SATISFA��O NO AMBIENTE DE TRABALHO NA DUCAMPO, SOB A �TICA DOS EMPREGADOS DO SETOR DA PRODU��O
Abra�o Lincoln Dantas Alves
Graduando do Curso de Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7).
Gabriel Hugo Maciel de Sampaio
Graduando do Curso de Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7).
Ol�via Lima Guerreiro de Alencar
Professora do Curso de Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7). Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Cear� (UFC). Especialista em Avalia��o Psicol�gica Interventiva pela UFC. Graduada em Psicologia pela UFC. Professora de cursos de gradua��o e p�s gradua��o da UNI7 e UNIFAMETRO. Consultora organizacional e psic�loga do trabalho em atendimentos de orienta��o de carreira de jovens e adultos.
RESUMO
Este artigo tem
como objetivo geral analisar a satisfa��o no ambiente de trabalho na Ducampo,
sob a �tica dos empregados do setor da produ��o. Para tal, ser�o descritas as
cinco dimens�es da satisfa��o que indicam a satisfa��o com os colegas, sal�rio,
chefia, natureza do trabalho e promo��es. O m�todo utilizado consiste em uma
pesquisa explorat�ria-descritiva de cunho bibliogr�fico e estudo de caso a
partir da escala de satisfa��o no trabalho de Siqueira (2008). Os resultados
apontam um grau de satisfa��o com sal�rio, relaciomento entre colegas e chefia.
Com m�dia respectivamente, 5,02, 5,59, 5,96. Acerca das dimens�es quanto a
satisfa��o com as promo��es e natureza do trabalho, teve m�dia respectivamente,
5,08 e 5,02. Deste modo, conclui-se que h� um bom n�vel de satisfa��o no
ambiente de trabalho do setor da produ��o.
PALAVRAS-CHAVE: Satisfa��o no trabalho. Setor
da produ��o. Relacionamento.
ABSTRACT
The general
objective of this research article is to analyze job satisfaction in the work
environment of the Ducampo, located in Horizonte, state of Cear�, from the
perspective of the company�s employees in the manufacturing division. Five
dimensions of job satisfaction are described, which cover satisfaction with
colleagues, salary, managers, nature of the work, and with job promotions. The
methodology consisted of a descriptive and exploratory bibliographical
research, and a case study based on the Work Satisfaction Scale, of Siqueira
(2008). Results indicate an average of 5.02, 5.59, and 5.96 satisfaction levels
with salary, relations with colleagues, and relations with managers,
respectively. In regards to job promotions we found a 5.08 satisfaction level,
and a 5.02 overall satisfaction with the nature of the work. Therefore, the
research concludes there is a good level of job satisfaction among employees of
Ducampo�s manufacturing division.
KEYWORDS: Job satisfaction. Manufacturing
division. Work relations.
As constantes mudan�as por meio da globaliza��o econ�mica v�m trazendo
para as empresas preocupa��es em conhecer melhor o ambiente organizacional
(MARTINS, 2008). A satisfa��o no trabalho seria um
sentimento extremamente sens�vel �s pol�ticas e pr�ticas gerenciais,
especialmente aquelas que definem os procedimentos e a distribui��o de retornos
para os comportamentos de trabalhadores, que revelam se a empresa est�
comprometida com os seus empregados, ou seja, o quanto a empresa se preocupa
com o bem-estar deles e o quanto ela estaria disposta a retribuir aos seus
empregados os esfor�os e todos os investimentos que eles aplicam na organiza��o
(SIQUEIRA, 2008).
Desta feita, tem-se que o comportamento humano no ambiente de trabalho vem
sendo amplamente estudado, destacando-se principalmente o aspecto emocional do
trabalhador. Para isto, empresas investem em recursos que possam oferecer um
ambiente motivador e que garantam a satisfa��o aos seus empregados, tornando-se
assim um grande desafio para os gestores de qualquer organiza��o.
A satisfa��o no trabalho pode ser
entendida atualmente como �um resultado do ambiente organizacional sobre a
sa�de do trabalhador e � apontada como um dos tr�s componentes psicossociais do
conceito de bem-estar no trabalho� (SIQUEIRA, 2008, p. 266). A fim de acompanhar as mudan�as e permanecerem
sustent�veis no ambiente competitivo, as empresas perceberam que o fator
inova��o � essencial e por meio de seus recursos humanos, poder�o alcan�ar seus
objetivos. Desta maneira, implementar um ambiente prop�cio e satisfat�rio aos
seus funcion�rios se tornou fundamental para o aumento da produtividade e no
favorecimento da sustentabilidade e inova��o das empresas (HASHIMOTO, 2009).
Apesar do grande avan�o tecnol�gico que engloba todas as �reas e
departamentos das organiza��es na sociedade, verifica-se que ao longo do tempo
surgiu uma preocupa��o com o indiv�duo nesse chamado desenvolvimento
organizacional, haja vista que a competitividade acarretou problemas s�rios aos
recursos humanos, como doen�as psicol�gicas e ocupacionais relacionadas �
sobrecarga de atividades.
Entre mar�o e abril de 2012, foi feito um estudo pela Universidade Federal
de Campina Grande atrav�s de question�rios com empregados de uma ag�ncia
banc�ria, e como resultado observou-se que os funcion�rios n�o est�o
satisfeitos com as circunst�ncias vivenciadas no ambiente de trabalho, mesmo
com todos os incentivos financeiros e programas motivacionais (LOUREN�O; ALVES,
2012).
��O trabalho requer a conviv�ncia com os
colegas e superiores, a odebi�ncia as regras e pol�ticas organizacionais, o
alcance de padr�es de desempenho, a aceita��o de condi��es de trabalho
geralmente abaixo do ideal e outras coisas do g�nero� (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010, p.73). De acordo com a pesquisa do
Instituto Edenred-Ipsos Barometer, a �ndia lidera o ranking de pessoas mais
satisfeitas com o trabalho. O instituto mediu o bem estar dos funcion�rios em
15 pa�ses. O M�xico aparece na segunda posi��o. Brasil, Chile e Estados Unidos
est�o empatados na terceira posi��o, ambos possuem 77% de �ndice de satisfa��o.
Algumas das principais categorias abordadas foram: ambiente de trabalho,
valoriza��o e emo��o. A pesquisa foi realizada com mais de 15 mil funcion�rios
entrevistados e um dado interessante e positivo � que, neste ano, sete entre 10
funcion�rios estavam satisfeitos com o trabalho (FORBES, 2016).
Instituto Locomotiva de Pesquisa realizou pesquisa a qual
revelou que 56% dos trabalhadores com carteira assinada est�o insatisfeitos com
os seus empregos, e que dos 1.019 entrevistados, apenas 1/3 se declarou
satisfeito de modo geral. De acordo com a mat�ria jornal�stica 96% das pessoas
consideram importante que as empresas reconhe�am seus funcion�rios por meio de
recompensas materiais como dinheiro, viagens, vale presente, etc. E 90%
consideram que este reconhecimento pode vir sob outras formas, como elogios,
homenagens at� mesmo uma estrela no peito, desde que seja uma atitude que
valorize a entrega do trabalhador (H�RIDIA,
2017).
Estudos indicam que pessoas com n�veis altos de satisfa��o com o trabalho
s�o tamb�m as que menos planejam sair das empresas em que trabalham, s�o menos
faltosas, t�m melhor desempenho e maior produtividade (SIQUEIRA; GOMIDE J�NIOR,
2004). Existem autores que defendem a satisfa��o no trabalho como indicador de
desempenho laboral importante para o interesse empresarial, tais como �aumento
do desempenho e da produtividade, perman�ncia na empresa e redu��o de faltas ao
trabalho� (SIQUEIRA, 2008, p. 265). Com base na cita��o anterior do desempenho,
acerda da perman�ncia e redu��o de faltas, existe tamb�m a preocupa��o com a
sa�de desse trabalhador, uma vez que a satisfa��o no trabalho � consequ�ncia do
ambiente organizacional sobre a sa�de do trabalhador e apontada como elemento
psicossocial do conceito de bem-estar no trabalho (SIQUEIRA; PADOVAM, 2004)
Um levantamento in�dito da Love Mondays, comparando a satisfa��o no
trabalho no Brasil, M�xico e Argentina, mostra que os profissionais brasileiros
s�o os menos satisfeitos com o seu emprego. A pesquisa avaliou os n�veis
de satisfa��o dos profissionais em rela��o a oportunidades de carreira,
cultura da empresa, qualidade de vida, remunera��o, benef�cios e o trabalho em
geral. Entre os tr�s pa�ses, o M�xico apresentou os melhores �ndices em todos
os quesitos. Os �ndices s�o medidos de 1 a 5, sendo 1 muito insatisfeito e 5
muito satisfeito. No Brasil, a maior nota foi para satisfa��o geral, com 3,47.
No quesito satisfa��o com cultura da empresa, Brasil e Argentina empataram com
3,20, enquanto o M�xico teve nota de 3,48. Em remunera��o e benef�cios, os
profissionais argentinos se mostraram os menos satisfeitos, com nota de 3,16 (ESTAD�O, 2017).
Por essa raz�o, acredita-se ser necess�rio realizar esse estudo de
satisfa��o no ambiente de trabalho na Ducampo, sob a �tica dos empregados do
setor da produ��o.
Para isto, traz-se o problema de pesquisa que fundamenta-se em: como est� o n�vel de satisfa��o no
ambiente de trabalho na Ducampo, sob a �tica dos
empregados do setor da produ��o?
Este artigo cient�fico tem como objetivo geral analisar
a satisfa��o no ambiente de trabalho da Ducampo, sob
a �tica dos empregados do setor da produ��o. De tal forma, ser�o descritos os
objetivos espec�ficos te�ricos, que agrupam as cinco dimens�es da satisfa��o que
indicam a satisfa��o com os colegas, com o sal�rio, com a chefia, com a
natureza do trabalho e com as promo��es, bem como os objetivos espec�ficos emp�ricos
que consiste em medir a satisfa��o no ambiente de trabalho da Ducampo, sob a �tica dos empregados do setor da produ��o.
Neste cap�tulo apresenta-se
conceitos e os elementos que comp�em o tema satisfa��o no ambiente de trabalho,
entre eles est�o satisfa��o com os colegas, sal�rio, chefia, natureza do
trabalho e promo��o. Os fundamentos utilizados ser�o obtidos por meio da
literatura cient�fica que serviram de base para esta pesquisa cient�fica.
2.1 SATISFA��O NO AMBIENTE DE TRABALHO
Neste subcap�tulo exp�es-se conceitos relacionados �
satisfa��o no ambiente de trabalho, bem como sua rela��o entre satisfa��o e
motiva��o.
�Vale ressaltar que a express�o �satisfa��o no trabalho� representa a
totaliza��o do quanto o indiv�duo que trabalha vivencia experi�ncias prazerosas
no contexto das organiza��es� (SIQUEIRA, 2008, p. 267)
A satisfa��o no trabalho seria um
sentimento extremamente sens�vel �s pol�ticas e pr�ticas gerenciais,
especialmente aquelas que definem os procedimentos e a distribui��o de retornos
para os comportamentos de trabalhadores, que revelam se a empresa est�
comprometida com os seus empregados, ou seja, o quanto a empresa se preocupa
com o bem-estar deles e o quanto ela estaria disposta a retribuir aos seus
empregados os esfor�os e todos os investimentos que eles aplicam na organiza��o
(SIQUEIRA, 2008).
Em busca da satisfa��o pelo
trabalho, � possivel utilizar a proposta utilizada por Herzeberg a formula��o
da teoria dos dois fatores, o enriquecimento do trabalho, que consiste em
incrementar os fatores motivacionais dentro de um cargo. Para isso, acredita-se
que as atividades devem ter maior amplitude e variedade, reduzindo a monotomia
da rotina de trabalho (MAXIMIANO, 2004).
2.1.1 Rela��o Entre Motiva��o e
Satisfa��o
A motiva��o provoca no trabalhador uma maior disposi��o e faz com que seu
desempenho no trabalho seja amplificado, ou seja, quanto mais motivado, melhor
se espera que seja o seu desempenho (BOMFIM, 2008).
Por sua vez, a satisfa��o � o resultado de uma avalia��o positiva do
empregado sobre o seu ambiente de trabalho e sua experi�ncia na empresa podendo
ser caracterizada como um estado emocional positivo ou de prazer (SIERRA et
al., 2017).
A satisfa��o no trabalho � um dos
fatores que auxilia na afetividade no ambiente de trabalho ou ent�o � como um
v�nculo afetivo do indiv�duo com o seu trabalho (SIQUEIRA; GOMIDE J�NIOR,
2004).
2.2 A SATISFA��O NO TRABALHO: O MODELO DAS CINCO DIMENS�ES
Neste estudo, foi considerado o modelo proposto por Mirlene Siqueira (2008), no qual a satisfa��o pode ser mensurada por meio de cinco dimens�es, com focos distintos, que representam as experi�ncias vividas pelo empregado. � necess�rio levar em considera��o a recompensa em fortama de sal�rio e promo��o, o conv�vio com os demais empregados e gestores da empresa, e se� recompensador e agrad�vel para o indiv�duo realizar as tarefas impostas a ele (SIQUEIRA, 2008).
a) Satisfa��o com os colegas de trabalho: contentamento com a colabora��o, a amizade, a confian�a e o relacionamento com os colegas;
b) Satisfa��o com o sal�rio: contentamento com os ganhos financeiros comparado com a carga de trabalho, com a capacidade profissional, como o custo de vida e com os esfor�os para a realiza��o da tarefa;
c) Satisfa��o com a chefia: contentamento com a organiza��o e capacidade profissional do chefe, com seu interesse pelo trabalho dos subordinados e entendimento entre eles;
d) Satisfa��o com a natureza de trabalho: contentamento com o interesse despertado pelas tarefas, com a capacidade de elas absorverem o trabalhador e com a variedade das mesmas;
e) Satisfa��o com as promo��es: contentamento com o n�mero de vezes que j� recebeu promo��es, com as garantias oferecidas a quem � promovido, com a maneira de a empresa realizar promo��es e com o tempo de espera pela promo��o.
�
2.2.1 Satisfa��o Com Os Colegas
Neste subcap�tulo, ser� apresentada a necessidade das rela��es
interpessoais no �mbito de trabalho, bem como suas consequ�ncias.
2.2.1.1
Rela��o Interpessoal No Ambiente De Trabalho
A vida em grupo � constantemente desejada pelo ser humano. Este, por ser
um ser social, sente uma grande necessidade de se relacionar com outras pessoas
e, por essa raz�o, formam diversos grupos no decorrer de suas vidas. Nas
organiza��es, essa necessidade permanece intr�nseca nas pessoas onde buscam
interagir com seus colegas de trabalho e com a pr�pria chefia (CARDOZO; SILVA,
2014).
Na vis�o tradicional todo conflito � danoso e deve ser evitado. Pela vis�o
das rela��es humanas, o conflito � uma consequ�ncia natural e inevit�vel em
qualquer grupo. J� pela vis�o interacionista, o conflito � uma coisa positiva e
fundamental para o desempenho (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
Deste modo, h� uma grande necessidade que as organiza��es invistam em
a��es que estimulem o relacionamento interpessoal entre os profissionais, haja
vista ser este um fator que est� diretamente relacionado com a produtividade e
a qualidade de vida no trabalho (TAVARES, 2015).
2.3 SATISFA��O COM O SAL�RIO
Neste subcap�tulo se discute a satisfa��o com o sal�rio no �mbito de
trabalho, bem como sobre a remunera��o, planos de incentivo e benef�cios
sociais.
A remunera��o surgiu como uma forma de cumprimento legal de obriga��es, ou
seja, houve primeiro a obriga��o do pagamento da remunera��o e ap�s, as
organiza��es o fizeram. Contudo, o mundo est� em constante mudan�a, assim como
as organiza��es e, hoje, n�o mais se pode pensar em remunera��o apenas como
obriga��o, mas como uma forma de gerar satisfa��o, de satisfazer al�m das
necessidades fisiol�gicas dos empregados, a remunera��o em muitos casos � o
fator de capta��o e reten��o de funcion�rios de excel�ncia (DUTRA, 2016).
Acredita-se que um dos fatores que colaboram com a motiva��o e o comprometimento
das equipes de trabalho seja a oferta de uma remunera��o justa ao trabalhador
(GHENO; BERLITZ, 2011).
Nas organiza��es, as pessoas empregam seus esfor�os, conhecimento e tempo
em favor da empresa, com a finalidade de gerar receita e crescimento � ela, em
contrapartida � esta doa��o, as organiza��es recompensam o indiv�duo por tal
feito. A remunera��o � sem d�vida a melhor maneira de expressar a valoriza��o
aos empregados, � a forma mais clara e pr�tica de faz�-lo (DUTRA, 2016).
A capta��o e reten��o de profissionais que de fato agreguem valor �s
empresas tem feito cada vez mais, parte dos objetivos dos departamentos de
gest�o de pessoas, em especial nas organiza��es com uma vis�o mais moderna
(FRAN�A, 2010).
Nesse contexto, as recompensas estimulam as pessoas a serem mais
respons�veis e comprometidas com os neg�cios da empresa. O incremento de planos
de incentivo tem como principal objetivo possibilitar melhores condi��es para
que as pessoas consigam atribuir valor � organiza��o e auxiliem no processo de
desenvolvimento da empresa (GHENO; BERLITZ, 2011).
Quando uma organiza��o projeta seu pacote geral de remunera��o, ela
precisa olhar para al�m do simples sal�rio-hora ou sal�rio anual. Ela deve
levar em conta um outro elemento, os benef�cios aos funcion�rios. Benef�cios
aos funcion�rios s�o recompensas n�o-financeiras projetadas para enriquecer a
vida dos funcion�rios. Eles cresceram em import�ncia e variedade no decorrer
das �ltimas d�cadas. Vistos como �adicionais� no passado, os pacotes de
benef�cios de hoje refletem um consider�vel esfor�o para proporcionar algo que
cada funcion�rio valorizar� (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
Os pacotes de benef�cios foram idealizados para atenderem as necessidades
b�sicas dos funcion�rios. As empresas podem oferecer v�rios benef�cios por meio
de servi�os que melhorem a qualidade de vida e proporcionem mais seguran�a ao
seus empregados (GHENO; BERLITZ, 2011).
2.4
SATISFA��O COM A CHEFIA
Neste cap�tulo ser�o abordados os aspectos ligados � satisfa��o com a
chefia no que tange sua influ�ncia na satisfa��o no ambiente de trabalho, bem
como os conceitos e estilos de lideran�a.
Para o empregado estar satisfeito com o trabalho ele precisa estar
satisfeito tamb�m com seu chefe, seu superior. � ele quem exerce a fun��o de
l�der do grupo. O l�der � quem tem a capacidade de influenciar pessoas para
alcan�ar determinada meta ou objetivo. O chefe deve saber conduzir, trazer
motiva��o aos seus subordinados, pois isso pode refletir positiva ou
negativamente nos �ndices da organiza��o (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
� preciso ter cautela quando se fala em lideran�a, primeiro porque n�o
existe entre os estudiosos do assunto, um concenso sobre o conceito ideal,
segundo, porque o ato de liderar em muito se confunde com o de administrar
(FIORELLI, 2014).
�Os l�deres estabelecem dire��es por meio do desenvolvimento
de uma vis�o do futuro; depois, engajam as pessoas, comunicando-lhes essa vis�o
e inspirando-as a superar os obst�culos� (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010, p. 359).
Caravantes, Panno e Kloeckner (2008) apresentam tr�s estilos de lideran�a,
a autocr�tica em dois n�veis de autocracia, a consultiva, tamb�m em dois n�veis
e lideran�a baseada no grupo. Os estudos de White e Lippitt apresentam
pensamento semelhante, trazendo os estilos de lideran�a como autocr�tica,
liberal e democr�tica. Contudo, os estilos de lideran�a podem ser vistos como
apenas autocr�tico e democr�tico (BATEMAN; SNELL, 2010).
A lideran�a autocr�tica apresenta elevado n�vel de autoridade e dom�nio,
onde o l�der espera dos subordinados sua total obedi�ncia, n�o abrindo espa�o
para questionamentos e/ou opini�es, neste, o l�der � o �nico respons�vel pelas
decis�es, apenas comunicando ao grupo quando �s faz. Este estilo de lideran�a
pode aparecer em dois n�veis, h� �quele que n�o busca aux�lio algum da equipe
para tomar decis�es e h� os que buscam na equipe as informa��es que necessita
para tomar as decis�es, mas as toma sozinho, comunicando ou n�o a esquipe sobre
suas decis�es (CARAVANTES; PANNO; KLOECKNER, 2008).
Por sua vez, na lideran�a liberal, ainda conhecida como laissez-faire, o l�der apenas participa
quando solicitado pelo grupo, sendo as decis�es individuais dos membros da equipe
ou do grupo, neste, o l�der tem seu papel apagado ou diminu�do. Em virtude da
n�o-efetividade do l�der, h� quem defenda que n�o se trata de um estilo de
lideran�a, abordando apenas os estilos autocr�tico e democr�tico (CARAVANTES;
PANNO; KLOECKNER, 2008).
Por fim, a lideran�a democr�tica ou consultiva, o l�der assume o papel de
encorajador, mostra-se sempre comunicativo e age como facilitador na orienta��o
da equipe, aqui, o l�der solicita a opini�o de seus subordinados, n�o apenas
informa��es como no caso do autocr�tico. Neste estilo, o l�der re�ne a equipe
para trocar informa��es, podendo este, tomar as decis�es baseado na opini�o da
equipe ou todo o grupo (incluindo o l�der) (CARAVANTES; PANNO; KLOECKNER,
2008).
Os grupos geridos por l�der com esse perfil, tendem a apresentar excelente
qualidade de trabalho, alta produtividade, empenho e responsabilidade com o
trabalho e com a equipe, bom relacionamento interpessoal, al�m de clima de
satisfa��o (MAXIMIANO, 2011).
2.5
SATISFA��O COM A NATUREZA DO TRABALHO
Neste cap�tulo ser� abordada a satisfa��o com a natureza do trabalho, segundo
alguns teoricos.
Em busca da satisfa��o pelo trabalho, � poss�vel utilizar a proposta
realizada por Herzberg na formula��o da teoria dos dois fatores, o
enriquecimento do trabalho, que� consiste
em incrementar os fatores motivacionais dentro de um cargo. Para isso,
acredita-se que as atividades devem ter maior amplitude e variedade, reduzindo
a monotonia da rotina de trabalho (MAXIMIANO, 2004).
A amplia��o das atividades pode ocorrer atrav�s de: delega��o de
atribui��es adicionais, responsabiliza��o por atividades correlacionadas ao
cargo ou aquisi��o de novas responsabilidades. Os tr�s m�todos ir�o
proporcionar novos desafios e responsabilidades ao cargo (MAXIMIANO, 2004).
Portanto, considera-se satisfa��o com a natureza do trabalho o interesse
pelas tarefas realizadas, assim como a variedade e capacidade de absorverem os
funcion�rios (SIQUEIRA, 2008).
2.6 SATISFA��O COM A PROMO��O
���������
Neste cap�tulo, discute-se o�
processo de promo��o,� por meio
das promo��es.
Para obter um diferencial competitivo com a equipe de trabalho, um dos
pontos a serem observados diz respeito � administra��o de promo��es e carreiras
na organiza��o. Para isso, � preciso estar atento a buscar proporcionar
estabilidade no trabalho, mas n�o incentivar a acomoda��o em um mesmo cargo;
recompensando pessoas pelo seu resultado, utilizando, por exemplo, de promo��es
de cargos ou impondo novos desafios; treinar e desenvolver as habilidades dos
funcion�rios que visivelmente se destacam a fim de aproveit�-los em outras
fun��es e tornar seu trabalho mais flex�vel, adaptando as pessoas a qualquer
situa��o e buscar promover os pr�prios funcion�rios da organiza��o antes de
pensar em recrutar pessoas de fora; tal a��o pode gerar a diminui��o da
rotatividade e melhorar os v�nculos interpessoais al�m de fazer com que as
pessoas conhe�am melhor o neg�cio da empresa � medida que sobem na hierarquia
da empresa (LACOMBE, 2005).
O remanejamento das pessoas para outros cargos � uma das
finalidades de um bom programa de desenvolvimento pessoal na organiza��o,
porque procura dar oportunidades as pessoas de aprender� no cargo
atual e aplicar os conhecimentos necess�rios, pois desenvolvendo suas t�cnicas
e habilidades far� da pessoa um forte candidato para um novo cargo na
organiza��o (ARA�JO; GARCIA, 2014).
Esse sistema de promo��es � uma troca de benef�cios e
incentivos para o trabalhador, pois o mesmo ir� buscar uma melhor capacita��o e
qualifica��o profissional; e para a organiza��o, que ir� desenvolver melhor
seus trabalhadores tendo sempre candidatos que possam assumir os cargos mais
superiores (SPECTOR, 2013).
�M�todo � a ordena��o de um conjunto de etapas a serem cumpridas no estudo
de uma ci�ncia, na busca de uma verdade ou para chegar a um determinado
conhecimento por meio de pesquisas� (SCHNEIDER, 2007, p. 172).
Nos pr�ximos subcap�tulos, ser� exposto o m�todo adotado para cumprir os
objetivos deste estudo.
1. Descrever a
satisfa��o no ambiente de trabalho;
2. Descrever a
satisfa��o com os colegas;
3. Descrever a
satisfa��o com o sal�rio;
4. Descrever a
satisfa��o com a chefia;
5. Descrever a
satisfa��o com a natureza do trabalho;
6. Descrever a
satisfa��o com a promo��o;
7. Medir a
satisfa��o no ambiente de trabalho da Ducampo, sob a
�tica dos
empregados do setor
da produ��o.
3.1 CARACTERIZA��O E ESTRAT�GIA DA PESQUISA
A pesquisa � do tipo explorat�ria-descritiva. Este tipo de pesquisa
objetiva proporcionar maior compreens�o e familiaridade com o problema,
tornando-o mais expl�cito ou a construir hip�teses (GIL, 2008).
Para a investiga��o, utilizar� pesquisas de cunho bibliogr�fico e pesquisa
de campo. �A pesquisa bibliogr�fica deve compreender o m�ximo da bibliografia
de dom�nio p�blico em rela��o ao assunto estudado, considerando livros,
publica��es avulsas, boletins, jornais, revistas, monografias, disserta��es,
teses, etc.� (ALYRIO, 2009, p.81).
A pesquisa de campo tem o objetivo de apurar informa��es sobre um problema
para o qual se procuram a resposta; ou sobre uma hip�tese que se deseja
comprovar (MARCONI; LAKATOS, 2003). Para esse estudo, a pesquisa de campo � de
suma import�ncia, haja vista a necessidade do recolhimento dos dados para se
obter respostas ao problema de pesquisa do artigo.
Quanto � natureza, este trabalho possui car�ter quantitativo. Em suma, a
pesquisa quantitativa coleta os dados de forma a buscar a precis�o dos
resultados e se utiliza de recursos e de t�cnicas estat�sticas (PRODANOV;
FREITAS, 2013). Visando apresentar uma abordagem mais objetiva e alcan�ar mais
exatid�o nos seus resultados, o estudo em quest�o optou pela pesquisa
quantitativa por meio da Escala de Satisfa��o no Trabalho (EST), a qual
encontra-se no Anexo A.
3.2 ESTUDO DE CASO � DUCAMPO EMPREENDIMENTOS FLORESTAIS
�O estudo de caso consiste em coletar e analisar informa��es sobre
determinado indiv�duo, uma fam�lia, um grupo ou uma comunidade, a fim de
estudar aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa�
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 60).
Para a empresa em estudo, a t�cnica utilizada ter� import�ncia, pois
permite verificar informa��es relevantes sobre as rela��es entre as vari�veis
existentes do tema em estudo. Correlacionando a import�ncia de manter o n�vel
de satisfa��o dos empregados e identificar os principais pontos de a��o para
manuten��o da satisfa��o entre os empregados.
3.2.1 Popula��o-Alvo e Sele��o de
Amostra
A popula��o-alvo ser� 07 (sete) empregados do setor total da produ��o de
uma organiza��o privada de Horizonte. �Popula��o � o conjunto de seres animados
ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracter�stica em comum� (MARCONI;
LAKATOS, 2003, p. 206).
A amostras do presente estudo foi composta por todos os sete
funcion�rios do setor da produ��o da empresa Ducampo.
3.3 INSTRUMENTO E T�CNICA DE COLETA DE DADOS
Neste cap�tulo ser�o apresentados os instrumentos de coleta de dados
utilizados a fim de mensurar o n�vel de satisfa��o dos trabalhadores do setor
da produ��o da empresa Ducampo Empreendimentos Florestais.
3.3.1 Elabora��o do Instrumento de
Pesquisa
Na elabora��o do instrumento da pesquisa para a coleta dos dados ser�o
realizados question�rios com o mesmo grupo de respondentes, no pr�prio ambiente
de trabalho.
Para avaliar a Satisfa��o no Trabalho com os empregados da
Ducampo Empreendimentos Florestais, ser� utilizada a (EST) (Anexo A), composta
por 25 itens, a qual foi validada por Siqueira (2008). A EST analisa o
contentamento no trabalho a partir de cinco dimens�es, cada uma com cinco itens:
satisfa��o com os colegas de trabalho, com o sal�rio, com a chefia, com a
natureza do trabalho e com as promo��es.
Esta escala poder� ser aplicada a indiv�duos de ambos os
sexos que tenham preparo para ler e compreender as instru��es, os itens e o
procedimento de responder � medida (SIQUEIRA, 2008).
3.3.2 Aplica��o do Instrumento de
Coleta de Dados
A aplica��o dos instrumentos de coletas de dados iniciar� mediante o
acesso � empresa como funcion�rio do setor e posterior solicita��o de
autoriza��o da empresa, para que os dados necess�rios possam ser coletados;
conforme solicita��o formal, apresentada no (AP�NDICE A). A aplica��o da escala
mencionada anteriormente, aqui descrita como Escala de Satisfa��o no Trabalho
(EST), se dar� atrav�s de entrega direta com visitas presenciais aos sujeitos
da pesquisa.
Em rela��o a aplica��o da escala, �seja em sua forma completa ou em sua
vers�o reduzida, poder� ser feita de forma individual ou coletiva� (SIQUEIRA,
2008, p. 271). Para esse trabalho ser� utilizada a escala composta pelos 25
itens originais, relacionados no (ANEXO A). Trata-se da vers�o que apresenta
�ndices de precis�o com n�veis mais elevados.
3.4
M�TODO DE COLETA E PROCESSAMENTO DOS DADOS
Neste subcap�tulo, ser�
apresentado o m�todo de coleta, tabula��o e tratamento dos dados� da pesquisa para an�lise dos resultados.
�Chamamos de coleta de dados a
fase do m�todo de pesquisa, cujo objetivo � obter informa��es da realidade.
Nessa etapa, definimos onde e como ser� realizada a pesquisa� (PRODANOV;
FREITAS, 2013, p. 98).
O question�rio ser� aplicado aos
empregados da empresa Ducampo Empreendimentos Florestais, no periodo de 11 a 15
de mar�o de 2019, com o aplicador presente para auxiliar em alguma d�vida e
recebido totalmente preenchido ao final.
Tabula��o de dados � a parte de an�lise estat�stica que permite sintetizar
os dados de observa��o, conseguidos pelas diferentes categorias e
represent�-los graficamente (MARCONI; LAKATOS, 2003).
Por tratar-se de formul�rio e question�rio, foi feita uma an�lise dos
dados por meio do referencial te�rico observando as respostas obtidas no
formul�rio respondido pelos empregados da produ��o.
O question�rio demogr�fico que ser� utilizado no presente estudo, que foi
apresentado no (ANEXO A) foi constru�do e validado no Brasil com a inten��o de
avaliar o grau de satisfa��o do trabalhador diante das cinco dimens�es do seu
trabalho.
Para interpreta��o dos resultados e de acordo com Siqueira (2008) ser�
considerado a tend�ncia de satisfa��o da Escala de Satisfa��o no Trabalho,
conforme as m�dias que configuram a tend�ncia para satisfa��o ou insatisfa��o.
Assim, para m�dia de 1 a 3,9, a tend�ncia � para insatisfa��o; de 4 a 4,9, a
tend�ncia � indiferen�a e de 5 a 7, considera-se a satisfa��o na dimens�o
avaliada.
Para an�lise dos dados coletados no question�rio, ser� adotado a an�lise
de conte�do, sendo que as dimens�es da escala EST foram tomadas como categorias
de an�lise. O tratamento dos dados da pesquisa ser�o analisados e
interpretados, a partir da revis�o bibliogr�fica e da coleta de dados com o
question�rio.
Nesta se��o ser�o apresentados os principais resultados da aplica��o do instrumento de coleta e suas respectivas an�lises.
A Empresa Ducampo Empreendimentos Florestais � uma microempresa. Foi fundada em 2011, por iniciativa dos tr�s s�cios que a comp�em, com o prop�sito de atuar na produ��o de biomassa, dirigida as ind�strias t�xteis e bebidas. A f�brica iniciou suas opera��es em setembro de 2011, tendo como primeiro cliente a empresa Vicunha T�xtil.
Localizada na regi�o do Horizonte, mais especificadamente no Distrito Industrial de Horizonte, a Ducampo colabora no desenvolvimento do Munic�pio e regi�o.
Com a examina��o dos formul�rios, foi poss�vel medir a satisfa��o no ambiente de trabalho na Ducampo, sob a �tica dos empregados do setor da produ��o. A seguir, ser�o expostos os resultados e suas respectivas an�lises.
O perfil sociodemogr�fico dos respondentes ser� apresentado na tabela em seguida:
Tabela 1 �
Perfil Sociodemogr�fico dos entrevistados
VARI�VEIS |
N�VEIS |
QUANTIDADES |
SEXO |
masculino |
7 |
feminino |
0 |
|
IDADE |
25-31 anos |
1 |
32-38 anos |
4 |
|
39-45 anos |
0 |
|
46 anos ou mais |
2 |
|
ESCOLARIDADE |
ensino fundamental |
6 |
ensino m�dio |
1 |
|
ensino superior
incompleto |
0 |
|
ensino superior
completo |
0 |
|
especializa��o/MBA
incompleto |
0 |
|
especializa��o/MBA
completo |
0 |
|
TEMPO DE EMPRESA |
01 ano |
1 |
01 a 03 anos |
0 |
|
03 a 05 anos |
1 |
|
05 a 07 anos |
3 |
|
07 a 09 anos |
2 |
|
acima de 09 anos |
0 |
Fonte: Elabora��o pr�pria.
Em rela��o ao formul�rio que mensura a satisfa��o no trabalho com o sal�rio, colegas de trabalho, chefia, promo��es e natureza do trabalho, os empregados do setor da produ��o da Ducampo respoderam conforme descrito nos par�grafos posteriores.
Gr�fico 1 � Satisfa��o com o sal�rio
Fonte: Dados da pesquisa, 2019.
Em rela��o ao sal�rio comparado � quantidade de trabalho, � poss�vel notar que a maioria do empregados est�o satisfeitos com a quantia recebida, pois cinco deles responderam muito satisfeitos, um totalmente satisfeito e um indiferente. A m�da de respostas foi de 5,57, sendo a maior das cinco perguntas feitas na dimens�o de sal�rio, resultando que os empregados consideram justa a quantidade recebida mensalmente.
Sobre o questionamento feito sobre o sal�rio comparado a capacidade profissional, a m�dia geral foi 4,85, o que indica uma satisfa��o da maioria, apesar de quatro pessoas terem respondido indiferente.
Quando questionados sobre o sal�rio comparado ao custo de vida, a m�dia foi 4,85, mesmo dois empregados respondendo indiferente, os outros cinco responderam na dimen��o de satisfeitos.
Quanto � quantidade de dinheiro recebida ao final de cada m�s, a m�dia foi 4,85, dois se mostraram indiferente e cinco se mostraram satisfeitos.
No que se refere � rela��o entre sal�rio e os esfor�os no trabalho, a m�dia foi 5, mesmo com tr�s empregados mostrando-se indiferente.
Vale ressaltar que os empregados do setor da produ��o, em sua maioria est�o satisfeitos quanto ao sal�rio que recebem.
Gr�fico 2 �
Satisfa��o com os colegas de trabalho
Fonte: Dados da pesquisa, 2019.
Relacionado ao esp�rito de colabora��o com os colegas de trabalho, os empregados do setor da produ��o encontram-se satisfeitos, com uma m�dia de 5,28, com cinco empregados satisfeitos e dois muito satisfeitos.
A satisfa��o com o tipo de amizade com os colegas teve uma m�dia de 5,28, indicando tamb�m um alto n�vel de satisfa��o entre os empregados.
Quanto a maneira como me relaciono com os meus colegas de trabalho, obteve-se uma m�dia de 6,42, sendo a maior m�dia das cinco perguntas, sobre a dimen��o de satisfa��o com os colegas.
Dos sete repondentes, quatro est�o satisfeitos com a quantidade de amigos que possuem e tr�s est�o totalmente satisfeitos. A m�dia da resposta foi de 5,85 resultando em uma boa satisfa��o com a quantidade de amigos que possuem no ambiente de trabalho.
A m�da obtida com as respostas sobre a confian�a que os empregados podem ter em seus colegas de trabalho foi de 5,14, seis se mostraram satisfeitos e um muito satisfeito.
Deste modo, h� uma grande necessidade que as organiza��es invistam em
a��es que estimulem o relacionamento interpessoal entre os profissionais, haja
vista ser este um fator que est� diretamente relacionado com a produtividade e
a qualidade de vida no trabalho (TAVARES, 2015).
Assim concluido um otimo n�vel de satisfa��o com os colegas de trabalho, resultando em um bom rendimento na produtividade.
Gr�fico 3 �
Satisfa��o com a chefia������������������������������
Fonte: Dados da pesquisa, 2019.
Analisando o gr�fico, o modo como o meu chefe organiza o trabalho do meu setor � satisfeito, com a m�dia de 5,28, com cinco votos satisfeitos e dois a muito satisfeitos.
No que se refere ao interesse de meu chefe pelo meu trabalho, obteve-se uma m�dia de 5,14, mesmo um empregado ter votado indiferente. Por�m, cinco votaram satisfeitos e dois muito satisfeitos.
Em rela��o ao entendimento entre eu e meu chefe, a m�dia foi de 6,28, sendo atribuidas notas entre satisfeito e muito satisfeito.
A maneira de como o meu chefe me trata, teve uma m�dia de 6,42, onde quatro votaram muito satisfeitos e tr�s totalmente satisfeitos.
Quanto a capacidade profissional do chefe, resultou em uma m�dia de 6,71, sendo a maior da dimens�o com a chefia.
Para o empregado estar satisfeito com o trabalho ele precisa estar
satisfeito tamb�m com seu chefe, seu superior. � ele quem exerce a fun��o de
l�der do grupo. O l�der � quem tem a capacidade de influenciar pessoas para
alcan�ar determinada meta ou objetivo. O chefe deve saber conduzir, trazer motiva��o
aos seus subordinados, pois isso pode refletir positiva ou negativamente nos
�ndices da organiza��o (ROBBINS;
JUDGE; SOBRAL, 2010).
Conclui-se que a parte da rela��o com a chefia est� em um alto n�vel de satisfa��o por parte dos empregados da produ��o.
Gr�fico 4 �
Satisfa��o com as promo��es
Fonte: Dados da pesquisa, 2019.
Com o n�mero de vezes que j� fui promovido teve uma m�dia de 4,71, onde teve uma varia��o de indiferente a muito satisfeito. Por�m, esses quatro que votaram indiferente, s�o os mais novos na empresa, e que n�o desenvolveram ainda uma mentalidade de crescimento. Cabendo a empresa e o chefe do setor, trabalhar melhor essa parte.
Em rela��o as garantias que a empresa oferece a quem � promovido, teve uma m�dia de 5,71, variando de indiferente a totalmente satisfeito. Onde a maioria teve uma satisfa��o o quanto a isso.
Com a maneira como a empresa realiza promo��es de seu pessoal, obteve-se uma m�dia de 5,28, onde teve um equilibrio de satisfa��o. Quando questionados com as oportunidades de ser promovido, foi uma m�dia de 5,42, mostrando que n�o h� um interesse pessoal por conta do empregado e nem da empresa em montar um plano de carreira.
Quanto ao tempo que eu tenho que esperar para receber uma promo��o, teve uma m�dia de 4,28, resultando novamente em alguns empregados votando indiferente.
Esse sistema de promo��es � uma troca de benef�cios e
incentivos para o trabalhador, pois o mesmo ir� buscar uma melhor capacita��o e
qualifica��o profissional; e para a organiza��o, que ir� desenvolver melhor
seus trabalhadores tendo sempre candidatos que possam assumir os cargos mais
superiores (SPECTOR, 2013).
Em rela��o as promo��es, de acordo com o gr�fico, podemos ver que a empresa n�o tem um lado muito desenvolvido pra isso. Onde teve um alto n�vel de indiferente votado pelos empregados. Cabe � empresa desenvolver isso melhor.
Gr�fico 5 � Satisfa��o com a natureza do trabalho�������������������������������������
Fonte: Dados da pesquisa, 2019.
Se tratando de satisfa��o com a natureza o trabalho, o grau de interesse que minhas tarefas me despertam atingiu uma m�dia de 5,42, a maior nessa dimens�o. Ocorre uma varia��o ente satisfeito e totalmente satisfeito.
Quanto a capacidade de meu trabalho absorver-se, a m�dia foi 5 e a oportunidade de fazer o tipo de trabalho que fa�o, obteve-se uma m�dia de 5,28, no qual as duas perguntas os resultados s�o parecidos, variando de indiferente a totalmente satisfeito.
Em rela��o com as preocupa��es exigidas pelo meu trabalho, teve uma m�dia de 4,85, apesar de dois terem votados indiferentes, a grande maioria se mostram satisfeitos.
Com a variedade de tarefas que realizo teve uma m�dia de 4,57, onde a maoria est� satisfeito, exceto por um, que se diz insatisfeito. Mas um caso particular que deve ser analisado pelo chefe do setor para evitar poss�veis conflitos.
Portanto, considera-se satisfa��o com a natureza do trabalho o interesse
pelas tarefas realizadas, assim como a variedade e capacidade de absorverem os
funcion�rios (SIQUEIRA, 2008).
Nessa dimens�o, vimos que segundo o gr�fico, os empregados est�o mais indiferentes do que satisfeitos. Cabe ao chefe do setor juntamente com a empresa, rever alguns processos feitos nesse setor, para que os empregados possam se adequar perfeitamente em cada fun��o e ter um melhor desempenho na produtividade e no pr�prio clima organizacional. Para que futuramente n�o venha ocorrer conflitos.
Gr�fico 6 �
M�dia das cinco dimens�es da satisfa��o
Analisando os resultados do gr�fico, podemos ver que o nivel de satisfa��o do setor da produ��o da Ducampo em rela��o a satisfa��o com o sal�rio est� muito bom, teve uma m�dia de 5,02 significando que h� uma boa remunera��o. Em rela��o ao colegas, teve uma m�dia de 5,59 ocasionando uma boa rela��o no �mbito profissional. Satisfa��o com a chefia teve uma m�dia de 5,96 sendo a maior, tendo em vista o bom relacionamento com o chefe do setor. Quanto as promo��es, obteve-se uma m�dia de 5,08 e a natureza de trabalho teve uma m�dia de 5,02.
A pesquisa teve como principal
objetivo saber como est� o n�vel de satisfa��o no ambiente de trabalho na
Ducampo, sob a �tica dos empregados do setor da produ��o. A avalia��o foi
realizada a partir dos cincos quesitos de Siqueira (2008), sendo eles:
satisfa��o com o sal�rio, satisfa��o com os colegas, satisfa��o com a chefia,
satisfa��o com as promo��es e satisfa��o com a natureza do trabalho.
Com base nos question�rios sobre o
perfil dos empregados do setor da produ��o, concluimos que a faixa � na maioria
entre 31 a 38 anos, com um baixo grau de escolaridade e com o tempo de servi�o
razo�vel. Referente aos pontos centrais investigados na avalia��o, conclui-se
uma satisfa��o recorrente em quase todos os aspectos, com poucas mudan�as de
n�veis de alguns quesitos.
Os itens mais baixos no grau de
satisfa��o foram os sal�rios, promo��es e natureza do trabalho. Mas algo que
n�o deva ser t�o levado a s�rio, pois atingiu a m�dia de satisfa��o. Mas como
precau��o, o gestor da empresa e o chefe do setor, deveriam analisar melhor a
ar�a de promo��es, v� o que est� sendo feito em rela��o a isso, procurar atrair
mais a aten��o do empregado com boas promo��es. Em rela��o ao sal�rio � feito
uma desconsidera��o, pois � algo que o empregado sempre busca querer mais.
Quanto aos colegas e a chefia, foram bem satisfat�rias, com poucos pontos de
discrep�ncia em rela��o � totalidade dos entrevistados.
De um modo geral, os empregados do
setor da produ��o est�o satisfeitos. Nota-se que o question�rio todo teve um
equilibrio nas respostas, chegando a certos pontos ter at� uma �extrema
satisfa��o�.
Sugere-se para futuras pesquisas
discutir a melhoria de processos internos para a otimiza��o do trabalho,
implementar pr�ticas de gest�o na ar�a de recursos humanos e melhorias a
satisfa��o quanto a natureza do trabalho.
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Acesso em: 10 set. 2018.
Autoriza��o de Participa��o da Empresa no Estudo de Caso
Fortaleza, 27 de Fevereiro de 2019.
Eu, Abra�o Lincoln Dantas Alves e Gabriel Hugo Maciel de Sampaio alunos do Curso de Gradua��o em Administra��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7), sob orienta��o da Profa. Olivia Lima Guerreiro de Alencar, solicito permiss�o para obter voluntariamente de sua empresa informa��es que ser�o utilizadas, ap�s tratamento, na forma de estudo de caso a ser inserido na pesquisa em andamento sobre "Satisfa��o no ambiente de trabalho na Ducampo, sob a �tica dos empregados do setor da produ��o".
As informa��es declaradas nesta
pesquisa ser�o mantidas em sigilo, como tamb�m o anonimato da empresa e do
respondente.
No aguardo do aceite, agradecemos a aten��o dispensada.
Abra�o Lincoln
Dantas Alves Aluno-Pesquisador |
Gabriel Hugo
Maciel de Sampaio Aluno-Pesquisador |
|
Profa. Olivia Lima Guerreiro de Alencar Orientadora da Pesquisa |
|
Bruno Cesar de
Almeida
Diretor Administrativo da Ducampo Empreendimentos Florestais
SATISFA��O
NO AMBIENTE DE TRABALHO NA DUCAMPO, SOB A �TICA DOS EMPREGADOS DO SETOR DA
PRODU��O ARTIGO
CIENT�FICO Curso de Gradua��o em Administra��o |
|
1)
Esta pesquisa est� dividida em 02 etapas de estudo; 2)
Informar a data em que est� respondendo o question�rio; 3)
Procure n�o deixar nenhum campo sem resposta; 4)
As informa��es declaradas nesta pesquisa ser�o mantidas
em sigilo; 5)
Ap�s an�lise, os resultados obtidos ser�o
disponibilizados aos envolvidos. Sua participa��o � essencial para o
resultado desta pesquisa. |
|
Data:
____/____/ 2018 |
|
I �
Caracter�stica do Entrevistado |
|
1 �
G�nero |
|
(� ) Feminino (� ) Masculino |
|
2 �
Idade |
|
(� ) abaixo de 18 anos������� (�
) entre 18 e 24 anos���� (� ) entre 25 e 31 anos (� ) entre 32 e 38 anos������� (�
) entre 39 e 45 anos���� (� ) acima de 45 anos |
|
3-
Escolaridade |
|
( ) ensino
fundamental�����������������������������������
(� ) ensino superior completo ( ) ensino m�dio����������������������������������������������
(� ) especializa��o/MBA
incompleto ( ) ensino superior
incompleto�������������������������
(� ) especializa��o/MBA completo |
|
4 �
Tempo de empresa |
|
(� ) at� 1 ano��������������� (� ) mais de 1 ano a 3 anos�� (� )
mais de 3 a 5 anos (� ) mais de 5 a 7 anos�� (� )
mais de 7 a 9 anos�������� (� ) acima de 9 anos |
|
II �
Escala de satisfa��o no trabalho (EST) |
|
Neste question�rio voc� vai encontrar
uma s�rie de frases que descrevem caracter�sticas das empresas e que foram
levantadas em diferentes organiza��es de trabalho. Por favor, avalie o quanto
estas caracter�sticas descrevem a empresa onde voc� trabalha. O importante �
que voc� d� sua opini�o sobre as caracter�sticas da sua empresa como um todo.
Para responder, leia as caracter�sticas descritas a seguir e assinale um
n�mero, de acordo com a seguinte escala: |
Escala
de Satisfa��o no Trabalho - EST |
|
As frases
abaixo falam a respeito de alguns aspectos do seu trabalho atual. Indique o quanto voc� se sente satisfeito
ou insatisfeito com cada um deles. D� suas respostas anotando, nos
par�nteses que antecedem cada frase, aquele n�mero (de 1 a 7) que melhor
representa sua resposta. 1 = Totalmente insatisfeito 2 = Muito insatisfeito 3 = Insatisfeito 4 = Indiferente 5 = Satisfeito 6 = Muito satisfeito 7 = Totalmente satisfeito No meu trabalho atual sinto-me... |
|
(���
) |
Com o esp�rito de colabora��o dos meus
colegas de trabalho |
(���
) |
Com o modo como meu chefe organiza o
trabalho do meu setor. |
(���
) |
Com o n�mero de vezes que j� fui promovido
nesta empresa. |
(���
) |
Com as garantias que a empresa oferece a
quem � promovido. |
(���
) |
Com o meu sal�rio comparado com o quanto
eu trabalho. |
(���
) |
Com o tipo de amizade que meus colegas
demonstram por mim. |
(���
) |
Com o grau de interesse que minhas tarefas
me despertam. |
(���
) |
Com o meu sal�rio comparado � minha
capacidade profissional. |
(���
) |
Com o interesse de meu chefe pelo meu
trabalho. |
(���
) |
Com a maneira como esta empresa realiza
promo��es de seu pessoal. |
(���
) |
Com a capacidade de meu trabalho
absorver-me. |
(���
) |
Com o meu sal�rio comparado ao custo de
vida. |
(� ��) |
Com a oportunidade de fazer o tipo de
trabalho que fa�o. |
(���
) |
Com a maneira como me relaciono com os
meus colegas de trabalho. |
(���
) |
Com a quantia em dinheiro que eu recebo
desta empresa ao final de cada m�s. |
(���
) |
Com as oportunidades de ser promovido
nesta empresa. |
(���
) |
Com a quantidade de amigos que eu tenho
entre meus colegas de trabalho. |
(���
) |
Com as preocupa��es exigidas pelo meu
trabalho. |
(���
) |
Com o entendimento entre eu e meu chefe. |
(���
) |
Com o tempo que eu tenho de esperar para
receber uma promo��o nesta empresa. |
(���
) |
Com meu sal�rio comparado aos meus
esfor�os no trabalho. |
(���
) |
Com a maneira como meu chefe me trata. |
(���
) |
Com a variedade de tarefas que realizo. |
(���
) |
Com a confian�a que eu posso ter em meus
colegas de trabalho. |
(���
) |
Com a capacidade profissional do meu
chefe. |
Fonte: SIQUEIRA, 2008, p. 271-272
ANEXO B � �ndices de precis�o,
dimens�es, defini��es
Quadro 2 � Dimens�es, defini��es, itens e �ndice de
precis�o da EST em sua forma completa com 25 itens
DIMENS�ES |
DEFINI��ES |
ITENS |
�NDICES DE PRECIS�O |
Satisfa��o com os colegas de
trabalho. |
Contentamento com a colabora��o,
amizade, confian�a, e o relacionamento mantido com os colegas de trabalho. |
1, 6, 14, 17 e 24 |
0,86 |
Satisfa��o com o sal�rio. |
Contentamento com o que recebe
como sal�rio se comparando com o quanto o indiv�duo trabalha. |
5, 8, 12, 15 e 21 |
0,92 |
Satisfa��o com a chefia. |
Contentamento com organiza��o,
capacidade profissional do chefe e entendimento entre eles. |
2, 9, 19, 22, e 25 |
0,90 |
Satisfa��o com a natureza do
trabalho. |
Contentamento com o interesse
despertado pelas tarefas. |
7, 11, 13, 18 e 23 |
0,82 |
Satisfa��o com as promo��es. |
Contentamento com o n�mero de
vezes que j� recebeu promo��es. |
3, 4, 10, 16 e 20 |
0,87 |
Fonte: Siqueira, 2008, p. 272.