LOG�STICA REVERSA DE P�S-CONSUMO POR MEIO DA
REUTILIZA��O DOS RES�DUOS DE CONCRETO USINADO NAS OBRAS DE PARQUE E�LICO
ADMINISTRADAS PELA CONSTRUTORA ALFA
Augusto Ol�mpio Paula Chaves
Graduando do Curso de Engenharia de Produ��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7).
Ney Barros da Costa Filho
Professor do curso de Engenharia de
Produ��o do Centro Universit�rio 7 de Setembro (UNI7). Mestre em Desenvolvimento
e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Cear� (UFC). Graduado em Engenharia
de Pesca pela UFC. Professor de cursos de gradua��o e p�s-gradua��o da UNI7.
RESUMO
Este artigo
tem como objetivo propor a implementa��o da log�stica reversa de p�s consumo
para redu��o de res�duos s�lidos por meio da reutiliza��o dos res�duos de
concreto usinados nas obras de parque e�lico administradas pela construtora
Alfa. A log�stica reversa consegue agregar valores em diversas �reas de natureza
econ�mica, ecol�gica, legal e demais �reas que envolvem a log�stica. Neste
�mbito, al�m de contribuir propositalmente com a diminui��o de impactos
ambientais, h� um ganho competitivo para a empresa que a utiliza. Assim,
buscou-se uma explana��o te�rica da log�stica reversa de p�s-consumo no setor
da constru��o civil, sua legisla��o pertinente e maneiras de aplica��o dentro
de um projeto de escopo civil. Para o desenvolvimento do artigo, foi utilizado
a metodologia quantitativo explorat�ria-descritiva, com forte embasamento na
pesquisa de literatura e no estudo de caso. Quanto a parte de coleta de dados
utilizou-se de entrevistas semiestruturadas, onde para o tratamento dos dados,
foi realizado a t�cnica de an�lise de conte�do. Este trabalho pretende estudar
e propor canais reversos para o concreto usinado em obras de parques e�licos
administrados pela construtora ALFA, com sede na cidade de Fortaleza.
PALAVRAS-CHAVE: Concreto Usinado, Log�stica reversa, Meio Ambiente,
Reutiliza��o,
ABSTRACT
The purpose of this
article is to propose the implementation of post-consumption reverse logistics
to reduce solid waste through the reuse of the concrete residues machined in
the wind farm works managed by the Alfa construction company. Reverse logistics
can add values in several areas of economic, ecological, legal
and other areas that involve logistics. In this context, besides contributing
deliberately with the reduction of environmental impacts, there is a
competitive gain for the company that uses it. Thus, we sought a theoretical
explanation of the post-consumption reverse logistics in the construction
sector, its pertinent legislation and ways of applying it within a civil scope
project. For the article's development, the exploratory-descriptive qualitative
methodology was used, with a strong basis in literature research and in the
case study. As for the data collection part, we used semi-structured
interviews, where for the data treatment, the content analysis technique was
performed. This work intends to study and propose reverse channels for the
concrete machined in works of wind farms administered by the ALFA construction
company, based in the city of Fortaleza.
KEYWORDS: Concrete, Environment, Reverse Logistics, Reuse.
A log�stica
reversa se tornou um diferencial competitivo para companhias uma vez que
aspectos referentes � reciclagem, ao reaproveitamento de materiais e ao
tratamento de res�duos est�o sendo cada vez mais valorizados pelos consumidores
no momento da escolha. Outrossim a quest�o ambiental tem ganhado muita
import�ncia, � medida que os consumidores desenvolvem maior consci�ncia e
naturalmente cobram postura das ind�strias, de bens de consumo e servi�os.
Posto que a crise ambiental apresenta componentes principais
como: aumento exponencial de crescimento populacional; uso e explora��o
exagerada de recursos naturais e polui��o em demasia, a pr�tica da log�stica reversa vem se mostrando
como contribuinte �s quest�es socioambientais e econ�micas, sobretudo no
retorno dos produtos e a sua reutiliza��o em novos produtos minimizando os
gastos/custos atribu�dos no seu ciclo de produ��o. �
Em 2017, dados referentes a um estudo da Organiza��o das Na��es
Unidas (ONU) revelam �ndices alarmantes a respeito do aumento da popula��o
global, onde cita-se que atualmente � de 7,6 bilh�es de habitantes e, que
segundo progn�sticos, haver� um aumento para 8,6 bilh�es em 2030. O levantamento ainda afirma que tais �ndices evidenciam que
a popula��o mundial aumente at� aproximadamente 9,8 bilh�es pessoas em 2050 e
que, para 2100, o mundo tenha quase 11,2 bilh�es de habitantes. (EBC, 2017).
O impacto desse aumento populacional incide em maior explora��o de recursos naturais e gera��o de res�duos bem como a necessidade por maiores exist�ncia de processos tecnol�gicos para utiliza��o de um recurso.
Esse crescimento desordenado trouxe um enorme desafio que a sociedade tem enfrentado, os grandes impactos ambientais, vistos com o surgimento de desastres naturais e a escassez de recursos naturais, provenientes do aumento da escala de produ��o, que tem elevado a quantidade de res�duos produzidos sem elabora��o de um plano para seu correto manejo (NAVARRO, 2014).
O mundo inteiro tem despertado uma grande preocupa��o com as quest�es ambientais, como a conscientiza��o dos limites dos recursos dispon�veis em nosso planeta para assegurar a sua exist�ncia e disponibilidade para a gera��es futuras.
Um dos setores respons�vel por uma parte significativa dos impactos causados ao meio ambiente � o setor da constru��o civil, sendo o canteiro de obra responde por uma grande parcela destes impactos, e pode causar influ�ncia nos diagn�sticos ambientais, que est�o relacionados com a gera��o de res�duos na produ��o de materiais e componentes em suas atividades dentro do canteiro de obra e durante a execu��o dos trabalhos (FOGLI, 2016).
O setor da constru��o civil � considerado um dos pilares da economia brasileira, sendo o maior gerador de empregos e trazendo desenvolvimento para o pa�s. Conforme Minist�rio do Meio Ambiente, ele � respons�vel por cerca de 50% do volume de res�duos s�lidos produzidos no pa�s. Em todas as suas atividades, desde a extra��o dos recursos naturais, a produ��o de materiais e componentes, o canteiro de obra e a sua execu��o, principalmente em obras de manuten��o e reforma que exigem demoli��es (KARPINSK et al., 2009).
Muitos s�o os fatores que contribuem para a gera��o de res�duos na constru��o civil, isso se deve pela falta de planejamento de processos para reutiliza��o e reciclagem no pr�prio canteiro (BRUM, 2013). Onde, na maioria das vezes esses res�duos s�o descartados em lix�es ou em muitos casos simplesmente descartam em pontos clandestinos de coleta.
A conscientiza��o da popula��o e empresas produzem formas de redu��o do volume dos res�duos gerados no canteiro de obra, levando � obrigatoriedade legal da gest�o de res�duos s�lidos, juntamente com a aplica��o de log�stica reversa (KARPINSK et al., 2009).
A Lei n. 12.305/2010, que institui a Pol�tica Nacional de Res�duos S�lidos, estabelece que a log�stica reversa age como um instrumento de desenvolvimento econ�mico e social com a��es, institui procedimentos e meios para o reaproveitamento e destina��o final de forma ambientalmente correta (BRASIL, 2010).
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), em sua resolu��o n. 307/2002, define diretrizes, crit�rios e procedimentos para a gest�o de res�duos, que v�o desde a sua coleta, o transporte correto e sua destina��o final (BRASIL, 2002).
Segundo pesquisa realizada em 2010 pelo Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (IPEA), o Brasil perde ao ano R$ 8 bilh�es por n�o reaproveitar os materiais que s�o descartados. A quantidade de res�duo s�lido urbano que de fato � reaproveitado n�o chega a 2%, mesmo com a maior parte dos munic�pios do pa�s realizando iniciativa de coleta seletiva, chegando at� 60% (IPEA, 2010).
A log�stica reversa possibilita que um produto que seria descartado ou parte dele, volte para sua origem ou seja reaproveitado para fabrica��o de novos produtos ou agregados, evitando que o material seja descartado em locais inadequados, favorecendo ao meio ambiente e contribuindo tamb�m para a empresa (UEHARA et al., 2015).
Dados levantados pelo IPEA estimam que 160 mil toneladas di�rias de res�duos s�lidos s�o geradas e que desse montante 30% a 40% s�o pass�veis de reaproveitamento, sendo apenas 13% destinados � reciclagem (IPEA, 2017).
Em uma outra pesquisa, a constru��o civil � respons�vel pelo consumo de 20 a 50% dos recursos naturais extra�dos e transformados em res�duos, sendo estimado que 70% prov�m de reformas, demoli��es e pequenas obras e os outros 30% prov�m da constru��o formal (MENEZES et al., 2011).
A gera��o dos res�duos vem aumentando de forma difusa nas cidades, sendo a Constru��o Civil respons�vel pela maior parcela devido o grande n�mero de reformas e de autoconstru��es, resultando em cerca de 70% do volume gerado no mercado (SINDUSCON, 2015).
Um bom plano de gerenciamento de res�duos onde deve ser implantado a log�stica reversa, deve obter um canteiro de obras bem planejado, para que possa auxiliar no bom desenvolvimento da obra, sa�de e seguran�a dos trabalhadores, diminuindo o consumo de mat�ria prima e evitando qualquer desperd�cio de material dentro da pr�pria obra, resultando na minimiza��o do descarte dos mesmos (MONTEIRO FILHA et al., 2014).
A motiva��o para a realiza��o deste estudo est� fundamentada na grande preocupa��o com as quest�es ambientais vigentes no tocante � mitiga��o de impactos oriundos da atividade do segmento de constru��o civil e a oportunidade de poder contribuir com o meio ambiente. A partir desse elemento tem-se o desenvolvimento do conceito de log�stica reversa de p�s-consumo por meio da reutiliza��o de res�duos de concreto usinado nas obras de parque e�lico administradas pela construtora Alfa.
O presente artigo, busca responder de que maneira pode-se utilizar o res�duo de concreto usinado oriundo da constru��o de parque e�lico administrado pela construtora Alfa.
Este trabalho tem como objetivo geral propor a implementa��o da log�stica reversa de p�s consumo para redu��o de res�duos s�lidos por meio da reutiliza��o dos res�duos de concreto usinados nas obras de parque e�lico administradas pela construtora Alfa.
Assim, seus objetivos espec�ficos s�o descritos como: descrever processo da log�stica reversa de p�s consumo, descrever a Pol�tica Nacional de Res�duos S�lidos e sua aplica��o no mercado da constru��o civil e descrever processos de log�stica reversa de p�s consumo da constru��o civil.
Os objetivos espec�ficos emp�ricos buscam identificar a m�dia anual de produ��o de res�duos de concreto usinado produzidos pelas obras administradas pela construtora Alfa, avaliar a viabilidade de utiliza��o da log�stica reversa, analisando os fatos que dificultam ou impedem que este processo ocorra e apontar a maneira de reutiliza��o dos res�duos de concreto usinado apresentando melhor aplica��o deste material.
Para compor essa discuss�o, as se��es abaixo a esta introdu��o, ir�o discorrer sobre a revis�o de literatura sobre log�stica reversa de p�s consumo, seguido pela metodologia de pesquisa, posteriormente com a discuss�o dos resultados e finalizando com as considera��es.
Para esta se��o, foram apresentados conceitos
e fundamentos existentes na literatura cient�fica sobre o tema em quest�o, que
ir�o servir de embasamento a esta pesquisa. Ser� abordado a log�stica reversa
de p�s-consumo, as �reas de atua��o, sua opera��o, o processo log�stico e a
legisla��o aplicada no Brasil. Tamb�m foram abordados a pol�tica nacional de
res�duos s�lidos e os canais de distribui��o reverso e o processo de log�stica
reversa de p�s-consumo no setor da constru��o civil, atentando para as
legisla��es pertinentes e principalmente a resolu��o Conama 307/2002 e suas
revis�es.
Neste cap�tulo s�o apresentados conceitos
centrais relacionados � log�stica reversa de p�s-consumo e seus canais de
distribui��o reversos, � Pol�tica Nacional de Res�duos S�lidos e a sua vers�o
preliminar do Plano Nacional de Res�duos S�lidos.
A log�stica reversa agrega diversos valores em variadas �reas de atua��o de natureza econ�mica, ecol�gica, legal e in�meras outras �reas que envolvem a log�stica. � a log�stica reversa que planeja, opera e controla o fluxo de informa��es log�sticas dos retornos de bens de p�s-consumo ao ciclo produtivo, por meio de canais de distribui��o reverso (LEITE, 2009).
Os bens de p�s-consumo podem ser organizados como bens dur�veis ou descart�veis e sendo que para o retorno dos mesmos ao ciclo produtivo s�o determinados de acordo com o fim de vida �til ou fim de utilidade pelo comprador. O tempo transcorrido desde a produ��o original de um bem at� o momento em que o primeiro possuidor se desfaz dele � denominado vida �til do produto (THODE FILHO et al., 2015).
Portanto, como o foco desse estudo �
analisar a maneira que o processo log�stico reverso de p�s-consumo contribui
para o manejo e o destino adequado dos res�duos s�lidos gerados na constru��o
de base para torres e�licas, s�o apresentado nessa se��o apenas conceitos
voltados para a log�stica reversa de p�s-consumo.
Nos �ltimos anos alguns fatores impulsionaram a log�stica reversa. O aumento do interesse nesse ramo se deu pela crescente preocupa��o com o meio ambiente e acima disso, com a preocupa��o de atender aos desejos dos clientes e reduzir custos. Com a crescente procura por produtos e processos ecologicamente corretos, a log�stica reversa ganhou for�a e se transforma em um dos principais fatores por este movimento (LEITE, 2009).
Al�m de contribuir substancialmente para a redu��o de impactos ao meio ambiente h� um ganho competitivo para a empresa que a faz. Os principais fatores que motivam as empresas a implementar a log�stica reversa s�o: legisla��o, raz�es competitivas, melhoria da imagem coorporativa, revaloriza��o econ�mica, renova��o de estoques, ganhos econ�micos, responsabilidade socioambiental, recupera��o de ativos e/ou de valor, e presta��o de servi�os diferenciados (ANDRADE, FERREIRA E SANTOS, 2009).
As empresas que atuam na constru��o civil t�m na log�stica reversa alternativas sustent�veis para os res�duos s�lidos, devido aos custos extra��o, movimenta��o e destina��o envolvidos, e com isso, proteger as fontes naturais e diminuir a contamina��o por desperd�cio (ARIF et al., 2012).
Neste contexto, destaca-se a import�ncia da utiliza��o da log�stica reversa, pois esta centra sua aten��o sobre os res�duos, e os materiais provenientes de qualquer atividade humana ou provenientes de for�as naturais (GUPTA et al., 2015).
Neste cap�tulo s�o apresentados as
legisla��es e resolu��es voltadas ao descarte dos res�duos da constru��o civil,
como a resolu��o CONAMA 307/2002 e a Lei Federal n. 12.305/2010.
A gest�o de res�duos provenientes da
ind�stria da constru��o civil se tornou obrigat�ria com a publica��o da
Resolu��o CONAMA 307/2002, juntamente com a Pol�tica Nacional de Res�duos
S�lidos (PNRS), a Lei n. 12.305/2010, que estendeu a responsabilidade do
descarte com a iniciativa privada e estipulou um prazo para que as empresas se
adequassem e come�assem a se preocupar com os res�duos gerados, dando � devida
import�ncia a reciclagem. A maioria das empresas brasileiras ainda n�o
estabeleceu Planos Integrados de Gerenciamento, previstos na legisla��o, e
seguem com dificuldades para administrar a correta destina��o dos entulhos, bem
como para estabelecer regras que promovam sua redu��o e reutiliza��o (BRASIL,
2010).
O setor da constru��o civil e os res�duos gerados atrav�s de suas atividades � regulamento pela Resolu��o n. 307/2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), gerenciando a destina��o correta para cada res�duo gerado, onde este setor � considerado um dos que mais gera impactos ambientais, tanto pelo consumo de recursos naturais, quanto pela modifica��o da paisagem e gera��o de res�duos (SINDUSCON, 2014).
Neste contexto, a fim de facilitar a identifica��o correta dos res�duos, a Resolu��o n. 307/2002 estabelece que os res�duos gerados na constru��o civil s�o divididos em quatro classes conforme figura 1 (BRASIL, 2002).
Figura 1 -
Classes dos Res�duos da Constru��o Civil conforme Resolu��o CONAMA n. 307/2002
Fonte: Brasil, 2002.
O correto manejo dos res�duos no canteiro de obras permite a identifica��o de materiais reutiliz�veis que geram economia tanto na compra de novos materiais quanto por evitar custos de remo��o (SINDUSCON/SP, 2014).
A Resolu��o n. 307/2002 ainda estabelece que
os geradores de res�duos dever�o ter como objetivo priorit�rio a n�o gera��o de
res�duos e, secundariamente, a redu��o, a reutiliza��o, a reciclagem e a
destina��o final n�o podendo ser dispostos em aterros de res�duos domiciliares,
em encostas, lotes vagos e em �reas protegidas por lei (BRASIL, 2002).
A Lei n. 12.305/2010, que explicita a
Pol�tica Nacional de Residuos Solidos (PNRS) define a log�stica reversa como um
instrumento de desenvolvimento economico e social caracterizado por um conjunto
de a��es, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restitui��o
dos residuos s�lidos, visando� ao
aproveitamento, em seu ciclo produtivo, ou outra destina��o final ambiental adequada
(BRASIL, 2010).
Essa Lei disciplina a coleta, o destino
final e o tratamento de res�duos, al�m de estabelecer diretrizes para reduzir a
gera��o de res�duos e combater o desperd�cio de material descartado. Com a PNRS
(2010) o pa�s passou a contar com uma defini��o legal em �mbito nacional para
res�duos s�lidos, isto �, material, subst�ncia, objeto ou bem descartado
resultante de atividades humanas em sociedade, cuja destina��o final se procede
no estado s�lido ou semiss�lido. Para alcan�ar os objetivos da PNRS, a mesma
estabelece como principal instrumento a log�stica reversa (FOGLI, 2016).
Ainda existem a Normas Brasileiras da ABNT
que regulamentam os res�duos s�lidos conforme a seguir.
1.
NBR 10004: Res�duos S�lidos � classifica��o:
trata da classifica��o dos res�duos s�lidos de acordo com sua classe e os tipos
de materiais, caracter�sticas e sua reutiliza��o e/ou reciclagem (NBR
10004:2004);
2.
NBR 15112: Res�duos da Constru��o Civil (RCC) e
Res�duos Volumosos � �reas de transbordo e triagem: estabelece diretrizes para
projetos, implanta��o e opera��o de �reas para recebimento dos res�duos e serem
feitos a triagem e valora��o dos materiais (NBR 15112:2004);
3.
NBR 15113: RCC e res�duos inertes � aterros:
estabelece diretrizes para projeto, implanta��o e opera��o para solu��o
adequada de disposi��o dos res�duos classe A e seu adequado aproveitamento (NBR
15113:2004);
4.
NBR 15114: RCC �
�reas de reciclagem: estabelece diretrizes para projeto, implanta��o e opera��o
de locais que possibilitem a transforma��o dos res�duos da constru��o classe A,
para aproveitamento e reinser��o nas atividades da constru��o civil (NBR
15114:2004);
5.
NBR 15115:
Agregados reciclados de Res�duos da Constru��o Civil (RCC): estabelece os procedimentos para a utiliza��o dos
agregados em execu��o de camadas de pavimenta��o (NBR
15115:2004);
6.
NBR 15116:
Agregados reciclados de Res�duos da Constru��o Civil (RCC): estabelece os procedimentos para a utiliza��o dos
agregados em preparo de concreto sem fun��o estrutural (NBR
15116:2004).
Em �mbito estadual a Lei N. 16032, de 20 de junho de 2016 do Governo do Estado do Cear�, Institui a Pol�tica Estadual de Res�duos S�lidos no �mbito do Estado do Cear�, que institui as diretrizes relativas � gest�o integrada e ao gerenciamento de res�duos s�lidos, atentando aos perigosos, �s responsabilidades dos geradores e do Poder P�blico e sua aplica��o no �mbito estadual. (FORTALEZA, 2015)
Em �mbito municipal o Decreto N. 13.732, de
28 de dezembro de 2015, da Prefeitura Municipal de
Fortaleza-CE, estabelece os requisitos para elabora��o do plano de gerenciamento
de res�duos s�lidos no munic�pio de Fortaleza. (FORTALEZA, 2015)
Neste cap�tulo descrever-se o processo
log�stico reverso na constru��o civil, as etapas do processo log�stico reverso
de p�s-consumo na constru��o civil, a gera��o, o gerenciamento e destina��o
final dos res�duos da constru��o civil, relacionados com a sua rela��o com a
Pol�tica Nacional de Res�duos S�lidos e com a Resolu��o CONAMA n. 307/2002.
Os materiais utilizados na constru��o civil
s�o vari�veis de acordo com a disponibilidade, a tecnologia construtiva e o
custo para sua utiliza��o. Em civiliza��es primitivas, os materiais eram
utilizados da maneira a qual eram extra�dos da natureza, sem sofrerem qualquer
adapta��o � sua empregabilidade. A evolu��o come�ou a surgir a passos lentos,
desde a Idade da Pedra ao atual sistema construtivo baseado na utiliza��o de
concreto armado, tijolos e vidros (BAUER, 2014).
Atualmente, o concreto � o principal material utilizado na constru��o civil e � o resultado da mistura, em quantidades definidas de acordo com o tra�o calculado, de cimento, pedras britadas, areia e �gua. Dentre os materiais citados, apenas o cimento e a pedra britada s�o obtidos por meio de processo de industrializa��o. Na composi��o do cimento prevalece a argila e calc�rio que, assim como demais componentes do concreto, s�o recursos naturais (AMBROZEWICZ, 2012).
Os problemas ambientais causados pela extra��o de rochas v�o al�m do uso de explosivos e as vibra��es causadas pela sua detona��o. S�o degradados ambientes alterando o equil�brio ecol�gico, abertas cavas que, posteriormente, moradores da regi�o costumam utilizar como lix�es ou mesmo bota-fora de constru��es, al�m da altera��o dos aspectos paisag�sticos do local, ficando apenas um grande deserto em locais que foram explodidos e transportados (JADOVSKI, 2005).
A areia � o agregado mi�do utilizado na produ��o de concreto, e seus gr�os tem dimens�es entre 0,0075 mm e 4,8 mm. Areias grossas s�o constitu�das de fragmentos de rocha e areias finas de gr�os minerais. Ainda segundo o autor, a extra��o � realizada por meio de suc��o no leito do rio e transportada para os portos de areia onde ser�o peneiradas e classificadas (AMBROZEWICZ, 2012).
Os impactos causados na extra��o de areia
s�o in�meros, dentre os quais destacam-se a possibilidade de interfer�ncia na
velocidade dos cursos d�agua no rio, altera��o da calha original dos cursos
d�agua, possibilidade de contamina��o das �guas por graxas ou vazamentos de
�leos provenientes das m�quinas utilizadas, aumento da quantidade de part�culas
s�lidas livres na �gua e, sobretudo, a altera��o da profundidade dos rios, prejudicando
a fauna local (MORAES; JORD�O, 2002).
O CONAMA por meio da resolu��o 307/2002 define Gest�o de Res�duos de Constru��o e Demoli��o (RCD) como os provenientes de constru��o, reforma, demoli��es de obra, reparos e ainda da escava��o de terrenos. Os res�duos gerados podem pertencer a classe dos materiais cer�micos, vidros, tintas, metais, pl�sticos etc (BRASIL, 2002).
Dentre os impactos causados pelos res�duos das constru��es, destaca-se o extenso comprometimento da qualidade do ambiente e da paisagem local, o assoreamento de nascentes e c�rregos, entupimento do sistema de drenagem urbano e a cria��o de um ambiente prop�cio para a prolifera��o de insetos (NAGALLI, 2014).
Tendo em vista a necessidade da cria��o de pol�ticas p�blicas para a redu��o dos danos causados pelos RCDs, a resolu��o 307 do CONAMA classifica estes res�duos de acordo com suas caracter�sticas (BRASIL, 2002):
a) classe A - s�o os res�duos reutiliz�veis ou recicl�veis como agregados, tais como de constru��o, demoli��o, reformas e reparos de pavimenta��o e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) classe B - s�o os res�duos recicl�veis para outras destina��es, tais como pl�sticos, papel, papel�o, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobili�rias e gesso;
c) classe C - s�o os res�duos para os quais n�o foram desenvolvidas tecnologias ou aplica��es economicamente vi�veis que permitam a sua reciclagem ou recupera��o;
d) classe D - s�o res�duos perigosos oriundos do processo de constru��o, tais como tintas, solventes, �leos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais � sa�de oriundos de demoli��es, reformas e reparos de cl�nicas radiol�gicas, instala��es industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos � sa�de.
Em pa�ses desenvolvidos a m�dia de res�duos
proveniente de constru��es encontra-se abaixo de 100kg/m� de �rea constru�da,
no Brasil este �ndice gira em torno de 300kg/m� edificado. Como forma de
redu��o dos impactos ambientais da constru��o civil, � necess�rio um trabalho
conjunto entre os setores p�blicos e privados visando minimizar o consumo,
reduzindo o desperd�cio, e utilizando recursos renov�veis ou recicl�veis
(NAGALLI, 2014).
Nos locais de coleta de res�duos, ap�s o recebimento do material � feita a sele��o manual dos tipos de res�duos, mesmo que estes j� tenham sido segregados na sua origem, pois � comum que transeuntes descartem outros materiais nas ca�ambas utilizadas. Os materiais que apresentem caracter�sticas insatisfat�rias, desde que pertencentes a classe �A�, dever�o ser enviados ao aterro de inertes. J� os materiais que perten�am a outras classes dever�o ser encaminhados para reciclagem ou descartados, caso n�o se enquadrem em alguma classe de recicl�veis (SILVA; SANTOS, 2014).
A ABNT instituiu, no ano de 2004, par�metros para a utiliza��o de agregados reciclados. Dentre os crit�rios normativos estabelecidos, destaca-se a NBR 15116:2004 que normartiza os procedimentos para a utiliza��o de agregados reciclados em pavimenta��o e para o preparo de concreto sem fun��o estrutural (NBR 15116:2004).
Os res�duos da constru��o civil incorporado a misturas asf�lticas reduz em pequenas quantidades o custo da pavimenta��o. Entretanto, sua utiliza��o contribui substancialmente para a redu��o da explora��o das reservas naturais o que viabiliza sua utiliza��o (SILVA et al., 2014). Ainda segundo a autora, os melhores resultados para os testes de resist�ncia a compress�o do pavimento foram obtidos para as misturas nas quais foram incorporados 3,9% de residuos da constru��o civil a mistura asf�ltica. Contudo, os resultados da mistura com at� 6,5% de agregado foram satisfat�rios em rela��o � utiliza��o com os materiais convencionais.�
Para a utiliza��o de agregado reciclado na produ��o de concreto faz-se necess�rio que este n�o exer�a fun��o estrutural e � necess�rio analisar pontos relevantes como� por exemplo as caracter�sticas necess�rias ao qual o material deve atender, quando for submetido �s solicita��es de servi�o, dentre elas destaca-se a� taxa de resist�ncia a compress�o � a qual � observada quando os blocos s�o utilizados como material para cal�amento, assim como verificar as taxas de absor��o de �gua e abras�o (SOUZA et al., 2014).
A utiliza��o dos agregados em substitui��o
aos materiais convencionais s� dever� ser utilizada caso estes n�o contrariem
as exig�ncias contidas nas normas pertinentes � aplica��o espec�fica em cada
caso, visto que os benef�cios almejados n�o devem se sobrepor � qualidade das
obras executadas (NAGALLI, 2014).
Neste cap�tulo � apresentado o tipo e descri��o geral da pesquisa, sua classifica��o, tipo de amostra participante do estudo e os procedimentos de coleta e an�lise de dados.
Sobre a caracteriza��o da pesquisa pode-se dizer que a pesquisa � uma atividade humana, honesta, cujo prop�sito � descobrir respostas para as indaga��es ou quest�es significativas que s�o propostas. (FERRARI, 1982).
Para isso foram determinadas pelo pesquisador estrat�gias para se conseguir chegar a dados mais precisos sobre o objetivo proposto, aos procedimentos t�cnicos e quanto � forma de abordagem dos dados. O m�todo encontra na ci�ncia, um significado amplo, que vai al�m da apresenta��o dos passos de uma pesquisa. N�o �, portanto, apenas a descri��o dos procedimentos, dos caminhos tra�ados pelo pesquisador para a obten��o de determinados resultados. Quando se fala em m�todo, busca-se explicitar, fundamentar e validar as pesquisas para que seus resultados sejam aceitos. Dessa forma, a pesquisa, para ser cient�fica, requer um procedimento formal.
Sobre os m�todos cient�ficos, normalmente s�o classificados em dois grupos: aqueles que fornecem uma base l�gica de investiga��o cient�fica e os que conotam sobre os procedimentos t�cnicos a serem utilizados (GIL, 1999). Portanto, quanto a esses objetivos, esta pesquisa encontra-se classificada como explorat�ria e descritiva.
Sobre as pesquisas explorat�rias pode-se dizer que as mesmas
visam desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e id�ias, com vistas na
formula��o de problemas mais precisos ou hip�teses pesquis�veis para estudos
posteriores. Elas apresentam menor rigidez no planejamento e, muitas vezes,
constituem a primeira etapa de uma investiga��o mais ampla. (DUARTE et al., 2009)
As pesquisas descritivas aliadas as de car�ter explorat�rio t�m como objetivo primordial a descri��o das caracter�sticas de determinada popula��o ou fen�meno, ou ainda, o estabelecimento de rela��es entre vari�veis. Dessa forma � poss�vel realizar o objetivo do pesquisador. Objetivo esse baseado na busca de identificar, conhecer, levantar dados e informa��es acerca do tema proposto e descrever as atividades realizadas pela empresa relacionadas ao problema de pesquisa proposto, sem que haja interven��o do pesquisador. (DUARTE et al., 2009). Quanto aos procedimentos t�cnicos, a pesquisa classifica-se em estudo de caso com utiliza��o de pesquisa bibliogr�fica.
A pesquisa bibliogr�fica serve de embasamento te�rico e
cient�fico a respeito do assunto estudado. Sobre ela pode-se dizer que � ent�o
feita com o intuito de levantar um conhecimento dispon�vel sobre teorias, a fim
de analisar, produzir ou explicar um objeto sendo investigado. A pesquisa bibliogr�fica
visa ent�o analisar as principais teorias de um tema, e pode ser realizada com
diferentes finalidades. (CHIARA, KAIMEN et al., 2008).
Quanto � abordagem dos dados, a pesquisa classifica-se em quantitativa, lidando com interpreta��es atrav�s da coleta de dados realizada na empresa a respeito do assunto pesquisado, n�o extraindo previs�es e nem extrapola��o de dados (APPOLIN�RIO, 2012).
Os dados foram coletados no in�cio do
segundo semestre de 2018 na empresa e analisados indutivamente, n�o necessitando
de t�cnicas e m�todos estat�sticos para a interpreta��o dos fen�menos e a
atribui��o de significados aos mesmos.
O estudo de caso � caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo
de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e
detalhado, tarefa praticamente imposs�vel mediante os outros tipos de
delineamentos considerados. (GIL, 2008).
De acordo com Prodanov e Freitas (2013), uma amostra intencional escolhe uma parcela de um grupo que detem o conhecimento necess�rio para todo um processo. Appolin�rio (2012) descreve que o estudo de caso em quest�o possui uma amostra n�o probabil�stica e intencional, uma vez que os dados obtidos, foram atrav�s de colaboradores de um setor especifico, QSMS (Qualidade, Seguran�a, Meio Ambiente e Sa�de), composto por um coordenador, dois analistas de meio ambiente e profissionais de seguran�a e sa�de ocupacional.
Para a an�lise deste estudo foram utilizados dados prim�rios e secund�rios. Os dados prim�rios, foram feitos atrav�s de pesquisa bibliogr�fica como forma de embasamento, por meio de consultas em livros, revistas, artigos, disserta��es de mestrado e doutorado sobre o assunto proposto.
A pesquisa bibliogr�fica consiste na etapa inicial de todo o trabalho cient�fico ou acad�mico, com o objetivo de reunir as informa��es e dados que servir�o de base para a constru��o da investiga��o proposta a partir de determinado tema. O levantamento bibliogr�fico � normalmente feito a partir da an�lise de fontes secund�rias que abordam, de diferentes maneiras, o tema escolhido para estudo.
Ap�s a sele��o do material, este ser�o lido, analisado e interpretado. Durante o processo da pesquisa bibliogr�fica � importante que o pesquisador fa�a anota��es e fichamentos sobre os conte�dos que forem mais importantes, e que eventualmente ser�o usados como fundamenta��o te�rica em seu trabalho. (CHIARA, KAIMEN, et al., 2008).
Os dados secund�rios, ser�o coletados
atrav�s de pesquisa na pr�pria empresa em hist�ricos de obras j� executados e
entrevista com um o supervisor da empresa de descarte contratada pela
construtora e com o coordenador de QSMS da empresa para verifica��o dos dados e
levantamento para obten��o de resultados. Esse trabalho requer um cuidado
especial onde as fontes precisam ser catalogadas e analisadas usando crit�rios
cientificos listados nos proximos pontos.
Para a an�lise e formula��o das
considera��es sobre o posicionamento da empresa em rela��o ao tema tratado
ser�o utilizado o memorial descritivo da obra, uma planilha de c�lculo de
insumos para estimativa de materiais necess�rios para a constru��o e o
levantamento por parte do profisisonal respons�vel pela coleta dos materiais de
descarte nas obras.
A entrevista realizada na empresa foi
estruturada com 11 perguntas focalizadas no tema pesquisado, conforme Ap�ndice A,
onde foi realizada com o respons�vel pela coleta e controle dos res�duos das
obras, com o intuito de verificar a quantidade de material oriundo das obras
que s�o descartados e os tipos, al�m de tamb�m verificar se existe algum processo
logist�co reverso atualmente aplicados � pol�tica da empresa. Para
tal o instrumento utilizou-se a entrevista.
A entrevista representa uma t�cnica de coleta de dados na qual
o pesquisador tem um contato mais direto com a pessoa, no sentido de se inteirar
de suas opini�es acerca de um determinado assunto. Esse m�todo n�o escapa ao planejamento
antes mencionado, uma vez que requer do pesquisador um cuidado especial na sua
elabora��o, desenvolvimento e aplica��o, sem contar que os objetivos propostos
devem ser efetivamente delineados, a fim de que se obtenha o resultado
pretendido. (DENCKER, 2000).
Para
qualquer tipo de pesquisa � necess�rio que se fa�a um pr�-teste do instrumento
de coleta. Esse pr�-teste, segundo ele, servir� como an�lise dos dados , ap�s
tabula��o, evidenciando poss�veis falhas existentes. Essas falhas poderiam ser
inconsist�ncia ou complexidade das quest�es; Ambig�idades ou linguagem
inacess�vel; Perguntas sup�rfluas ou que causem embara�o ao informante;� Quest�es que obede�am a uma determinada
ordem. (GIL, 2008).
Uma
entrevista pr�-teste foi realizada na terceira semana de agosto/2018 com a coordenadora
de QSMS e o supervisor de obras que trabalham na sede da empresa em Fortaleza, a
fim de validar as quest�es pelo instrumento de pesquisa escolhido
Logo ap�s a realiza��o do pr�-teste, foram feitos alguns ajustes e corre��es conforme orienta��o dos participantes para posterior aplica��o. A entrevista foi agendada e realizada pessoalmente no canteiro de obras com o engenheiro de meio ambiente, supervisor de obras, gerente de obras e analistas de meio ambiente, sendo que a responsabilidade pela gest�o de res�duos � da coordenadora de QSMS.
Para a aplica��o deste estudo e pesquisa foi
solicitado a autoriza��o junto � empresa.
Neste cap�tulo ir� apresentar o m�todo de coleta, tabula��o e tratamento dos dados que foram utilizados para an�lise dos resultados da pesquisa em quest�o.
Procedimentos de coleta de dados s�o os m�todos pr�ticos utilizados para juntar as informa��es, necess�rias � constru��o dos racioc�nios em torno de um fato/fen�meno/problema. (BIAGI, 2012).
A entrevista foi realizada pessoalmente pelo
pesquisador no in�cio do segundo semestre de 2018, sendo todas as quest�es
elaboradas conforme Ap�ndice A, aplicadas para obter respostas satisfat�rias
para logo em seguida ser realizada tabula��o dos dados qualitativos.
Tabular os dados � juntar e contabilizar os casos ap�s verifica��o das caterias analisadas (GIL, 2008). O tipo de tabula��o aplicada foi a de perguntas fechadas com respostas simples. Essa escolha ocorre devido ser esse tipo mais objetivo o que fornecer� dados mais r�pidos e precisos. Dentro do tipo de pesquisa quantitativa que se prop�e nesse trabalho acredita-se que seja a melhor forma.
Ap�s entrevista e organiza��o dos dados foi feito tabula��o dos dados por meio do sotware Microsoft Office Word�, sendo armazenados os dados de maneira a proporcionar facilidade e maior acessibilidade �s informa��es.
O tratamento dos dados obteve-se
atrav�s de procedimentos num�ricos e estat�sticos. Esse tratamento decorre de
aplica��es de t�cnicas e procedimentos estat�sticos que permitem o tratamento e
a an�lise de um grande n�mero de vari�veis e de observa��es. (GIL, 2008).
No caso dessa pesquisa, o tratamento dos dados
foi realizado atrav�s da interpreta��o do que ser� extra�do de documentos que a
empresa disponibilizar� referente �s planilhas or�ament�rias de obras e
memoriais descritivo, an�lise das respostas ap�s entrevista com o respons�vel
pela coleta de materiais da empresa.
Durante o m�s de
agosto de 2018, foi realizada uma entrevista com o engenheiro de meio ambiente,
o supervisor de obras, o gerente de obras e o analista de meio ambiente, onde
foi abordado o processo de log�stica de res�duos, bem como analisado a
existencia de canais reverso, utilizados nos projetos.
Atrav�s disso, foi
poss�vel obter uma compress�o sobre o processo realizado na empresa, bem como pr�ticas
adotadas. Ao final da entrevista, foi solicitado relat�rios contemplado o
processo de rastreabilidade dos res�duos s�lidos e informa��es sobre doa��es de
concreto para comunidades adjacentes ao projeto.
Com os documentos
disponibilizados e analisados, foi compatibilizado os objetivos espec�ficos
desta pesquisa com a realidade da empresa.
O sujeito desta pesquisa foi uma construtora, localizada em Fortaleza/CE, com 32 anos de atua��o no mercado da constru��o civil, com �nfase em energias renov�veis de parques e�licos.
No setor de QSMS foram coletados os dados
para analisar a situa��o da gera��o de res�duos e sua destina��o na obra em
quest�o.
As informa��es disponibilizadas pela empresa foram atrav�s de relat�rios gerados por software Microsoft Office Excel� e Microsoft Office Word�, durante as obras executadas no per�odo de 2017 a 2018.
De acordo com os entrevistados, ficou explicitado que quando houver in�cio de um novo projeto, � elaborado um PGRS exclusivo para o mesmo e estando de acordo com o Ap�ndice B.
Os entrevistados informaram que todo PGRS � elaborado e assinado por um engenheiro ambiental respons�vel da obra, onde ficar� o encargo deste, a responsabilidade de implementar e fiscalizar os pontos pertinentes ao Programa.
O processo de PGRS ocorre em etapas distintas da obra e de acordo com o volume de res�duos gerado. Geralmente, no in�cio do projeto se tem um grande volume de res�duos gerado para canteiros de obras e posteriormente nas frentes de servi�os.
Os materiais gerados pela obra em sua maioria s�o: pl�sticos, madeira, blocos de concreto danificados, tintas, concreto usinado, gesso, tubos de pvc, a�o e demais entulhos. No canteiro de obras, s�o constru�das baias de coleta e separa��o, conforme os padr�es estipulados em normas locais e internas da empresa, onde possuem a fun��o de receber o material advindo das frentes de trabalho e do canteiro de obras. A figura abaixo identifica as dimens�es da baia.
Figura 2 � Modelo de Baia de Res�duos
�
Fonte: O autor.
Nas frentes de servi�o, cada material � coletado de forma separada, atrav�s de dispositivos adaptados � �tambores�, conforme figura abaixo, sendo ao final do dia ou quando da necessidade de esvaziamento, estes dispositivos s�o coletados por empresas especializadas e contratadas para este fim, atrav�s de caminh�es adaptados, e levados as baias para separa��o e armazenagem.
Figura 3 � Modelo de Tambores
Fonte: O autor.
Quanto � supervis�o e controle das atividades referente � separa��o, coleta e transporte dos res�duos, os entrevistados indicaram que existe uma equipe no canteiro de obras, junto ao engenheiro de meio ambiente, no qual efetuam a inspe��o e verifica��o das atividades mencionadas, bem como se a coleta nos trechos de obras e canteiro estar sendo feita corretamente, se est�o alocando de forma adequada para as baias, se as baias est�o suportando o volume gerado e principalmente se o destino final dos res�duos gerados � compat�vel com as licen�as ambientais disponibilizadas. Este controle � realizado atrav�s de inspe��o documental e in loco quando aplic�vel.
Quanto a delimita��o acerca da destina��o final para cada tipo de res�duo s�lido gerado, os entrevistados responderam que, para cada projeto, � analisado a situa��o da regi�o de implanta��o do parque e�lico, bem como condi��es de infraestrutura local e se possuem algum tipo aterro sanit�rio apropriado ou similar. No caso de n�o haver exist�ncia destas condi��es, uma empresa local � contratada para efetuar a destina��o final dos res�duos, contanto que as mesmas possuam licen�as pertinentes para transporte e locais para acomoda��o do material.
Sobre a utiliza��o do concreto, os entrevistados informaram que o concreto usinado � utilizado em pr�dios administrativos, quando aplic�vel, na funda��o de torres e�licas, em obras d� arte corrente e na drenagem superficial. Sendo que cada uma das atividades citadas, podem ocorrer de forma separadamente ou em paralelo, estando de acordo com o cronograma de obras, sendo que a drenagem superficial e a funda��o das torres, ocorre de forma simult�neas.
O concreto usinado � gerado em uma usina dosadora na obra local, onde diversos insumos s�o colocados em sua matriz: areia, brita, aditivos, dentro outros. Sendo que uma vez processados, s�o despejados em caminh�es betoneiras para posterior aplica��o no local, que poder� utilizar uma bomba lan�a ou n�o, estando � depender da necessidade de cada processo.
Os entrevistados citaram que a gera��o de res�duo do concreto, poder� ocorrer na etapa de funda��o das torres e�licas, uma vez que � necess�rio diversos caminh�es, com diversas viagens para se ter uma funda��o pronta. O processo � ininterrupto, sendo que o ultimo caminh�o de concreto dever� estar cheio para a �ltima concretagem como forma de garantir que o processo n�o seja paralisado.
Os entrevistados citaram que a empresa n�o possui um controle por quanto sobra por caminh�o, por�m existe um controle semanal de quantos M3 s�o gerados pela obra em quest�o. Conforme ap�ndice C, foi elaborado uma tabela contendo o consumo de cada res�duo gerado.
O res�duo de concreto, ainda em estado pastoso, � alocado para dentro de sacos pl�sticos com resist�ncia necess�ria, at� sofrerem uma solidifiquez em sua composi��o. Uma vez ocorrendo esta etapa, o mesmo segue para as baias de conte��o at� a sua retirada do projeto. �
N�o se possui uma cultura reversa para o insumo. Eventualmente, e quando � possivel, os restos de concreto s�o doados a comunidade pr�xima a obra local, conforme Ap�ndice D, onde a empresa disponibiliza o caminh�o betoneira para aplica��o no local necess�rio, sendo os custos de combustivel por conta dos requerentes, que podem ser morados locais que trabalham na empresa e que conhecem a realidade de seu municipio, ou estabelecendo uma parceria com a prefeitura local, para indicar pontos aplicaveis e necess�rios.
Com base no resultado da entrevista e nos documentos analisados e na obra estudada, � possivel verificar a exist�ncia de residuo de concreto usinado, sendo que dos res�duos reciclaveis, ocupa a segunda posi��o de maior gera��o, conforme Ap�ndice C.
Elaborando uma an�lise dos processos onde o concreto usinado � utilizado e de acordo com o que foi dito pelos entrevistados, � fact�vel perceber que para a reutiliza��o do concreto usinado, � necess�rio que o mesmo esteja no estado pastoso, uma vez que ainda ir� manter suas propriedades qu�micas de trabalhabilidade.
Dentro da execu��o dos servi�os e pelo resultado da entrevista, foi percebido que os servi�os de concretagem da funda��o e drenagem superficial, ocorrem de forma simult�neas, o que delimita a proposta de reuso do concreto usinado.
Quando questionado sobre quais elementos de drenagem superficial poderiam ocorrer pr�ximo ao processo de funda��o, o supervisor geral de obras informou que o meio fio de concreto seria o mais indicado.
O meio fio de concreto, ou mais conhecido populamente como �meio fio�, funciona como delimitador de uma via ou platafoma rodovi�ria, possuindo diversas aplica��es, sendo as principais de prote��o de cal�adas e amenizar os efeitos de ero��es ocasioandos pelo escoamento das �guas de chuvas sobre as vias de acessos e plataformas. Com isso, uma das fun��es do meio fio � de interceptar este fluxo, conduzindo para os locais previamente escolhidos, sejam eles caixas coletoras ou outros elementos de drenagem (DNIT,2006).
Para parques e�licos e de acordo com o supervisor de obras, cada meio fio de concreto tem suas dimens�es especificadas em projeto, tendo a Norma DNIT apenas como balizador de execu��o.
Para o projeto pesquisado, foi informado que o meio fio possuem as dimens�es semelhantes a de um trapezio, com altura de 22cm, base maior de 15cm e base menor com 10cm, conforme figura 4. ���
Figura 4 � Modelo de Meio Fio de Concreto
Fonte: O autor.
A figura 4, possui uma �rea de se��o de aproximadamente 0,0275m2, sendo que a cada um metro de meio fio, iremos ter o consumo de 0,0275m3, dado que este n�mero foi obtido multiplicando a �rea da se��o de meio fio pelo comprimento de um metro.
Verificando o volume total de res�duo de concreto usinado gerado e exportado para �reas licenciadas de descarte, conforme Ap�ndice C, se for optado pela reutiliza��o deste concreto na drenagem superficial, aplicando no processo de execu��o de meio fio de concreto, iremos conseguir efetuar aproximadamente 6.727,27 m lineares de produ��o.
Como o meio fio de concreto tem sua principal fun��o de ser guia para um fluxo de �guas de um local at� outro ponto, caracteristicas intrisicas de sua composi��o de resist�ncia e demais parametros, s�o plenamente atendidas pelo restos de concreto usinado para funda��es de torres e�licas.
Considerando o expostos acima, foi proposto ao supervisor de obras, bem como a equipe de gest�o de contrato do projeto, a id�ia de aplicar os conceitos demonstrados no presente trabalho para futuras obras em quest�o, uma vez que na obra estudada, o ciclo de concretagem j� tinha sido finalizado, estando a obra somente nos acabamentos e arremates finais.
A ideia foi bem aceita por ambas as partes, que ficaram de avaliar e elaborar procedimentos internos � empresa, bem como metodologias de boa pr�tica de engenharia, com o intuito de reaproveitar os insumos dentro do escopo de obra.
Al�m do meio fio de concreto, foi sugerido a aplicabilidade para outros elementos de drenagem de projetos e�licos, como sarjetas, valetas, descidas d��gua e demais elementos que utilizem de concreto usinado.
�
O presente artigo teve como objetivo propor a implementa��o da log�stica reversa de p�s consumo para redu��o de res�duos s�lidos por meio da reutiliza��o dos res�duos de concreto usinados em obras e�licas administradas pela empresa Alfa, com sede em Fortaleza, estado do Cear�.
A a��o ora pesquisada integra-se com a proposta de sustentabilidade ambiental e harmoniza-se �s rela��es antr�picas de uso e explora��o de recursos naturais. A aplica��o de procedimentos no tocante � minimiza��o da gera��o de res�duos � fundamental. O pr�prio conceito de sustentabilidade � para longo prazo, significa cuidar de todo o sistema, para que as gera��es futuras possam aproveitar.
Ao longo do artigo, foi explanado a
log�stica reversa de p�s consumo, sua relev�ncia aos processos industriais,
�reas de atua��o no ciclo produtivo inerentes a gera��o de produtos, alternativas
sustent�veis para os res�duos s�lidos e maneiras de prote��o as fontes naturais
de extra��o de insumos.
Eleva-se o fato de que a quest�o
ambiental tem apresentado crescente import�ncia, � medida que os consumidores
desenvolvem maior consci�ncia e naturalmente cobram postura das ind�strias, de
bens de consumo e servi�os.
Adiciona-se ainda que o desenvolvimento da log�stica
reversa torna poss�vel encontrar alternativas mais adequadas para atendimento de
necessidades bem como o cumprimento de exig�ncias da legisla��o ambiental
vigente.
Procedimentos onde as
empresas estabelecem principalmente � redu��o dos seus custos de produ��o, ao
aumento do poder de concorr�ncia no mercado e atender a quest�o da
sustentabilidade do meio ambiente de acordo com as normas da Pol�tica Nacional
de Res�duos S�lidos (PNRS).
Efetuando uma correla��o com o setor da constru��o civil com a logistica reversa, � possivel observar que existe uma legisla��o pertinente ao setor, que busca solu��es para redu��o de res�duos s�lidos gerados, bem como maneiras de reduzir a emiss�o destes.
Com rela��o ao estudo de caso presente, foi concebido que, embora a empresa adote um sistema criterioso de seus res�duos, seja na sua capta��o nas frentes de obras, separa��o e destina��o final, a preocupa��o para a reutiliza��o ainda caminha de forma lenta, embora n�o nula, dado que a empresa efetua doa��es quando aplicavel.
Foi possivel verificar a m�dia anual de produ��o de res�duos para projetos e�licos, os principais insumos que s�o descartados, quantidades e as maneiras como s�o alocados dentro de uma obra, onde os res�duos de madeira e concreto usinado apresentam a maior participa��o.
Al�m da proposta aceita pelo presente trabalho, levantou-se a quest�o de reutiliza��o de outros res�duos gerados pela empresa, como a madeira, que se for trabalhado pela equipe de obras, poder� gerar novos produtos, por�m ser� necess�rio efetuar uma nova pesquisa para tal verifica��o.
O presente artigo teve car�ter positivo, uma vez que alcan�ou suas diretrizes propostas, ao possibilitar a aplica��o e gerenciamento de procedimentos para mitiga��o de impactos oriundos da atividade do segmento de constru��o civil e prop�s o desenvolvimento da log�stica reversa no papel de contribuinte para tal mitiga��o.
Foi visto tamb�m que houve atendimento �s quest�es de licenciamento ambiental e avalia��o dos impactos ambientais em conformidade com as legisla��es ambientais. Dessa forma, conv�m reportar que o tema ora pesquisado disponibiliza conhecimentos que podem resultar como contribuintes para a sustentabilidade do segmento de constru��o civil, uma vez que, coaduna o pensamento ecol�gico e conota a preocupa��o de que os materiais aplicados em projetos, s�o finitos, onde a atividade da log�stica reversa poder� oferecer op��es aceit�veis para gera��o de produtos existentes e/ou novos.�
Associa��o Brasileira de Normas T�cnicas (ABNT). NBR 15116:2004: agregados reciclados de res�duos s�lidos da
constru��o civil �utiliza��o em pavimenta��o e preparo de concreto sem fun��o
estrutural - requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
Associa��o Brasileira de Normas T�cnicas (ABNT). NBR 15115:2004: agregados reciclados de res�duos s�lidos da constru��o
civil � execu��o de camadas de pavimenta��o � Procedimentos. Rio de Janeiro:
ABNT, 2004.
Associa��o Brasileira de Normas T�cnicas (ABNT). NBR 15114:2004: res�duos s�lidos da constru��o civil � �reas de
reciclagem � diretrizes para projeto, implanta��o e opera��o. Rio de Janeiro:
ABNT, 2004.
Associa��o Brasileira de Normas T�cnicas (ABNT). NBR 15113:2004: res�duos s�lidos da constru��o civil e res�duos
inertes � aterros � diretrizes para projeto, implanta��o e opera��o. Rio de Janeiro:
ABNT, 2004.
Associa��o Brasileira de Normas T�cnicas (ABNT). NBR 15112:2004: res�duos da constru��o civil e res�duos volumosos -
�reas de transbordo e triagem - diretrizes para projeto, implanta��o e opera��o.
Rio de Janeiro: ABNT, 2004.
Associa��o Brasileira de Normas T�cnicas (ABNT). NBR 10004:2004: res�duos s�lidos � classifica��o. Rio de Janeiro:
ABNT, 2004.
AMBROZEWICKZ, P. H. L. Materiais de constru��o: normas, especifica��es, aplica��o e
ensaios de laborat�rio. S�o Paulo: PINI, 2012.
ANDRADE, E. M.; FERREIRA, A. C.; SANTOS, F. C. A. Tipologia
de sistemas de log�stica reversa baseada nos processos de recupera��o de valor.
In: SIMP�SIO DE ADMINISTRA��O DA
PRODU��O, LOG�STICA E OPERA��ES INTERNACIONAIS, 12., 2009. Anais [...] S�o Paulo: FGV: EAESP, 2009.
ANDRADE, M. M. de. Introdu��o �
metodologia do trabalho cient�fico: elabora��o de trabalhos na gradua��o. 7. ed. S�o Paulo: Atlas, 2005.
ARIF, M; BENDI, D; TOMA-SABBAGH, T. Construction waste management in India:
an exploratory study. Construction Inovation, 2012. Dispon�vel em: https://www.emeraldinsight.com/doi/pdfplus/10.1108/14714171211215912.
Acesso em: 18 abr. 2018.
APPOLIN�RIO, F. Metodologia da
ci�ncia: filosofia e pr�tica da pesquisa. 2. ed. S�o Paulo: Cengage
Learning, 2012.
BAUER, L. A. F. Materiais de constru��o. 5. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2014.
BERTALANFFY, L. V. Teoria geral
dos sistemas. Petr�polis: Vozes, 1973.
BIAGI, Marta Cristina. Pesquisa cient�fica:
roteiro pr�tico para desenvolver projetos e teses. Curitiba: Juru�, 2012.
BRASIL. Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Di�rio Oficial [da]
Rep�blica Federativa do Brasil. Bras�lia, DF. Dispon�vel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm.
Acesso em: 02 mar. 2018.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
Resolu��o n. 307, publicada no DOU no
136. Bras�lia, 2002. Dispon�vel em http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=307.
Acesso em: 02 mar. 2018.
BRUM, F. M. Implanta��o de um
programa de gest�o de res�duos da constru��o civil em canteiro de obra p�blica:
o caso da UFJF. 2013. 107 p. Disserta��o de Mestrado � Universidade Federal
de Juiz de Fora, Programa de P�s-Gradua��o em Ambiente Constru�do. Juiz de Fora-MG,
2013. Dispon�vel em: http://www.ufjf.br/ambienteconstruido/files/2013/08/Implanta%C3%A7%C3%A3o-de-um-Programa-de-Gest%C3%A3o-de-Res%C3%ADduos-da-Constru%C3%A7.pdf.
Acesso em: 02 mar. 2018.
CERVO, A. L; BERVIAN, P. A; SILVA R. da. Metodologia cient�fica. 6. ed. S�o Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
CHIARA, I. D. et al. Normas de documenta��o aplicadas � �rea de
Sa�de. Rio de Janeiro: Editora E-papers, 2008.
DENCKER, Ada de Freitas. M. M�todos
e t�cnicas de pesquisa em turismo. S�o Paulo: Futura, 2000.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT � 020/2006. Drenagem - Meios-fios
e guias - Especifica��o de servi�o. Espirito Santo, 2006.
DUARTE, E. N. B. et al. Estrat�gias metodol�gicas adotadas nas pesquisas de inicia��o cient�fica premiadas na ufpb. Encontros Bibli: Revista Eletr�nica de Biblioteconomia e Ci�ncia da Informa��o, v. 14, n. 27, p. 170-190, 2009. Dispon�vel em: http://www.brapci.inf.br/v/a/6852. Acesso em: 15 mai. 2018.
EBC. Empresa Brasil de
Comunica��o, 2017. Dispon�vel em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2017-06/. Acesso em: 01 abr.
2019.
FERRARI, Trujillo Alonso. Metodologia da pesquisa cient�fica. S�o Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982.
FOGLI, F. S. Planos de
gerenciamento da constru��o civil e atenua��o e impactos ambientais em
canteiros de obra. 2016. 56 p. Disserta��o de Mestrado Profissional �
Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de P�s-Gradua��o em Engenharia
Ambiental. Florian�polis-SC, 2016. Dispon�vel em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/175070/344798.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
Acesso em: 02 mar. 2018.
FORTALEZA. Prefeitura Municipal. Decreto
n. 13.732, de 28 de dezembro de 2015. Estabelece os requisitos para elabora��o,
as modalidades, o conte�do m�nimo e o prazo de validade do plano de
gerenciamento de res�duos s�lidos no munic�pio de Fortaleza, e d� outras
provid�ncias. Fortaleza, 2015.
GIL, A. C. Como elaborar projetos
de pesquisa. 4. ed. S�o Paulo: Atlas, 1999.
GIL, A. C. M�todos e t�cnicas de pesquisa
social. 6. ed. S�o Paulo: Atlas, 2008.
GUPTA, S., DANGAYACH, G. S., SINGH, A. K.,
RAO, P. N. Analytic hierarchy process
(AHP) model for evaluating sustainable manufacturing practices in indian
electrical panel industries. Procedia-Social and Behavioral Sciences, 2015. Dispon�vel em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1877042815020091. Aceso em:
20 abr. 2018.
IPEA. Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada. Menos de 2% dos res�duos s�lidos s�o recicl�veis.� 2010. Dispon�vel em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1973 2&catid=67&Itemid=2. Acesso em: 15 mar. 2018.
IPEA. Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada. Apenas 13% dos res�duos s�lidos urbanos no pa�s v�o para reciclagem. 2017. Dispon�vel em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=29296:apenas-13-dos-residuos-urbanos-no-pais-vao-para-reciclagem&catid=1:dirur&directory=1. Acesso em: 15 mar. 2018.
JADOVSKI, I. Diretrizes t�cnicas e econ�micas para usinas de reciclagem de res�duos de constru��o e demoli��o. 2005. 180 p. Disserta��o de mestrado em materiais de constru��o. Porto Alegre, UFRS, 2005. Dispon�vel em: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/10156. Acesso em: 03 mar. 2018.
KARPINSK, L. A. et al. Gest�o diferenciada de res�duos da constru��o civil: uma abordagem ambiental. Porto Alegre: Edipucrs, 2009.
LEITE, P. R. Log�stica reversa: meio ambiente e competitividade. 2. ed. S�o Paulo: Editora Prentice Hall, 2009.
MARCONI, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia cient�fica. 5. ed. S�o Paulo: Atlas, 2003.
MENEZES, M. S; PONTES, F. V. M.; AFONSO, J. C. Panorama dos res�duos de constru��o e demoli��o. RQI, Edi��o n. 733, 4. Trimestre. Rio de Janeiro, 2011.
MONTEIRO FILHA, D. C; COSTA A. C. R; FALEIROS, J. P. M; NUNES, B. F. Constru��o Civil no Brasil: investimentos e desafios. S�o Paulo-SP. Perspectivas do investimento 2010-2013. 2014. Dispon�vel em: https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/1261/1/Perspectivas_do_Investimento_2010-13_completo.pdf. Acesso em: 15 mar. 2018.
MORAES, D. S. L.; JORD�O B. Q. Degrada��o de recursos h�dricos e seus efeitos sobre a sa�de humana. Revista sa�de p�blica. S�o Paulo, v. 36, n. 3, p.1-7, jun./2001. Dispon�vel em: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/biologia /0004.html. Acesso em: 10 abr. 2018.
NAGALLI, A. Gerenciamento de res�duos s�lidos na constru��o civil. S�o Paulo: Oficina de textos, 2014.
NAVARRO, G. C. Educa��o Ambiental e Res�duos S�lidos. Res�duos s�lidos e politicas publicas: di�logos entre universidade, poder publico e empresa/ organizadores Jos� Rubens Morato Leite, Germana parente e Neiva Belchior. Editora Insular. Florian�polis-SC, 2014. Dispon�vel em: http://www.gpda.ufsc.br/wp-content/uploads/2014/02/Res%C3%ADduos-S%C3%B3lidos-e-Pol%C3%ADticas-P%C3%BAblicas.pdf. Acesso em: 15 mar.� 2018.
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cezar de. Metodologia do trabalho cient�fico: m�todos e t�cnicas da pesquisa e do trabalho acad�mico. 2. ed. Rio Grande do Sul: Universidade Feevale, 2013.
PINHEIRO, A. C. F. B; CRIVELARO M; Materiais de constru��o.� 2. ed. S�o Paulo: Saraiva, 2016.
SILVA, M. A. da; SANTOS, V. A. A. da. Reciclagem e reaproveitamento de res�duos s�lidos da constru��o civil em S�o Lu�s � MA: um processo sustent�vel. Revista do CEDS. S�o Lu�s, v. 1, n. 1, p. 7-17. Ago./dez. 2014. Dispon�vel em: http://www.undb.edu.br/publicacoes/arquivos/rev._ceds_n.1_-_reciclagem_e_ reaproveitamento_de_res%C3%ADduos_s%C3%B3lidos_da_constru%C3%A7%C3%A3o_civil_em_s%C3%A3o_lu%C3%ADs_%E2%80%93_ma_um_processo_sustent%C3%A1vel_-_mayssa__alves_da_silva.pdf. Acesso em 10 abr. 2018.
SINDUSCON/SP. Gest�o ambiental de res�duos da constru��o civil, avan�os institucionais e melhorias t�cnicas. Dispon�vel em: �https://www.sindusconsp.com.br/wp-content/uploads/2015/09/MANUAL-DE-RES%C3%8DDUOS-2015.pdf. Acesso em: 01 abr. 2018.
SOUZA, L. M; ASSIS, C. D. de; SOUTO, S. B. G. Agregado reciclado: um novo material da constru��o civil. Revista do Centro do Ci�ncias Naturais e Exatas - UFSM, Santa Maria. Revista Eletr�nica em Gest�o, Educa��o e Tecnologia Ambiental � REGET.� E-ISSN 2236 1170 V. 18 n. 1, abr; 2014, p.273-278. Dispon�vel em: https://periodicos.ufsm.br/reget/article/ viewFile/11297/pdf. Acesso em: 10 abr. 2018.
THODE, FILHO, S., MACHADO, C. J. S., VILANIS, R. M., PAIVA, J. L.,
MARQUES, M. R. D. C. A Log�stica Reversa e a Pol�tica Nacional de Res�duos
S�lidos: desafios para a realidade brasileira. Revista Eletr�nica em Gest�o, Educa��o e Tecnologia Ambiental.
Santa Maria, v. 19, n. 3, set-dez. 2015. Revista do Centro de Ci�ncias Naturais
e Exatas � UFSM. Dispon�vel em: https://periodicos.ufsm.br/reget/article/viewFile/19322/pdf.
Acesso em 21 abr. 2018.
UEHARA, C. et al. A log�stica reversa contribuindo para a mitiga��o dos impactos
ambientais: um estudo de caso na Eco Solutions. V Encontro Cientifico e Simp�sio de Educa��o UNISALESIANO. 2015.
Dispon�vel em: www.unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/57479.pdf. Acesso
em: 15 mar.� 2018.
Fonte: O autor.
1.
Objetivo
2.
Aplica��o
3.
Documentos
de Refer�ncia
4.
Defini��es
| Nbr 12235 � 1992 E Nbr 1004 � 2004
5.
Defini��es
| Resolu��o Conama N� 307/2002
6.
Defini��es
| Lei. 12.305:2010
7.
Art.
21|Lei. 12.305:2010
8.
Identifica��o
do Empreendimento
a) Dados do Empreendimento
b) Dados da Contratada
9.
Disposi��es
Gerais
10. Planos de Gerenciamento de Res�duos
S�lidos
a) Mapeamento de res�duos;
b) Cuidados no manuseio;
c) Segrega��o;
d) Identifica��o e sinaliza��o;
e) Acondicionamento;
f) Quantifica��o;
g) Armazenamento tempor�rio;
h) Classifica��o e Identifica��o;
i) Transporte;
j) Tratamento e disposi��o final;
k) Registros, Documentos e Certifica��o
Final;
l) Invent�rio de res�duos;
m) Indicadores de desempenho;
n) Avalia��o;
o) Auditorias;
p) Treinamento;
q) Contingenciamento;
11. A��es Preventivas E Corretivas
a) A��es preventivas;
b) A��es corretivas;
12. Autoridade & Responsabilidade
a) Engenheiro de Meio Ambiente;
b) Colaboradores;
c) Prestadores De Servi�os.
13. Registros
14. Periodicidade de Revis�o
15. Hist�rico das Revis�es
16. Respons�vel T�cnico
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.