AN�LISE DA MATURIDADE DE UM ESCRIT�RIO DE PROJETOS DE UMA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA DO CEAR�

 

Jos� Victor Pedrosa de Souza

Graduando do Curso de Engenharia de Produ��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7).

victorpedrosa@hotmail.com.br

 

Alan Bessa Gomes Peixoto

Professor adjunto do curso de Engenharia de Produ��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7). Mestre em Log�stica e Pesquisa Operacional pela Universidade Federal do Cear� (UFC). Especialista em Gest�o de Neg�cio com �nfase no Setor El�trico e em Gerenciamento de Projetos pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Graduado em Engenharia de Produ��o (UNIFOR) e em Eletromec�nica pelo Instituto Centro de Ensino Tecnol�gico (CENTEC). Professor de cursos de gradua��o e p�s-gradua��o da UNI7 e do Centro Universit�rio Christus (UNICHRISTUS). Respons�vel pela Regional Metropolitana da Enel Distribui��o Cear�.

alan-bessa@hotmail.com

 

RESUMO

Para as empresas conseguirem conquistar os clientes, o mercado consumidor est� exigindo servi�os e produtos com um menor custo e uma maior qualidade. O mercado passou a ver os projetos como um meio para atingir os objetivos e sucesso da empresa, conseguindo agilidade no mercado, ou seja, competitividade. Desta forma, as empresas que possuem um planejamento estrat�gico para gerenciamento de projetos passam a ser mais valorizadas. Logo, cresceu bastante o numero de escrit�rio de projetos. Neste �mbito, este artigo buscou realizar a an�lise de maturidade no escrit�rio de projetos de uma distribuidora de energia do cear�. Com o entendimento da maturidade dos escrit�rios, permite-se um melhor planejamento das estrat�gias usadas na organiza��o. Este trabalho utilizou o m�todo PMO maturity cube para avaliar a maturidade do PMO atual. A empresa avalia que o n�vel ideal seria o n�vel intermedi�rio, por�m, de acordo com a avalia��o, o PMO encontra-se com a maturidade em n�vel b�sico nas avalia��es Estrat�gica, T�tica e Operacional. Desta forma o PMO buscar� evoluir e continuar� auxiliando no acompanhamento de projetos estrat�gicos e no alcance dos objetivos da empresa.

 

PALAVRAS-CHAVE: An�lise de maturidade. Escrit�rio de projetos. Maturity cube. Planejamento estrat�gico. PMO.

 

 

ABSTRACT

For companies to win customers, the consumer market is demanding services and products with lower cost and higher quality. The market came to see projects as a means to achieve the goals and success of the company, achieving agility in the market, that is, competitiveness. In this way, companies that have strategic planning for project management become more valued. Soon, the number of project offices grew. In this context, this article sought to perform the maturity analysis in the project office of a power distributor in Cear�. With the understanding of the maturity of the offices, a better planning of the strategies used in the organization is allowed. This work uses the PMO maturity cube method to evaluate the maturity of the current PMO. The company evaluates that the ideal level would be the intermediate level, however, according to the evaluation, the PMO is maturity at the basic level in the Strategic, Tactical and Operational evaluations. In this way the PMO will seek to evolve and will continue to assist in the monitoring of strategic projects and the achievement of the company's objectives.

 

KEYWORDS: Maturity analysis. Maturity cube. Office of projects. PMO. Strategic planning.

 


1 INTRODU��O

 

Em tempos de competi��o crescente e globaliza��o, as grandes empresas vem buscando ser cada vez mais �geis e organizadas. Desta forma, a implanta��o de Escrit�rios de Gerenciamento de Projetos (Project Management Office - PMO) vem buscando a formaliza��o e aprimoramento na condu��o de projetos. Nesse contexto os PMO�s aparecem garantindo que os projetos mais importantes sejam tratados de forma correta, maximizando os resultados.

�Gerenciamento de projetos � a aplica��o de conhecimentos, habilidades, ferramentas e t�cnicas �s atividades do projeto a fim de cumprir os seus requisitos� (PMBOK, 2017, p 10).

Esse tema � de grande valor na �rea de gerenciamento de projetos, tendo em vista a importancia de obter resultados de forma precisa pelas empresas. A exist�ncia de um Escrit�rio de Projetos n�o � garantia de sucesso dos projetos desenvolvidos, entretanto, ao fornecer ferramentas, m�todos e informa��es sobre os projetos, colabora para que assim atinjam seus objetivos.

Para as empresas conseguirem conquistar os clientes, o mercado consumidor est� exigindo servi�os e produtos com um menor custo e uma maior qualidade. O mercado passou a ver os projetos como um meio para atingir os objetivos e sucesso da empresa, conseguindo agilidade no mercado, ou seja, competitividade.Desta forma as empresas que possuem um planejamento estrat�gico para gerenciamento de projetos passam a ser mais valorizadas (BARCAUI, 2012).

A vontade de aumentar as chances de sucesso dos projetos que continuamente se tornam mais complicados e a necessidade de aliviar o gerente de projetos de tarefas administrativas associadas ao gerenciamento de um projeto s�o duas caracter�sticas que justificam a cria��o de um escrit�rio de projetos na organiza��o, mesmo sua implanta��o n�o sendo uma tarefa f�cil. O escrit�rio de projetos � orientado com o pr�ncipio de propagar o conhecimento de gest�o de projetos em toda a organiza��o, sendo um lugar comum na hierarquia organizacional (KEELLING, 2002).

O escrit�rio de projetos � respons�vel por atuar na supervis�o e coordena��o de projetos. Sua fun��o � agir como uma conex�o entre gerentes, organiza��es e projetos. Al�m disso, o escrit�rio atua tamb�m na Gest�o de Portf�lio, formando a conex�o entre os l�deres de projetos e os colaboradores, buscando o alinhamento dos projetos e programas com os objetivos estrat�gicos da empresa (PMBOK, 2017).

Os projetos surgem de v�rios motivos, desde os problemas que necessitam de m�o de obra qualificada para atend�-los, passando por estrat�gias das empresas que geram um produto novo no mercado a cada oportunidade encontrada e uma solu��o inovadora para problemas di�rios ou por sua real necessidade de neg�cios (REIS, EDSON A., 2017).

O escrit�rio de projetos � um dos mais importantes setores na composi��o das empresas, import�ncia essa que � facilmente explicada, uma vez que o PMO auxilia para o alcance dos objetivos estrat�gicos planejados, atingindo n�veis �timos de efetividade e retorno sobre o investimento (VARGAS, 2005).

A empresa onde o estudo de caso realizou-se � a maior empresa privada do setor de energia eletrica brasileiro e desempenha o papel de lideran�a no desenvolvimento de fontes renov�veis de energia no pa�s. Atua em toda a cadeia energ�tica, com atividades nas �reas de gera��o, distribui��o, convers�o, transmiss�o e comercializa��o, al�m de solu��es em energia. No mercado de gera��o, � l�der em energia solar no pa�s em capacidade instalada, tem Pequenas Centrais Hidrel�tricas (PCH�s) em diversos estados, uma usina hidrel�trica em Goi�s e uma usina termoel�trica de ciclo combinado (g�s e vapor) no Cear�.

Nesse sentido, o escrit�rio de projetos funciona como o alicerce que garante a efetividade de cada trabalho, planejando, controlando e monitorando todas as nuances das iniciativas a partir de processos padronizados e compartilhados por todos. Portanto, a finalidade deste trabalho foi analisar o escrit�rio de projetos em uma concession�ria de energia el�trica, aplicando o question�rio PMO Maturity Cube que � um modelo recente, reconhecido na literatura e avaliar os resultados, observando qual o n�vel atual de maturidade.

A empresa em estudo, possui seus principais indicadores regulados pela Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) e necessita de uma estrutura para garantir as metas estabelecidas pela Aneel, com qualidade e inova��o, de forma a reduzir seus custos nas opera��es di�rias.

O problema do presente artigo � responder a seguinte pergunta: como um PMO contribui para os resultados de uma empresa distribuidora de energia el�trica?

O objetivo geral � medir o n�vel de maturidade de um PMO em uma distribuidora de energia el�trica no estado do Cear�.

Os objetivos espec�ficos s�o: fazer uma revis�o bibliogr�fica sobre gerenciamento de projetos, escrit�rio de projetos e propor melhorias para aumentar a maturidade do PMO existente na empresa, melhorando os resultados.

Este artigo � composto por mais quatro se��es, descritas a seguir. Na segunda se��o � apresentado o referencial te�rico a respeito do Gerenciamento de Projetos e a import�ncia do Escrit�rio de Projetos (PMO) em uma organiza��o. A terceira se��o trata da metodologia aplicada neste estudo. Na quarta se��o, apresenta-se o estudo de caso, contendo informa��es sobre a implanta��o do PMO MATURITY CUBE na empresa estudada, o nivel de maturidade do PMO e por �ltimo, na quinta se��o, apresenta-se a conclus�o do trabalho e as sugest�es de melhorias verificadas.

 

2 REVIS�O DE LITERATURA

 

Nesta se��o ser�o apresentadas as defini��es de projetos ea importancia da implanta��o de um escrit�rio de projetos, sendo um grande diferencial no mercado atual. Abordar-se sobre os processos de gerenciamento de projetos usando as ferramentas do Guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (PMBOK), na 6� edi��o, que � sua vers�o mais atual. O guia fornece mais informa��es sobre conceitos, importantes tomadas de deci��es para fazer a adapta��o dos processos de gerenciamento de projetos e dados sobre como ferramentas e t�cnicas s�o aplicadas aos projetos (PMBOK, 2017).

 

2.1 PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS

 

Para entender melhor os benef�cios e as atribui��es de um escrit�rio de gerenciamento de projeto, � importante entender nitidamente a defini��o de projeto, �� um esfor�o tempor�rio empreendido para criar um produto, servi�o ou resultado �nico� (PMBOK, 2017, p. 4). Tamb�m definido como uma sequ�ncia de eventos, com in�cio meio e fim tendo seus objetivos definidos e executados por algu�m respons�vel dentro de um tempo, recursos, custo e qualidade (VARGAS, 2005; HELDMAN, 2006).

A fun��o do PMO � o de determinar as pr�ticas de gerenciamento de projetos, garantir a aplica��o dessas pr�ticas, prestar suporte e ser um coaching aos l�deres de projeto, auxiliando na gest�o dos projetos e nas tomadas de decis�o estrat�gicas. O escrit�rio simplifica e otimiza a gest�o, dando suporte aos gerentes de projetos, compartilhando as tarefas de planejamento e acompanhamento, desta forma os gestores conseguem mais tempo para fazer as coisas andarem, acompanhando a evolu��o do produto, relacionando-se com clientes e liderando suas equipes (PRADO, 2005).

Na fun��o de ser um suporte administrativo, atrelado a treinamentos na �rea de gerenciamento e consultorias, espera-se que a implanta��o de um escrit�rio de gerenciamento de projetos consiga obter um controle da empresa e adequa��o a prazos, cronograma gerenci�veis, an�lise pr�via de riscos com plano de a��o caso ocorram, atribui��o clara de fun��es, responsabilidades de cada membro do projeto e registros de tudo feito. Desta forma, eleva-se a taxa de sucesso dos projetos de forma efici�nte. (DINSMORE; CAVALIERI, 2010).

Por ser uma iniciativa �nica, seja no produto que gera, nas pessoas envolvidas ou outro fator, um projeto se diferencia de opera��es ou processos regulares de uma empresa. Tendo um fim bem planejado e um objetivo bem definido, que ao atingir, determina o final do projeto. Pode ser considerado um projeto alguns exemplos como: a organiza��o de eventos, escrever um livro, implantar uma linha de produ��o numa f�brica, constru��o de m�veis sob encomenda, constru��o de uma casa e outros. As caracter�sticas em comum a todos os projetos � que eles t�m um fim bem planejado, e s�o, de alguma forma, sempre �nicos (REIS, EDSON A., 2017).

No ambiente de neg�cios atual, os projetos s�o uma forma de criar valor nas organiza��es e os gestores precisam ser aptos para gerenciar or�amentos menores, com recursos mais limitados e um r�pido avan�o tecnol�gico. Para continuarem crescendo no mercado mundial, as empresas est�o aderindo o gerenciamento de projetos para agregar valor de forma substancial (PMBOK, 2017).

Na inten��o de obter um controle mais seguro sobre o gerenciamento de projetos, criou-se cinco fases do ciclo de vida de um projeto, para permitir um melhor entendimento. Fase de Inicia��o: identificam-se as necessidades, as oportunidades e a maneira de supri-las; fase de planejamento: fase na qual estabelece-se o escopo do projeto, planejando os custos, prazos, recursos e os requisitos; fase de execu��o: colocar em a��o as tarefas planejadas, nas condi��es de qualidade, custos e prazos; fase de monitoramento e controle: s�o analisadas, monitoradas e controladas as a��es do projeto; fase de encerramento: atingir o objetivo e encerrar o projeto (VALERIANO, 2005).

 

2.2 GUIA PMBOK

 

O Instituto de Gest�o de Projetos (Project Management Institute (PMI)), associou os profissionais que trabalhavam com gest�o de projetos. Por volta dos anos 90, o PMI produziu a primeira edi��o do livro de boas pr�ticas para o gerenciamento de projetos (PMBOK). Antes de surgir esse guia, fazia-se o gerenciamento de projetos de forma totalmente emp�rica e os gerentes n�o possu�am nenhuma especializa��o ou preparo para realizar tal trabalho (PMBOK, 2017).

Em meados do s�culo XX, os gerentes de projeto come�aram a buscar o reconhecimento do gerenciamento de projetos como profiss�o. Um aspecto desse trabalho envolveu obter um acordo sobre o conjunto de conhecimentos (BOK, sigla em ingl�s de �body of knowledge�) em gerenciamento de projetos. Este conjunto de conhecimentos acabou ficando conhecido como Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (PMBOK). O Project Management Institute (PMI) produziu uma linha de base de gr�ficos e gloss�rios para o PMBOK. Os gerentes de projeto logo perceberam que nenhum livro sozinho poderia conter o PMBOK inteiro. Portanto, o PMI desenvolveu e publicou um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK, 2017, p.1).

 

Um enorme desafio para as grande e pequenas empresas que trabalham com projetos, consiste em gerenciar atividades que nunca aconteceram anteriormente e que podem nunca se repetir no futuro. Portanto, � fundamental ter uma metodologia j� pensada e planejada para nortear tal trabalho (SILVA, 2016).

A resist�ncia � mudan�a � um grande desafio para se trabalhar. A institui��o precisa de uma cultura organizacional a favor para trabalhar com perfei��o em gest�o de projetos, o que depende principalmente dos seus diretores, visto que eles s�o os principais respons�veis pela cria��o e organiza��o de um ambiente no qual todos os colaboradores se manifestem sobre os m�todos e objetivos da institui��o. Quando se conquista esse ambiente, obt�m-se empatia entre os participantes da equipe, al�m do envolvimento e do comprometimento das pessoas, cada um entendendo as atitudes e os motivos dos outros. O maior obst�culo nessa �rea � a inseguran�a dos que est�o em posi��es de poder (CLEMENTE, 2002).

O guia tornou-se um Padr�o de Gerenciamento de Projetos. Esse padr�o foi desenvolvido baseado nos conceitos e pr�ticas descritivas, pois o gerenciamento de projetos precisa ser adaptado para atender �s necessidades do projeto considerando os processos com boas pr�ticas na maioria dos projetos e em sua maior parte do tempo. O Guia PMBOK traz tamb�m informa��es de ferramentas e t�cnicas aplicadas a projetos, detalhes sobre conceitos-chave, tend�ncias e considera��es adaptadas aos processos de gerenciamento de projetos. Podendo ser usado uma ou mais metodologias para implementar nos processos de gerenciamento pelos gerentes de projetos (PMBOK, 2017).

Ao realizar um trabalho por meio de projetos, necessita-se atender alguns pontos cruciais, como o cronograma, o or�amento planejado, as expectativas do cliente final e os padr�es de qualidade preestabelecidos. Envolver o cliente no projeto e estimul�-lo a participar aumenta as chances de o projeto ser efetuado comsucesso. A euforia do cliente come�a quando ele percebe que as pessoas comprometidas com aquele trabalho d�o importancia a sua opini�o e se preocupam com a qualidade daquilo que est� sendo desenvolvido (SILVA; COSTA; 2011).

 

2.2.1 Ciclo De Vida e a Organiza��o Do Projeto

 

Todas as fases pelas quais um projeto passa, do in�cio � conclus�o � considerado o ciclo de vida do projeto. Esse ciclo fornece uma estrutura b�sica que se aplica independente do trabalho ou projeto envolvido. As fases podem ser sobrepostas, iterativas ou sequenciais e geralmente h� uma ou mais fases conectadas ao desenvolvimento do servi�o, resultado ou produto em um ciclo de vida do projeto chamadas de ciclo de vida de desenvolvimento (PMBOK, 2017).

Os projetos apresentam riscos e custos envolvidos no decorrer do seu ciclo de vida e podem variar de acordo com a fase em que estar�. De inicio os custos geralmente s�o baixos e apresentam um pico durante a execu��o, diminuindo no encerramento dos processos e atividades. Sendo que os riscos j� apresentam um comportamento contr�rio (REIS, CAIO A. 2011).

O ciclo de vida do projeto pode ser influenciado pelas caracteristicas da institui��o, do setor, dos m�todo ou da tecnologia utilizada. Apesar de que todos os projetos tenham um in�cio e um fim, as atividades que acontecem podem variar muito de acordo com o projeto (BARCAUI, 2012).

Independentemente do trabalho espec�fico envolvido, o ciclo de vida fornece uma estrutura b�sica para o gerenciamento do projeto. Embora variem em tamanho e complexidade, os projetos podem ser mapeados para a seguinte estrutura de ciclo de vida: in�cio do projeto, organiza��o e prepara��o, execu��o do trabalho e encerramento do projeto (PMBOK, 2017).

 

2.3 INDICADORES DE DESEMPENHOS RELACIONADA A �REA DE PROJETOS

 

De modo geral, � poss�vel medir o desempenho, controlar e monitorar os projetos equiparando o que foi planejado com o executado. Por�m n�o � suficiente apenas fazer essa compara��o, pois � necess�rio analisar em uma perspectiva maior de longo prazo e alinhada �s estrat�gias organizacionais. (CARVALHO; RABECHINI JR., 2005).

Um ponto muito importante para as organiza��es � o estabelecimento de procedimentos e sistemas de medi��o que n�o apenas coletem informa��es relevantes de forma operacional, mas que isso seja devidamente comunicado aos interessados de forma a influenciar o comportamento deles na dire��o do neg�cio, vendo que o seu valor como ferramenta de gerenciamento n�o est� difundido, essencialmente devido ao costume de estarem dirigidos a dados existentes com poucas informa��es �teis (WEBER; SCHAFFER, 2001).

H� v�rias t�cnicas para controle e monitoramento dos resultados do projeto, uma delas � a an�lise do valor agregado (EVA - Earned Value Analysis), tamb�m conhecida como gerenciamento de valor agregado(EVM - Earned Value Management) eoutras t�cnicas que servem na utiliza��o de indicadores financeiros como ferramentas capazes de monitorar o desempenho do projeto, com �nfase nos par�metros financeiros, prazo e custo (PMBOK, 2017).

�A an�lise de valor agregado compara a linha de base da medi��o do desempenho com o cronograma real e o desempenho dos custos� (PMBOK, 2017, p 261). A referencia para o gerenciamento de valor agregado � a linha base (baseline) do projeto, que espelha as estimativas planejadas para o or�amento do projeto. � atrav�s dos desvios ocorridos ao longo do projeto em sua baseline que s�o feitas as an�lises (CARVALHO, M.; RABECHINI, JR., 2005).

Dando sequ�ncia, um outro indicador financeiros bastante utilizados no gerenciamento de Projetos � o Valor Presente L�quido (VPL) conhecido tamb�m por Net Present Value (NPV), considerado como uma poderosa ferramenta para avalia��o financeira, porque interpreta fatores relevantes de valor como: fluxos de caixa futuros e custo de capital. O VPL considera al�m dos valores do ativos atuais, os fluxos futuros derivados dos investimentos atuais e dos projetos a serem efetuados (MCKINSEY & COMPANY et al.,1990).

Seguindo essa linha, destaca-se tamb�m o Retorno sobre os Ativos (ROA) e Retorno sobre Vendas (ROS) onde ROA indica se a institui��o faz bom uso do seu ativo total para gerar um retorno siginificante, medindo o seu poder de ganho por unidade monet�ria investida (ROA = (Resultado Total / Ativo Total) x 100) e o ROS trata-se de uma medida �til ao gerenciamento, fornecendo dire��es do lucro que est� sendo obtido por venda (ROS = Lucro L�quido Antes de Impostos / Vendas) (FACHINI, 2005).

 

2.4 PMO MATURITY CUBE

 

O PMO Maturity Cube � um modelo de avalia��o de maturidade de Escrit�rio de Projetos. Este modelo avalia o PMO de acordo com sua amplitude em termos corporativo, departamentais e estrat�gicos, bem como conceitos relacionados aos servi�os prestados como estrat�gico, t�tico e operacional. Este modelo apresenta um question�rio pr�prio que ser� aplicado na empresa em quest�o (PINTO, et al, 2010).

As dimens�es relacionadas � maturidade (b�sico, intermedi�rio e avan�ado), amplitude (corporativo, departamental e projeto) e abordagem (operacional, t�tico e estratpegico), formam um cubo que torna poss�vel a avalia��o de um PMO. Este modelo foi aplicado na empresa em quest�o.

A figura 1 mostra estas dimens�es em formato de cubo:

 

Figura 1 � As tr�s dimens�es do PMO Maturity Cube

Fonte: (PINTO, et al, 2010).

 

Para Pinto, et al. (2010), a classifica��o quanto as dimens�es do PMO Maturity Cube, da amplitude e a abordagem s�o definidos como:

Amplitude: Basicamente existem tr�s possibilidades mutuamente excludentes:

      PMO programa-projeto: que tem como abrang�ncia apenas um projeto ou programa da organiza��o;

      PMO departamental: que abrange uma �rea, departamento, diretoria ou unidade de neg�cio, ou seja, apenas uma parte da organiza��o;

      PMO corporativo: que abrange a organiza��o como um todo.

 

Abordagens: Diz respeito a como o PMO atua junto a seus clientes. Essa atua��o pode ser de car�ter estrat�gico, t�tico ou operacional, podendo ainda ter simultaneamente os tr�s tipos de atua��o. Na verdade, o direcionador da abordagem de um PMO deve ser a sua miss�o, a qual definir� o qu�o estrat�gico, t�tico ou operacional ele deve ser.

Atua��o de car�ter estrat�gico: envolve oferecer a seus clientes servi�os que de alguma forma t�m uma liga��o com quest�es estrat�gicas da organiza��o, tais como gerir o portf�lio de projetos, prover informa��o a alta gest�o para a tomada de decis�o, priorizar projetos, monitorar a realiza��o da estrat�gia;

Atua��o de car�ter t�tico: envolve oferecer a seus clientes servi�os que atendem a um grupo de projetos ou indiv�duos, tais como prover metodologia de gerenciamento de projetos, prover ferramentas de gerenciamento de projetos, prover treinamento para gerentes e equipes;

Atua��o de car�ter operacional: envolve oferecer a seus clientes servi�os direcionados a um projeto ou indiv�duo, tais como apoiar o planejamento e controle do projeto, fazer coaching/mentoring, gerenciar um projeto estrat�gico e recuperar um projeto com problemas.

Segundo Pinto et al., (2010 p. 17) �o n�vel de maturidade atual em cada uma das abordagens � dado pela compara��o entre a pontua��o relativa � situa��o atual da organiza��o, com o total de pontos poss�veis de serem obtidos no modelo. J� o n�vel de maturidade desejada � dado pela compara��o entre a pontua��o relativa � situa��o desejada da organiza��o, com o total de pontos poss�veis de serem obtidos no modelo�. A maturidade atual e a maturidade desejada s�o representadas por meio de percentuais, apresentados na Tabela 1.

 

Tabela 1: Classifica��o do n�vel de maturidade.

N�veis

%

B�sico

0% � 33%

Intermedi�rio

34% � 66%

Avan�ado

67% � 100%

Fonte: Elaborado pelo autor.

 

Portanto, para definir o grau de maturidade da organiza��o segundo o modelo de (Pinto et al., 2010), � necess�rio enquadrar a amplitude do PMO da empresa, depois aplicar o question�rio adequado, e por meio dos resultados, definir qual abordagem do PMO em rela��o aos seus clientes, e seu n�vel de maturidade atual e desejado em percentual.

 

3 M�TODO

 

M�todo � um conjunto de t�cnicas, processos e abordagens utilizadas para formular e resolver situa��es de aquisi��o objetiva do conhecimento, de uma forma sistem�tica (RODRIGUES, 2007).

Os m�todos s�o atividades objetivas e sistem�ticas onde existe uma seguran�a e economia maior, proporcionando o alcance dos objetivos, planejando caminhos, reconhecendo erros e colaborando com as decis�es do cientista (MARCONI; LAKATOS, 2003).��

M�todo �concretiza-se em �etapas ou fases� e usa �t�cnicas�, ou seja, instrumentos facilitadores, auxiliares ao processo do conhecimento.� (BIAGI, 2012, p. 74). A seguir ser�o descritos os procedimentos metodol�gicos que caracterizam este estudo.

 

3.1 CARACTERIZA��O E ESTRAT�GIA DA PESQUISA

 

Em rela��o aos objetivos a pesquisa � do tipo explorat�ria. A pesquisa explorat�ria envolve levantamento bibliogr�fico e entrevista com colaboradores que tiveram experi�ncias pr�ticas com o problema pesquisado (MATIAS-PEREIRA, 2012).

Para o presente estudo, referente a sua natureza, utilizou-se o tipo qualitativo, onde sabe-se que existe uma rela��o din�mica entre o mundo real e o sujeito. O ambiente natural � a fonte direta para a coleta de dados e o pesquisador � o instrumento-chave (MATIAS-PEREIRA, 2012)

O estudo de caso � utilizado com o objetivo de conseguir informa��es e/ou conhecimentos sobre um problema ou situa��o, para o qual se procura uma resposta, ou ainda descobrir novos fen�menos e as rela��es entre eles (MARCONI; LAKATOS, 2010). Este estudo de caso tem como objetivo analisar o n�vel de maturidade de um escrit�rio de projetos em uma concession�ria de energia no Cear�, afim de observar o qu�o � importante uma boa gest�o dos projetos para manter uma excelente qualidade do servi�o prestado e atender aos objetivos estrat�gicos.

 

3.2 ESTUDO DE CASO

 

O estudo de caso permite investigar as caracteristicas significantes dos eventos vivenciados, como: processos organizacionais e administrativos, mudan�as em geral, rela��es entres os setores, entre outros.  Tem como caracter�stica o estudo profundo de um ou mais objetos, visando ampliar o conhecimento acerca destes. Tem como objetivos principais a explora��o da vida real e de seus limites, muitas vezes, indefinidos, al�m da descri��o do contexto situacional no qual a investiga��o est� sendo feita (MATIAS-PEREIRA, 2012).

O estudo de caso escolhido foi em uma concession�ria de energia el�trica no Cear� a fim de medir como est� o gerenciamento dos projetos da empresa e quais benef�cios se obter� ap�s a implanta��o das melhorias sugeridas, conseguindo assim contribuir na melhoria dos processos realizados, infuenciando no resultado estrat�gico da organiza��o.

 

3.2.1 Popula��o-Alvo e Sele��o de Amostra

 

A popula��o-alvo em quest�o nesta pesquisa s�o os gestores do atual escrit�rio de projetos que citam a situa��o atual do PMO e os benef�cios de obter um escrit�rio de projetos na sua empresa.

A amostra pode ser entendida como uma parte, por��o ou parcela, convenientemente selecionada do universo (popula��o), que pode ser tanto probabil�stica como n�o-probabil�stica (MARCONI; LAKATOS, 2010).

A amostra n�o-probabil�stica constitui-se de elementos que o pesquisador considere representativos da popula��o-alvo, sem, contudo, levar em considera��o dados estat�sticos. Tamb�m se podem utilizar amostras n�o probabil�sticas quando da sele��o de elementos levando-se em conta a facilidade de acesso a essas amostras (VERGARA, 2009).

No estudo em quest�o, a amostra utilizada � n�o-probabil�stica. Amostras n�o probabil�sticas podem ser �amostras intencionais, que s�o aquelas em que s�o escolhidos sujeitos que representem o �bom julgamento� da popula��o/universo� (MATIAS-PEREIRA,2012, p 92).

Realizaram-se entrevistas com gestores da empresa com o objetivo de colher dados para mensurar o atual est�gio de maturidade do PMO existente, bem como as dificuldades e ganhos alcan�ados. Realizou-se a pesquisa com o aux�lio de question�rio onde os Gestores da empresa responderam e permitiram a consolida��o dos dados e informa��es para a realiza��o do trabalho de forma a permitir avaliar o grau de maturidade do PMO na empresa.


3.3 INSTRUMENTO E T�CNICA DE COLETA DE DADOS

 

Nesta se��o, s�o apresentados os m�todos utilizados para coleta, tabula��o e tratamento de dados que posteriormente foram utilizados para an�lise dos dados.

 

3.3.1 Elabora��o do Instrumento de Pesquisa

 

Relacionado ao tipo de instrumento, escolheu-se a entrevista. "� o encontro entre duas ou mais pessoas, a fim de obter informa��es a respeito de determinado assunto, mediante uma conversa��o de natureza profissional" (MATIAS-PEREIRA, 2012, p 164).

Realizadou-se a entrevista n�o-estruturada, que concede ao entrevistador a liberdade para aperfei�oar cada situa��o na dire��o que considerar adequada e relevante, j� que as perguntas s�o abertas e podem ser respondidas numa conversa informal (MARCONI; LAKATOS, 2010).

 

3.3.2 Pr�-Teste do Instrumento de Coleta de Dados

 

Neste estudo, o pr�-teste foi realizado dia 21 de novembro de 2018, em que os selecionados foram alguns membros que comp�em a equipe de gest�o de projetos na empresa onde o estudo de caso realizou-se.

O pr�-teste ou teste-preliminar tem como objetivo analisar a validade da coleta de dados. Consiste em testar os instrumentos de pesquisa sobre uma pequena parcela da amostra de modo a evitar que a pesquisa atinja falsos resultados (MARCONI; LAKATOS, 2010).

 

3.3.3 Aplica��o do Instrumento de Coleta de Dados

 

Aplicou-se a entrevista aos gestores de projetos de uma Distribuidora de Energia doCear�, que responderam o question�rio espec�fico do modelo proposto, onde foi poss�vel fazer a avalia��o da maturidade do PMO.

 

3.4 M�TODO DE COLETA E PROCESSAMENTO DOS DADOS

 

Nesta se��o, s�o apontandos o m�todo utilizado para coleta, tabula��o e tratamento de dados que posteriormente foram utilizados para an�lise dos dados.

 

3.4.1 Coleta dos Dados

 

Coleta de dados tamb�m pode ser entendida como uma fase do m�todo de pesquisa onde s�o utilizadas ferramentas e t�cnicas espec�ficas para a reuni�o de dados (PRODANOV; FREITAS, 2013). �A defini��o do instrumento de coleta de dados depender� dos objetivos que se pretende alcan�ar com a pesquisa e do universo a ser investigado� (MATIAS-PEREIRA, 2012, p 90).

Realizou-se a entrevista pessoalmente, no dia 23 de Abril de 2019, em que responderam as quest�es esclarecendo quaisquer d�vidas � respeito do assunto abordado.

 

3.4.2 Tabula��o dos Dados

 

Procurou-se utilizar os recursos manuais e computacionais para organizar os dados obtidos na pesquisa do estudo de caso. Atualmente, com a facilidade da inform�tica, � natural que se escolha os recursos computacionais para dar suporte � elabora��o de �ndices, tabelas, quadros e gr�ficos (MATIAS-PEREIRA, 2012).

A tabula��o foi realizada atrav�s do Microsoft Office Excel e o Microsoft Office Word, pois disponibilizaram recursos de agrupamentos e disposi��o de dados relevantes para a an�lise e interpreta��o dos dados.

 

3.4.3 Tratamento dos Dados

 

Tendo sido tabulados, os dados precisam ser analisados e interpretados. A an�lise constitui-se na fase em que se verifica se os dados colhidos est�o relacionados aos fen�menos estudados e sua relev�ncia em rela��o aos objetivos da pesquisa (ANDRADE, 2005).

Nesta fase, ocorre a an�lise e interpreta��o dos dados que foram obtidos e organizados na tabula��o e apresenta��o dos dados. Assim, a an�lise deve ser feita para atender aos objetivos da pesquisa e para comparar e confrontar dados e provas com o objetivo de confirmar as hip�teses da pesquisa (MATIAS-PEREIRA, 2012).

 

4 RESULTADOS DA PESQUISA

 

Nesta se��o, s�o apresentados os os resultados da pesquisa e classifica��o do PMO, de acordo com o modelo apresentado.

 

4.1 OBJETO DE ESTUDO � Empresa Beta Distribuidora LTDA

 

A empresa Beta atua no setor de gera��o e distribui��o de energia e est� presente em 35 pa�ses. No Brasil, atua em S�o Paulo, Rio de Janeiro, Goi�s e Cear�, possuindo aproximadamente 18 milh�es de clientes.

No Cear�, atua em todo o estado, atendendendo aos 84 munic�pios, possuindo aproximadamente 3 milh�es de clientes.

A empresa Beta possui atualmente tr�s Ger�ncias Operacionais, sendo uma ger�ncia classificada como ger�ncia C, outra classificada como ger�ncia B e outra classificada como ger�ncia A. Desde o ano de 2018, cada ger�ncia estabeleceu um escrit�rio de projetos (PMO), com o objetivo de alinhar as diretrizes estabelecidas pela Diretoria da empresa.

O estudo de caso foi realizado na ger�ncia A que possui 60% dos clientes e do volume de energia e servi�os distribu�dos. Esta ger�ncia, possui 2 grandes departamentos, totalizando 10 engenheiros respons�veis pela gest�o das opera��es.

A amostra desta pesquisa realizou-se com estes 10 Engenheiros, onde cada um deles respondeu o question�rio do PMO Maturity Cube que permitiu a realiza��o do estudo de caso e avalia��o do PMO desta ger�ncia.


4.1.1 Classifica��o do PMO Ger�ncia A

 

Para a realiza��o da pesquisa, cada engenheiro respons�vel pelos processos das opera��es da ger�ncia A recebeu e respondeu o question�rio do PMO Maturity Cube. Observou-se que o PMO atual est� em n�vel Departamental e foi neste n�vel de amplitude que a pesquisa foi realizada.

De acordo com as respostas dos question�rios, foi poss�vel avaliar a abordagem em n�veis operacional, t�tico e estrat�gico, avaliando o n�vel de maturidade do PMO.

A tabela 2 mostra as avalia��es em n�veis estrat�gico, t�tico e operacional, al�m dos n�veis desejados e n�vel atual para uma abordagem Departamentalizada:

 

Tabela 2 � Aplica��o do modelo PMO Maturity Cube

 

Abordagem do PMO � Empresa Beta

 

 

Avalia��o Estrat�gica

 

Avalia��o T�tica

Avalia��o Operacional

 

N�vel Atual

33,3%

B�sico

14%

B�sico

22%

B�sico

 

N�vel Desejado

52%

Intermedi�rio

61%

Intermedi�rio

63%

Intermedi�rio

Fonte: Elaborado pelo atutor

 

Conforme mostrado na tabela 2, devido ao pouco tempo da implanta��o do escrit�rio de projetos (ano de 2018), a empresa avalia que o n�vel ideal seria o n�vel intermedi�rio. Por�m, de acordo com a avalia��o, o PMO encontra-se com a maturidade em n�vel b�sico nas avalia��es Estrat�gica, T�tica e Operacional.

Observa-se que o PMO da empresa em quest�o, tem uma maior ader�ncia na avalia��o estrat�gica. Em visita realizada na empresa e conversa com os respons�veis, foi poss�vel verificar o desdobramento da estrat�gia da empresa para os demais n�veis da empresa e o PMO auxilia este desdobramento com o acompanhamento de projetos estrat�gicos ou que auxiliem o alcance da estrat�gia da empresa.

Em rela��o a avalia��o t�tica, a empresa possui um gap (diferen�a entre o n�vel desejado en�vel atual) muito grande em rela��o ao n�vel desejado de 61%.J� em rela��o a avalia��o operacional, a empresa tamb�m possui gap muito elevado sendo necess�rio melhorar em v�rios aspectos.

Como forma de aumentar as avalia��es em todos os n�veis de forma a tornar o PMO no n�vel desejado, elaborou-se uma rela��o de sugest�es em cada avalia��o para melhorar a abordagem.

 

4.1.2 Abordagem Estrat�gica

 

Para melhorar a abordagem, a empresa deve melhorar o acompanhamento do PMO sob os seguintes aspectos:

      Melhorar a coordena��o e integra��o dos projetos dentro dos departamentos;

      Elaborar um quadro estrat�gico dos projetos existentes;

      Melhorar a qualifica��o dos Gerentes de Projetos;

      Medir, acompanhar e melhorar o desempenho do PMO;

      Melhorar investimento em projetos priorit�rios.

 

4.1.3 Abordagem T�tica

 

Em rela��o a abordagem t�tica, cujo gap em rela��o ao n�vel desejado foi de 47% , as sugest�es para aumentar o grau de ader�ncia � avalia��o foram:

      Desenvolver uma metodologia padr�o de dissemina��o e acompanhamento dos projetos existentes;

      Desenvolver as compet�ncias dos Gerentes de Projetos;

      Estabelecer um sistema de informa��es para acompanhar e desenvolver os projetos, com foco na melhoria e controle;

      Melhorar a participa��o dos clientes e parceiros;

      Melhorar o gerenciamento das li��es aprendidas nos projetos;

      Melhorar o Planejamento e controle dos Riscos dos Projetos.

 

4.1.4 Abordagem operacional

 

J� em rela��o a abordagem operacional, onde tamb�m o gap foi muito significativo, as sugest�es de melhorias foram:

      Melhorar os servi�os de apoio aos projetos, tais como: an�lise de riscos, gest�o de contratos, etc;

      Melhorar informa��es dos avan�os e benef�cios dos projetos � Ger�ncia;

      Melhorar o monitoramento dos projetos e programas;

      Promover mentoria aos gerentes de Projetos;

      Realizar auditorias em projetos;

      Melhorar e acompanhar as li��es aprendidas dos projetos.

 

5 CONSIDERA��ES FINAIS

 

O modelo de avalia��o de maturidade PMO Maturity Cube, mostrou-se bastante satisfat�rio para a empresa onde o estudo de caso foi realizado. A empresa em quest�o n�o realiza nenhum modelo de avalia��o, e atrav�s desta experi�ncia, foi poss�vel verificar a necessidade urgente de realizar melhorias em seu escrit�rio de projetos (PMO).

Em todos as abordagens (estrat�gico, t�tico e operacional), o PMO da empresa encontra-se em n�vel b�sico de acordo com esta avalia��o. Percebeu-se que a empresa ficou surpresa com a avalia��o, pois achava que o PMO j� estava em n�vel intermedi�rio.

Observa-se que nas abordagens t�tica e operacional, a diferen�a entre os n�veis desejados e atuais s�o bem maiores, sendo necess�rio que a empresa adote as sugest�es apontadas de forma a melhorar a participa��o do PMO e o resultado em projetos.

Os projetos considerados cr�ticos aos resultados da empresa, necessitam de maior acompanhamento por parte do PMO e para estes projetos, � necess�rio selecionar gerentes com maior qualifica��o. Como a empresa n�o possui um acompanhamento dos n�veis de seu Gerentes de Projetos, fica dif�cil selecionar Gerentes mais adequados em projetos mais cr�ticos. Uma das sugest�es apontadas foi realizar capacita��o cont�nua e avalia��o dos Gerentes de Projetos.

Em rela��o aos Riscos, foi poss�vel observar que n�o h� uma abordagem madura em rela��o as melhores pr�ticas para identificar e mitigar riscos. Torna-se necess�rio que os Gerentes de projetos possuam conhecimento neste importante tema.

Verificou-se tamb�m que nenhum dos gerentes possuem certifica��o PMP (Professional Management Project). A certifica��o contribui no sentido de tornar o Gerente de Projetos mais preparado sobre as melhores pr�ticas na gest�o de projetos e abordar aspectos de qualidade, custos e riscos.

O resultado da pesquisa foi extremamente satisfat�ria e atendeu aos objetivos geral e espec�ficos do artigo. Como sugest�o de trabalhos futuros, orienta-se realizar esta avalia��o nas demais ger�ncias de forma a medir a maturidade atual e promover as melhorias necess�rias.

 

REFER�NCIAS

 

ANDRADE, Maria M. Introdu��o � metodologia no trabalho cient�fico. 7. ed. S�o Paulo: Atlas, 2005.

 

BARCAUI, Andr�. PMO � Escrit�rio de projetos, programas e portf�lio na pr�tica. Rio de Janeiro: Brasport, 2012.

 

BIAGI, Marta Cristina. Pesquisa cientifica: roteiro pr�tico para desenvolver projetos e teses. Curitiba: Juru�, 2012.

 

CARVALHO, M.; RABECHINI JR. Construindo Compet�ncias para Gerenciar Projetos: Teorias e Casos. S�o Paulo: Atlas, 2005.

 

CLEMENTE, Ademir et al. Projetos Empresariais e P�blicos. 2. ed. S�o Paulo: Atlas, 2002.

 

DINSMORE, Paul C.; CAVALIERI, Adriane. Como se tornar um profissional em gerenciamento de projeto. 3. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora Ltda, 2010.

 

FACHINI, C. Sustentabilidade Financeira e Custos de Transi��o em uma organiza��o de microcr�dito no Brasil. 2005. 150 p. Trabalho de

Conclus�o de Curso (Mestrado em ci�ncias). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, S�o paulo, 2005.

 

HELDMAN, K. Ger�ncia de projetos: guia para o exame oficial do PMI. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

 

KEELLING, R., Gest�o de projetos: Uma abordagem global. S�o Paulo: Saraiva, 2002.

 

MARCONI, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia cient�fica. 5. ed. S�o Paulo: Atlas, 2003.

 

MARCONI, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia cient�fica. 7. ed. S�o Paulo: Atlas, 2010.

 

MATIAS-PEREIRA, Jos�. Manual de metodologia da pesquisa cient�fica. 3. ed. S�o Paulo: Atlas, 2012.

 

MCKINSEY & COMPANY et al. Valuation: measuring and managing the value of companies. 5. ed. Hoboken, New Jersey: Wiley & Sons, 1990.

 

PINTO, A.; COTA, M.; LEVIN, G. �PMO MATURITY CUBE�: um modelo de avalia��o de maturidade exclusivo para Escrit�rio de Projetos, 2010.

 

PMBOK, Project Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos. 6. ed. Pensiv�nia: Project Management Institute, 2017.

 

PRADO, D. MMGP: Um modelo brasileiro de maturidade em gerenciamento de projetos. MPCM: Maturity by Project Category Model. 2005. Dispon�vel em:

http://www.maturityresearch.com/2005/downloads/Modelo_PradoMMGP_V3_%20TextoDescritivo.pdf. Acesso em Mar�o/2019.

 

PRODANOV, Cleber C.; FREITAS, Ernani C. Trabalho cient�fico: m�todos e t�cnicas da pesquisa e do trabalho acad�mico. 2. ed. Rio Grande do Sul: Feevale, 2013. Dispon�vel em: <www.feevale.br/editora>. Acesso em: 30 nov. 2018.

 

REIS, EDSON A. Manual de gest�o de projetos. 1. Ed. S�o Paulo: S�o Paulo, 2017.

 

REIS, CAIO A. A import�ncia do escrit�rio de projetos no gerenciamento de projetos : um estudo de caso da MRS Log�stica S.A. 2011. 61 p. Trabalho de

Conclus�o de Curso (Gradua��o em Engenharia de Produ��o). Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2011.

RODRIGUES, W. C. Metodologia Cient�fica. Rio de Janeiro : FAETEC/INST, 2007.

 

SILVA, RODRIGO B. Escrit�rio de gerenciamento de projetos para projetos intersetoriais. 2016. 41 p. Trabalho de Conclus�o de Curso (Mestre em Gest�o e Pol�ticas P�blicas). Escola de Administra��o de Empresas, S�o Paulo, 2016.

 

VARGAS, RICARDO. Gerenciamento de projetos estabelecendo diferenciais competitivos. 6. ed. Rio de Janeiro: Brasport Livros e Multim�dias Ltda, 2005.

 

VALERIANO, D. Moderno gerenciamento de projetos. S�o Paulo: Prentice Hall, 2005.

 

VERGARA, Sylvia C. Projetos e Relat�rios de Pesquisa em Administra��o. 11. ed. S�o Paulo: Atlas, 2009.

 

WEBER, J.; SCH�FFER, U. On the way to active management of performance measures. International Journal of Business Desempenho Management, p. 47-65, 2001.


AP�NDICES

Ap�ndice A � Question�rio PMO Maturity Cube

A)������� QUESTION�RIO DEPARTAMENTAL

 

B.1)��� AVALIA��O ESTRAT�GICA

 

B.1.1) Como o PMO prov� aconselhamento � Alta Ger�ncia do Departamento?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO � acionado eventualmente pela alta ger�ncia a fim de dar o seu posicionamento sobre quest�es relativas � tomada de decis�o estrat�gica.

N�vel 2 - O PMO � acionado freq�entemente pela alta ger�ncia a fim de dar o seu posicionamento sobre quest�es relativas � tomada de decis�o estrat�gica, por�m seu envolvimento n�o est� formalmente estabelecido.

N�vel 3 - O PMO participa do processo de tomada de decis�o estrat�gica, estando formalmente estabelecido o seu envolvimento nesse processo.

 

B.1.2) Como o PMO coordena e integra os projetos e/ou programas do portf�lio do departamento?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO identifica interdepend�ncias existentes entre os projetos e/ou programas componentes do portf�lio do departamento, por�m n�o acompanha mudan�as nestas interdepend�ncias.

N�vel 2 - O PMO identifica e monitora interdepend�ncias existentes entre os projetos e/ou programas componentes do portf�lio do departamento, informando e acionando os gerentes de projetos/programas e stakeholders em caso de necessidade.

N�vel 3 - O PMO identifica e monitora interdepend�ncias existentes entre os projetos e/ou programas componentes do portf�lio do departamento, atuando preventivamente e proativamente para garantir a realiza��o do portf�lio.

B.1.3) Como o PMO desenvolve e mant�m um quadro estrat�gico de projetos e/ou programas do departamento (project/program scoreboard)?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO disponibiliza informa��es referentes aos projetos e programas componentes do portf�lio do departamento, por�m estas est�o limitadas a uma vis�o individualizada sobre cada projeto, n�o havendo uma an�lise sob o ponto de vista dos resultados de neg�cio esperados e de depend�ncias entre projetos e programas, riscos e prazos do portfolio.

N�vel 2 - O PMO disponibiliza informa��es referentes aos projetos e programas componentes do portf�lio do departamento (com an�lises sob o ponto de vista dos resultados de neg�cio esperados e de depend�ncias entre projetos e programas, riscos e prazos do portf�lio) em um painel de controle executivo, por�m este n�o � frequentemente utilizado pela alta ger�ncia do departamento como apoio � tomada de decis�o.

N�vel 3 - O PMO disponibiliza informa��es referentes aos projetos e programas componentes do portf�lio do departamento (com an�lises sob o ponto de vista dos resultados de neg�cio esperados e de depend�ncias entre projetos e programas, riscos e prazos do portfolio) em um painel de controle executivo e o mesmo � amplamente utilizado pela alta ger�ncia do departamento como apoio � tomada de decis�o.

 

B.1.4) Como o PMO promove o gerenciamento de projetos no departamento?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO aplica a��es eventuais de sensibiliza��o sobre Gerenciamento de Projetos at� o n�vel hier�rquico intermedi�rio do departamento, incluindo gerentes de n�vel m�dio.

N�vel 2 - O PMO aplica a��es eventuais de sensibiliza��o sobre Gerenciamento de Projetos em todos os n�veis hier�rquicos do departamento, incluindo a alta ger�ncia. Desenvolve e publica pol�ticas e diretrizes para o gerenciamento de projetos no departamento.

N�vel 3 - O PMO define e executa um plano estruturado de promo��o do Gerenciamento de Projetos em todos os n�veis do departamento. Revisa e melhora pol�ticas e diretrizes para o gerenciamento de projetos no departamento.

 

B.1.5) Como o PMO monitora e controla o seu pr�prio desempenho?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO solicita informalmente aos seus clientes o feedback sobre o seu desempenho. N�vel 2 - O PMO solicita formalmente aos seus clientes o feedback sobre o seu desempenho.

N�vel 3 - O PMO solicita formalmente aos seus clientes o feedback sobre o seu desempenho e possui indicadores de desempenho para os processos sob a sua responsabilidade, demonstrando continuamente o seu desempenho para o seus clientes.

N�vel 4 - O PMO solicita formalmente aos seus clientes o feedback sobre o seu desempenho e possui indicadores de desempenho para os processos sob a sua responsabilidade, demonstrando continuamente o seu desempenho para o seus clientes. Al�m disso, compartilha metas com seus clientes e estrutura-se para melhoria cont�nua e aumento de sua maturidade, avaliando a necessidade de elimina��o, manuten��o ou cria��o de novos servi�os.

 

B.1.6) Como o PMO participa do processo de planejamento estrat�gico do departamento?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO participa informalmente e eventualmente do processo de planejamento estrat�gico do departamento.

N�vel 2 - O PMO participa informalmente e regularmente do processo de planejamento estrat�gico do departamento.

N�vel 3 - O PMO participa formalmente e regularmente do processo de planejamento estrat�gico do departamento.

 

B.1.7) Como o PMO gerencia um ou mais portf�lios departamentais?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO possui uma lista dos projetos ativos do departamento.

N�vel 2 - O PMO possui uma lista dos projetos ativos do departamento e busca a sua prioriza��o, por�m de forma n�o estruturada.

N�vel 3 - O PMO possui uma lista dos projetos ativos e priorizados do departamento e estabelece processos formais, atuando como facilitador na defini��o (identifica��o, categoriza��o, avalia��o, sele��o), desenvolvimento (prioriza��o, balanceamento e autoriza��o) e execu��o (monitoramento, revis�o e gest�o de mudan�as) do portf�lio.

N�vel 4 - O PMO possui uma lista dos projetos ativos e priorizados do departamento e estabelece processos formais, atuando como facilitador na defini��o (identifica��o, categoriza��o, avalia��o, sele��o), desenvolvimento (prioriza��o, balanceamento e autoriza��o) e execu��o (monitoramento, revis�o e gest�o de mudan�as) do portf�lio. O PMO utiliza um sistema integrado para automatizar os processos de gest�o de portf�lio do departamento.

 

B.1.8) Como o PMO identifica, seleciona e prioriza novos projetos do departamento?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO identifica, seleciona e prioriza novos projetos para o departamento sem utilizar crit�rios e sem que haja uma rela��o com a estrat�gia e o portf�lio j� existente.

N�vel 2 - O PMO identifica, seleciona e prioriza novos projetos para o departamento com base em crit�rios, por�m sem uma clara e precisa rela��o com a estrat�gia e o portf�lio j� existente.

N�vel 3 - O PMO estabelece para o departamento um processo formal de identifica��o, sele��o e prioriza��o de novos projetos baseado em categorias e crit�rios pr�-estabelecidos.

 

B.1.9) Como o PMO gerencia os benef�cios de projetos ou programas do departamento?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO acompanha a evolu��o da realiza��o dos benef�cios esperados para o departamento, apenas durante a realiza��o do mesmo, avaliando os resultados de neg�cio e comparando-os com os objetivos estrat�gicos originais do departamento vinculados ao planejamento estrat�gico.

N�vel 2 - O PMO acompanha a evolu��o da realiza��o dos benef�cios esperados para o departamento, durante e ap�s o fim do mesmo, avaliando os resultados de neg�cio e comparando-os com os objetivos estrat�gicos originais do departamento vinculados ao planejamento estrat�gico.

 

B.1.10)���������� Como o PMO mapeia o relacionamento e o ambiente de projetos dentro e fora do departamento?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO identifica os stakeholders do portf�lio do departamento e toma a��es para gerenci�- los conforme demanda.

N�vel 2 - O PMO identifica os stakeholders do portf�lio do departamento, analisa suas expectativas, cria uma estrat�gia de relacionamento e atua proativamente para implement�-la.

 

B.2)��� AVALIA��O T�TICA

 

B.2.1) Como o PMO desenvolve e implementa a metodologia padr�o de Gerenciamento de Projetos do departamento?

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO desenvolveu a metodologia b�sica padr�o para o departamento, mas n�o � utilizada na maioria das vezes, ou seja, n�o foi completamente implantada e nem internalizada.

N�vel 2 - O PMO desenvolveu a metodologia padr�o para o departamento, alinhando poss�veis metodologias j� existentes em diferentes �reas, e essa metodologia padr�o � utilizada na maioria dos projetos do departamento.

N�vel 3 - O PMO desenvolveu a metodologia padr�o para o departamento e esta � utilizada por todos os projetos e de forma correta.

N�vel 4 - O PMO desenvolveu e ainda aprimorou a metodologia padr�o para o departamento e esta � utilizada de forma ampla e correta.

 

B.2.2) Como o PMO desenvolve compet�ncias em Gerenciamento de Projetos?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO atende reativamente a necessidades de treinamento do departamento.

N�vel 2 - O PMO prop�e treinamentos eventuais para o departamento.

N�vel 3 - O PMO institui um plano de desenvolvimento de compet�ncias em gerenciamento de projetos para o departamento, envolvendo treinamento, certifica��es e/ou p�s-gradua��es.

N�vel 4 - O PMO estabelece uma carreira espec�fica em Gerenciamento de Projetos para o departamento, sustentada por um plano de desenvolvimento corporativo de compet�ncias em gerenciamento de projetos, envolvendo treinamento, certifica��es e/ou p�s-gradua��es.

 

B.2.3) Como o PMO implementa e administra sistemas de informa��o de gerenciamento de projetos?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO oferece um sistema de informa��o de gerenciamento de projetos para o departamento, com foco em monitoramento e controle, o qual � utilizado por gerentes de projetos/programas e stakeholders na maioria dos projetos do departamento, por�m este sistema n�o utiliza uma base de dados �nica e integrada com todos os projetos.

N�vel 2 - O PMO oferece um sistema de informa��o de gerenciamento de projetos integrado para o departamento, com foco em monitoramento e controle, o qual � utilizado por gerentes de projetos/programas e stakeholders na maioria dos projetos do departamento.

N�vel 3 - O PMO oferece um sistema de informa��o de gerenciamento de projetos integrado para o departamento, com foco em monitoramento e controle, o qual � efetivamente utilizado por gerentes de projetos/programas e stakeholders em todos os projetos do departamento.

 

B.2.4) Como o PMO gerencia interfaces com clientes?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO acompanha o andamento dos projetos do departamento, sem agir no sentido de levantar as expectativas dos clientes destes projetos.

N�vel 2 - O PMO gerencia o relacionamento com clientes dos projetos do departamento, administrando expectativas e avaliando a satisfa��o, por�m sem autoridade para influenciar diretamente a gest�o dos projetos envolvidos.

N�vel 3 - O PMO gerencia o relacionamento com clientes dos projetos do departamento, administrando expectativas, avaliando a satisfa��o e garantindo o cumprimento dos acordos estabelecidos, tendo autoridade para influenciar diretamente a gest�o dos projetos envolvidos.

 

B.2.5) Como o PMO prov� um conjunto de ferramentas para o Gerenciamento de Projetos?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO prov� ferramentas para o departamento sem o esfor�o de padroniza��o e de integra��o e � medida do necess�rio.

N�vel 2 - O PMO prov� ferramentas aderentes �s metodologias e processos existentes, padronizadas e integradas para o departamento, as quais s�o utilizadas na maioria dos casos, mas n�o plenamente.

N�vel 3 - O PMO prov� ferramentas aderentes �s metodologias e processos existentes, padronizadas e integradas para o departamento, as quais s�o utilizadas plenamente.

 

B.2.6) Como o PMO atua na aloca��o e movimenta��o de recursos entre os projetos do departamento?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO atua de forma reativa na aloca��o/movimenta��o de recursos entre projetos do departamento.

N�vel 2 - O PMO possui uma vis�o do pool de recursos, mas n�o possui autoridade para alocar e mover recursos entre projetos do departamento.

N�vel 3 - O PMO possui uma vis�o do pool de recursos e autoridade para alocar e mover recursos entre projetos do departamento.

 

B.2.7) Como o PMO implementa e gerencia o banco de dados de li��es aprendidas?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO armazena as li��es aprendidas dos projetos do departamento isoladamente sem uma integra��o das li��es dos diversos projetos. N�o h� estrutura��o de um banco de dados.

N�vel 2 - O PMO consolida as li��es aprendidas dos projetos do departamento e estrutura um banco de dados de li��es aprendidas.

N�vel 3 - Al�m de consolidar, o PMO implementa e dissemina uma ferramenta para recupera��o de li��es aprendidas para projetos do departamento.

 

B.2.8) Como o PMO implementa e gerencia o banco de dados de riscos?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO armazena os riscos gerenciados nos projetos do departamento isoladamente sem uma integra��o dos riscos dos diversos projetos. N�o h� cria��o de uma Estrutura Anal�tica de Riscos e nem a estrutura��o de um banco de dados.

N�vel 2 - O PMO consolida os riscos gerenciados nos projetos do departamento criando uma Estrutura Anal�tica de Riscos e estrutura um banco de dados.

N�vel 3 - Al�m de consolidar, o PMO implementa e dissemina uma ferramenta para recupera��o de informa��es sobre riscos para projetos do departamento.

 

B.2.9) Como o PMO exerce as fun��es de recrutar, selecionar, avaliar e determinar sal�rios dos GPs?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO recruta, seleciona, avalia e determina sal�rios dos Gerentes de Projetos sob demanda, para o departamento.

N�vel 2 - O PMO estabelece crit�rios para o departamento quanto a recrutamento, sele��o, avalia��o de Gerentes de Projetos.

N�vel 3 - Al�m de estabelecer crit�rios para o departamento, o PMO tamb�m estabelece um plano de cargos e sal�rios para os Gerentes de Projetos.

 

B.3)��� AVALIA��O OPERACIONAL

 

B.3.1) Como o PMO prov� servi�os especializados para os Gerentes de Projetos?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO prov� aos gerentes de projetos do departamento servi�os mais b�sicos de apoio ao gerenciamento de projetos como, por exemplo: apoio � documenta��o, elabora��o de cronogramas, facilita��o de reuni�es.

N�vel 2 - O PMO prov� aos gerentes de projetos do departamento servi�os avan�ados de apoio ao gerenciamento de projetos como, por exemplo: an�lise de riscos, elabora��o e gest�o de contratos, recupera��o de projetos.

 

B.3.2) Como o PMO informa o status dos projetos para a Alta Ger�ncia?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO recolhe a informa��o do status, prepara relat�rio e o distribui � alta ger�ncia/sponsor do departamento, sem nenhuma a��o ou an�lise espec�fica.

N�vel 2 - O PMO recebe a informa��o do status, analisa e disponibiliza relat�rio � alta ger�ncia/sponsor do departamento, gerando alertas.

N�vel 3 - O PMO recebe a informa��o do status, analisa, disponibiliza relat�rio � alta ger�ncia/sponsor do departamento, gerando alertas e interagindo com as partes interessadas em busca da solu��o dos problemas.

B.3.3) Como o PMO monitora e controla o desempenho de projetos e programas do departamento?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO monitora e controla o desempenho de projetos e programas do departamento, sob o ponto de vista de prazo e custo, provendo relat�rios de acompanhamento sem nenhum tipo de an�lise espec�fica.

N�vel 2 - O PMO monitora e controla o desempenho de projetos e programas do departamento, sob o ponto de vista de prazo, custo, qualidade e satisfa��o do cliente, provendo relat�rios de acompanhamento com an�lises e alertas espec�ficos para o gerente do projeto/programa e alta ger�ncia.

N�vel 3 - O PMO monitora e controla o desempenho de projetos e programas do departamento, sob o ponto de vista de prazo, custo, qualidade e satisfa��o do cliente, provendo relat�rios de acompanhamento e tomando proativamente a��es preventivas e corretivas junto ao gerente do projeto e alta ger�ncia.

 

B.3.4) Como o PMO prov� mentoring para os Gerentes de Projetos?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO oferece mentoring aos profissionais de gerenciamento de projetos do departamento apenas quando solicitado. O mentoring envolve o apoio as atividades de planejamento e controle, no sentido de transferir conhecimento t�cnico e/ou comportamental para o Gerente ou time do Projeto.

N�vel 2 - O PMO identifica pontualmente as necessidades e oferece mentoring proativamente aos profissionais de gerenciamento de projetos do departamento. O mentoring envolve o apoio as atividades de planejamento e controle, no sentido de transferir conhecimento t�cnico e/ou comportamental para o Gerente ou time do Projeto.

N�vel 3 - O PMO estrutura um processo para prover mentoring de forma proativa aos profissionais de gerenciamento de projetos do departamento, conforme crit�rios pr�-estabelecidos. O mentoring envolve o apoio as atividades de planejamento e controle, no sentido de transferir conhecimento t�cnico e/ou comportamental para o Gerente ou time do Projeto.

 

B.3.5) Como o PMO gerencia arquivos e acervos de documenta��o de projetos?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO capta e armazena documentos de projetos do departamento, sem an�lise espec�fica e a recupera��o das informa��es fica por conta dos usu�rios que utilizam o acervo com baixa frequ�ncia.

N�vel 2 - O PMO capta e armazena documentos de projetos do departamento, sem an�lise espec�fica e a recupera��o das informa��es fica por conta dos usu�rios que de fato o fazem.

N�vel 3 - O PMO tem um processo estruturado com o objetivo de captar e armazenar documentos de projetos do departamento, analisando a qualidade da documenta��o e propiciando mecanismos de recupera��o das informa��es aos usu�rios que de fato os utilizam.

 

B.3.6) Como o PMO gerencia um ou mais programas ou projetos do departamento?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO oferece ocasionalmente assist�ncia aos gerentes de projetos/programas, por�m sem metodologia e sem ferramenta espec�fica.

N�vel 2 - O PMO oferece assist�ncia aos gerentes de projetos/programas sempre que solicitada, com metodologia e ferramenta espec�fica.

N�vel 3 - O PMO oferece assist�ncia aos gerentes de projetos/programas sempre que solicitada, como metodologia e ferramenta espec�fica. Em alguns casos, assume ele pr�prio o gerenciamento de determinados projetos.

 

B.3.7) Como o PMO conduz auditorias de projetos?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO atua reativamente no departamento, iniciando um processo de auditoria do gerenciamento de projetos apenas quando um problema mais grave � detectado. Al�m disso, os resultados da auditoria s�o utilizados para fornecer feedback aos envolvidos.

N�vel 2 - O PMO atua proativamente no �mbito do departamento, possuindo um processo estabelecido de auditoria do gerenciamento de projetos com procedimentos de atua��o. Al�m disso, os resultados da auditoria s�o utilizados para fornecer feedback aos envolvidos. O PMO percebe que h� resist�ncia por parte dos auditados.

N�vel 3 - O PMO atua proativamente no departamento, possuindo um processo estabelecido de auditoria do gerenciamento de projetos com procedimentos de atua��o. Al�m disso, os resultados da auditoria s�o utilizados para fornecer feedback aos envolvidos. O PMO percebe que n�o h� resist�ncia significativa por parte dos auditados e que existe uma percep��o do valor do trabalho de auditoria pelos auditados.

 

B.3.8) Como o PMO conduz revis�es p�s-gerenciamento do projeto (li��es aprendidas)?

 

N�vel 0 - O PMO n�o executa essa fun��o.

N�vel 1 - O PMO facilita o processo de capta��o das li��es aprendidas, se envolvendo diretamente em reuni�es e eventos com esse fim em projetos do departamento.

N�vel 2 - O PMO, al�m de facilitar o processo de capta��o das li��es, analisa, consolida e apresenta proposi��es de melhoria para projetos do departamento.

N�vel 3 - Al�m de facilitar o processo, o PMO estabelece um processo integrado � metodologia para reaproveitamento das li��es aprendidas por parte de outros gerentes em projetos atuais ou futuros do departamento.