e
atividades fins do servi�o p�blico. A exce��o � para atividades que s�o
carreiras de Estado, como ju�zes, promotores, fiscais e policiais (BRASIL, 2017).
Segundo dados da pesquisa
feita pelo IBGE (2015), 18,9% dos empregados
s�o terceirizados no Brasil, onde a concentra��o maior desse tipo de rela��o
trabalhista � nas regi�es Nordeste, com 22,7%, e Norte, com 22,4%, enquanto na
regi�o Sul encontra-se o menor n�mero de terceirizados, qual seja 16%.
No que tange ao ambiente de
trabalho, o setor p�blico � notoriamente conhecido pelo protecionismo, gestores
indicados politicamente sem afinidade com a fun��o que exercem, insufici�ncia
de pol�ticas p�blicas que motivem os funcion�rios, atraso nos recursos e o
exerc�cio de uma mesma fun��o por tempo indeterminado (DIFINI,
2002). Tais aspectos podem influenciar diretamente a satisfa��o destes
empregados com rela��o ao trabalho que executam, assim como outras
caracter�sticas pr�prias da administra��o p�blica.
Neste sentido, encontrar o
equil�brio entre a satisfa��o no trabalho dos funcion�rios e as possibilidades
de satisfazer suas expectativas e, por outro lado, permitir e respeitar o modo
como a organiza��o funciona, � o que torna este tema importante no �mbito
acad�mico, transformando-o em objeto de pesquisa.
� nesse cen�rio da
administra��o p�blica e de seus funcion�rios terceirizados que se encontra o problema
aqui proposto: como est� a satisfa��o no ambiente de trabalho da Funda��o
Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico (FUNCAP),
especificamente dos empregados terceirizados da ger�ncia administrativa?
Essa pesquisa tem como
objetivo geral analisar a satisfa��o no ambiente de
trabalho da
FUNCAP, sob a �tica dos empregados terceirizados da ger�ncia administrativa,
descrevendo os objetivos espec�ficos te�ricos da rela��o entre a motiva��o e a
satisfa��o no ambiente de trabalho e as cinco dimens�es da satisfa��o que
indicam a satisfa��o com os colegas, com sal�rios e promo��es,� com a chefia e com a natureza do trabalho.
Vale ressaltar que a
realiza��o da pesquisa proposta � in�dita dentro desse �rg�o p�blico e, ao
apresentar uma an�lise da satisfa��o dos seus terceirizados, de acordo com as
cinco dimens�es elencadas por Siqueira (2008) aqui propostas, espera-se que
esse estudo possa contribuir para tomadas de decis�es futuras da ger�ncia
administrativa, possibilitando maior satisfa��o aos seus funcion�rios.
terceirizados em rela��o ao seu ambiente de trabalho.
Neste cap�tulo, ser�o apresentados conceitos e
elementos pertinentes com base na literatura cient�fica que nortearam essa
pesquisa que tem como assunto a satisfa��o no ambiente de trabalho. S�o eles: a
rela��o entre motiva��o e satisfa��o no trabalho, satisfa��o com os colegas,
satisfa��o com os sal�rios e promo��es, satisfa��o com a chefia e satisfa��o
com a natureza do trabalho.
Neste subcap�tulo, ser�o
apresentadas defini��es da rela��o entre motiva��o e satisfa��o no trabalho.
����������� A
satisfa��o no trabalho tem sido estudada como um tema importante pelos
pesquisadores do comportamento organizacional. Inicialmente, a satisfa��o era
vinculada com o processo motivacional e, por um longo tempo, essa associa��o
deu origem �s teorias que tratavam do comportamento no trabalho. Mais adiante,
entre os anos de 1970 e 1980, a satisfa��o no trabalho passou a ser
compreendida como uma atitude. Em qualquer perspectiva, seja motivacional ou
atitudinal, conclui-se que o trabalhador satisfeito seja tamb�m produtivo
(SIQUEIRA, 2008).
����������� A
motiva��o para o trabalho pode ser tamb�m compreendida como um conjunto de
for�as internas e externas que levam os funcion�rios a escolherem determinadas
a��es e comportamentos. O processo motivacional exige entendimento das
necessidades e dos desejos que s�o inerentes a cada indiv�duo, e isso leva a
satisfa��o (NEWSTROM, 2008).
A motiva��o de cada indiv�duo se relaciona
com as suas necessidades individuais, e para atend�-las � necess�rio esfor�o
por parte do indiv�duo para alcan�ar seus objetivos (ROBBINS, DECENZO, 2004). A
esse impulso damos o nome de for�a motriz, a for�a que impulsiona, ocasionando
um movimento.�
Grande parte do interesse nesses padr�es de motiva��o foi inicialmente produzida pela pesquisa de David C. McClelland, da Harvad University. Ele desenvolveu um esquema de classifica��o que salientava tr�s for�as motrizes mais dominantes e apontou seus significados para a motiva��o. Seus estudos demonstraram que as for�as motrizes motivacionais das pessoas refletem os elementos das culturas nas quais elas foram criadas � suas fam�lias, escolas, igrejas e seus livros. Em muitas na��es, uma ou duas dessas for�as tendem a ser fortes entre os trabalhadores, porque eles cresceram com hist�ricos semelhantes (NEWSTROM, 2008, p.100).
Segundo McClelland, citado por Newstrom
(2008) s�o tr�s as for�as motrizes da motiva��o encontradas: motiva��o para a
realiza��o � a for�a que move para realizar metas, para conquistar objetivos e
seguir em frente; para a afilia��o,
� o desejo de relacionar-se com as pessoas em uma base social; e por �ltimo, a
motiva��o para o poder, que � o desejo de influenciar as pessoas, assumir o
controle e modificar as situa��es.
Na d�cada de 1950, foram desenvolvidas
tr�s teorias espec�ficas que norteiam as explica��es sobre a motiva��o no
trabalho. S�o elas: a teoria das necessidades; as teorias X e Y; e a teoria da
motiva��o e higiene. Apesar de hoje serem consideradas question�veis, elas
representam a base sobre a qual as teorias contempor�neas se desenvolveram
(ROBBINS, DECENZO, 2004).
����������� A
teoria das necessidades, de Maslow, afirma que � importante contemplar as
necessidades humanas, tanto f�sicas como psicol�gicas, e classifica em cinco
essas necessidades: fisiol�gica, seguran�a, estima, social e autorrealiza��o.
J� na teoria X e Y, MacGregor ressalta que na teoria X o homem � pregui�oso, e
n�o pode ser motivado e n�o quer se desenvolver, mas precisa ser for�ado e
controlado para realizar o trabalho, dando �nfase ao controle; enquanto na
teoria Y o homem � motivado e quer se desenvolver, tem capacidade de se autogerenciar,
quer atingir seus objetivos pessoais e estrat�gicos da empresa e d� �nfase �s
pessoas. A teoria dos dois fatores, de Herzberg � relacionada com a natureza do
trabalho em si: os fatores higi�nicos s�o a satisfa��o com os aspectos do
trabalho considerados relevantes, como sal�rio, supervis�o, colegas e pol�ticas
organizacionais, enquanto os fatores motivacionais s�o a satisfa��o ligada �s
necessidades de crescimento, que incluem realiza��o, reconhecimento e
responsabilidade (SPECTOR, 2012).
Os modelos de motiva��o s�o conhecidos como teorias de conte�do sobre motiva��o, pois enfocam no conte�do (natureza) dos elementos que podem motivar uma pessoa. Eles se relacionam ao �eu� interior do indiv�duo e com a forma pela qual o estado das necessidades internas de uma pessoa determina seu comportamento (NEWSTROM, 2008, p.107).
O
comportamento organizacional vem sofrendo modifica��es com a evolu��o do mundo
do trabalho e apresenta processos de motiva��o que t�m o objetivo de
compreender como os funcion�rios podem ser motivados (NEWSTROM, 2008).
a)
teoria
de justi�a ou equidade � valoriza tratamento justo e
igualit�rio, as pessoas fazem compara��es entre si e o resultado disso faz com
que se sintam motivadas ou n�o;
b)
teoria
da determina��o de metas � inclui quatro
fatores para a motiva��o do funcion�rio: o comprometimento com a meta, o feedback dado sobre o progresso da
realiza��o da meta, a dificuldade da meta e as especifidades da meta;
c)
teoria
da autoefic�cia � � determinante a cren�a que o funcion�rio
tem em si mesmo de poder realizar uma tarefa;
d)
teoria
da expectativa � as
pessoas se motivam quando acreditam que o seu comportamento levar� a
recompensas ou resultados desejados.
Existem estudos que abordam a satisfa��o
no trabalho de forma mais global, como um sentimento independente e geral em
rela��o ao seu trabalho, e outros que optam
por uma abordagem mais espec�fica, que se concentra em aspectos como: sal�rio,
oportunidades de promo��o, benef�cios adicionais, chefes, condi��es de
trabalho, natureza do trabalho, comunica��o e seguran�a (SPECTOR, 2012).
��Satisfa��o no trabalho � um conjunto de
sentimentos e emo��es favor�veis ou desfavor�veis por meio dos quais os
funcion�rios veem seu trabalho� (NEWSTROM, 2008, p. 202).�
Portanto, a satisfa��o no trabalho pode
ser medida pelo prazer que o funcion�rio tem em exercer suas fun��es e est�
relacionada tamb�m com as predisposi��es dos funcion�rios. Pessoas alegres,
otimistas e educadas s�o detentoras de afetividade positiva e mais propensas a
se sentirem satisfeitas com o seu trabalho. Por outro lado, pessoas
pessimistas, tristes e irritadi�as s�o predispostas a uma afetividade negativa
e a estarem insatisfeitas com o trabalho (MUCHINSKY, 2004; NEWSTROM, 2008).
�Assim
a busca da satisfa��o no trabalho � uma conquista di�ria. V�rios fatores
influenciam na satisfa��o e no desenvolvimento do funcion�rio, entre eles a
renumera��o, o relacionamento com os colegas, o reconhecimento e o
relacionamento perante a chefia, a qualidade de vida dentro e fora da empresa.
A rela��o indiv�duo-empresa caminha junta na perspectiva do estudo sobre a
satisfa��o no trabalho (MUCHINSKY, 2004).
�
A satisfa��o no trabalho � quando
o indiv�duo vivencia momentos ben�ficos promovidos por aspectos presentes no
ambiente de trabalho, gerando um estado mental positivo de bem-estar (SIQUEIRA,
2014).
�O bem-estar no trabalho envolve tr�s
dimens�es: o envolvimento com o trabalho, o comprometimento organizacional e a
satisfa��o (SIQUEIRA, 2008).
Satisfa��o no trabalho que gera o
bem-estar significa que o indiv�duo tem uma boa rela��o com seus colegas no
local de trabalho e o sal�rio oferecido pela organiza��o, assim como as
promo��es, atendem �s expectativas do trabalhador e o deixa feliz com as
tarefas designadas (SIQUEIRA, 2014).
O Bem-Estar no Trabalho (BET) �
compreendido como um conceito j� aceito pela Psicologia Organizacional e do
Trabalho, representa v�nculos positivos com o trabalho (satisfa��o e envolvimento)
e com a organiza��o (comprometimento) (SIQUEIRA, 2014).
O envolvimento com o trabalho se
d� quando existe uma meta a ser alcan�ada por meio das atividades, os desafios
impostos pelas atividades a serem vencidos pelo trabalhador, e h� feedback oferecido pelos gestores
(SIQUEIRA, 2014).
�O terceiro componente do conceito de BET � o comprometimento organizacional afetivo, originalmente definido por Mowday, Sters e Porter (1979) como uma identifica��o do indiv�duo com a organiza��o e um forte desejo de permanecer trabalhando� (Siqueira, 2014, p.42).
Entre as causas do bem-estar no trabalho,
Siqueira e Padovan (2008) definem o comprometimento organizacional afetivo como
um v�nculo com a organiza��o que traz sentimentos positivos de pertencimento,
confian�a, apego e dedica��o � empresa.
�����������
����������� Conforme
Siqueira, a Escala de Satisfa��o no Trabalho (EST) foi criada para aferir o
grau de satisfa��o no ambiente de trabalho, considerando cinco dimens�es:
����������� 1.
Satisfa��o com os colegas:
contentamento com a colabora��o, a amizade, a confian�a e o relacionamento
mantido com os colegas;
2.
Satisfa��o com o sal�rio: contentamento com o que recebe como sal�rio se
comparado com o quanto o indiv�duo trabalha, com a sua capacidade profissional,
com o custo de vida e com os esfor�os feitos para a realiza��o da fun��o;
����������� 3.
Satisfa��o com promo��es:
contentamento com o n�mero de vezes que j� recebeu promo��es, com as garantias
oferecidas a quem � promovido, com a maneira de a empresa realizar promo��es e
com o tempo de espera pela promo��o;
����������� 4. Satisfa��o com a chefia:
contentamento com a organiza��o e a capacidade profissional do chefe, com o seu
interesse pelo trabalho dos subordinados e entendimento entre eles;
5. Satisfa��o com a natureza do trabalho: contentamento com o
interesse pelas tarefas, com a capacidade de elas absorverem o trabalhador e
com a variedade das mesmas.
Neste subcap�tulo ser�o
abordados temas sobre conflitos nas organiza��es e conceitos sobre equipe e
grupo de trabalho, pois esses est�o essencialmente relacionados � dimens�o da
satisfa��o com os colegas.
O conflito pode acontecer
quando h� oposi��o entre duas ou mais partes. � um processo interpessoal que
come�a quando h� diverg�ncias em torno de metas ou a forma de execut�-las, mas
pode surgir tamb�m devido � comunica��o ineficaz, diferen�as de personalidades,
estresse pessoal, falta de clareza nos pap�is, pol�ticas e normas da empresa e
diferentes cren�as. �Uma pesquisa relata que os gerentes passam 20% do seu
tempo lidando com conflitos [...] o conhecimento e a compreens�o do conflito e
dos m�todos para resolv�-lo s�o muito importantes� (NEWSTROM, 2008, p.251).
Existem tr�s n�veis de conflitos a considerar:
1. conflito intrapessoal �
quando h� pelo menos duas necessidades simult�neas em que a satisfa��o da
primeira implica na insatisfa��o da segunda, causando desconforto.
2. conflito interpessoal � �
considerado um dos conflitos mais s�rios dentro de uma organiza��o, porque
afeta as emo��es das pessoas, atingindo muitas vezes a autoestima e autoimagem,
causando uma ruptura nas rela��es.
3. conflito intergrupal �
acontece entre diferentes departamentos ou setores, ele pode ser negativo, quando
um grupo procura enfraquecer ou prejudicar o outro, ou ser considerado
construtivo quando cria uma for�a motivadora em uma competi��o saud�vel e
equilibrada.
Quando o trabalhador est�
insatisfeito com a fam�lia e com a vida, ele fica mais propenso a conflitos no
trabalho, mas no momento em que tem um suporte familiar emocional e
instrumental, existe um equil�brio maior para que ele tenha mais satisfa��o no
trabalho com uma boa rela��o com seus colegas e com a organiza��o como um todo
(WALGER, VIAPIANA, BARBOZA, 2014).
O surgimento das equipes de
trabalho data da d�cada de 1970, com as empresas Toyota, General Fords e Volvo,
e o modelo se provou t�o eficiente que hoje � dif�cil encontrar empresas que
n�o trabalhem com equipes. Realizar atividades em grupo apresenta um
desenvolvimento melhor que com o indiv�duo isolado. Quando exercem tarefas que
exigem m�ltiplas habilidades, julgamento e experi�ncia, equipes s�o mais
flex�veis e receptivas �s mudan�as. Tamb�m podem ser montadas, distribu�das,
reorientadas e dispersadas sem causar conflitos entre os participantes e a
empresa. Trabalhar em equipe proporciona oportunidades para o funcion�rio focar
mais no resultado do seu trabalho, envolvendo-se com os colegas, elevando sua
autoestima e gerando satisfa��o (ROBINS; DECENZO, 2004).
�Um grupo
de trabalho � uma colet�nea de duas ou mais pessoas que interagem [...]. Essas
duas caracter�sticas - intera��o e inter-rela��o - distinguem um grupo de mera
colet�nea de pessoas� (SPECTOR, 2012, p.328). Pode-se considerar uma equipe um
grupo de trabalho, mas existem especifidades que as diferenciam. A equipe de
trabalho faz com que as a��es dos indiv�duos sejam independentes e coordenadas;
cada membro tem um papel particular especificado e deve haver metas e objetivos
comuns para seus integrantes (SPECTOR, 2012).
����������� Sobre
a realidade pesquisada, sabe-se que o bom relacionamento entre colegas, a
coopera��o e a sensibilidade no ambiente de trabalho favorecem um bom clima
organizacional, gerando satisfa��o dentro de uma empresa (LIMA, 2018).
Cargo � um conjunto de fun��es
com atribui��es e responsabilidades espec�ficas dadas ao seu ocupante. Podemos
entender que o estudo de cargos e sal�rios �:
um instrumento que permitir� � empresa a administra��o dos seus recursos humanos na contrata��o, movimenta��es horizontais (m�ritos) e verticais (promo��es) de seus profissionais e reten��o de talentos na empresa. A defini��o de cargos e sal�rios estabelecer� uma pol�tica salarial eficaz que permitir� a ascens�o profissional dos colaboradores de acordo com suas aptid�es e desempenhos; assim como subsidiar� o desenvolvimento do plano de carreiras (ARA�JO; GARCIA, 2014, p.41).
Para a avalia��o de cargos e
sal�rios, exige-se equil�brio interno, que acontece ao se analisar os cargos de
forma que haja equidade de remunera��es comparando aos demais cargos, e o
equil�brio externo, que � a adequa��o salarial das empresas com rela��o ao
mercado de trabalho. � importante ressaltar que o tipo de trabalho desenvolvido
pelo cargo � o que determina o n�vel de sal�rio, diferentes tipos de trabalho
exigem diferentes compet�ncias, e isso tem valor distinto para as empresas
(ARA�JO, GARCIA, 2014).
S�o os cargos que determinam o
n�vel de remunera��o, n�o as pessoas que os ocupam. N�o existe uma padroniza��o
de fatores de remunera��o na avalia��o do cargo, mas o esfor�o, aptid�o,
responsabilidade e condi��es de trabalho s�o fatores distintivos nessa
avalia��o. Cargos que tem um alto n�vel de exig�ncia, como, por exemplo, grande
esfor�o e muita aptid�o, recebem uma remunera��o maior que os cargos que tenham
baixos �ndices desses fatores (MUCHINSKY, 2004).
A remunera��o � a
contrapartida financeira de um trabalho realizado pelo trabalhador. Ela � um
fator de recompensa que pode ser extr�nseco, ou seja, que vem de fora, ou
intr�nseco, que pode fazer parte de um processo de valoriza��o e de status profissional no mercado. Podendo
ser direta ou b�sica, que � o pagamento do trabalho realizado; indireta, que �
um conjunto de benef�cios que o funcion�rio recebe como parte do seu sal�rio;
de senioridade, que � a remunera��o recebida pelo tempo que o funcion�rio tem de
dedica��o � empresa; e a de desempenho, s�o premia��es recebidas devido aos
resultados alcan�ados pelos funcion�rios, empresa ou neg�cios (DUTRA, 2012).
����������� Recompensa
� a concretiza��o da valoriza��o e do reconhecimento dados aos funcion�rios
pelo seu trabalho na organiza��o. Essa recompensa pode ser feita atrav�s de
elogios, pr�mios, aumento salarial ou promo��o. O importante � considerar os
crit�rios dessa recompensa, eles devem ser coerentes e consistentes no tempo, e
a equidade tem que estar presente nessa avalia��o. � medida que o funcion�rio
percebe que a empresa oferece recompensas, ele impulsiona sua resposta para
melhorar sua contribui��o (DUTRA, 2012).
V�rios tipos de pagamentos s�o exigidos para que um sistema
de recompensas econ�micas seja completo [....] juntos esses tr�s sistemas- base
salarial, recompensa por desempenho e participa��o nos lucros e resultados
[....] cada um deles pode contribuir de alguma maneira para a satisfa��o
econ�mica dos funcion�rios (NEWSTROM, 2008, p.128).
As recompensas
t�m valor econ�mico e social, sendo uma pe�a chave em diversos modelos
motivacionais, como, por exemplo, o da necessidade e da equidade. Os
funcion�rios fazem uma compara��o elementar entre custos e benef�cios e
trabalham em um n�vel pr�ximo, nem sempre encontrando o ponto de equil�brio
(NEWSTROM, 2008).
Esse subcap�tulo disserta
sobre teorias e conceitos da lideran�a, seus estilos e sua rela��o com o poder.
Existe a lideran�a vinda de
l�deres que s�o oficialmente reconhecidos dentro das organiza��es e a lideran�a
informal, que vem de l�deres que n�o possuem o cargo formal.
Uma ideia comum a v�rias defini��es � que a lideran�a envolve influenciar as��� atitudes, cren�as, comportamentos e sentimentos dos outros. Pessoas que n�o s�o l�deres tamb�m influenciam os outros, mais os l�deres exercem uma influ�ncia desproporcional � em outras palavras, um l�der � mais influente que um n�o l�der (SPECTOR, 2012, p. 352).
����������� Existem
certas bases de poder no relacionamento entre o supervisor e o subordinado, que
podem ser divididas em: o poder do conhecimento, que � a capacidade de dar
informa��es precisas e ter expertise
por parte do supervisor; de refer�ncia, o poder de influ�ncia e identifica��o
que o subordinado sente em rela��o ao seu supervisor; o poder leg�timo, a
autoridade do n�vel hier�rquico; de recompensa, fruto da cren�a de que o
supervisor pode recompensar seu funcion�rio; e de coer��o, puni��o com a��es
disciplinares, multas, demiss�es, etc. O poder de lideran�a usado positivamente
pode possibilitar mecanismos para melhorar o funcionamento das organiza��es,
mas em contraponto tem o lado negativo quando � considerado abuso de poder,
trazendo preju�zo para as organiza��es e seus funcion�rios (SPECTOR, 2012).
Estilos de lideran�a s�o as
diferentes formas que um l�der pode atuar. Esses estilos podem afetar o
desempenho e os resultados dos liderados.
�As diferentes situa��es que se apresentam nas
organiza��es requerem diferentes tipos de lideran�a. Segundo David McClelland
(1996), pesquisador do comportamento humano, citado por Goleman, ser um l�der
exige, al�m das habilidades t�cnicas, intelig�ncia emocional (IE), ou seja,
habilidades de autoconsci�ncia, autogest�o, empatia e habilidade social. Os
componentes da IE em um l�der afetam diretamente o clima organizacional de
forma positiva (GOLEMAN, 2015).
����������� S�o
seis os estilos de lideran�a que exercem efeitos positivos sobre os resultados
e o clima, segundo Goleman (2015):
1. estilo autorit�rio ou vision�rio � s�o l�deres que motivam os colaboradores ao deixar
claro que o trabalho deles faz parte de uma vis�o maior para a empresa,
transmitindo aos funcion�rios a import�ncia da atividade que eles exercem;
2. estilo coaching � o l�der coach se
destaca em delegar, ajudando os funcion�rios a identificar as for�as e
fraquezas que possam alavancar sua carreira e os encorajando a criar metas e
alcan��-las;
3. estilo afiliativo
� � um estilo de lideran�a que gira em torno das pessoas, valorizando mais os
indiv�duos e suas emo��es do que as tarefas e as metas;
4. estilo
democr�tico � � o l�der que dedica tempo para ouvir as opini�es e ideias de
seus funcion�rios para influenciar nas decis�es, desenvolvendo confian�a,
respeito e compromisso entre os liderados;
5. estilo marcador
de ritmo � � o l�der que fixa metas desafiadoras e empolgantes, exige
padr�es de desempenho extremamente altos e os exemplifica pessoalmente;
6. estilo
coercivo � � um estilo de lideran�a que � mais apropriado em casos de amea�as
ou emerg�ncias, induzindo novos modos.
�� uma quest�o de debate
cient�fico se lideran�a � diferente de gest�o ou administra��o. Hist�rica e
praticamente, esses termos t�m sido usados de maneira intercambi�vel�
(MUCHINSKY, 2004, p. 405).
Nesse subcap�tulo s�o
descritas as tarefas enriquecedoras do trabalho segundo a teoria de Herzberg, o
significado e o sentido do trabalho que geram satisfa��o para o indiv�duo.
����������� A
teoria dos dois fatores de Herzberg descreve que os fatores de higiene
compreendem o sal�rio, as condi��es de trabalho, as rela��es com os colegas,
etc. Esses fatores, por mais favor�veis que sejam, n�o podem levar � motiva��o
ou � satisfa��o, ou seja, eles apenas permitem, normalmente, o suprimento das
necessidades b�sicas humanas. J� os fatores motivacionais est�o vinculados ao
pr�prio trabalho, como o interesse pelas tarefas, o aprendizado e a realiza��o
do trabalho em si, as responsabilidades e possibilidades de seguir carreira na
organiza��o.� A percep��o desses fatores
estimula o interesse dos funcion�rios no crescimento profissional e o
aprimoramento dos seus conhecimentos em prol da empresa (ROBBINS, DECENZO,
2004).
����������� De modo geral, essa teoria defende a
ideia de que as necessidades podem ser satisfeitas enriquecendo as tarefas dos
funcion�rios, o que por sua vez pode ser feita de maneira vertical (aumentando
o grau de dificuldades do trabalho) ou lateral (diversificando as atribui��es).
Para isso, Herzberg sugere incentivar as iniciativas dos funcion�rios,
organizar o trabalho de forma que tenha sentido, ter uma comunica��o clara das
informa��es de mudan�as e das decis�es com rela��o � organiza��o do trabalho,
dar feedback, delegar responsabilidades com tarefas novas e mais
dif�ceis, desenvolvendo seu sentimento de compet�ncia (MORIN, 2009).
����������� O significado do
trabalho para o indiv�duo na perspectiva econ�mica � que ele proporciona
recursos financeiros para sustentabilidade da sua fam�lia e a pretens�o de
melhorar a qualidade de vida material. Mas al�m do fator econ�mico, o trabalho
tamb�m tem um significado psicol�gico que proporciona uma fonte de identidade e
uni�o com outros indiv�duos e leva � realiza��o pessoal. O status profissional � um fator importante no senso de
reconhecimento, autoestima e bem-estar psicol�gico de uma pessoa.
�O trabalho tem um aspecto determinante na vida
da maioria das pessoas: ele pode ter um valor intr�nseco, que o indiv�duo d� �
realiza��o do trabalho em si e por si, e o valor instrumental, que � prover as
necessidades da vida. � uma via de descoberta de talentos, habilidades e
conhecimentos do indiv�duo (MUCHINSKY, 2004).
S�o tr�s as dimens�es do
sentindo do trabalho sob a �tica dos trabalhadores de acordo com Oliveira, et
al (2004).
����������� O
envolvimento com o trabalho de uma forma prazerosa favorece o sentimento de
realiza��o e abre espa�o para o funcion�rio demonstrar suas habilidades, seus
talentos e suas compet�ncias, bem como tomar iniciativa para a resolu��o dos
problemas (ROBBINS, 2009).
�M�todo � um conjunto de atividades sistem�ticas e
racionais que, com maior seguran�a e economia, permite alcan�ar objetivos [...]
tra�ando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decis�es do
cientista� (MARCONI; LAKATO, 2005, p. 83).
No pr�ximo subcap�tulo, � apresentado o m�todo
utilizado para atingir o objetivo desse estudo.
�A pesquisa � uma atividade voltada para a solu��o
de problemas te�ricos ou pr�ticos com o emprego de processos cient�ficos� (CERVO;
BERVIAN, 2002, p. 63).
O met�do de pesquisa no presente trabalho � do tipo
explorat�rio e descritivo. Segundo Andrade, �a pesquisa explorat�ria � o
primeiro passo de todo o trabalho cient�fico [....] atrav�s da pesquisa
explorat�ria, avalia-se a possibilidade de desenvolver uma boa pesquisa sobre
determinado assunto� (ANDRADE, 1999, P.106 ). �A pesquisa descritiva observa,
registra, analisa e correlaciona fatos ou fen�menos (vari�veis) sem
manipul�-los� (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 66).
Quanto aos procedimentos, a pesquisa �
bibliogr�fica. �A pesquisa bibliogr�fica procura explicar um problema a partir
das refer�ncias te�ricas publicadas em documentos� (CERVO; BERVIAN, 2002, p.
65). Foram usadas, na referente pesquisa. diversas fontes bibliogr�ficas para o
estudo em quest�o.
Para esse estudo, a
pesquisa de campo foi importante para a coleta de dados que fornece respostas
para o problema apresentado. De� acordo
com Lakatos,
�a pesquisa de campo � aquela utilizada com o objetivo de conseguir informa��es
e/ou conhecimento acerca de um problema para qual se procura uma resposta ou
uma hip�tese que se queira comprovar� (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 186).
Quanto � natureza, essa pesquisa � quantitativa
sendo aplicada atrav�s de um question�rio de escalas da satisfa��o do trabalho
(EST�) composto por 25 quest�es fechadas. �O met�do quantitativo, conforme o
pr�prio nome sugere, tem como principal caracter�stica a utiliza��o de
quantifica��o, seja na modalidade de coleta de informa��es ou no tratamento das
mesmas� (PEREIRA, 2012 p.84).
�Estudo de caso consiste no estudo de determinados
indiv�duos, profiss�es, condi��es, institui��es, grupos ou comunidades, com a
finalidade de obter generaliza��es� (ANDRADE, 1999 p. 117).
O presente artigo usa do estudo de caso para
verificar como est� o grau de satisfa��o dos terceirizados da ger�ncia
administrativa da Funda��o Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cient�fico e
Tecnol�gico (FUNCAP).
A popula��o �� a totalidade de indiv�duos que
possuem as mesmas caracter�sticas definidas para um determinado estudo, e
amostra � parte da popula��o ou do universo selecionado de acordo com uma regra
ou um plano� (PEREIRA, 2012, p. 92.)
�No que diz
respeito ao p�blico-alvo, foram entrevistadas 10 pessoas, que s�o os
terceirizados na ger�ncia administrativa da FUNCAP. Vale ressaltar que, neste
caso, a amostra da pesquisa corresponde ao universo de todos terceirizados do
setor, portanto, trata-se de uma pesquisa censit�ria.
Neste subcapitulo ser�o apresentadas as t�cnicas
utilizadas para a elabora��o do instrumento de pesquisa e sua aplica��o na
coleta de dados.
O planejamento de uma pesquisa inclui um plano de
a��o e a elabora��o de instrumentos que possam ser utilizados para coleta de
dados (ANDRADE, 1999).
Na presente pesquisa foi aplicado um question�rio
com 25 perguntas fechadas, fundamentadas na escala de Siqueira (2008) que mede
as cinco dimens�es da satisfa��o do trabalho (EST), que s�o: satisfac�o com os
colegas; satisfa��o com a chefi; satisfa��o com as promo��es; satisfa��o com o
sal�rio; e satisfa��o com a natureza do trabalho.
Segundo Pereira, �Escalas s�o um instrumento
cient�fico de observa��o e mensura��o dos fen�menos sociais [...] com o� pr�posito de medir a intensidade das atitudes
e opini�es de forma objetiva� (PEREIRA, 2012, p. 168). A escala do question�rio
segue o modelo de Likert com as seguintes alternativas: totalmente
insatisfeito, muito insatisfeito, insatisfeito, indiferente, satisfeito, muito
satisfeito e totalmente satisfeito. Esse intrumento de coleta de dados j� foi
validado cientificamente no Brasil (SIQUEIRA, 2008).
O instrumento de pesquisa foi aplicado de forma
presencial ao p�blico alvo no per�odo de 01 a 10 de Abril de 2019.� Foi solicitado a autoriza��o junto a� diretoria do org�o p�blico FUNCAP (Ap�ndice A,
p. 28) para viabilizar a realiza�ao da coleta de dados da referida pesquisa.
Neste subcap�tulo ser� descrito o met�do de coleta,
tabula��o e tratamento de dados utilizados na pesquisa para a an�lise dos
resultados.
�A coleta de dados constitui uma etapa important�ssima
da pesquisa de campo [...] devem ser esquematizadas, a fim de facilitar o
desenvolvimento da pesquisa, bem como assegurar uma ordem l�gica na execu��o
das atividades� (ANDRADE, 1999, p. 134).
A aplica��o do question�rio foi presencial, de
acordo com a disponibilidade dada pelos setores protocolo, limpeza e manunten��o,
motoristas, recursos humanos e �administrativo.
�Tabula��o � a disposi��o dos dados em tabelas,
possibilitando� maior facilidade na
verifica��o das inter-rela��es entre elas [...] permite sintetizar os dados de
observa��o e represent�-los graficamente� (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 167).
A tabula��o dos dados dessa pesquisa foi feito com
ajuda do computador, onde os dados foram digitados no Microsoft Office Excel, possibilitando a an�lise de dados, de
acordo com os fatores correlacionados pela EST, apresentados da seguinte forma:
satisfa��o com os colegas de trabalho (fator 1, cinco itens), satisfa��o com o
sal�rio (fator 2, cinco itens), satisfa��o com a chefia (fator 3, cinco itens),
satisfa��o com a natureza do trabalho (fator 4, cinco itens) e satisfa��o com
as promo��es (fator 5, cinco itens). As
m�dias aritm�ticas das dimens�es s�o calculadas a partir das m�dias de cada
quest�o respondida pelos sujeitos.
O tratamento de dados refere-se � an�lise e �
interpreta��o dos dados coletados. �A an�lise deve ser feita para atender aos
objetivos da pesquisa e para comparar e confrontar dados e provas com o
objetivo de confirmar ou rejeitar a(s) hipot�se(s) ou os pressupostos da
pesquisa� (PEREIRA, 2012, p. 93).
O EST tem uma medida multidimensional com cinco
dimens�es, dever�o ser computados cinco escores m�dios. A interpreta��o dos
resultados dever� considerar que quanto maior for o escore de valor m�dio,
maior ser� o grau de satisfa��o do empregado com aquela dimens�o de seu
trabalho. De acordo com as escalas� valores
entre 5 e 7 tendem a indicar a satisfa��o, valores entre 1 e 3,9 tendem a sinalisar insatisfa��o e os valores entre 4 e 4,9 informam um
estado de indiferen�a, ou seja, pendem para o nem satisfeito ou nem
insatisfeito (SIQUEIRA, 2008). O objetivo desse tratamento de dados � resumir
os dados de uma forma que
se tenha uma vis�o global e
facilite a an�lise para se chegar aos resultados dessa pesquisa.
Nesse cap�tulo ser�o apresentados
os resultados da coleta de dados e suas respectivas an�lises.
A FUNCAP foi criada pela Lei
11.752, de 12 de novembro de 1990 e alterada pela Lei 15.012, de 04 de outubro
de 2011. � uma institui��o de direito p�blico e com autonomia administrativa e
financeira, regida por um estatuto e pelas normas do Direito P�blico relativas
a funda��es e pela legisla��o estadual que lhe for pertinente. Vincula-se
funcionalmente � Secretaria da Ci�ncia, Tecnologia e Educa��o Superior do
Estado do Cear� (SECITECE).
Sua miss�o � contribuir para o
desenvolvimento social e econ�mico do Estado por interm�dio da pesquisa
cient�fica e de sua aplica��o sob as formas de tecnologia e inova��o. Tem como
objetivo apoiar grupos de pesquisa com reconhecida excel�ncia mediante o
suporte financeiro �� execu��o de
projetos de pesquisas cient�ficas, tecnol�gicas e de inovadoras.
Por meio dos question�rios
respondidos, foi poss�vel identificar o perfil dos terceirizados que trabalham
na Ger�ncia Administrativa da FUNCAP. No total s�o dez funcion�rios
terceirizados, mas um se encontrava de f�rias no per�odo da aplica��o da
pesquisa.
O perfil sociodemogr�fico dos
terceirizados (Ap�ndice B, p. 29) que
responderam ao question�rio destaca-se em maior numero, 4 pessoas com idades
entre 31 a 40 anos, 5 terceirizados s�o do sexo masculino, na escolaridade
temos 5 pessoas com ensino m�dio. O tempo de
servi�o � equivalente entre 1 a 5 anos e 5 a 10 anos, cada um com 4
terceirizados , sendo apenas 1 funcion�rio com mais de 15 anos de servi�o na
Funda��o do total de 9 dos respondentes.
Na pesquisa foi aplicado um
question�rio com 25 perguntas fechadas fundamentadas na escala de Siqueira
(2008) que afere a dimens�o da satisfa��o no trabalho com os colegas, sal�rios,
promo��es, chefia e natureza do trabalho. Os terceirizados da ger�ncia
administrativa da Funcap responderam conforme exposto nos pr�ximos par�grafos.
Para ser melhor visualizado esses resultados, os gr�ficos est�o exibidos no
ap�ndice C (p. 31).
A satisfa��o com os colegas (Ap�ndice
C, p. 30), com rela��o ao esp�rito de colabora��o entre os colegas, os respondentes
demontraram indiferen�a, com m�dia de 4,88, tendo em vista que 8 estavam
satisfeitos e 1 indiferente. A amizade entre os colegas alcan�ou uma m�dia de
5,44, onde demonstraram estarem satisfeitos, assim como no questionamento sobre
o relacionamento entre os colegas, com uma m�dia de 5,55.
Dos 9 respondentes, 6 est�o
satisfeitos e 3 muito satisfeitos com a quantidade de amigos que tem entre os
colegas de trabalho, alcan�ando uma m�dia de 5,33. A m�dia obtida com as
respostas sobre a confian�a entre os colegas foi de 5, onde apenas 1 se mostrou
indiferente. Vale ressaltar que de acordo com a escala os valores entre 5 e 7
indicam satisfa��o.
Sobre a satisfa��o referente ao
sal�rio (Ap�ndice C, p. 30), quando questionados sobre a m�dia do sal�rio em
rela��o �s horas trabalhadas, 5 est�o satisfeitos, 1 � indiferente e 3 se dizem
insatisfeitos, totalizando uma m�dia 4,22.
O t�pico sal�rio e sua capacidade profissional apresentou uma m�dia 4,11,
demontrando uma indiferen�a entre os respondentes, 1 se diz muito insatisfeito,
3 est�o insatisfeitos, 4 satisfeitos e 1 muito satisfeito.
Sal�rio com rela��o ao custo de
vida apresentou a menor m�dia, 3.33, dentro dessa dimens�o. Dos 9 funcion�rios
terceirizados, somente 2 est�o satisfeitos.
Quanto a quantidade de dinheiro
recebido no final do m�s, 1 est� muito insatisfeito, 4 insatisfeitos e 4 est�o
satisfeitos, pontuando uma m�dia de 3,66, indicando insatisfa��o entre os
respondentes. O sal�rio comparado com o esfor�o do trabalho teve uma m�dia
4,11, indicando indiferen�a, onde 3 est�o indiferentes, 1 muito insatisfeito, 1
insatisfeito e 4 est�o satisfeitos. Nessa dimens�o de satisfa��o com os
sal�rios, os terceirizados apresentaram, conforme a escala, 3 itens com valores
equivalentes a indiferen�a e 2 itens com m�dias que indicam insatisfa��o.
A satisfa��o com as promo��es (Ap�ndice
C-II, p. 31), a quantidade de vezes que foi promovido, apresenta m�dia 3,
resultando na insatisfa��o entre os terceirizados, assim como o tempo de espera
da promo��o, com a m�dia 3,3, pontuando as menores m�dias da dimens�o
satisfa��o com as promo��es.
Quando questionados sobre as
garantias a quem � promovido, 3 est�o indiferentes e 6 est�o satisfeitos, com
uma m�dia 4,66 que demonstra indiferen�a. A indiferen�a tamb�m � encontrada nas
oportunidades de promo��o na empresa, com uma m�dia 4,11, onde 1 est� totalmente
insatisfeito, 2 est�o indiferentes e 5 est�o satisfeitos.
Quanto ao t�pico da realiza��o de
promo��es, 1 est� totalmente insatisfeito, 1 insatisfeito, 4 s�o indiferentes e
3 se dizem satisfeitos, totalizando uma m�dia 4, que tamb�m indica indiferen�a.
Nessa dimens�o, as respostas obtiveram m�dias equivalentes � indiferente e � insatisfa��o
de acordo com a escala.
Sobre a satisfa��o com a chefia (Ap�ndice
C-II, p. 31), a pergunta como o chefe organiza o setor, dos respondentes, 1
est� totalmente insatisfeito, 1 indiferente e 7 est�o satisfeitos, alcan�ando
uma m�dia 4,33. Quanto ao interesse do chefe pelo seu trabalho, os
terceirizados se encontram satisfeitos, tendo uma m�dia 5,22, apresentando s� 1
respondende indiferente.
Com rela��o ao entendimento com o
chefe, a maioria se diz satisfeito, com uma m�dia de 5,22. No quesito
tratamento com o chefe, a m�dia foi 5,44.
Sobre a capacidade do chefe,
somente 1 respondente est� indiferente, enquanto 8 est�o satisfeitos. Nessa
dimens�o, todos os indicadores avaliados obtiveram m�dia indicativa de
satisfa��o com o chefe, ou seja, 5,3. Contudo, vale salientar que a m�dia de
satisfa��o compreende o intervalo entre m�dias 5 a 7, o que indica este item
como satisfa��o, mas n�o elevada.
No t�pico satisfa��o com a
natureza do trabalho (Ap�ndice C-III, p. 32), 1 respondente est� totalmente
satisfeito com rela��o ao interesse com as tarefas, 1 est� totalmente
insatisfeito e 7 est�o satisfeitos, tendo uma m�dia 4,77.
Quanto a capacidade de absor��o do
trabalho, todos disseram estar satisfeitos, alcan�ando uma m�dia 5. Sobre as
preocupa��es exigidas pelo trabalho, houve 1 indiferente, 1 muito insatisfeito,
6 satisfeitos e 1 muito satisfeito, apresentando uma m�dia 4,66. Assim como o
quesito variedade das tarefas, com m�dia 4,66.
Com rela��o a oportunidade de fazer
o trabalho que fa�o, todos dizem estar satisfeitos, explicitando m�dia 5.
Conforme a escala nessa dimens�o, o resultado demonstra indiferen�a.
Gr�fico 6- Resultado das m�dias por dimens�o
Fonte: Dados da pesquisa, 2019.
Analisando os resultados,a
dimens�o da satisfa��o com os colegas foi a que mais pontuou positivamente
dentre as outras dimens�es da satisfa��o no trabalho, com m�dia geral 5,24. Os
terceirizados s�o de uma mesma ger�ncia, mais trabalham em setores diferentes,
contudo foi constatado que a rela��o entre os colegas � muito boa e que h� um
entrosamento entre as equipes, propiciando um ambiente acolhedor e produtivo.
Este resultado est� de acordo com os estudos de Robin e Decenzo (2004). �
A dimens�o satisfa��o com o
sal�rio teve sua m�dia inferior a 4, detectando uma insatisfa��o entre os
funcion�rios terceirizados. A remunera��o � um dos fatores de� satisfa��o, motiva��o e desenvolvimento do
indiv�duo no trabalho, quando esse quesito n�o responde � contento gera uma
insatisfa��o, conforme Muchinsky (2004).
Vale ressaltar que a insatisfa��o
salarial � um fato comum entre os trabalhadores, diante da conjuntura econ�mica
atual do pa�s.
A dimens�o das promo��es para uma
satisfa��o no trabalho apresentou uma indiferen�a por parte dos respondentes,
estando, provalvemente, relacionada ao fato de o �rg�o ser uma institui��o
p�blica e n�o haver promo��o hier�rquica propriamente dita entre os
terceirizados.
Na dimens�o satisfa��o com a
chefia, os terceirizados se encontram�
satisfeitos, o que � demonstrado pela m�dia geral acima de 5,0. Este
indicador demonstra a boa rela��o interpessoal que existe entre o gerente e
seus subordinados.
A dimens�o satisfa��o com a
natureza do trabalho apresentou um resultado�
indiferente, com m�dia geral 4,82, muito pr�ximo da faixa de satisfa��o,
que � 5,0. Entre os respondentes, esse resultado pode estar diretamente ligado
� forma de sele��o dos terceirizados, que � por indica��o e n�o pelas
habilidades necess�rias. Ou seja, o trabalho supre as necessidades b�sicas, n�o
havendo uma motiva��o maior para com o aprendizado e a realiza��o do trabalho
em si.
Esta pesquisa teve o objetivo de averiguar
como est� a satisfa��o no ambiente de trabalho dos terceirizados da ger�ncia
administrativa da FUNCAP, sendo utilizada a Escala de Satisfa��o no Trabalho
(EST), onde � constru�do sua valida��o por meio de um question�rio que mede as
cinco dimens�es do trabalho j� citadas.
A insatisfa��o e a indiferen�a
encontradas nas dimens�es satisfa��o com os sal�rios, promo��es e a natureza do
trabalho comprometem a motiva��o entre os terceirizados em mudar a realidade,
sendo suficientes a seguran�a e o suprimento das necessidades b�sicas.
Em contraponto, a satisfa��o
apresentada foi com rela��o aos colegas e a chefia, que s�o fatores extr�nsecos,
demonstrando que no ambiente de trabalho o relacionamento interpessoal �
primordial entre os terceirizados.
Sugere-se que o RH tenha
profissionais na �rea de gest�o de pessoas, ofertando palestras motivacionais e
cursos de capacita��o.
O resultado desta pesquisa pode
servir para uma investiga��o cient�fica�
qualitativa para termos mais dados e uma melhor explora��o desse
assunto. Ademais, tendo uma limita��o no universo pesquisado, � indicado que
seja feita uma pesquisa com amostras maiores, envolvendo outros setores e com
possibilidades de explora��o de outras nuances da gest�o de pessoas, como
qualidade de vida no trabalho e clima organizacional, para se ter um melhor
conhecimento da realidade dos terceirizados da FUNCAP.
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Autoriza��o de Participa��o da Empresa no Estudo de Caso
Fortaleza, 14 de Mar�o de 2019.
Eu, Andr�a Dantas Moreira aluna� do Curso de Gradua��o em Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7), sob orienta��o da Profa. Olivia Guerreiro, solicito permiss�o para obter voluntariamente de sua empresa informa��es que ser�o utilizadas, ap�s tratamento, na forma de estudo de caso a ser inserido na pesquisa em andamento sobre �Satisfa��o no ambiente de trabalho na Funda��o Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cient�fico e Tecnol�gico (FUNCAP), sob a �tica dos empregados terceirizados da ger�ncia administrativa".
As informa��es declaradas nesta pesquisa ser�o mantidas em sigilo, como tamb�m o anonimato da empresa e do respondente.
No aguardo do aceite, agradecemos a aten��o dispensada.
Andr�a Dantas
Moreira Aluna � Pesquisadora |
|
Profa. Olivia
Guerreiro Orientadora da Pesquisa |
|
Jos� Delcio de Morais � Gerente Administrativo Gead � Funcap |
Tabela 1 -�
Perfil s�ciodemogr�fico dos partipantes da pesquisa
VARI�VEIS |
N�VEIS |
QUANTIDADES |
% |
Idade |
21 � 30 ANOS |
1 |
11,1 |
31 � 40 ANOS |
4 |
44,5 |
|
41 � 50 ANOS |
3 |
33,3 |
|
Acima de 50 anos |
1 |
11,1 |
|
G�nero |
Feminino |
4 |
44,4 |
Masculino |
5 |
55,5 |
|
Escolaridade |
Ensino Fundamental |
1 |
11,1 |
Ensino M�dio |
5 |
55,5 |
|
Ensino Superior |
1 |
11,1 |
|
Ensino T�cnico |
1 |
11,1 |
|
P�s-gradua��o |
1 |
11,1 |
|
Mestrado |
0 |
0 |
|
Doutorado |
0 |
0 |
|
Tempo de Servi�o |
1 a 5 anos |
4 |
44,4 |
5 a 10 anos |
4 |
44,4 |
|
10 a 15 anos |
0 |
0 |
|
Acima de 15 anos |
1 |
11,2 |
Fonte:
Dados da pesquisa, 2019.
�
Gr�fico 1 �
Satisfa��o com os colegas
Fonte: Dados da pesquisa, 2019.
Gr�fico 2 - Satisfa��o com os sal�rios
Fonte: Dados da pesquisa, 2019.
Gr�fico 3 � Satisfa��o com as promo��es
Fonte: Dados da pesquisa, 2019.
Gr�fico 4- Satisfa��o com a chefia
Fonte: Dados da pesquisa, 2019.
Gr�fico 5 - Satisfa��o com a natureza do trabalho
Fonte: Dados da pesquisa, 2019.
|
PESQUISA DE SATISFA��O DO TRABALHO SOB A
�TICA DOS TERCEIRIZADOS DA FUNDA��O CEARENSE DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO
CIENTIF�CO E TECNOL�GICO ARTIGO
CIENT�FICO Curso
Gradua��o em Administra��o
|
||
�
Instru��es para os respondentes: 1.
Esta pesquisa est� dividida em 02 etapas; 2.
Informar a data em que est� respondendo o
question�rio; 3.
Procure n�o deixar nenhum campo sem resposta,
somente o campo �N�mero�; 4.
As informa��es declaradas nesta pesquisa ser�o
mantidas em sigilo; 5.
Ap�s an�lise, os resultados ser�o
disponibilizados aos participantes. Sua
participa��o � de extrema import�ncia para os resultados desta pesquisa. |
|||
Data:���
_____/_____/ 2019 |
N�mero: |
||
I - Caracter�sticas do respondente |
|||
1- Idade |
|||
(� ��) entre
21 e 30 anos |
(� ��) entre
41 e 50 anos |
||
(� ��) entre
31 e 40 anos |
(� ��) acima
de 50 anos |
||
2 � G�nero |
|||
(� ��)
Masculino |
(� ��)
Feminino |
||
3- Grau de escolaridade |
|||
(� ��) Ensino
fundamental�������������������������������������� |
(� ��) P�s-gradua��o |
||
(� ��) Ensino
m�dio������������������������������������������������
|
(� ��) Mestrado
|
||
(� ��) Ensino
Superior ������������������������������ |
(� ��) Doutorado |
||
(� ��) Ensino
T�cnico |
|
||
4- Tempo de servi�o |
|||
(� ��) de 1 a
5 anos |
(� ��) entre
10 e 15� anos |
||
(� ��) de 5 a
10 anos |
(� ��) acima
de 15 anos |
||
II � Escala de Satisfa��o no Trabalho (EST) |
Caro servidor(a)
As frases abaixo falam a respeito de alguns
aspectos do seu trabalho atual. Indique
o quanto voc� se sente satisfeito ou insatisfeito com cada um deles. D�
suas respostas anotando, nos par�nteses que antecedem cada frase, aquele n�mero
(de 1 a 7) que melhor representa sua resposta
1 = Totalmente insatisfeito
2 = Muito insatisfeito
3 = Insatisfeito
4 = Indiferente
5 = Satisfeito
6 = Muito satisfeito
7 = Totalmente satisfeito
No meu trabalho atual sinto-me...����������������������������������������������������������������
continua
(� �) Com o
esp�rito de colabora��o dos meus colegas de trabalho. (� �) Com o
modo como meu chefe organiza o trabalho do meu setor. (� �) Com o
n�mero de vezes que j� fui promovido nesta empresa. (� �) Com as
garantias que a empresa oferece a quem � promovido. (� �) Com o
meu sal�rio comparado com o quanto eu trabalho. ( ��) Com o
tipo de amizade que meus colegas demonstram por mim. (� �) Com o
grau de interesse que minhas tarefas me despertam. (� �) Com o
meu sal�rio comparado � minha capacidade profissional. (� �) Com o
interesse de meu chefe pelo meu trabalho. (� �) Com a
maneira como esta empresa realiza promo��es de seu pessoal. (� �) Com a
capacidade de meu trabalho absorver-me. (� �) Com o
meu sal�rio comparado ao custo de vida. (� �) Com a
oportunidade de fazer o tipo de trabalho que fa�o. (� �) Com a
maneira como me relaciono com os meus colegas de trabalho. (� �) Com a quantia em dinheiro que eu recebo
desta empresa ao final de cada m�s. |
conclus�o
(� �) Com as
oportunidades de ser promovido nesta empresa.�
(� �) Com a
quantidade de amigos que eu tenho entre meus colegas de trabalho. (� �) Com as
preocupa��es exigidas pelo meu trabalho. (� �) Com o
entendimento entre eu e meu chefe. (� �) Com o
tempo que eu tenho de esperar para receber uma promo��o nesta empresa. (� �) Com meu
sal�rio comparado aos meus esfor�os no trabalho. (� �) Com a
maneira como meu chefe me trata. (� �) Com a
variedade de tarefas que realizo. (� �) Com a
confian�a que eu posso ter em meus colegas de trabalho. (� �) Com a
capacidade profissional do meu chefe. |
Fonte: SIQUEIRA, 2008, p. 272.
Dimens�es |
Defini��o |
Itens |
�ndice de precis�o |
Satisfa��o
com os colegas |
Contentamento
com a colabora��o, amizade, a confian�a e o relacionamento mantido com os
colegas de trabalho |
1,
6, 14, 17 e 24 |
0,86 |
Satisfa��o
com o sal�rio |
Contentamento
com o que recebe como sal�rio se comparado com o quanto o indiv�duo trabalha,
com sua capacidade profissional, com o custo de vida e com os esfor�os feitas
na realiza��o do trabalho. |
5,
8, 12, 15 e 21 |
0,92 |
Satisfa��o
com a chefia |
Contentamento
com a organiza��o e capacidade profissional do chefe, com seu interesse pelo
trabalho dos subordinados e entendimento entre eles. |
2,
9, 19, 22 e 25. |
0,90 |
Satisfa��o
com a natureza do trabalho |
Contentamento
com o interesse despertado pelas tarefas, com a capacidade de elas absorverem
o trabalhador e com a variedade dos mesmos. |
7,
11, 13, 18 e 23 |
0,82 |
Satisfa��o
com as promo��es |
Contentamento
com o n�mero de vezes que j� recebeu promo��es, com garantias ofereceidas a
quem � promovido, com a maneira de a empresa realizar promo��es e com o tempo
de espera pela promo��o. |
3,
4, 10, 16 e 20 |
0,87 |
Fonte: Siqueira, 2008, p. 269.